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domingo, 14 de junho de 2015

Como reconhecer os sinais de que o filho está usando drogas





A adolescência pode ser uma fase difícil e de muitas descobertas. A curiosidade por drogas é comum nessa fase, por isso é importante a necessidade de informar e prevenir sempre. Novas experiências fazem parte desta fase da vida. Porém, mudança de comportamento, desinteresse por atividades, responsabilidades não cumpridas, quebra de regras, alteração de apetite, entre outras atitudes devem ser percebidas pelos pais, pois podem sinalizar que há algo errado com o filho, como o uso de drogas.
"Geralmente, o adolescente que está usando drogas apresenta mudanças em comportamentos cotidianos e vai depender da droga que ele está usando. Trocar o dia pela noite ou dormir o dia inteiro, se tornar mais irritado, mais sonolento e preguiçoso, apresentar desinteresse pelas atividades que realizava anteriormente com facilidade, iniciar projetos e não finalizá-los são sinais que devem ser observados e que podem indicar o uso de drogas", alerta a psicóloga e coordenadora terapêutica da Clínica Maia, Ana Cristina Fraia. 
De acordo com a especialista, mudanças no comportamento usual do adolescente é o fator mais importante para perceber o uso de drogas, porém questões com dinheiro, horário, isolamento social e familiar são aspectos que podem ser indicativos também.  Por conta disso, Ana afirma ser fundamental o diálogo dos pais com seus filhos: "é essencial conversar sempre com os filhos, independente da desconfiança ou não. O ideal é chamar o filho para uma conversa sobre o assunto. Se mesmo assim ainda houver indícios, deixar claro que está desconfiado, falar da importância dessa conversa, do porquê da preocupação e investigar o problema."
Para ter a certeza que o filho está usando drogas, a psicóloga orienta os pais a conversarem com os amigos dos seus filhos, controlarem de perto os seus horários, o dinheiro, companhias, etc. Além disso, ela diz que atualmente é possível comprar testes toxicológicos em farmácia, mas que merecem um cuidado especial, pois pode ser um processo invasivo e que deve ser realizado com cautela. "É  preciso acolher no primeiro momento e não acusar ou ser agressivo, para não afastar ou levar o filho a procurar ajuda na rua ou com amigos que já estão em uso. A rigidez, proibição e censura são fatores que dificultam a comunicação e afastam os filhos", ressalta Ana Cristina.
Mas, e quando houver a certeza que o filho está fazendo uso de drogas? A especialista afirma que buscar informação e orientação adequada é o melhor caminho e recomenda aos pais cuidado na abordagem com o filho. "O acolhimento é necessário, porém é preciso ser assertivo. A proximidade e a comunicação com os filhos são de extrema importância e devem ser construídas ao longo da infância. Assim, ao chegar à adolescência, o diálogo é mais fácil e já natural. A prevenção é a melhor saída. A relação com os pais deve ser clara e aberta, com confiança e amizade, assim os filhos se sentirão acolhidos e não precisarão esconder ou omitir fatos. O papel da família é de acolher, informar e dar limites", reforça a psicóloga.
Segundo Ana Cristina, outro fator que merece atenção e deve ser lembrado é que quando se fala em drogas não se pode esquecer que o álcool, apesar de ser lícito, não deixa de ser uma droga e os mesmos cuidados com ele devem ser tomados. "Muitos pais se esquecem disso, e o álcool é tão prejudicial quanto o tabaco, a maconha, a cocaína ou outras inúmeras drogas ilícitas", completa a especialista.


Por que proteger os olhos, mesmo no inverno?




Muita gente associa o isso de óculos escuros ao verão, mas para a saúde dos olhos é importante proteger sempre que possível, explica oftalmologista
De todos os raios de luz que chegam ao nosso planeta apenas uma parte pode ser vista pelos seres humanos, mas todos agem sobre os olhos e o efeito pode ser cumulativo.
"Não sentimos os raios infravermelho, mas eles causam doenças para o nosso organismo. A exposição exagerada aos Raios UVA e UVB nos olhos pode causar: espessamento ou câncer na conjuntiva, também fibrose que pode invadir a córnea, ceratite (inflamação na córnea), catarata, degeneração do vítreo, queimadura da retina, degeneração macular", alerta Dr. Renato Neves, cirurgião oftalmologista com pós-doutorado em Imunologia, Córnea e Catarata na Harvard Medical School e Presidente Sociedade Brasileira de Ceratocone.
 A intensidade dos raios pode ser alta independentemente do calor que a pessoa sente, mas o ideal mesmo é que criemos um hábito que pode salvar a nossa visão, até porque mesmo em dias nublados os raios de sol passam através de nuvens finas.
"A prevenção tem que começar na infância Se esse cuidado for tomado desde cedo, as doenças que costumam aparecer após os quarenta podem ser evitadas ou atenuadas”, lembra o oftalmologista.
Outro ponto importante é a atenção com os idosos e crianças, alerta o especialista.
"Normalmente a gente se lembra de pegar os nossos óculos escuros, mas se você cuida de crianças e idosos é fundamental que se preocupe em protegê-los também. Nos idosos a visão, em geral, já está impactada e cada pequeno cuidado pode fazer diferença para preservar características mais saudáveis."
Quais os cuidados ao escolher os óculos de sol? Confira algumas dicas:
- Deve envolver a face de um lado ao outro, de têmpora a têmpora, para que os raios não penetrem pela lateral;
- Ter lentes com filtros que bloqueiem 100% dos raios UVA E UVB;
- Ter tratamento antirrisco, antirreflexo e polarização;
- Preço não influencia;
- Procure o selo de qualidade e o selo de proteção UV;
- Se possível, proteja-se do sol da 10h da manhã às 14h;
- Escolha corretamente a cor das lentes;
Qual é a cor de lente ideal para a sua atividade?
Dr. Renato Neves diz que na hora de escolher os óculos de sol devem-se evitar as lentes pretas, dando preferência a uma cor que favoreça as atividades e a visão da pessoa. Veja alguns exemplos:
1.          Cinza – São usadas para várias atividades, fazendo com que o usuário sinta-se à vontade e confortável.
2.          Âmbar/castanho – São indicadas para dirigir, já que oferecem uma boa noção de contraste e profundidade.
3.          Verde – As lentes verdes filtram pouca luz azul, mas oferecem melhor visão de contraste. É a cor mais adequada para a população acima dos 60 anos, quando tem início uma perda gradual da visão de contraste.
4.          Púrpura – São a melhor opção para quem pratica esqui ou caça, porque aumentam a visão de contraste em ambientes com fundo azul ou verde.
5.          Amarela – As lentes amarelas bloqueiam a luz azul e reduzem o ofuscamento de motoristas no lusco-fusco do entardecer. Entretanto, são inadequadas durante o dia, já que reduzem a visão de contraste em ambientes com muita luminosidade.

Dr. Renato Neves - foi um dos primeiros cirurgiões a realizar no Brasil a cirurgia de catarata com facoemulsificação em 1993. Formado pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo, concluiu também nessa instituição a sua residência, mestrado e doutorado, se especializando com um pós-doutorado em Imunologia, Córnea e Catarata na Harvard Medical School - Massachusetts Eye and Ear Infirmary e no MIT – Massachusetts Institute of Technology. É sócio fundador do Instituto da Visão da UNIFESP e da Sociedade Brasileira de Cirurgia a LASER e membro da American Academy of Ophthalmology, onde recebeu, em 2005, o Achievement Award. É também membro da International Society of Refractive Surgery e European Society of Cataract and Refractive Surgery. Autor do livro “Perguntas e Respostas Sobre Cirurgia a Laser – Miopia, Astigmatismo e Hipermetropia”, em que esclarece as principais dúvidas que as pessoas têm sobre a cirurgia a laser. É também presidente da Sociedade Brasileira de Ceratocone. 

Mal-estar físico e social




Sintomas da psoríase causam perda da qualidade de vida dos portadores da doença, evidenciando a necessidade de rápido diagnóstico e tratamento eficiente

Manchas avermelhadas e formação de escamas na pele, principalmente no couro cabeludo, cotovelo e nos joelhos, acompanhadas por muita coceira. Os sintomas da psoríase, doença inflamatória crônica da pele, são bastante conhecidos, mas por se assemelharem aos de outras patologias, podem passar despercebidos. A preocupação é tanta que a Câmara Municipal de São Paulo realizou ​em maio um evento sobre o tema, que atraiu em torno de 1.500 pessoas, entre elas portadores, curiosos e especialistas, numa tentativa do poder público de conscientizar a população sobre os perigos da doença.
Apesar de não ser tão conhecida como outras doenças de pele, como vitiligo e herpes, a psoríase é bastante comum. “A enfermidade atinge 3% da população mundial, alterando muito a qualidade de vida e o convívio social”, alerta a dermatologista Carla Bortoloto. A especialista é uma das palestrantes no ICAD Brazil, Congresso Internacional de Dermatologia Estética e Envelhecimento Saudável que será realizado de 25 a 27 de junho no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. No evento, a especialista irá ministrar duas palestras sobre o tema, expondo os riscos envolvendo a doença.
De fato, as manchas e as escamas, além de provocarem coceira, causando enorme desconforto físico, mostram-se também como uma barreira no convívio social, uma vez que são bastante perceptíveis, o que causa bastante constrangimento. Bortoloto também faz um alerta: “a psoríase não atinge apenas a pele, mas pode acometer todos os órgãos do corpo”, diz. De fato, pesquisas recentes apontam que a patologia pode levar, inclusive, ao desenvolvimento da síndrome metabólica, gerando aumento dos índices de colesterol, triglícérides e glicemia. Em casos mais graves, quando o paciente fica anos sem tratar os sintomas, a doença pode gerar hipertensão e problemas vasculares.
Apesar de não haver cura, os tratamentos disponíveis costumam mostrar boa eficácia. Eles variam de aplicação de medicamentos no local, hidratação da pele e exposição ao sol, nos casos mais leves, ao uso de raios ultravioleta em pacientes em estágio mais avançado. Além disso, sabe-se a maior parte dos casos tem origem genética e que manter hábitos saudáveis, como realizar atividades físicas, não abusar de bebidas alcoólicas e não fumar, diminuem bastante as chances do desenvolvimento da doença.

Cólica menstrual não é frescura feminina e, em muitos casos, requer tratamento médico




Após a polêmica do comercial de remédio para cólicas, conhecido esta semana com a hashtag "#semmimimi", a  ginecologista Maria Elisa Noriler afirma que as cólicas não são frescuras femininas e precisam de atenção e tratamento adequado em determinados casos.

As cólicas atingem cerca de 50% das mulheres e podem ocorrer antes, durante e depois do período menstrual. O "culpado" é um mediador de processo inflamatório chamado prostaglandina, que é liberado na camada interna do útero, em resposta à descamação endometrial, provocando cólicas muitas vezes bem doloridas.
Segundo Maria Elisa, a intensidade e a dor varia de mulher pra mulher, de mês para mês e "não é uma opção ou frescura". Além disso, a cólica normalmente não vem sozinha, "há também sintomas como náuseas, dor de cabeça, vômitos e até desmaios em casos mais graves", afirma a especialista. 

 É importante lembrar que se a cólica é algo que limita as atividades diárias,  ela deve ser investigada. "Por trás da cólica pode haver alguma doença como endometriose ou mioma uterino", alerta. Alguns cuidados podem amenizar a dor, tais como o uso de uma bolsa térmica quente na região, evitar o consumo de alimentos gordurosos e descansar.



Dra. Maria Elisa Noriler - Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. É Médica Preceptora de Ginecologia e responsável pelo setor de Ginecologia Endócrina InfantoPuberal e Climatério do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha desde fevereiro de 2010 e também médica plantonista de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Santa Joana e da Maternidade Pró Matre de São Paulo

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