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domingo, 14 de junho de 2015

Mal-estar físico e social




Sintomas da psoríase causam perda da qualidade de vida dos portadores da doença, evidenciando a necessidade de rápido diagnóstico e tratamento eficiente

Manchas avermelhadas e formação de escamas na pele, principalmente no couro cabeludo, cotovelo e nos joelhos, acompanhadas por muita coceira. Os sintomas da psoríase, doença inflamatória crônica da pele, são bastante conhecidos, mas por se assemelharem aos de outras patologias, podem passar despercebidos. A preocupação é tanta que a Câmara Municipal de São Paulo realizou ​em maio um evento sobre o tema, que atraiu em torno de 1.500 pessoas, entre elas portadores, curiosos e especialistas, numa tentativa do poder público de conscientizar a população sobre os perigos da doença.
Apesar de não ser tão conhecida como outras doenças de pele, como vitiligo e herpes, a psoríase é bastante comum. “A enfermidade atinge 3% da população mundial, alterando muito a qualidade de vida e o convívio social”, alerta a dermatologista Carla Bortoloto. A especialista é uma das palestrantes no ICAD Brazil, Congresso Internacional de Dermatologia Estética e Envelhecimento Saudável que será realizado de 25 a 27 de junho no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. No evento, a especialista irá ministrar duas palestras sobre o tema, expondo os riscos envolvendo a doença.
De fato, as manchas e as escamas, além de provocarem coceira, causando enorme desconforto físico, mostram-se também como uma barreira no convívio social, uma vez que são bastante perceptíveis, o que causa bastante constrangimento. Bortoloto também faz um alerta: “a psoríase não atinge apenas a pele, mas pode acometer todos os órgãos do corpo”, diz. De fato, pesquisas recentes apontam que a patologia pode levar, inclusive, ao desenvolvimento da síndrome metabólica, gerando aumento dos índices de colesterol, triglícérides e glicemia. Em casos mais graves, quando o paciente fica anos sem tratar os sintomas, a doença pode gerar hipertensão e problemas vasculares.
Apesar de não haver cura, os tratamentos disponíveis costumam mostrar boa eficácia. Eles variam de aplicação de medicamentos no local, hidratação da pele e exposição ao sol, nos casos mais leves, ao uso de raios ultravioleta em pacientes em estágio mais avançado. Além disso, sabe-se a maior parte dos casos tem origem genética e que manter hábitos saudáveis, como realizar atividades físicas, não abusar de bebidas alcoólicas e não fumar, diminuem bastante as chances do desenvolvimento da doença.

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