Sintomas da psoríase causam perda da qualidade de vida dos
portadores da doença, evidenciando a necessidade de rápido diagnóstico e
tratamento eficiente
Manchas
avermelhadas e formação de escamas na pele, principalmente no couro cabeludo,
cotovelo e nos joelhos, acompanhadas por muita coceira. Os sintomas da
psoríase, doença inflamatória crônica da pele, são bastante conhecidos, mas por
se assemelharem aos de outras patologias, podem passar despercebidos. A
preocupação é tanta que a Câmara Municipal de São Paulo realizou em maio
um evento sobre o tema, que atraiu em torno de 1.500 pessoas, entre elas
portadores, curiosos e especialistas, numa tentativa do poder público de conscientizar
a população sobre os perigos da doença.
Apesar
de não ser tão conhecida como outras doenças de pele, como vitiligo e herpes, a
psoríase é bastante comum. “A enfermidade atinge 3% da população mundial,
alterando muito a qualidade de vida e o convívio social”, alerta a
dermatologista Carla Bortoloto. A especialista é uma das palestrantes no ICAD
Brazil, Congresso Internacional de Dermatologia Estética e Envelhecimento
Saudável que será realizado de 25 a 27 de junho no Centro de Convenções Frei Caneca,
em São Paulo. No evento, a especialista irá ministrar duas palestras sobre o
tema, expondo os riscos envolvendo a doença.
De
fato, as manchas e as escamas, além de provocarem coceira, causando enorme
desconforto físico, mostram-se também como uma barreira no convívio social, uma
vez que são bastante perceptíveis, o que causa bastante constrangimento.
Bortoloto também faz um alerta: “a psoríase não atinge apenas a pele, mas pode
acometer todos os órgãos do corpo”, diz. De fato, pesquisas recentes apontam
que a patologia pode levar, inclusive, ao desenvolvimento da síndrome
metabólica, gerando aumento dos índices de colesterol, triglícérides e
glicemia. Em casos mais graves, quando o paciente fica anos sem tratar os
sintomas, a doença pode gerar hipertensão e problemas vasculares.
Apesar
de não haver cura, os tratamentos disponíveis costumam mostrar boa eficácia.
Eles variam de aplicação de medicamentos no local, hidratação da pele e
exposição ao sol, nos casos mais leves, ao uso de raios ultravioleta em pacientes
em estágio mais avançado. Além disso, sabe-se a maior parte dos casos tem
origem genética e que manter hábitos saudáveis, como realizar atividades
físicas, não abusar de bebidas alcoólicas e não fumar, diminuem bastante as
chances do desenvolvimento da doença.
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