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sexta-feira, 16 de julho de 2021

Por que oferecer salário emocional aos seus funcionários?

Conheça essa modalidade de salário que não tem a ver com valor econômico


Um emprego, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, na prática, pode oferecer muitas vantagens além do salário econômico propriamente dito. Mais do que apenas o pagamento mensal, “a empresa pode oferecer vantagens e oportunidades que complementam o valor do salário”, explica a gestora de carreiras e especialista em RH, Madalena Feliciano. 

Em outras palavras, o salário emocional é todo aquele que, não em forma de dinheiro, complementa a renda do empregado. Ele pode ser revertido em melhorias gerais, como alguns auxílios. Madalena explica que “ele serve como um incentivo aos profissionais da empresa e auxilia também no desenvolvimento do negócio”. Isso porque, com funcionários felizes, o rendimento do trabalho aumenta. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Universidade da Califórnia, um trabalhador feliz é, em média 31% mais produtivo, 3 vezes mais criativo e vende, em média, 37% a mais em comparação com os outros. 

Desse modo, “investir em um bom salário emocional é também investir na própria empresa e no rendimento da equipe”, afirma a gestora. Quando a liderança se dedica na implementação de um bom salário emocional, ela tende a encontrar melhores colaboradores, já que oferece melhores condições de vida e trabalho.

Exemplos de salário emocional

  • Espaços destinados à saúde dentro do espaço de trabalho;
  • Ambientes de lazer e bem-estar;
  • Horário flexível;
  • Incentivo na obtenção de conhecimento;
  • Práticas sustentáveis;
  • Outros incentivos que possibilitem uma melhor relação no espaço de trabalho.

Madalena afirma que “oferecer um bom salário emocional aos seus funcionários não beneficia apenas os colaboradores, mas também a própria empresa. Isso porque, trabalhadores motivados tendem a trabalhar com dedicação e não como uma ‘obrigação’ e, além disso, ‘vestem a camisa’ da empresa”. 

Vale ressaltar ainda que, o salário emocional NÃO SUBSTITUI O SALÁRIO ECONÔMICO. Por isso, nada de trocar um pelo outro. O Salário econômico é um direito de todo trabalhador e não deve, em nenhuma hipótese, ser desmerecido. Por isso, o salário emocional surge como um bônus, uma melhoria no espaço de trabalho. 

 


Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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Cinco mitos sobre sistema de gestão para PMEs

Acompanhar o ritmo acelerado da transformação digital e cultural é uma necessidade cada vez mais latente nas empresas, independentemente de seu porte ou segmento. Nesse sentido, a busca por um software de gestão empresarial, o chamado ERP (Enterprise Resource Planning), se torna indispensável.

Segundo uma pesquisa feita pelo Capterra, mais de 44% das empresas nacionais já adotam um sistema de gestão empresarial. E a tendência é a de que esse número aumente cada dia mais.

O ERP garante processos padronizados e bem definidos, centralização dos dados, melhorando a eficiência do negócio, sua lucratividade e competitividade frente a concorrência. Ainda assim, muitos pequenos e até médios empreendedores ainda acreditam que um sistema de gestão empresarial é algo exclusivo para grandes empresas.

No intuito de desmitificar essa questão, listo aqui cinco dos principais mitos que rondam o tema:

#1 A implementação é demorada: muitos empreendedores imaginam que o processo de implementação de um ERP é longo e burocrático. Mas, já há casos de implementação remota num prazo de apenas 15 dias – um verdadeiro recorde! Além disso, quanto menos customizações o sistema tiver, maior será a velocidade de implementação do ERP. Nas PMEs, como costumam ter uma operação mais simples, a implementação é bastante ágil.


#2 É difícil de usar: os sistemas de gestão costumavam ser complexos e difíceis de serem manuseados. Mas, tudo isso ficou no passado. Hoje, com a experiência do usuário, os ERPs são desenvolvidos mais user friendly e com soluções mobiles, garantindo uma fácil usabilidade por qualquer empreendedor e seus colaboradores e em qualquer lugar. O foco é a praticidade.


#3 Vai engessar os processos: a padronização da rotina e atividades da companhia é fundamental para seu gerenciamento eficaz. Nos ERPs, como o SAP Business One, essa estandardização é garantida, principalmente em processos de backoffice, proporcionando maior controle das informações e compliance. E, ao contrário do que alguns pensam, a padronização otimiza e não engessa os processos. Para inovar é preciso ter controle dos dados.


#4 Vai dar mais trabalho: ter a governança dos dados em tempo real contribui imensamente para a tomada de decisões, identificando as ações que estão dando certo e o que ainda precisa ser aperfeiçoado. Como resultado, o negócio terá mais produtividade, lucratividade e, consequentemente, escalabilidade com muito menos trabalho, ampliando o negócio.


#5 Custa caro: muitos empreendedores ainda acham que um ERP é uma exclusividade das grandes empresas, o que não é verdade. Hoje, é possível que uma pequena e média empresa tenham acesso aos mesmos recursos que uma grande companhia, pagando um valor muito baixo por cada usuário do sistema.


Apesar de todas as facilidades na implementação de um ERP, é imprescindível buscar um bom parceiro para apoiar a empresa nessa jornada. Só um especialista tem a expertise necessária para entender as demandas do seu negócio e adaptá-las ao sistema de gestão.

Um ERP moderno e completo possui todas as soluções para a transformação e evolução digital de um negócio. Com dados disponibilizados e gerenciados de forma online, na nuvem, o entendimento sobre a operação da empresa é muito maior e centralizado. Sua implementação é fácil, ágil e, principalmente, acessível ao seu bolso. Então, não há mais motivos para você achar que deve continuar gerenciando sua empresa em uma planilha de Excel.

 


Tatiana Netto - Global Channel Sales Manager do SAP Business One.

https://www.sap.com/brazil/products/business-one.html


Você sabe como renegociar dívidas acumuladas na pandemia?

Em março de 2020 a Organização Mundial da Saúde declarou que estávamos em uma pandemia. Desde então, uma crise econômica atingiu pequenos e médios empresários.


Com as restrições de funcionamento da atividade empresarial advindas da pandemia, muitos pequenos e médios empresários foram economicamente atingidos. Essas dificuldades contribuíram para que as pessoas não conseguissem honrar com contratos anteriores a este período, gerando um acúmulo de dívidas.

No entanto, o Código Civil brasileiro permite que contratos sejam revistos e, a depender do caso, rescindidos quando os mesmos não são cumpridos à risca. Casos de imprevisão contratual ou lesão e onerosidade excessiva, além de outras hipóteses previstas pela legislação, também são fatores para revisão.

No período de pandemia, os contratos com maior número de inadimplência foram os relacionados a dívidas bancárias. De acordo com dados divulgados no Relatório de Estabilidade Financeira de 2021, no ponto de vista das instituições financeiras o descumprimento de contratos é o maior fator de risco à estabilidade financeira do país.

“Dessa maneira, se abordarmos a teoria da imprevisão, que, como o próprio nome indica, trata de acontecimentos imprevisíveis por parte dos contratantes, a pandemia pode ser incluída”, explica João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade.

A teoria da imprevisão – antevista nos artigos 478, 479 e 480 do Código Civil – permite que contratos impactados por situações imprevisíveis sejam revisados, e a legislação prevê que esta teoria é cabível de aplicação em casos de contratos que se cumprem por meio de atos reiterados, em que a prestação de serviço se torna excessivamente incômoda para um dos envolvidos ou quando ocorrem situações extraordinárias, caracterizando um desequilíbrio contratual, como é o caso desta pandemia.

“Vale ressaltar que mesmo com a existência da teoria da imprevisão, o Código Civil brasileiro não a tornou regra geral para revisão de contratos. Logo, a mesma só é aplicada em casos de força maior”, diz Esposito.

Ainda, outra opção é a teoria da lesão, expressa no Art. 157 do Código Civil, que também pode ser enquadrada no cenário pandêmico atual. Esta teoria está fundada na necessidade imediata de contratação, fazendo que o empregador muitas vezes se preste a parcelas desproporcionais, ocasionando seu endividamento.

Segundo Bruna Estima, advogada da Estima Advocacia e parceira da Express CTB “o Código de Defesa do Consumidor é aplicado em contratos envolvendo pequenas e microempresas e instituições financeiras, inclusive, em casos que os créditos são hipossuficientes”.

Assim, é perceptível que a legislação civil protege os empresários que sofrem com a crise financeira ocasionada pela pandemia. Considerando que milhares de brasileiros estão sofrendo com o superendividamento, o Congresso Nacional está em fase de aprovação do Projeto de Lei n° 3515/2015, que irá regulamentar esta questão no país para os consumidores bancários.



Express CTB

www.expressctb.com.br

 

Os impactos da pandemia na Justiça do Trabalho

A pandemia tem feito estragos em muitos setores. Temos acompanhado o fechamento de diversas empresas, a aceleração do desemprego e, consequentemente, uma busca cada vez maior pela Justiça do Trabalho. Segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho, tivemos 1.161.417 ações em 2020. Dessas, 86.058 tem causa direta com a Covid-19.

Entre as principais, estão os pedidos de verbas rescisórias, questões ligadas ao fornecimento inadequado de equipamentos de proteção individual, regras de home-office e redução da multa de 40% do FGTS. Cabe destacar que 43.820 – o equivalente a mais de 50% das ações ligadas ao Covid – são relativas a horas extras.

Antevendo os problemas, em março de 2020, logo no início da pandemia, foi aprovada a Medida Provisória 927/2020, que dispunha de medidas trabalhistas para o enfrentamento do estado de calamidade pública. A MP visava fornecer orientações específicas dada a situação emergencial.

Além dos cuidados básicos individuais, como o fornecimento de álcool em gel, luvas e máscaras, foi necessário possibilitar maneiras de o trabalhador evitar o transporte público. Nesse contexto, o home-office ganhou força, em especial entre trabalhadores do meio administrativo.

O tema já vinha sendo elucidado pela Justiça do Trabalho desde a reforma trabalhista, em 2017. Ainda assim, muitas dúvidas surgiram, em especial sobre quem deveria pagar as despesas extras com energia elétrica e internet e sobre os cuidados relacionados à saúde ocupacional, visto que muitos não dispõe de uma boa infraestrutura ergonômica para trabalhar em casa.

Com tantos questionamentos, o Ministério Público do Trabalho divulgou, em outubro, uma nota técnica com 17 práticas recomendáveis em relação ao teletrabalho. De acordo com a nota, os trabalhadores precisam ser instruídos a fim de evitar doenças físicas, mentais e acidentes de trabalho, bem como adotar medidas de segurança, como intervalos e exercícios laborais. Na prática, cada um tem seus direitos e deveres.

Outro ponto que gerou preocupação foi quando o Supremo Tribunal Federal eliminou um trecho da MP 927/2020 que definia que casos de infecção por Covid-19 não seriam considerados como doenças ocupacionais. Se antes a medida prejudicava trabalhadores diante da impossibilidade de comprovar a contaminação no ambiente de trabalho, a suspensão do trecho preocupou as empresas, que seriam totalmente responsabilizadas pelos casos de contaminação.

Apesar de abrir margem para que todos os colaboradores em atividade presenciais que desenvolvessem a doença pudessem se utilizar da lei para responsabilizar a empresa por sua enfermidade, a constatação depende de uma avaliação do INSS que comprove que o ambiente de trabalho realmente ofereceu risco para as equipes.

Mais recentemente, em fevereiro, eis que surge um novo imbróglio jurídico. O Ministério Público do Trabalho, estabeleceu que os trabalhadores que se recusarem a tomar a vacina contra a covid-19, sem justificativa médica, podem ser demitidos por justa causa.

O caso, obviamente, está gerando polêmica. Afinal, o artigo 7º da Constituição diz que o bem coletivo está acima do direito individual. No entanto, o artigo 5º garante a liberdade individual de cada cidadão.  Juristas estão divididos e, esse é um debate que deve se acentuar quando finalmente chegar o momento de vacinar pessoas em idade economicamente ativa.

Na prática, os problemas ainda estão apenas começando, haja vista que o trabalhador tem até dois anos para reclamar seus direitos na Justiça do Trabalho. Nesse momento, cabe às empresas tomar as medidas cabíveis e sempre criar registros de suas ações. Com o tempo, a tendência é que o volume de processos aumente de forma cada vez mais expressiva. É preciso se preparar.

 


Ariadne Fabiane Velosa - advogada do Escritório Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados
https://www.marcosmartins.adv.br/pt/ 

 

Os sistemas de validação de dados e o combate de fraudes financeiras

 

Apesar de todo o aparato tecnológico dos dias atuais, ainda existem problemas estruturais para atuar contra os mais diversos tipos de fraudes. Nem sempre surgem hackers malvados ou invasores sem escrúpulos que se apoderam de perfis em mídias sociais na intenção de usar de engenharia social para aplicar golpes e auferir dinheiro fácil camuflado no ambiente online, e sim uma complexa rede de facilidades burocráticas que permitem a construção de verdadeiros “impérios fraudulentos”, apenas com os meios usuais que quaisquer empresários precisam passar para a criação de seus negócios.

Desde a aquisição de empresas antigas e sem movimentação para alterar sua razão social e dar um ar de “empresa segura” pelo tempo de existência, até a utilização de informações inverídicas sobre posse de propriedades de alto valor declarado para ingressar capital social.

Falsificação de laudos de ações de bancos de altíssimo valor compradas por uma ninharia e sua utilização, também como meio de valoração de mercado destas empresas, entre outros verdadeiros crimes de estelionato.

Muitas vezes estes “empreendimentos” são oficializados por cartórios e bancos, que não possuem um mecanismo capaz de verificar e autenticar estas informações, quer seja em tempo real, quer seja de forma consultiva antes da liberação de registros, para confrontar com os documentos apresentados, ainda que de fé pública.

Desta forma, é urgente que decisões políticas criem as estruturas necessárias para que órgãos públicos desenvolvam estes sistemas de validação ou ainda criem agências reguladoras para que a iniciativa privada venha a criar sistemas de controle e executem tais consultas para se integrar tanto aos sistemas cartorários quanto aos bancários. 

Neste sentido, a ciência de dados e as tecnologias da blockchain servirão para criar soluções práticas, auditáveis e integradas com diversas bases governamentais para perseguir este objetivo e dificultar, ou até impossibilitar, a criação de empresas usadas para o cometimento de crimes, como na atualidade com a explosão dos casos de crimes de pirâmides financeiras e Esquemas Ponzi.

 


Panayotis Giannopoulos - gestor de TI do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados

 

Simples é retirado do rol de renúncias tributárias

Sebrae comemora aprovação de emendas, na LDO, que beneficiam pequenos negócios


O Sebrae comemorou a aprovação das emendas na Lei de Diretrizes Orçamentárias que retiraram o Simples Nacional do rol de renúncias tributárias sujeitas à inserção nas leis e quadros orçamentários. As alterações foram propostas pelos senadores Jorginho Mello (PL/SC) e Izalci Lucas (PSDB/DF) e tiveram forte apoio dos parlamentares.

“As empresas de pequeno porte tiveram uma grande vitória no Congresso Nacional. Com o novo texto, o Simples Nacional não será considerado renúncia fiscal”, afirmou o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Ele ainda apontou que as emendas aprovadas reafirmam a previsão constitucional de tratamento diferenciado aos pequenos negócios, ratificam a posição doutrinária de não considerar regimes constitucionais como renúncia e protegem o regime tributário de ataques com potencial de prejudicar os pequenos negócios.

Melles ressalta que os textos aprovados trazem justiça aos empreendedores do segmento e que a ausência do caráter de renúncia de receitas públicas, prevista no texto aprovado, impede não apenas a caracterização de um gasto tributário, mas também a mensuração da suposta perda de arrecadação, durante o processo orçamentário: “A aprovação das emendas foi uma decisão acertada do Congresso Nacional, pois retirou o Simples Nacional do rol de benefícios tributários sujeitos à inserção nas leis e quadros orçamentários” comenta.

Desde 2007, existem, em âmbito federal, três regimes tributários, todos de livre escolha por parte das micro e pequenas empresas, que podem escolher entre o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. O presidente do Sebrae chama a atenção para o fato de que, em 2018, as empresas do Simples recolheram tributos federais que representaram 8,2% da receita bruta total, enquanto as empresas do Lucro Real 6,99%. “Isso mostra que o percentual do Simples Nacional é superior àquele do Lucro Real, regime que teria que ser considerado, por excelência, como sistema tributário de referência”, pontua Melles.

 

OCDE sugere dez passos para melhorar a Educação brasileira, como avançar nessa caminhada?

Quais são as grandes feridas da Educação brasileira? Onde estão nossas falhas, enquanto instituição e enquanto nação, quando o assunto é promover e garantir educação de qualidade, experiências impregnadas de sentido e melhoria nas condições de vida? A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta quarta-feira (30) o relatório “A Educação no Brasil - uma perspectiva internacional”, que destrincha uma série de dados e informações que orbitam nas muitas esferas educacionais no país e propõe, ao final, dez passos para alcançarmos melhores resultados. O documento, profundo e detalhado, traz reflexões fundamentais para construirmos um projeto educacional mais sólido e respondermos a essas questões iniciais. No entanto, já dizia Mário Quintana, “a resposta certa não importa, o essencial é que as perguntas estejam certas”.

Os espaços escolares são, por essência, ambientes diversos, inseridos em realidades ainda mais diversas. Soluções adotadas de forma geral não necessariamente terão impactos positivos nas múltiplas singularidades em que há professores trabalhando. É preciso conhecer e compreender como os processos de ensino e aprendizagem acontecem nos diferentes contextos existentes. Uma localidade com apenas duas escolas tem tanta diversidade quanto outra que precisa coordenar dezenas delas, em diferentes bairros e com diferentes perfis. O sistema é gigantesco e moroso, e conhecer as muitas problemáticas envolvidas no processo de organização do ensino não basta para corrigir essa verdade. Apontar as dificuldades e os desafios da Educação brasileira é um exercício que a própria escola faz há muito tempo, com conclusões similares às apresentadas no relatório da OCDE.

Embora seja importante compreender o cenário atual, é ainda mais importante refletir sobre as possibilidades de melhoria de forma detida e cuidadosa. O discurso do investimento, por exemplo, vive um paradoxo. Enquanto se afirma que o Brasil deveria investir mais em Educação, por outro lado, em termos de dados, verifica-se que o país, na verdade, investe muito. Essa distorção se cria porque o investimento possui equívocos com muita burocracia e pouca flexibilidade para que, lá na ponta da cadeia, as escolas possam aplicar os recursos naquilo que realmente trará retorno para seus alunos. É possível, mesmo prestando contas dos investimentos, permitir uma utilização mais assertiva da verba destinada à Educação.

Mas esse é apenas um exemplo. Outra boa dinâmica é voltar o olhar para os professores. A OCDE afirma que é preciso preparar melhor os profissionais de ensino. Do que estamos falando, nesse caso? Trabalhar com o desenvolvimento dos docentes é, sobretudo, olhar para a formação desses profissionais, principalmente a formação inicial. Muitos professores chegam à graduação com lacunas significativas, o que é impacto da Educação Básica. E, se hoje temos uma fragilidade na formação inicial, é preciso pensar o que fazer na formação em serviço. Não se trata apenas de oferecer cursos, mas também de apurar a escuta e o olhar para conhecer a real necessidade do professor.

E, para além das questões pragmáticas, há outras, muito menos palpáveis, embora não menos relevantes. Neste momento de pandemia, qual o tamanho do desgaste e da redução dos recursos humanos na Educação brasileira? Quantos profissionais do ensino não estamos perdendo primeiro para a Covid-19 e, depois, para a falta de perspectiva? Quantos professores seguem dentro da escola, mas sem condições de realizar seu trabalho porque estão machucados demais pela dura realidade compulsória?

Esse tipo de olhar ajuda a enxergar que a própria mensuração de qualidade tem uma infinidade de parâmetros possíveis. O que é essa qualidade? É ter as crianças matriculadas e frequentando a escola? Ou é garantir que se apropriem dos saberes e os transcendam para a vida cotidiana? As consequências de não refletir sobre isso são evidentes. O Brasil avançou na oferta de acesso ao ensino, mas não avançou na permanência de qualidade, não avançou na direção das muitas exigências feitas atualmente para a cidadania, para a vida em sociedade e pelo mercado de trabalho.

Não podemos nos esquecer que um relatório é sempre uma fotografia, mas a Educação brasileira é um filme que está rodando, e que não está e nunca estará concluído. Nesse sentido, o relatório divulgado pela OCDE é importante, mas também denota a necessidade de outros investimentos e de outros olhares para que possamos cumprir todos os verbos propostos por ele. Para que possamos superar, aprimorar, intervir, desenvolver, aumentar, oferecer e desenvolver teremos que parar de olhar apenas para as feridas e começar a agir em direção à cura. Se as mazelas são as mesmas há décadas, que esferas precisam ser efetivamente movimentadas para que o próximo relatório seja diferente? 

 


Angela Biscouto - consultora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil


Inflação atinge 8,35% - veja orientações de como agir

A inflação volta a assustar os brasileiros, os números oficiais apontam que esse índice fica em 0,53% em junho e atinge 8,35% em 12 meses, com isso a inflação acumulada em 12 meses é a maior desde setembro de 2016. Uma situação assustadora, principalmente diante a crise que vivemos.

Já o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos, afirma que essa taxa, mesmo que alta, não é a real. "Infelizmente observo que para o dia a dia da população esse índice é muito maior, basta observar os preços dos alimentos e da energia elétrica, que foi a grande vilão desse índice, com alta de 1,95%, e que terá efeito cascata nos outros preços", analisa.

Contudo Reinaldo Domingos explica que o momento é de preocupação, mas se desespero. "É hora de repensar nossos hábitos de consumo, principalmente em relação aos produtos que estão tendo aumento, lembrando que existem levantamentos que apontam que cerca de 20% do que as famílias gastam são excessos. Cortando-os, não só se adequará a essa realidade de aumentos como também poderá poupar para realizar mais sonhos", explica.

Para quem está preocupando com o orçamento, a recomendação é começar fazendo um minucioso diagnóstico de sua vida financeira, colocando no papel todos os ganhos e gastos, desde os menores aos mais expressivos. Com os números em mão, fica mais fácil de fazer cortes.

O presidente da ABEFIN listou sete dicas de como economizar durantes os aumentos dos preços. Confira:

1- Economize ao utilizar o veículo. Nem sempre se necessita fazer tudo de carro ou de transporte público; andar pode ser saudável e econômico. Além disso, é importante manter o carro revisado para que imprevistos não estourem as finanças;

2- Em relação ao transporte, outro ponto importante é otimizar as viagens, buscando otimizar as saídas ou realizar rodízios com colegas de trabalho e amigos;

3- Os gastos de energia elétrica são um dos que mais apresentam excessos. Basta pensar em quanto tempo usa o chuveiro e quantas vezes deixa as luzes ligadas ou a geladeira aberta. Sem contar no uso de televisão e de computador;

4- Negocie pontos como conta de celular e internet, se for necessário busque a portabilidade. Reveja também pontos como TV a Cabo e Streaming, muitas vezes não se usa e são gastos imperceptíveis;

5- A reciclagem de produtos também deve ser priorizada. Os desperdícios nas casas são muitos, sendo possível reciclar desde alimentos até roupas e materiais escolares, sem perder a qualidade;

6- Antes de ir ao supermercado, faça uma lista de compras e procure deixar as crianças em casa. Também tenha cuidado com as promoções; quantas vezes compramos o famoso "pague dois e leve três" e perdemos dois dos produtos;

7- Compare os preços quando for às compras. Seja online, em lojas, supermercados ou até restaurantes, é fundamental que se faça essa comparação, pois as variações são muitas.


Inteligência Artificial no Comex 4.0

Tecnologia pode ser aplicada a praticamente todos os processos do comércio exterior


O Comércio Exterior é uma área considerada tradicional por muitos. No entanto, a cada ano a adoção de novas tecnologias e medidas que visam a desburocratização avançaram sobre a área e, assim como aconteceu na indústria, o segmento vem passando por uma grande revolução que já está sendo chamada de “Comex 4.0”. 

Uma das principais tecnologias que vem sendo adotada para desburocratizar e agilizar os processos do Comex é a Inteligência Artificial. Segundo Leandro Aires de Oliveira, líder de Sucesso do Cliente da LogComex, empresa especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para a cadeia de comércio exterior, a IA pode ser aplicada na grande maioria dos processos da área porque, como a comunicação entre os países está cada vez mais rápida, é necessário promover um trânsito mais célere de documentos e informações que alimentam o segmento e os órgãos anuentes brasileiros.

Entre os processos que podem ter Inteligência Artificial, Leandro destaca carga e descarga de navios nos portos, identificação de rotas nos portos e terminais para os caminhões fazerem entregas de contêineres, avaliar dentro do pátio qual é o equipamento que esteja disponível para fazer manobra de carga ou descarga, analisar a possibilidade da mercadoria sair mais cedo do terminal, envio e recebimento de todas as informações para os órgãos anuentes brasileiros como declaração de ICMS, licença de importação, entre outros documentos.

Segundo Leandro, hoje em dia os portos, aeroportos e armazéns já centralizam todas as consultas que o importador precisa fazer em um portal que dá acesso aos sites dos órgãos anuentes e dos armadores para trazer todas as informações da carga do cliente em um único lugar. “A Inteligência Artificial também pode ser utilizada para fazer todo o rastreamento da carga, acompanhando cada estágio desde o embarque até a entrega dela na planta do importador”, detalha.

Para auxiliar os importadores a digitalizar seus processos de comércio exterior, a LogComex oferece a ferramenta Search, que funciona adotando a inteligência de dados baseada em Big Data com um cruzamento de bases públicas do governo e informações separadas de vários lugares diferentes, permitindo ao importador fazer a análise de seu mercado em relação à posição que ele está perante os concorrentes, qual é a média de frete que a concorrência está pagando, qual é o valor de seguro, onde essas cargas estão sendo desembaraçadas, enfim, uma grande gama de informações para facilitar o trabalho do cliente. “O Search tem gráficos com o ranking do importador, traz um cálculo de market share, faz comparações com os principais concorrentes, exportadores, além de trazer comparativos das principais rotas e mercadorias. É uma ferramenta completa que permite fazer essa análise sem precisar extrair nem manipular os dados”, descreve.

Outro ponto que Leandro considera importante no processo de digitalização do comércio exterior é o Customer Success (CS), ou sucesso do cliente. Segundo o especialista, hoje em dia as pessoas querem as informações em segundos e a função do CS nessa jornada dos clientes do Comex 4.0 é estar ali para acompanhá-los e guiá-los para extrair o máximo de dados possíveis, no mínimo de tempo gasto e essas informações se traduzam em ganhos. “O objetivo do CS é ajudar o cliente a ser mais competitivo no mercado ou controlar a produtividade ou ter maior controle sobre os documentos, enfim, é fazer essas análises e ser consultor do cliente para trazer novas ideias e entregar uma experiência ainda melhor para o contratante”, finaliza.

 


Leandro Aires de Oliveira - Customer Success e Team Leader dos times de Alfandegados e Tracking. Possui mais de sete anos de experiência em atendimento ao cliente e comércio exterior.

 

LogComex

http://www.logcomex.com/

 

Estudo aponta biogás como alternativa promissora ao diesel para caminhões

Grupo do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás analisou 45 artigos que avaliam todo o “ciclo de vida” dos combustíveis usados no setor de transporte de carga rodoviário, desde a extração até o descarte. Trabalho indica prós e contras de cada tecnologia (foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O biogás representa uma alternativa eficiente e promissora em termos ambientais para substituir o diesel como combustível nos caminhões de carga. Esta é a conclusão de um estudo de revisão publicado na revista Wires Energy and Environment por cientistas ligados ao Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell na Universidade de São Paulo (USP).

O grupo analisou 45 artigos científicos com foco na chamada "avaliação de ciclo de vida" dos combustíveis usados no setor de transporte de carga rodoviário. Esse tipo de análise acompanha todo o processo de uso dos materiais – desde a extração em poços de petróleo e gás, produção agrícola de matérias-primas ou geração de eletricidade até o seu descarte ou eventual reciclagem.

Também foram considerados os aspectos econômicos e ambientais dos diferentes tipos de combustíveis, como emissões de gases de efeito estufa e de poluentes, entre eles material particulado e monóxido de carbono. Além do biogás – produzido pela decomposição de matéria orgânica por bactérias –, as células de combustível alimentadas por hidrogênio também são apontadas como uma possível boa alternativa no quesito de redução nas emissões de gases de efeito estufa.

Os autores do artigo ressaltam que os estudos com as avaliações de ciclo de vida apontam quais tecnologias têm maior chance de reduzir as emissões, mas isso varia conforme a localização, o desenvolvimento tecnológico, as condições das rodovias, o peso, os materiais usados e a matriz energética de onde elas são adotadas.

"O Brasil tem um grande potencial para a adoção do biogás, pois poderia aproveitar resíduos da produção de etanol, por exemplo", diz o engenheiro eletricista Pedro Gerber Machado, pesquisador do Departamento de Engenharia Química do Imperial College London, no Reino Unido, e primeiro autor do artigo – também assinado por Ana Teixeira, Flávia Collaço e Dominique Mouette, todas da USP.

"Isso, no entanto, demandaria um grande investimento – algo que investidor em geral não gosta – e não há uma produção centralizada. Outro estudo que fizemos aponta que o Estado de São Paulo poderia substituir todo o gás natural que consome hoje apenas com o biogás, mas teria de ser espalhado por 355 usinas ou plantas e não a partir de um único lugar”, diz Machado.

Segundo os autores, faltam investigações e informações sobre o impacto ambiental das diferentes opções de combustível, principalmente aquelas relacionadas ao biogás. Há poucos estudos que comparam todas as alternativas com todas as preocupações ambientais. Enquanto no mundo há muitos países cujas frotas são movidas em parte a gás natural liquefeito ou a eletricidade, no Brasil o diesel ainda é onipresente, de acordo com Machado.

Governantes de vários países buscam soluções em setores diversos da economia para zerar as emissões de gases de efeito estufa, apontadas como responsáveis pelas mudanças climáticas. O setor de transportes enfrenta grandes questionamentos, pois é responsável por aproximadamente 30% do consumo de energia do mundo e por 16% dessas emissões.

Embora a eletrificação do setor de transporte rodoviário seja uma tendência global, essa opção é a que traz mais incertezas, uma vez que os ganhos ambientais dependem da matriz energética do país. Com uma matriz elétrica limpa, com altas porcentagens vindas de fontes renováveis, afirmam os autores do artigo, os caminhões elétricos (em especial os com células de combustível de hidrogênio) são a melhor alternativa.

"Mas será que somos capazes de manter uma matriz energética renovável se tivermos uma demanda gigantesca do setor de transportes? Essa é a grande questão", pontua Machado. "Não adianta eletrificar se, para atender a demanda dos carros, passarmos a produzir energia a partir de gás natural."

Como o gás natural é um combustível fóssil, ele praticamente não reduz as emissões de gases de efeito estufa, embora provoque uma emissão menor de material particulado. Dentro da tecnologia de gás natural comprimido (GNC), as emissões variam conforme a eficiência e os possíveis vazamentos de metano durante o transporte do gás natural. A opção por biodiesel, por sua vez, apresentou poucas vantagens ambientais, uma vez que os artigos científicos analisados apontaram um alto consumo energético e emissões elevadas na fase de produção.

Pela perspectiva econômica, as melhores opções foram o GNC, o gás natural liquefeito (GNL) e os caminhões híbridos. "O gás natural é uma opção mais barata que o diesel e, por ter o benefício de emitir menos material particulado, poderá vir a ser escolhido como alternativa. O preço vinculado à qualidade ambiental provavelmente será usado em um grande pacote de marketing. Não se deve esconder, porém, que ele é um combustível fóssil e, portanto, emite gases de efeito estufa", afirma Machado.

O artigo Review of life cycle greenhouse gases, air pollutant emissions and costs of road medium and heavyâ?duty trucks pode ser lido em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/wene.395.

Um texto do pesquisador Pedro Machado comentando os dados do estudo pode ser lido no blog Sustainable Gas Institute, do Imperial College London, em: wwwf.imperial.ac.uk/blog/sustainable-gas-institute/2021/04/07/what-are-the-best-options-for-road-freight-transport/.

 

Com informações da Assessoria de Comunicação do RCGI.

 

Agência FAPESP*

https://agencia.fapesp.br/estudo-aponta-biogas-como-alternativa-promissora-ao-diesel-para-caminhoes/36353/


Dados pessoais na área da saúde: novas responsabilidades de hospitais, clínicas e planos

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já é uma realidade que se consolida cada vez mais no dia a dia de entes públicos e privados e de pessoas afetadas direta e indiretamente pela legislação. A lei tem como objetivo central proteger os dados pessoais que circulam por sistemas de softwares dos mais diversos tipos e níveis de segurança. 

Na área da saúde, a LGPD precisa ser aplicada em clínicas, consultórios e hospitais. Deve-se garantir que gestores, funcionários e empresários responsáveis estabeleçam e mantenham um conjunto de regras e hábitos seguros ao lidar com informações pessoais de seus pacientes. 


Dentre as informações tidas como passíveis de serem analisadas e processadas à luz da LGPD estão todos os dados que permitem identificar direta ou indiretamente um indivíduo, como nome, números de documentos, gêneros, datas de nascimento, retratos ou prontuários de saúde, por exemplo.

 

O conhecimento da lei e de tudo o que é determinado no texto legal, entretanto, é só uma das fontes de pesquisa e de referência para quem, agora, tem esse tipo de responsabilidade. Ou seja, não só os médicos, enfermeiros e gestores como também os profissionais da área jurídica dos estabelecimentos de saúde devem estar preparados para a adaptação à LGPD. Além disso, eles também devem contar com um ferramental teórico e de sistema que permitam colocar a Lei em prática.

 

A Lei garante consequências sérias para o descumprimento das determinações. Tais como penalidades administrativas, como suspensão, advertência ou multas, ou mesmo mais litigiosas, em condenações civis por perdas e danos. Para garantir que os dados estejam assegurados e evitar possíveis consequências indesejadas do cumprimento da Lei, cada vez mais empresas enxergam o uso de softwares específicos como uma solução eficaz. 

 

Sergio Cochela, CEO da ProJuris — empresa líder no mercado de tecnologia de inteligência jurídica —, observa que um bom sistema de gestão garante mais segurança no gerenciamento da identidade e do acesso a informações muitas vezes sensíveis. "Sistemas voltados para o aspecto jurídico como o Projuris, por exemplo, conferem uma segurança e uma garantia de que os dados estejam sendo operados dentro de um ambiente controlado. Oferecemos ferramentas de restrição de acesso, disponibilidade de dados e registros que facilitam a auditoria das atividades", afirma. 

 

Segundo Cochela, apesar dos riscos à privacidade estarem relacionados ao avanço tecnológico, "a saída para possíveis problemas está justamente em softwares robustos e preparados para lidar com as necessidades impostas por esse novo contexto".

 

Segurança de dados, na prática

 

Dentre as particularidades mais importantes da aplicação da Lei na saúde, está o fato de que ela precisa ser entendida dentro de um contexto maior. Norival Raulino da Silva Júnior, advogado especialista em direito digital e proteção de dados, parceiro da ProJuris, destaca o exemplo de outras legislações setoriais, como a Lei do Prontuário Eletrônico (Lei nº 13.787/2018), por exemplo. “Entendidas essas exigências e as condições de legitimidade, é importante executar um trabalho de revisão de procedimentos e garantir que cada etapa do ciclo de vida do dado pessoal, da coleta ao descarte, atenda os princípios de proteção de dados estabelecidos na LGPD”, afirma.

 

Por mais complexa e brusca que a mudança possa parecer, tanto para as instituições como para quem é dono dos dados tratados na lei, vale entender melhor os objetivos principais da legislação. O tratamento de dados responsável e transparente é o foco da criação da LGPD como um todo, não só em se tratando da área da saúde.  

Um dos deveres garantidos pela LGPD, aliás, o da transparência no processamento de dados, é o que garante que os titulares tenham o direito de exigir o acesso não só às informações como também ao modo como elas são tratadas dentro do sistema do hospital, da clínica, do plano de saúde etc. Isso enquanto se preservam informações confidenciais do outro lado, como segredos de negócios, estratégias de cibersegurança etc.

“Estas instituições devem prestar contas e informar sobre finalidades de tratamento, hipóteses de compartilhamento, e, possibilitando uma tomada de decisão por parte dos contratantes, indicar ao menos genericamente os controles técnicos e gerenciais empregados para impedir exposição ou acesso indevido, roubo, perda e modificação não autorizada de dados pessoais”, explica Norival.


 

Software jurídico auxilia durante a pandemia 

 

O Brasil está se aproximando das 500 mil mortes por Covid-19. Em várias regiões do país, há registros de fila de espera por um leito especializado. Enquanto os profissionais da saúde lutam na linha de frente para tentar conter o avanço da pandemia, a ProJuris auxilia dezenas de planos de saúde e hospitais que estão utilizando a tecnologia da empresa para respirar um pouco mais aliviados durante este período turbulento.

 

Assim como empresas de outros setores, o departamento jurídico de hospitais e clínicas interfere diretamente nas atividades de atendimento, cobrança, marketing e financeiro. Os profissionais da área jurídica precisam estar atentos às mudanças na legislação, alterações na estrutura administrativa, dentre outras situações.

 

Com o software da ProJuris, é possível monitorar de forma automática as Notificações de Intermediação Preliminar (NIPs) e acompanhar, em tempo real, contratos, processos, requisições, provisionamento e vários outros indicadores. 

 

"Auxiliamos as empresas enviando notificações sobre novas liminares, já na distribuição do processo, antes mesmo da citação. Monitoramos também os andamentos para saber se a liminar foi ou não deferida e conseguimos automatizar o controle sobre advogados contumazes, ANS, perícia, sigilo, LGPD etc", conta Cochela.

 


 ProJuris


Motofretistas terão acesso a linhas de crédito de até R$ 21 mil em Pitstop do Detran.SP

No evento que acontecerá nas próximas quarta e quinta-feiras na Praça Charles Miller, os profissionais poderão ter mais informações sobre financiamento do Banco do Povo e Sebrae-SP com taxa de juros mais baixa

 

Em parceria com o Detran.SP, o Banco do Povo e o Sebrae.SP vão oferecer uma linha de crédito de até R$ 21 mil para os moto entregadores que participarem do Pit Stop do Programa Motofretista Seguro, que será realizado quarta e quinta-feira da semana que vem na Praça Charles Miller, no Pacaembu, das 7 às 17 horas. 

A iniciativa dá sequência à rede de proteção lançada pelo Governo do Estado ano passado, durante a Semana Nacional de Trânsito, para dar o devido amparo a uma categoria profissional que tanto tem contribuído com a população durante a pandemia. 

 

As taxas e juros diferenciados para motofretistas são as seguintes:

 

•       Pessoa jurídica: crédito de até R$ 21 mil para pagamento em até 36 vezes, com 0,35% de juros ao mês + 1% do valor do empréstimo como taxa de manutenção do fundo.


•       Pessoa física: crédito de até R$ 15 mil para pagamento em até 24 vezes, com 1% de juros ao mês + 1% do valor do empréstimo como taxa de manutenção do fundo.


“O objetivo do Detran.SP é oferecer condições melhores de trabalho para os motofretistas. Queremos construir uma ampla rede de proteção para esses profissionais. Nossa meta é atingir em torno de 250 mil motofretistas”, explica Neto Mascellani, presidente do Detran.SP.


 

Empreenda Rápido


O Sebrae-SP também estará presente no Pit Stop do Programa Motofretista Seguro do Detran.SP com o Sebrae Móvel para sanar as dúvidas dos moto entregadores sobre como se formalizar e tornar sua atividade mais lucrativa. Na tenda do programa “Empreenda Rápido”, que estará ao lado da van, os motofretistas poderão se inscrever nas capacitações gratuitas do Sebrae-SP, realizadas pelo Whatsapp, que darão acesso inclusive a linhas de crédito.

“O Sebrae-SP atua para ajudar os motofretistas. Queremos capacitá-los para que aproveitem as oportunidades que o mercado oferece. Além do conhecimento em gestão, os participantes terão acesso a linhas de crédito com condições diferenciadas e ferramentas para ajudar a alavancar seus negócios”, comenta o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit.

A expectativa do Detran.SP é reunir no evento mais de 9 mil motofretistas. O objetivo da iniciativa é justamente ampliar o número de participantes do Motofretista Seguro. Mais de 3 mil profissionais já se inscreveram no programa. Para dar andamento à solicitação de inscrição no programa, basta preencher o cadastro no portal www.motofretistaseguro.sp.gov.br e seguir as orientações.

Durante a pandemia de Covid-19, se verificou aumento no número de motociclistas que atuam em serviços de delivery e outras modalidades de motofretes. Segundo pesquisa da Rede Lucy Montoro, 57% das vítimas de trânsito com sequelas são motociclistas e, hoje, acidentes envolvendo esse modal são quatro vezes superior aos de carros.

 

Capacete e coletes

Há muitos atrativos para os motociclistas que passarem pelo Pitstop. Além da ajuda financeira em caso de inscrição, os motociclistas que marcarem presença no Pacaembu terão a oportunidade de participar de um quiz sobre comportamento e educação no trânsito e receber prêmios.

Enquanto isso, suas motos podem passar por um check-up da Porto Seguro dos itens básicos de segurança. Coletes refletivos, capacetes e antenas corta pipa serão alguns dos brindes distribuídos. Os participantes que têm motos Honda e Yamaha receberão um voucher para a troca de óleo. A Loggi vai doar 1 mil unidades de mochila térmica para usar dentro do baú para mercadorias de manuseio mais delicado. Já o Ifood participará com a distribuição de brindes.

 

A carreta do Programa Via Rápida, do Centro Paula Souza, oferecerá também palestras sobre manutenção em motocicletas. A Companhia de Engenharia de Tráfego da Secretaria de Mobilidade e Transportes da cidade de São Paulo dará suporte operacional durante toda a programação do Pitstop. Também serão distribuídos 250 ingressos gratuitos para o Museu do Futebol. 

Equipes do Detran.SP e parceiros realizarão interações com os motofretistas, atendimentos de saúde e distribuição de material informativo com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a importância de uma condução segura. Por conta da pandemia do coronavírus, todas as abordagens respeitam os protocolos sanitários e o distanciamento social. O evento conta também com o apoio da Sabesp, Fipe, Corpo de Bombeiros, CET e Polícia Militar.


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