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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Depressão e psicose pós-parto: como identificar e tratar os sinais precoces

Crédito: Drazen Zigic
Psicóloga perinatal explica como a saúde mental materna pode ser preservada no período mais desafiador da maternidade


No Setembro Amarelo, mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental, é essencial olhar com atenção para as mães no período perinatal, que podem enfrentar desafios emocionais e psicológicos severos. Depressão e psicose puerperal são transtornos que afetam muitas mulheres nessa fase e, se não tratados, podem levar a consequências graves. Identificar os sinais precoces e buscar tratamento adequado é crucial para proteger a saúde mental da mãe e do bebê.

A psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, autora de centenas de publicações científicas sobre saúde mental materna, diz que “a cada 100 mil mulheres nesse período, 4 podem cometer suicídio se não receberem tratamento adequado. Mulheres que apresentam depressão e psicose, têm 17 vezes mais chances de desenvolver esses pensamentos”

Para ajudar a esclarecer as principais dúvidas sobre esses transtornos, Rafaela Schiavo responde às questões mais frequentes abaixo:


O que é a depressão pós-parto?
É um transtorno mental que pode se manifestar após o nascimento do bebê. Ela varia em intensidade, sendo classificada como leve, moderada ou grave. Entre os sintomas estão tristeza constante, falta de energia e dificuldade em cuidar de si mesma e do bebê. 


Como a depressão pós-parto pode evoluir?
Se não tratada, pode se agravar. Na fase grave, a mulher pode perder a motivação para realizar atividades diárias, levando a comportamentos de risco.  O tratamento precoce é essencial para evitar complicações.


O que é a psicose puerperal?
É um transtorno mental raro, mas gravíssimo, que afeta o contato da mulher com a realidade. Mulheres com psicose puerperal podem ter alucinações ou ouvir vozes, e, em casos extremos, pode levar a comportamentos perigosos para a mãe e o bebê.


Quais são os sinais de alerta?
Sinais como isolamento social, choro frequente, falta de energia e dificuldade em realizar tarefas simples, cuidar do bebê, além de pensamentos recorrentes de tristeza, devem ser observados com atenção. Identificar esses sintomas cedo é crucial para buscar ajuda.


Como buscar ajuda?
Ao notar qualquer sinal de alerta, é fundamental procurar orientação de um profissional de saúde mental. Psicoterapia e, em alguns casos, tratamento medicamentoso ou internação, podem ser necessários para garantir a segurança da mãe e do bebê.


Quem está mais vulnerável?
Mulheres que enfrentaram violência doméstica ou que já têm histórico de transtornos mentais estão em maior risco de desenvolver depressão ou psicose no período perinatal. O acompanhamento psicológico é vital nesses casos.


Como prevenir?
A prevenção passa pelo acompanhamento psicológico contínuo e uma rede de apoio forte. Conversar abertamente sobre os desafios da maternidade e reconhecer os primeiros sinais de cansaço ou tristeza pode evitar que o quadro se agrave.


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