Cada
medicamento é prescrito com uma dose específica por um motivo. Por isso que
ajustar ou interromper o tratamento por conta própria é um grande erro. O
farmacêutico Jamar Tejada, da capital paulista ensina como tomar meia dose ou
como entender o que significa uma dose, de alguma medicação.
“Em
alguns casos, há prescrição para dividir uma dose, mas não é seguro cortar
qualquer tipo de medicação. Existem comprimidos que têm revestimento entérico,
que protege o medicamento até que ele chegue ao intestino, evitando sua
dissolução no estômago", explica Jamar que alerta: "Cortar esses
comprimidos sem cuidado pode interferir na absorção correta do
medicamento."
Mas,
se a dose for ajustada ou caso a dose prescrita seja difícil de ser encontrada
em comprimido, a solução correta é checar se há o medicamento disponível em
farmácia de manipulação, que consegue ajustar a dose correta. Para aqueles
casos em que o medicamento ainda não seja encontrado nem na farmácia de
manipulação, o correto é que o médico faça um pedido à farmácia de manipulação
na forma de receita solicitando o ajuste da dose do medicamento, isso se a
medicação não for feita com revestimento entérico, a farmácia poderá manipular
na dosagem exata. “Por isso que nunca se deve cortar uma medicação ao meio
buscando reduzir a dose, nem que seja no cortador de comprimidos, sempre pode
esfarelar e a dose não estará correta, sem falar que nunca se deve cortar os
com revestimento entérico”, alerta.
Jamar
enfatiza ainda uma dose nem sempre é uma cápsula, por exemplo. “O volume de uma
dose não significa que seja exatamente uma cápsula já que o volume do pó pode
ser muito maior e pra completar aquela dose prescrita, muitas vezes é
necessário tomar mais de uma cápsula já que esses fatores evidenciam que a
dosagem de medicamentos pode exigir múltiplas cápsulas para garantir a
quantidade necessária de princípio ativo e a administração correta dos
excipientes”, ensina Jamar que exemplifica:
1.
Volume do princípio ativo: Muitos medicamentos têm uma concentração que não
permite que uma única cápsula contenha a quantidade necessária de princípio
ativo. Por exemplo, se a dose prescrita é maior do que o volume que uma cápsula
pode conter, serão necessárias múltiplas cápsulas;
2.
Excipientes: Além do princípio ativo, as cápsulas geralmente contêm excipientes
(substâncias que facilitam a administração do medicamento) que podem aumentar o
volume total da cápsula. Isso significa que para uma dose adequada, pode ser
necessário combinar várias cápsulas.
No caso de medicamentos em solução líquida, o ajuste de dose pode ser feito de maneira mais precisa, desde que o paciente utilize as seringas ou copos dosadores apropriados, geralmente fornecidos junto com o medicamento. "É fundamental medir corretamente para evitar o excesso ou a falta de dose", explica Tejada.O farmacêutico ensina ainda que as doses são calculadas para manter o nível do medicamento constante no organismo, qualquer mudança na dosagem sem o devido cuidado pode reduzir a eficácia ou causar efeitos colaterais. “Isso evita erros e garante um tratamento seguro e eficaz", finaliza Jamar Tejada.
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