Beleza deve ser
equilibrada com a saúde bucal a longo prazo
Sorrisos brancos e dentes alinhados costumam
transmitir uma impressão de cuidado e beleza, mas por trás de tratamentos
estéticos como as já populares facetas de porcelana, há mais do que a
aparência. Esses procedimentos podem trazer benefícios à saúde bucal, mas
também envolvem riscos que devem ser cuidadosamente considerados.
Um belo sorriso tem o potencial de abrir portas,
seja em contextos pessoais ou profissionais. No entanto, é fundamental que as
intervenções não sejam feitas apenas para seguir modismos ou padrões estéticos
momentâneos. O foco principal deve ser a saúde e a funcionalidade dos dentes,
garantindo que o tratamento escolhido tenha um impacto positivo e duradouro. É
o caso dos alinhadores transparentes e os clareamentos, que não causam nenhum
desgaste e, por isso, não têm contraindicações.
O Dr. José
Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental e membro da International
Federation of Esthetic Dentistry (IFED), ressalta a importância de um olhar
crítico para tratamentos que envolvem intervenções nos dentes, como acontece com
as facetas de porcelana. “Cada vez que iniciamos um tratamento, iniciamos o que
chamamos de ciclo de morte do dente. Ou seja, a partir do momento em que é
tratado, ele tem um tempo de vida útil reduzido. Por isso, é essencial avaliar
se o custo biológico vale o benefício estético”, afirma Todescan.
Prioridade para a função e
prevenção
É consenso entre os especialistas que intervenções
estéticas devem ser indicadas apenas quando há uma necessidade funcional ou uma
questão de saúde envolvida. “Nunca indicamos tratamentos exclusivamente por
razões estéticas. A função prejudicada deve ser o principal motivo para uma
intervenção, ou em casos onde a estética é essencial para a vida profissional
do paciente”, destaca Todescan.
Ele explica que os procedimentos estéticos podem,
sim, trazer melhorias, como facilitar a higienização e prevenir problemas mais
graves, mas essas decisões devem ser tomadas com extrema cautela. Isso envolve
a avaliação criteriosa de cada caso, considerando não apenas os benefícios
imediatos de um sorriso esteticamente agradável, mas também os riscos
associados à saúde bucal a longo prazo.
Procedimentos invasivos exigem o desgaste do
esmalte, que é irreversível. Isso significa que, uma vez feita a intervenção, o
dente nunca mais voltará ao seu estado original, e pode requerer manutenções
futuras que envolvem ainda mais desgaste. Dessa forma, a escolha de realizar um
tratamento estético deve ser feita somente quando houver uma real necessidade
funcional ou uma indicação específica que justifique os riscos. Além disso, é
essencial que o paciente esteja ciente de que, por mais que os resultados
possam ser impressionantes, eles vêm acompanhados de cuidados constantes e uma
possível necessidade de novos procedimentos no futuro.
Mesmo opções como os implantes dentários, que são
amplamente utilizados, não estão isentos de riscos. “Os implantes, embora sejam
uma excelente solução em muitos casos, também têm uma vida útil limitada e
podem desenvolver complicações como a peri-implantite, uma inflamação que pode
comprometer a estabilidade do implante”, acrescenta o especialista.
A escolha de profissionais
qualificados é essencial
Dada a complexidade dos tratamentos estéticos e os
riscos envolvidos, é muito importante que os pacientes busquem profissionais
competentes e qualificados. Quando não se sentem à vontade com o dentista
atual, procurar uma segunda opinião quando é proposta uma intervenção estética
é uma prática recomendável para evitar investimentos e desgastes
desnecessários.
Todescan destaca que o sucesso de qualquer tratamento depende de um diagnóstico preciso e de um planejamento detalhado. Por isso, é melhor não confiar em profissionais que não explicitam os riscos e benefícios das intervenções. “É fundamental que o paciente seja bem orientado sobre cada procedimento. O objetivo final deve ser sempre a preservação da saúde bucal e a longevidade dos dentes”, conclui. Dessa forma, a estética não será um objetivo, e sim uma consequência de uma dentição bem cuidada.
José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry) e da Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital), ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes. Para mais informações, acesse o LinkedIn.
Clínica Todescan
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