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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Verão & Cuidados

As altas temperaturas batem recordes e assim tomam conta de nós as lembranças dos bares com amigos, dias ensolarados na praia e piscinas lotadas. No entanto, com a pandemia da COVID-19, os habituais planos de verão tiveram de ser alterados. Para o dr. Abrão José Cury Jr., cardiologista, clínico geral e diretor da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), é mister a necessidade de compreendermos o momento inusitado que estamos vivendo.

“É importante que não nos esqueçamos da conjuntura atual e tomemos todos os cuidados necessários, como manter-se o mais afastado possível de aglomerações. Locais públicos, como praias, piscinas e bares, devem ser evitados”, reforça o especialista.


Ao que se sabe, o Sars-CoV-2 não tem preferência por estações frias ou quentes. Enquanto no inverno o risco de contaminação em lugares fechados e pouco ventilados é maior, o verão apresenta o outro lado da moeda: mesmo em espaços abertos, a chance de infectar-se devido a aglomerações e proximidade física com outras pessoas continua é alta. O problema desse vírus, explica o diretor da SBCM, é o contato “cara a cara”, independentemente da estação do ano.


Nesse sentido, as visitas às praias e piscinas devem ser repensadas: piscina apenas se tiver em casa - caso contrário, um banho gelado basta. Idas ao clube, por exemplo, nem pensar!


Já para aqueles que gostam de ver o mar, passeios na areia e mergulhos desacompanhados podem continuar nos planos. O que deve ser evitado são barracas e cadeiras na areia, onde a propensão para aglomeração é alta.


Se o programa é ir a restaurantes, está liberado, desde que em poucas pessoas e respeitando o distanciamento social. Por outro lado, cumprimentar com beijos e abraços, do “jeitinho brasileiro”, é contraindicado. Sobre bares com mesas externas, dr. Abrão alerta:


“Foi autorizado que se colocassem mesas em ambientes externos para diminuir o contágio, como se fosse uma solução. Na verdade, a situação se complicou: em torno de uma mesa, ficam dez ou mais pessoas sem máscara conversando, comendo e bebendo. Isso é muito pior do que se estivessem dentro do estabelecimento em uma mesa de quatro ou seis pessoas, mantendo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS)”.


A palavra-chave, no momento, é distanciamento. “Evite exageros. Não pedimos para que as pessoas se isolem completamente, pois sabemos que isso não é possível. Mas, sempre que puder manter a distância das pessoas, mesmo em encontros sociais, é o melhor a se fazer”, pontua o especialista.


Em relação à alimentação, as orientações são como as de qualquer outro verão: manter dieta balanceada e tomar muita, muita, muita água! Garantir a hidratação é primordial frente às altas temperaturas. Além disso, saúde em dia em tempos de pandemia é quase um sonho de verão...


Pró-hormônio modula resposta inflamatória grave e liberação das citocinas - fator de risco e de pior prognóstico da doença


Há um ano, o mundo enfrenta diariamente a pandemia do novo coronavírus, doença ainda pouco conhecida em muitos aspectos, causada pelo vírus SARS-Cov-2. Em busca de novas descobertas, soluções e medicamentos para além de uma vacina eficaz e segura, outras pesquisas caminham atrás de alternativas que possam impedir a infecção e modular a resposta imune. Neste contexto, a vitamina D com seu papel imunomodulador que vem sendo investigado e utilizado no tratamento de infecções respiratórias bem antes da atual pandemia, tem protagonizado estudos que apontam seus benefícios na prevenção e na evolução da Covid-19.

É o que mostram publicações recentes de meta-análises, que buscam entender a relação entre os baixos níveis de vitamina D no sangue e as infecções pelo SARS-Cov-2. Segundo revisão sistemática1 que analisou dez artigos sobre a temática, com a participação de 361.934 pessoas, a deficiência ou insuficiência do micronutriente está diretamente associada a um risco 43% maior de Covid-19, considerando que a maioria dos estudos indicaram que pacientes positivados para o vírus possuíam deficiência de vitamina D.

Da mesma forma, outra meta-análise publicada no Dove Medical Press2 analisou meticulosamente nove artigos sobre prognósticos de Covid-19 e sua associação com a vitamina D. Sete deles mostraram que a infecção pelo novo coronavírus, a gravidade da doença e as taxas de mortalidade pelo mesmo motivo tinham, sim, relação com os níveis do pró-hormônio no sangue. 77,8% dos artigos revisados ​​mostraram que baixos níveis de vitamina D estavam relacionado à infecção, prognóstico e mortalidade de COVID-19.

Segundo o médico ginecologista, ex-secretário de saúde Campinas/SP e consultor de saúde Odair Albano, "a vitamina D age na imunidade natural inata, diretamente na ativação das células de defesa (linfócitos T e B, monócitos e macrófagos), e no aumento da expressão da catelicidina e defensina, substâncias que reduzem a taxa de replicação viral. Já na imunidade adaptativa, o micronutriente modula a resposta imune pela redução das citocinas pró-inflamatórias e aumento das anti-inflamatórias, o que auxilia num melhor prognóstico da doença."

Isso fica claro na meta-análise de Leila Nikniaz3, que teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de vitamina D nos resultados clínicos e na taxa de mortalidade de pacientes com Covid-19 em estudos da França, Índia e Espanha. Foram quatro estudos, com 259 pessoas ao total, sendo 139 deles do grupo de suplementação. Em três desses estudos, o nível de sobrevida e mortalidade dos pacientes foram avaliados, apontando significante baixa mortalidade entre os grupos tomando vitamina D (10.56%), quando comparado aos grupos de controle (23.88%). Dois dos estudos ainda analisaram os desfechos clínicos com base na pontuação da "Ordinal Scale for Clinical Improvement (OSCI)" para Covid-19, da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, um estudo mostrou taxa de admissão na UTI foi de 50% no grupo controle e 2% no grupo com suplementação de vitamina D.

"Ao examinarmos os estudos e meta-análises em questão, entendemos que todas as pessoas são propensas à deficiência de vitamina D, o que indica que, mesmo sem comorbidades, corrigir a deficiência pode ser vital para a saúde. Concluímos, então, que a manutenção de níveis adequados de vitamina D pela suplementação reduz o risco de contrair a infecção, melhora a evolução, reduz a internação em UTI e a taxa de mortalidade entre os pacientes com Covid-19, levando a um melhor prognóstico e aumento da sobrevida", conclui Dr. Albano.

 

Referências

1 Nanyang Liu; Jiahui Sun; Xiyuan Wang; Tingting Zhang; Ming Zhao; Hao Li; et al. Low vitamin D status is associated with coronavirus disease 2019 outcomes: a systematic review and meta-analysis. International Journal of Infectious Diseases; 2021.

2 Hiwot Yisak; Amien Ewunetei; Belayneh Kefale; Melkalem Mamuye; Fentaw Teshome; Birhanie Ambaw; Getachew Yideg Yitbarek; et al. Effects of Vitamin D on COVID-19 Infection and Prognosis: A Systematic Review. Dove Press: Risk Management and Healthcare Policy; 2021.

3 Leila Nikniaz; Mohammad Amin Akbarzadeh; Hossein Hosseinifard; Mohammad-Salar Hosseini; et al. The impact of vitamin D supplementation on mortality rate and clinical outcomes of COVID-19 patients: A systematic review and meta-analysis. 2021.


O impacto social na fila do transplante

 Apesar do aumento de transplantes no segundo semestre de 2020, mais de 40 mil pessoas estão na fila de espera para doação. A participação da sociedade é peça importante para conscientização. 

 

Encontrar um doador compatível nem sempre é uma tarefa fácil, demanda tempo e análise de compatibilidade. Além do mais, no atual cenário que estamos atravessando, houve um aumento na fila de espera por um transplante de órgãos e tecidos.

Com a pandemia do covid-19, o Brasil contabilizou mais de 40 mil pacientes na fila de espera para receber uma doação. Na contramão destes dados, segundo a Associação Brasileira de Transplantes e Órgãos (ABTO), de agosto à setembro de 2020 houve um crescimento de 11% no número de transplantes. Apesar desta esperança, os dados absolutos apontam uma queda de 30% em relação ao mesmo período de 2019. 

Nos últimos anos, a taxa de doadores vinha numa crescente gradativa. Em 2019, o país contava com 18,1 pessoas por milhão¹, e no primeiro trimestre de 2020, pré-restrições da pandemia, o Brasil chegou a registrar 18,4 pmp, bem próximo do esperado dentro de um cenário de normalidade. Hoje, segundo levantamento do ABTO, é registrado 15,8 pmp. 

O Brasil é o 3º maior transplantador no mundo, sendo referência em especialidades como doação de rim, fígado, coração, entre outros. Mesmo assim, o grande inimigo do paciente é o tempo. A fila de espera por um transplante é a principal causa de mortes entre os que necessitam da doação. Segundo a ABTO, entre abril e junho de 2020, foi registrado um aumento de 44,5% no número de óbitos em pacientes na fila do transplante, em comparação com o mesmo período de 2019. O receio da contaminação do coronavírus durante a internação para o procedimento da doação é a principal causa na queda no número de doadores e o aumento na maior espera dos beneficiários. 

 

População é peça fundamental 

A flexibilização das restrições no segundo semestre de 2020 permitiu a retomada gradativa dos procedimentos. Apesar da queda na taxa nacional de doadores efetivos, algumas regiões do Brasil obtiveram uma crescente na participação da sociedade em doações, como no Sul e Sudeste, que registraram um aumento de 5% e 3%, respectivamente. 

Segundo informações da Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo (Ameo), as pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), que foram convocadas para a doação, não recusaram realizar o procedimento. Hoje, o Brasil tem mais de 800 pessoas na fila do transplante de medula óssea, na espera de encontrar um doador compatível. 

Dados do REDOME apontam que a maioria dos cadastrados no registro nacional estão presentes nas regiões Sul e Sudeste, o que dificulta a doação e o deslocamento do material colhido até outros locais do país, já que o doador acaba optando para beneficiar um receptor do mesmo Estado. Mesmo assim, a doação é um ato anônimo, não sendo possível direcionar o material colhido a um paciente específico. Apesar disto, a regionalização acaba fazendo com que cada Estado tenha sua própria fila de espera. 

O transplante de medula óssea pode beneficiar no tratamento de mais de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias. Os transplantes estão sendo realizados normalmente, seguindo as recomendações sanitárias do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Sociedade de Transplante. 

Hoje, as instituições privadas e públicas promovem ações de conscientização sobre a importância na participação da sociedade em temas importantes como a doação. Como é o exemplo da campanha da Singular Medicamentos, que ao longo de todo mês de fevereiro, trabalha conteúdos informativos e conscientizadores sobre leucemia e a importância de se tornar um doador de sangue e medula óssea. 

 

Os tipos de doadores 

Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, existem 2 tipos de doadores. O primeiro é o doador vivo, sendo aquele que concorda em contribuir em vida com a doação, sendo feito uma triagem onde comprovam as condições necessárias para a realização do procedimento. O segundo é o doador falecido, desde que ele seja cadastrado no registro nacional, ou que a família permita a utilização dos órgãos saudáveis. 

Hoje, no Brasil, a maioria dos procedimentos realizados são através de doadores falecidos, que tiveram morte encefálica em decorrência de traumas cranianos, ou acidente vascular cerebral (AVC). Para isso, é necessário a verificação médica, que avaliam as reais condições dos órgãos para a doação. 

 

Como ser um doador de sangue e medula óssea? 

As cirurgias demoram para acontecer, pois é necessário que o paciente tenha compatibilidade com o doador. A chance desta compatibilidade é de 1 em 100 mil pessoas. Além disso, as quedas nos números de doadores por conta da pandemia, aumentou ainda mais a espera na fila do transplante. 

Para se tornar um doador de medula óssea é bem simples. Primeiro, é necessário fazer o cadastro no hemocentro mais próximo de sua residência, onde será coletado uma amostra de sangue. Após a triagem, os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME, onde será identificado um paciente compatível com o material colhido. Caso este paciente seja encontrado, o doador é convocado para realizar o procedimento. 

Alguns critérios são necessários para que você possa se tornar um doador de medula óssea. É preciso ter entre 18 e 55 anos, estar com a saúde em dia, não possuir nenhum tipo de doença infecciosa, não ter doenças celulares como o câncer, e não possuir nenhum tipo de doença sanguínea ou no sistema imunológico. Vale salientar que algumas complicações de saúde não impedem de se tornar um doador, mas será analisada caso a caso. 

Aproveite também o cadastro no hemocentro para ser um doador de sangue. Atualmente, os hemocentros espalhados por todo o Brasil estão com o baixo estoque, também em decorrência da pandemia do coronavírus. Na doação de sangue, é possível salvar até 4 pessoas. 

 

Exames de rotina ajudam no diagnóstico 

Manter a consciência sobre a saúde é melhor maneira de prevenção. Hoje, exames de rotinas são cruciais na detecção de doenças e a melhor forma de lidar com as possíveis identificações delas. É necessário estender também desde os primeiros anos de vida, já que doenças como a leucemia são mais frequentes em crianças e jovens. 

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que, para crianças de até 6 meses de vida, o acompanhamento deve ser integral e mensal. Após o sétimo mês de idade até os 2 anos, as visitas nos médicos devem ser regulares trimestralmente. Já para crianças de 2 a 4 anos de idade, recomenda-se que os exames sejam realizados semestralmente, e após isso, anualmente. Desta forma, é possível identificar anomalias celulares, desregulamento funcional das células e desequilíbrio funcional do corpo.

 

1(pmp - dado que contabiliza o número de doadores disponíveis por milhão de pessoas


Nutrólogo orienta sobre cuidados com imunidade das crianças na volta às aulas

Dr. Daniel Magnoni, chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, aponta as principais vitaminas e minerais que auxiliam na prevenção de doenças dos pequenos


Depois de muita indefinição, as aulas da garotada voltaram. Não como antes, mas com limites e protocolos de segurança que devem ser seguidos à risca para tentar barrar qualquer tipo de inimigo invisível e, principalmente, a Covid-19. As adaptações nas escolas ajudam na prevenção, mas manter uma boa imunidade também é fundamental em tempos de pandemia.

"Ter boa imunidade não significa estar totalmente imune à ação dos diversos agentes infecciosos existentes. Porém, a baixa imunidade impulsionada por déficit de vitaminas e minerais, principalmente nas crianças, deixa o corpo mais vulnerável a esses micro-organismos, além de dar sensação de cansaço e indisposição", explica o Dr. Daniel Magnoni, chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese.

A pandemia obrigou as famílias a fazerem diversas adaptações e as crianças foram as mais impactadas com esse novo momento, pois não entendiam por que não podiam mais sair de casa, brincar, ir à escola ou encontrar os amigos. "O isolamento causou alguns distúrbios alimentares nas crianças, pois a rotina cada vez mais atribulada dos pais acabou atrapalhando a manutenção de uma dieta saudável. Agora, é preciso recuperar esse tempo perdido e iniciar uma dieta rica em alimentos que forneçam as necessidades diárias das principais vitaminas e minerais" acrescenta o nutrólogo.

É importante ressaltar que os pais e responsáveis devem sempre buscar orientação médica para avaliar regularmente os níveis de nutrição das crianças e, quando necessário e indicado pelo médico, recorrer à suplementação. "Existem diversas opções para suplementação que vão desde soluções em gotas, xaropes e uma nova opção, as vitaminas em gomas, mais práticas para o público infantil, pois são mastigáveis, saborosas e com formatos divertidos", diz Dr. Magnoni.


Aliados da prevenção

Combinar diariamente vitaminas e minerais favorece o funcionamento do sistema imunológico tanto em adultos quanto em crianças, de acordo com as necessidades diárias de cada faixa etária. "Vitaminas D e E, e principalmente a C, e minerais como zinco e selênio devem estar presentes na alimentação", finaliza o nutrólogo.


Minerais

Selênio - Elemento essencial para o sistema imune, tanto inato quanto adquirido, com papel fundamental no equilíbrio de oxidação-redução e proteção do DNA. Atua como cofator de um grupo de enzimas que contribuem para proteger as células de dano oxidativo. (1)


Zinco - auxilia no funcionamento do sistema imunológico, pois as células desse sistema contêm enzimas que precisam de zinco para funcionar. Auxilia na cicatrização de ferimentos e fortalecimento de unhas e cabelo. (2)


Vitaminas

C - Solúvel em água, esta vitamina é muito importante na função dos leucócitos, que formam as defesas do organismo, por isso tem o papel de auxiliar com a imunidade e disposição. (1)


D - Este hormônio foi classificado como vitamina e é sintetizado pela exposição à luz solar. É um importante regulador do sistema imune e auxilia com a absorção de minerais como o cálcio, fundamental na formação de ossos e dentes. Estima-se que 1 bilhão de pessoas no mundo tenham deficiência ou insuficiência de vitamina D. (1), (3)


E - Melhora a resposta imune celular e diminui a produção da prostaglandina E2 em idosos, que favorece infecções. É uma das vitaminas em que a suplementação em concentração acima da recomendada contribui positivamente com a função imune. (1)

 



Referências

• Nutrição e imunidade no homem; Sandra Gredel

• Importância do zinco na nutrição humana; Denise Mafra e Silvia Maria Franciscato Cozzolino

• Vitamina D: Relação com a imunidade e prevalência de doenças; Bárbara Bernadete de Oliveira Brito, Roberta Xavier Soares, Taynara Abreu Alexandre, Milena Nunes Alves de Sousa e Umberto Marinho de Lima Júnior.

 

Volta às aulas: confira cuidados importantes para a saúde das crianças e adolescentes

Atualizar a vacinação de rotina é a principal forma de proteção contra doenças imunopreveníveis como meningite, sarampo, pneumonia, coqueluche e catapora1 2


Após quase um ano de ensino online, o retorno presencial dos estudantes às salas de aula começa a acontecer nas redes pública e particular. Além da adoção de protocolos de segurança pelas escolas, como uso de máscaras, disponibilização de frascos de álcool em gel 70% e aferição da temperatura corporal, os pais também têm um papel importante na proteção de seus filhos contra doenças por meio de uma medida simples e eficaz: a vacinação de rotina.1 3

"O ambiente escolar favorece o contágio de muitas doenças por causa do contato próximo entre os alunos. Com a ressocialização, após um período de isolamento em que muitas famílias não cumpriram os esquemas vacinais, esse risco aumenta. Muitas doenças infectocontagiosas, como gripe, meningite, sarampo, pneumonia, catapora e coqueluche, têm transmissão respiratória como a Covid-19, são imunopreveníveis e é fundamental que crianças e adolescentes estejam imunizados. A vacinação é a principal forma de prevenção, lembrando que outros cuidados como a lavagem das mãos também são importantes para essa proteção", pontua Ana Clara Medina, farmacêutica, gerente científica e de assuntos médicos de vacinas da GSK.

Doenças comuns em crianças e adolescentes

Algumas doenças, que são mais comuns e com riscos mais elevados em pessoas com idade escolar, devem acender o alerta em pais e responsáveis nessa volta às aulas.4 5 Um exemplo é a meningite meningocócica.4 Até 23% dos adolescentes são portadores da bactéria causadora da infecção, sendo muitas vezes assintomáticos e transmitindo a doença.4 6 7 8

A pneumonia é outro risco subestimado. A infecção é uma das principais razões de hospitalização e óbito em crianças menores de cinco anos em todo o mundo.5 9 A principal bactéria causadora da pneumonia, o pneumococo, também pode causar otite média, sinusite, conjuntivite e, em casos mais graves, bacteremia e meningite.10 Estima-se que praticamente todas as crianças, em algum momento da fase pré-escolar, tenham sido transmissoras do pneumococo em pelo menos uma ocasião. 9

O sarampo é uma evidência dos riscos da falta de adesão aos esquemas vacinais.11 Considerado eliminado no Brasil em 2016, após sucessivas quedas das taxas vacinais nos anos seguintes, a doença voltou a fazer vítimas, incluindo crianças.11 12

"Em comum entre as doenças citadas acima há dois fatores. Primeiramente, a forma de transmissão, que se dá por contato com secreções e gotículas de tosse e espirro de pessoas contaminadas - como na Covid-19, o que faz com que as medidas comportamentais de prevenção da doença pandêmica ajudem também na prevenção das outras doenças de transmissão respiratória. Em segundo lugar, a possibilidade de prevenção por meio de vacinação, e dessa estratégia não podemos abrir mão. O foco atual está voltado para o coronavírus, mas como podemos ver há diversos outros riscos importantes e passíveis de prevenção. Por isso, manter a vacinação de rotina em dia é ainda mais crucial neste momento de volta às aulas, garantindo a manutenção da saúde dos jovens", alerta Ana Clara Medina.

Baixa cobertura vacinal

Ano após ano, o Brasil, que tem um dos programas de vacinação pública mais renomados do mundo, tem registrado uma preocupante queda na cobertura vacinal da população.13 14 Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI) apontam que, em 2020, nenhuma das vacinas ofertadas ultrapassou os 77% do público-alvo imunizado.14 Esses índices estão bem abaixo da meta de 90% ou 95% de cobertura para cada uma, estabelecida pelo Ministério da Saúde.15

"A interrupção de qualquer vacinação, mesmo que por um breve período, pode aumentar a probabilidade de surto e o número de indivíduos suscetíveis a doenças imunopreveníveis - muitas, até então, controladas. É preciso destacar que, mais do que uma proteção individual, a vacinação é uma ação de cidadania e uma estratégia de saúde pública, com impactos coletivos através da imunidade de rebanho, isto é, quando uma alta porcentagem da população está imunizada, fazendo com que até quem não pode receber algum tipo de vacina se beneficie da proteção. Por isso, é tão importante mantermos o calendário de vacinação em dia, não apenas das crianças, mas também dos pais e das demais pessoas que estão no convívio social", afirma Ana Clara Medina.

Proteção contra mais de 40 doenças

O Ministério da Saúde orienta a vacinação em todas as faixas etárias de acordo com o calendário do PNI e as vacinas recomendadas estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS).1 2 Esses imunizantes oferecem proteção para diversas doenças como poliomielite, coqueluche, hepatite, formas graves de tuberculose, pneumonia, meningite, febre amarela, sarampo, gripe, entre outras.1 2 Ao todo, o programa contempla 19 vacinas que protegem contra mais de 40 doenças.1 2

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada, para a imunização não apenas das crianças, mas de todas as faixas etárias.16 17

"Além de saber quais vacinas tomar, é fundamental também se atentar para a quantidade de doses de cada uma. Somente com o esquema vacinal completo, incluindo as doses de reforço, atingimos a proteção máxima. Se, por acaso, a pessoa não tiver mais a carteira de vacinação, seja criança, adolescente, adulto ou idoso, deve procurar um médico ou ir a um posto de saúde para receber as orientações sobre as vacinas recomendadas para cada faixa etária e colocar a rotina de imunização em dia", conclui Ana Clara Medina.


Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico .

 

GSK

www.gsk.com.br

 www.casadevacinasgsk.com.br

 

Referências

1 BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação é a maneira mais eficaz para evitar doenças. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

2 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Calendários de Vacinação. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

3 ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. 'Reabertura segura das escolas deve ser prioridade', alertam UNICEF, UNESCO e OPAS/OMS. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

4 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Meningococcal meningitis. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

5 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Notícias. 12 de novembro: Dia Mundial da Pneumonia. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

6 CASTIÑEIRAS, TMPP. et al. Doença meningocócica. In: CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

7 ERVATI, M.M. et al. Fatores de risco para a doença meningocócica. Revista Científica da FMC, 3(2): 19-23, 2008.

8 CHRISTENSEN, H. et al. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis, 10(12): 853-61, 2010.

9 ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Vigilância das pneumonias e meningites bacterianas em crianças menores de 5 anos. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

10 INSTITUTO DE TECNOLOGIA E IMUNOBIOLÓGICOS DE BIOMANGUINHOS. Doença pneumocócica: sintomas, transmissão e prevenção. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

11 FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Notícias. Sarampo de volta ao mapa. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

12 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informe semanal sarampo - Brasil, semanas epidemiológicas 1 a 49, 2020. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

13 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Blog da Saúde. Entenda o SUS. Programa Nacional de Imunizações (PNI). Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

14 Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites "Imuno" para Linha, "Ano" para Coluna, "Coberturas vacinais" para Medidas, e "2020 - 2015" para Períodos Disponíveis. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

15 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coberturas vacinais no Brasil. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

16 SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário vacinal SBIm 2019/2020: do nascimento a terceira idade (atualizado em 21/01/2020). Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

17 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2020. Disponível em: . Acesso em: 6 jan. 2021.

55% das brasileiras não sabem identificar seu período fértil, aponta estudo

O percentual também é alto entre as mulheres que estão tentando engravidar.


Para as mulheres que estão tentando engravidar, o período fértil é o mais importante momento do ciclo. Porém, nem todas as mulheres sabem identificar quando estão no período fértil. Conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 55% das brasileiras não sabem identificar o período. Sendo que entre as mulheres que estão tentando engravidar, pelo menos 52% não conseguem reconhecer quando estão no período fértil.

Os dados por estado demonstram que, no Distrito Federal, pelo menos 52% das mulheres sabem quando estão no período fértil. Em Minas Gerais e em São Paulo, o percentual é de 49%. Já no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, o percentual cai para 47% e 46% respectivamente. O estado em que menos mulheres sabem quando estão no período fértil é o Sergipe, com 34% das participantes.

O estudo também constatou que entre as mulheres mais jovens, dos 18 aos 29 anos, o percentual das que não sabem identificar o período fértil é mais alto, do que nas outras faixas etárias (59% dos 18 aos 24, e 55% dos 25 aos 29). Todavia, o corpo apresenta sintomas quando está ovulando, mas essa informação é desconhecida por 52% das participantes do estudo. Nem sempre os sintomas são tão claros, e por isso tantas mulheres desconhecem a informação. 

Rondônia, é o estado em que mais mulheres sabem que o corpo apresenta sintomas de ovulação, com 64% das entrevistadas. Já em Santa Catarina, e no Paraná, pelo menos 53% sabem sobre esses sintomas. Em São Paulo, pelo menos metade da população tem esse conhecimento. E no Rio de Janeiro, esse percentual cai para 48%. O estado com o menor percentual de mulheres que sabem que a ovulação apresenta sintomas é o Pará, com 34% das participantes.

 

Dia Internacional da Síndrome de Asperger: conheça mais sobre essa condição, quais os sintomas e tratamento

Segundo dados do Center of Diseases Control and Prevention (CDC), um dos maiores Departamentos de Saúde dos EUA, cerca de 1% da população mundial tem algum tipo de Transtorno do Espectro do Autismo

 

No dia 18 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Asperger, data escolhida em homenagem ao aniversário de Hans Asperger, pediatra austríaco que escreveu sobre a síndrome pela primeira vez, em 1944. Além da homenagem, a data busca conscientizar a sociedade a respeito dessa síndrome, que é uma condição neurobiológica que faz parte do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e é classificado como uma forma mais branda do quadro. Chamada de autismo leve ou autismo nível 1 pelos especialistas, ela provoca os mesmos sintomas do autismo clássico, mas em uma escala menor. 

Os TEA reúnem desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância, são definidos por um conjunto de comportamentos que variam em grau e gravidade e é marcado por três características principais: dificuldade de socialização; alterações comportamentais como manias, ações repetitivas, apego excessivo a rotinas, interesse intenso em coisas específicas e, por último, dificuldades de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos.

Portadores dessa síndrome ouvem, enxergam e percebem o mundo de forma diferente de outras pessoas, pois costumam processar detalhes adicionais ao seu redor, principalmente, com os sentidos, fazendo com que sons, cheiros, cores e sentimentos pareçam mais brilhantes, fortes e intensos.

De acordo com dados publicados em 2020 pelo CDC (Center of Deseases Control and Prevention), um dos principais Departamentos de Saúde dos Estados Unidos, cerca de 1% da população mundial tem algum tipo de Transtorno do Espectro Autismo. No Brasil, não tem estudos de prevalência de autismo, portanto, não há números oficiais.


Inteligência que chama atenção

Pessoas com Síndrome de Asperger tem a capacidade de dominar as áreas de conhecimento em que se especializam, têm interesses intensos e são altamente focados. E esse é um dos motivos que as levam ao sucesso profissional. É o caso do Lionel Messi, jogador de futebol; Michael Phelps, nadador profissional; Van Gogh, pintor; Greta Thunberg, ativista líder no movimento contra as mudanças climáticas, entre outros.


Diagnóstico

As características e sintomas variam de acordo com cada paciente. No entanto, é importante observar, como já dito acima, alguns sinais como dificuldades em socialização, comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamentos, atividades ou interesses desde a primeira infância.

Geralmente, o diagnóstico é realizado por uma equipe disciplinar composta por médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogo e neuropsicólogos. De acordo com o doutor Edmundo Clairefont Dias Maia, psiquiatra do Hospital HSANP, obter o diagnóstico o quanto antes e ter o acompanhamento médico é fundamental para que a criança consiga levar a vida da melhor forma possível. “O acompanhamento médico e dos outros profissionais da saúde auxilia no desenvolvimento da criança, dando mais autonomia a ela. Os resultados são perceptíveis na socialização, compreensão e interação social”.


Tratamento

A Síndrome de Asperger é uma condição e não uma doença, portanto, não há cura. Mas, há diversos tratamentos e intervenção terapêutica que proporcionam oportunidades para os pacientes de se desenvolverem e terem melhor qualidade de vida. “Cada autista recebe o tratamento individualizado, de acordo com seu caso e suas necessidades, que muitas vezes inclui o uso de remédio para controlar alguns sintomas, como a agitação ou ansiedade excessiva” reforça Maia.

O acompanhamento de um psicólogo é essencial e um importante aliado nessa jornada, pois possibilita que a pessoa consiga compreender suas experiências, expor suas angústias e medos, além de ajudar a lidar com as próprias emoções. “o acompanhamento de perto por um psicólogo é fundamental para que ajude a pessoa a aprender habilidades sociais e superar os mais diversos desafios diários sem o medo do julgamento”, finaliza o especialista.


 

HSANP


Níveis baixos de Vitamina D no organismo: o que fazer?

Podendo ser ingerida pela alimentação, ela é produzida em 80% através da produção endógena

 

A Vitamina D é considerada um dos hormônios mais poderosos que nosso corpo produz. Ela é responsável por modular até 3% de todo nosso genoma. Ou seja, como o nosso material genético vai se expressar, além de participar fortemente da chamada homeostase no corpo, que nada mais é do que o equilíbrio do nosso metabolismo.  Existem duas fontes principais de produção desse hormônio no organismo, a primeira é por meio de dieta alimentar, que contribui de 10% a 20%, já os outros 80% a 90% são produzidos endogenamente, via tecidos cutâneos após a exposição à radiação ultravioleta B.

No caso da produção endógena, se o indivíduo não toma sol adequadamente, já é um fator de deficiência da Vitamina D, porque o organismo precisa dos raios ultravioletas para produzir a colecalciferol, que é um tipo de vitamina produzida pela pele quando exposta ao sol e que depois vai para o fígado e rins para se transformar na Vitamina D ativa, que é o calcitriol (vitamina que aumenta a absorção de cálcio pela via intestinal, inibindo a excreção deste mineral pelos rins).

Outro ponto são os cofatores de ativação da Vitamina D, para o Dr. Fábio Gabas, médico de saúde integrativa, neurocientista e pesquisador: “as pessoas que possuem deficiência de magnésio acabam não produzindo adequadamente o paratormônio, também conhecido como hormônio da paratireóide, ou não possuem a Vitamina A que é a responsável pela qualidade do receptor da Vitamina D”. Por conta disso, ela terá problema não só na produção dessa vitamina como também na função, sendo fundamental que tudo isso esteja em ordem para que faça o devido efeito. A deficiência de Vitamina D não é observada somente pela falta de ingesta, mas também pela deficiência de magnésio, Vitamina A, do paratormônio e também do sol.

Podendo ser ingerida também pela alimentação, a Vitamina D é produzida em 80% através da produção endógena, ou seja, possui sua origem, desenvolvimento ou reprodução no interior do tecido, de um órgão ou organismo. Os alimentos que possuem a Vitamina D são os peixes de águas frias, o salmão especialmente, os ovos, carnes, leites e de fonte vegetal podemos encontrar a Vitamina D2 nos fungos que são muito ricos em Vitamina D vegetal.

Segundo o Dr. Fábio, a Vitamina D é considerada lipossolúvel, ou seja, são vitaminas solúveis em moléculas orgânicas, como as também vitaminas A, B, E e K, então é importante que quando formos ingeri-la, que seja conjuntamente com alimentos que tenham gordura, óleo, óleo de coco, ômega 3 ou alimentos gordurosos, porque ela necessita desse meio lipossolúvel para ser absorvida.


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