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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Dia Mundial do Câncer: Campanha "Eu sou e eu vou" dá luz à importância do compromisso de agir e investir em causas sociais

Movimento abraçado pelo Instituto Ronald McDonald tem o objetivo de dar ênfase ao câncer infantojuvenil no Brasil, enfermidade que mais mata crianças e adolescentes de 01 a 19 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca)


Você já pensou o quanto planejamos, idealizamos e pouco concretizamos? A importância do agir é fundamental para que ações e mudanças ocorram. A Daniela Barra, voluntária da Casa Ronald McDonald do Rio de Janeiro há 6 anos, é um exemplo de como podemos fazer a diferença. "Eu ajudo a causa do câncer infantojuvenil como voluntária, e vou continuar ajudando a expandir essa missão e propósito. " É por meio da inspiração de pessoas com propósito e compromisso de agir como ela, que a campanha "Eu Sou e Eu Vou" celebra o Dia Mundial do Câncer, comemorado em 4 de fevereiro, com foco em estimular ações em prol da causa.

O movimento global é uma iniciativa da Union for International Cancer Control (UICC) e foi abraçada pelo Instituto Ronald McDonald no Brasil para dar foco ao câncer infantojuvenil. "Vamos celebrar os avanços em prol do câncer em crianças e adolescentes e olhar para o futuro pensando cada vez mais em agir. Seja quem for, suas ações - grandes ou pequenas - farão mudanças duradouras e positivas com compromisso para criar um mundo sem essa doença. Eu sou apoiador da causa do câncer infantojuvenil e vou continuar lutando pelos nossos pequenos pacientes oncológicos para elevar as chances de cura do câncer no país", afirma Francisco Neves, Superintendente do Instituto Ronald McDonald.

No Brasil, o câncer infantojuvenil é a enfermidade que mais mata crianças e adolescentes de 01 a 19 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Por isso, o Instituto Ronald McDonald, que há quase 22 anos atua para aproximar famílias da cura da doença no Brasil, tem o propósito de promover saúde e qualidade de vida para crianças e adolescentes antes, durante e após o tratamento.

O pequeno Erlon Pietro Pereira Batista tem apenas 3 anos e 9 meses, e é uma das crianças beneficiadas pelos projetos do Instituto Ronald McDonald. O pequeno foi diagnosticado com câncer e atualmente está hospedado na Casa Ronald McDonalds de Moema, em São Paulo. "Ver o sorriso e a vontade de vencer dos nossos pequenos pacientes oncológicos nos move a continuar lutando para aproximar famílias da cura do câncer infantojuvenil. ", completa Chico Neves.

Apenas em 2019, a organização sem fins lucrativos, que depende exclusivamente de doações de pessoas físicas e empresas, realizou cerca de 95 mil atendimentos a crianças e adolescentes com câncer em tratamento e seus familiares. Só pelo programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil, o Instituto Ronald já capacitou mais de 27 mil profissionais e estudantes da área de saúde, sensibilizando os participantes sobre a importância dos sinais e sintomas da doença em crianças e adolescentes como auxílio para o aumento das chances de cura. Em 2020, o programa, em versão totalmente digital, capacitou 742 estudantes de enfermagem e medicina e residentes em pediatria. Ainda em 2020, o Instituto Ronald McDonald, por meio de suas ações e campanhas, beneficiou 68 projetos, de 59 instituições em 43 municípios de 21 estados mais o Distrito Federal.

"O cenário da pandemia trouxe diversos desafios para o setor oncológico e para a filantropia, mas também reforçou o poder da solidariedade e a união das pessoas, principalmente em ajudar o próximo. A união é cada vez mais notória como forma de enfrentar e superar crises e situações de necessidade, e mais do que nunca precisamos de doações", enfatiza Chico Neves.

Como importante articulador da rede da oncologia pediátrica no Brasil, o Instituto Ronald McDonald busca mais do que nunca apoio de empresas e pessoas físicas para manter seus projetos e ajudar as crianças e adolescentes com câncer, que apresentam um quadro de imunidade muito frágil devido ao tratamento oncológico, sendo mais um perfil no grupo de risco para a Covid-19.


Live Dia Mundial do Câncer

Para celebrar o Dia Mundial do Câncer, o Instituto Ronald McDonald promove, na próxima quinta-feira (04), às 18h10, uma live especial em seu canal do YouTube. O encontro virtual tem como objetivo criar um debate entre organizações que atuam com câncer em diversas áreas e especialistas em oncologia para fazer um balanço sobre o cenário nacional da doença, os desafios e as conquistas de cada organização. O encontro, mediado pelo superintendente do Instituto Chico Neves, contará com representantes da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), Fundação Laço Rosa (Câncer de Mama), Oncoguia (que atua com vários tipos de câncer) e com os oncologistas pediátricos Dr. Vicente Odone, a Dra. Sima Ferman e Sérgio Petrilli, do GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer). Você é nosso convidado pera esse encontro. Participe e comente este encontro: https://www.youtube.com/user/institutoronald .


As chances de cura

A chance média de sobrevivência à doença é estimada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) em 64%. Porém, as chances não são as mesmas em todas as regiões do país. Conforme o levantamento feito pelo Inca, enquanto as chances médias de sobrevivência nas regiões Sul são 75% e na região Sudeste são 70%, nas Região Centro-Oeste, Nordeste e Norte elas são 65%, 60% e 50% respectivamente.

Aliado a isso, nesse momento em que a Pandemia da Covid-19 assola o mundo e o país, os hospitais necessitam de Equipamentos de Proteção individual (máscaras cirúrgicas e de proteção respiratória, luvas, proteção ocular), respiradores e termômetros digitais, além de produtos de higiene e as Casas e Grupos de apoio também demandam materiais e kits de higiene e cestas básicas para distribuição às famílias sem renda.

 



Instituto Ronald McDonald

www.institutoronald.org.br

 

Dia Mundial de Combate ao Câncer (4/2) - Segunda principal causa de morte em pacientes com câncer, trombose merece atenção durante tratamento oncológico

• Pessoas com câncer têm um risco quatro vezes maior de desenvolver o problema

• Apesar disso, muitos ainda desconhecem a relação entre as doenças ou a informação se perde em meio ao diagnóstico de câncer


• O uso de anticoagulante oral pode reduzir os eventos trombóticos e proporcionar melhor qualidade de vida a esses pacientes



Uma pesquisa qualitativa conduzida pela Bayer, realizada em cinco países, entre eles Brasil, Alemanha, França, Japão e China, identificou que o estado emocional dos pacientes tem forte influência no tratamento do câncer e de suas complicações. Um exemplo disso é o achado que revelou que os pacientes não prestam atenção quando o médico explica sobre a possibilidade de complicações vasculares e eventos trombóticos, devido ao impacto da notícia do diagnóstico com câncer. No entanto, como segunda principal causa de morte em pacientes com a condição1, o tromboembolismo venoso, que inclui tanto a trombose venosa profunda (TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP), requer cuidado e atenção constante.

Um estudo de 2014 que avaliou a associação entre trombose e câncer mostrou que o indivíduo com câncer tem quatro vezes mais chance de desenvolver trombose em comparação com pessoas sem a condição1. Além disso, cerca de 20% dos novos casos de trombose venosa profunda ocorrem em pacientes com diagnóstico de câncer2. E não apenas a doença, mas o próprio tratamento oncológico pode ter interferência nisso. O problema é que muitas pessoas não têm conhecimento sobre a relação entre essas doenças e a falta de informação pode provocar impactos em sua evolução clínica.

"O corpo humano é uma engrenagem, e quando há um desequilíbrio em qualquer parte, ele reage. No caso dos pacientes com câncer, a presença do tumor faz com que o organismo produza substâncias que ativam a coagulação, favorecendo a formação de coágulos que podem se desprender e se movimentar na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Numa trombose venosa, o coágulo que se desprende normalmente vai parar nas artérias dos pulmões, num evento conhecido como embolia pulmonar. As consequências de uma embolia pulmonar variam dependendo do tamanho do coágulo que se desprendeu e/ou da quantidade de coágulos. Em casos mais graves, o problema pode provocar morte súbita", explica o Prof. Dr. Antonio Eduardo Zerati, Cirurgião Vascular e Endovascular e Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da USP.

"Principalmente os pacientes que fazem quimioterapia apresentam maior chance de desenvolver trombose, pois o tratamento aplicado diretamente nas veias afeta a parede dos vasos sanguíneos. Cerca de 11% dos pacientes em quimioterapia desenvolvem trombose venosa a cada ano1", aponta o especialista. Além disso, outros fatores de risco que tornam o paciente mais suscetível ao problema são a idade, obesidade, tabagismo, histórico familiar, o tipo de câncer e sua localização, tempo de diagnóstico, tipo de tratamento e menor mobilidade (seja por indisposição ou sequela do câncer, seja por necessidade de internações hospitalares).

Uma das afirmações de pacientes que participaram da pesquisa da Bayer foi que "a trombose representou um grande obstáculo para a recuperação do câncer, e por isso é tão importante que os pacientes estejam mais informados sobre os riscos de desenvolvimento da doença". Para isso, Dr. Zerati recomenda que eles fiquem atentos aos sinais do corpo durante esse período, especialmente inchaço em uma das pernas (onde a trombose é mais frequente), dor ou mudança de cor da pele, devendo o médico ser comunicado imediatamente caso um ou mais desses sinais apareçam. "Também é importante que o paciente ou o familiar/cuidador fique atento a todas as explicações médicas no início do tratamento", completa o especialista.

Pacientes oncológicos que já apresentaram algum evento trombótico têm risco de recorrência entre duas e nove vezes maior do que a população geral3. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, sangue e imagem.

Segundo Rodolfo Ferreira, Diretor de Oncologia da Bayer no Brasil, há um grande investimento da companhia em fornecer opções de tratamento para o câncer cada vez mais inovadoras e seguras, que contribuam com a qualidade de vida do paciente e evitem, consequentemente, que ele seja acometido por complicações como essa. Um exemplo são as quimioterapias ou medicamentos orais, que não precisam ser aplicadas nas veias e não exigem que o paciente permaneça no hospital "Nosso foco é melhorar a qualidade de vida do paciente. Por esta razão, estamos sempre desenvolvendo novas soluções que ofereçam a possibilidade de viver e tratar-se com o mínimo possível de efeitos colaterais", afirma.



Terapia para complicações vasculares é importante aliada na prevenção de trombose em pacientes com câncer

A profilaxia medicamentosa, baseada no uso de anticoagulantes, pode prevenir os quadros de trombose em alguns pacientes em tratamento oncológico. O especialista deve fazer uma avaliação individual dos riscos e benefícios do tratamento para cada paciente e analisar o perfil de segurança. A diretriz de 2019 da International Society on Trombosis and Haemostais (ISTH)4 recomenda o uso da terapia oral com rivaroxabana (10mg/ ao dia) por seis meses a partir do início do tratamento quimioterápico, em pacientes com baixo risco de sangramento e sem interação medicamentosa4,5.

"A profilaxia, além de reduzir o risco de trombose venosa em pacientes de mais alto risco, não apresenta nenhum tipo de interferência no tratamento do câncer, seja quimioterapia ou outra modalidade terapêutica. Além disso, quando a opção recai sobre uma medicação administrada por via oral, há impacto positivo em relação à qualidade de vida desse paciente, evitando que ele precise aplicar injeções diárias por tempo prolongado", finaliza Dr. Zerati.




Bayer

www.bayer.com.br

 



Referências

1 Elyamany G, et al. Clin Med Insights Oncol. 2014;8:129-37
2 Bergqvist D, et al. Curr Probl Surg. 2007;44:157-216
3 Prandoni P, et al. Blood. 2002;100:3484-88
4 The use of direct oral anticoagulants for primary thromboprophylaxis in ambulatory cancer patients: Guidance from the SSC of the ISTH. Wang et al. J Thromb Haemost;2019; 17 (10): 17772-1778
5 Pebmed. Câncer e trombose: benefícios e riscos da tromboprofilaxia primária. Disponível em: https://pebmed.com.br/cancer-e-trombose-beneficios-e-riscos-da-tromboprofilaxia-primaria/. Acessado em março de 2020.

 

Você sabia que existem vários tipos de dor de cabeça?

É comum sofrer de dor de cabeça, mas, se para alguns esse desconforto é fácil de aliviar, para outros é uma doença incapacitante

 

Existem duas formas de classificar uma cefaleia (termo médico para “dor de cabeça"): primária e secundária. A dor de cabeça primária é aquela que não é causada por nenhum outro problema de saúde subjacente. Nesses casos, o uso de medicação analgésica costuma ser suficiente para o alívio dos sintomas. Já as cefaleias secundárias têm outra causa subjacente, como uma doença ou um trauma, por exemplo. Sendo assim, diante da suspeita de uma dor de cabeça secundária, é importante buscar atendimento médico para realizar exames de sangue e/ou de imagem e identificar a causa correta do problema.

Algumas simples atividades do dia a dia podem causar dor de cabeça:


  • Estressar-se ou ficar muito tenso por algum acontecimento

cefaleia de tensão afeta a grande maioria dos adultos em algum momento da vida. O paciente sente uma dor geralmente frontal e bilateral na cabeça, que pode ser percebida como se um capacete apertado estivesse fazendo uma pressão desconfortável no local. A sensação da dor em si costuma ser leve ou moderada e, apesar de atrapalhar, não impede as pessoas de realizarem suas atividades diárias como de costume.

Alguns motivos clássicos de estresse – não dormir o suficiente, sentir calor excessivo ou ficar muito tempo sem se alimentar/pular refeições – podem desencadear a cefaleia tensional. Outras possíveis causas são: abuso no consumo de bebidas alcoólicas, postura inadequada durante longos períodos de tempo, sentimento constante de tensão e a ingestão insuficiente de água (desidratação). Na maioria dos casos, medicamentos analgésicos promovem o alívio da dor.


  • Atividades físicas e exercícios intensos

A atividade física melhora o sono, diminui o nível de ansiedade e tem um impacto positivo na qualidade geral de vida. No entanto, algumas pessoas costumam ter dor de cabeça após praticar atividades físicas, principalmente se houver muito esforço envolvido. Isso porque, diante de um treino particularmente intenso, acontecem a diminuição da oxigenação dos tecidos do corpo humano e o aumento da pressão intracraniana. Tudo indica que três cuidados em especial podem ajudar a prevenir a dor de cabeça ao fazer exercícios: beber líquidos antes e durante a atividade, realizar um aquecimento “caprichado" antes de iniciar o treino e reduzir a intensidade da atividade, se possível.

“É importante buscar avaliação médica especializada quando se tem dor de cabeça desencadeada por esforços físicos, principalmente se a dor surgir de repente e já com forte intensidade e se houver outros sintomas associados. Embora possa ser um sintoma benigno, temos que excluir outras causas antes de afirmar que a dor está relacionada somente com a atividade física", alerta a neurologista do Hospital Águas Claras Aressa Leal.


  • Estar “naqueles dias"

Conhecida como dor de cabeça hormonal, esse tipo de cefaleia afeta principalmente as mulheres em idade fértil. Ela está relacionada com o início do ciclo menstrual, a gravidez, a menopausa ou a utilização de alguns medicamentos hormonais. “Pode até mesmo tratar-se de uma cefaleia tensional ou enxaqueca, que pode ser agravada por oscilações hormonais", pontua Aressa.

Não há muito o que fazer para prevenir essa ocorrência, mas algumas modificações no estilo de vida podem ser úteis no tratamento, como garantir um sono adequado, fazer refeições regulares (sem ficar longos períodos em jejum) e manter os níveis de estresse reduzidos. Além disso, os analgésicos simples ou anti-inflamatórios podem fornecer ajuda eficaz.

“Quando a dor está presente de modo muito regular durante os ciclos menstruais, de moderada a forte intensidade, e atrapalha as atividades diárias, podem ser necessárias abordagens terapêuticas específicas nos dias previstos para maior desconforto", recomenda a especialista em neurologia.


Outros 3 tipos conhecidos de cefaleia:

1. Um dos tipos mais comuns de dor de cabeça, a enxaqueca costuma causar uma dor latejante relativamente intensa, que pode afetar um ou ambos os lados da cabeça, além de apresentar vários outros sintomas comumente associados – náuseas, vômitos, fotofobia (maior sensibilidade à luz ou claridade), fonofobia (maior sensibilidade a barulhos) e osmofobia (maior sensibilidade a cheiros fortes). Os sintomas podem durar de algumas horas a vários dias e podem impedir a pessoa afetada de participar das atividades diárias normalmente. Consultar um médico é fundamental para traçar um plano terapêutico adequado, para evitar possíveis gatilhos desencadeadores das crises de enxaqueca.

2. Descrita como um dos piores tipos de dor de cabeça, a cefaleia em salvas provoca dor aguda, penetrante e de extrema violência, geralmente localizada na região da têmpora ocular e que atinge apenas um e sempre? o mesmo lado da face. É acompanhada por lacrimejamento, olhos vermelhos e nariz escorrendo e, em muitos casos, também é observada sudorese intensa na face. A cefaleia em salvas costuma ocorrer periodicamente, em crises muito intensas, porém de curta duração quando comparadas com outras dores primárias. Acredita-se que a causa seja um distúrbio do ritmo biológico, ou seja, do nosso relógio biológico interno. Outra razão pode ser uma inflamação que afeta os vasos sanguíneos dilatados no cérebro. Esse quadro deve ser sempre examinado por um médico.

3. A dor de cabeça de sinusite acontece por causa do aumento da pressão nos seios da face, no nariz, na testa e nas bochechas, característico dessa complicação de saúde. O paciente sente uma dor em pressão que se torna mais intensa com movimentos repentinos ou algum tipo de esforço da cabeça. O tratamento ideal para a cefaleia sinusal depende da causa e da gravidade da sinusite e pode incluir analgésicos, antibióticos, anti-histamínicos, descongestionantes ou corticosteroides únicos. Vale ressaltar que esse tipo de dor só acontece quando há inflamação ou infecção dos seios nasais, e muitas vezes os pacientes acreditam que “têm sinusite" quando de fato estão com outros tipos de dor. Portanto, a melhor opção é sempre consultar um médico especialista no assunto, para seguir o tratamento mais indicado para o seu caso, considerando as suas especificidades e necessidades.

Algumas outras situações consideradas sinais para possíveis cefaleias secundárias:

  • Cefaleia “em trovoada": de início súbito, com dor de forte intensidade, geralmente é descrita como a pior da vida.
  • Outros sintomas neurológicos associados: visão embaçada ou dupla; alteração do nível de consciência (sonolência ou agitação anormal); dormência ou dificuldade de mexer alguma parte do corpo; incoordenação; alteração da fala.
  • Sintomas sistêmicos associados: febre; perda de peso; lesões na pele; vômitos; rigidez de nuca.
  • Crises de dor com início após os 50 anos.

Nesses casos, deve-se procurar atendimento, idealmente em serviço de pronto-socorro.

É importante ter em mente que uma pessoa com dor de cabeça deve procurar um neurologista sempre que a dor se torna muito frequente e/ou quando ela interfere na qualidade de vida e nas atividades diárias do indivíduo.

“Também vale atenção especializada se a dor começar a apresentar características diferentes das habituais, se surgirem novos sintomas associados ou se houver dificuldade de alívio com medicamentos que antes eram eficazes. Para esse último caso, deve-se estar atento ao uso excessivo de medicamentos para a melhora da dor, pois eles podem piorar as crises de cefaleia. Se houver uso excessivo de analgésicos, anti-inflamatórios ou 'medicações antienxaqueca', já está indicado o tratamento especializado", conclui a neurologista.

A literatura científica traz novidades constantes sobre o estudo das dores de cabeça, tanto no que diz respeito às cefaleias associadas a outras doenças quanto às cefaleias primárias específicas. Podemos citar, como exemplos mais recentes, a investigação e o manejo da cefaleia associada à Covid-19 e novos tratamentos para enxaqueca, com terapia imunobiológica. Também há novidades em tratamentos ainda pouco conhecidos pela população em geral, como bloqueio de nervos cranianos, uso da toxina botulínica e dispositivos de estimulação de nervos e modulação de dor.

 



Hospital Brasília


Descubra agora por que os cremes para varizes não funcionam

Há um velho ditado que nos diz que precisamos cuidar do nosso corpo de dentro para fora. Embora essa frase possa ter muitas conotações filosóficas e de cunho emocional, ela cai como uma luva em vários contextos na área da saúde. Uma aplicação possível, por exemplo, é no que diz respeito ao uso de cremes para varizes.


Utilizar esses produtos é uma medida, muitas vezes, ineficiente. Claro que isso não significa que eles não sirvam para amenizar os sintomas e até para fornecer um conforto extra a pacientes que convivem com a Doença Venosa Crônica (DVC) e seus sinais. No entanto, esse não é um tratamento direto para o problema.


Mas, por qual motivo esses cosméticos específicos não funcionam? É viável utilizá-los ao menos para prevenir o surgimento das varizes? Quais são os seus usos na prática? A seguir, vamos responder todas essas perguntas para que você tire as suas principais dúvidas sobre esse assunto.

 

 

Cremes para varizes funcionam?

Infelizmente, não do jeito como muita gente espera. O surgimento das varizes se dá por causa de alterações estruturais nas paredes das veias. Essas mudanças fazem com que elas se dilatem, o que dificulta o controle do fluxo sanguíneo por meio das válvulas venosas.

Sendo assim, os cremes de uso tópico não geram efeito para a cura das varizes. Inclusive, vale lembrar que não existe uma cura para a doença. Há tratamentos para as varizes, mas acabar com a situação por completo ainda não é uma realidade.

 

 

Quais são os benefícios desse tipo de produto?

Isso não quer dizer que os cremes para varizes não tragam qualquer tipo de benefício para pacientes que os utilizam. Porém, é necessário ter consciência dos efeitos e das vantagens do uso desse tipo de produto.


No geral, esses cremes são bastante eficazes para ajudar com os sintomas, como a dor ou a queimação sentidas no local afetado. Então, sim, eles podem ser utilizados como abordagem coadjuvante nesses casos.

 

 

Quais são os tratamentos indicados para varizes?

Como explicamos acima, as varizes não têm cura e, muitas vezes, há altas chances de recidiva no caso. Entretanto, alguns tratamentos podem ser muito benéficos para essa doença crônica.


O principal deles é a escleroterapia com espuma. Trata-se de um procedimento feito a partir da aplicação, nas veias, de uma substância que tem como objetivo a destruição das veias doentes.


Além disso, é possível minimizar os sintomas das varizes com a adoção de alguns hábitos e estratégias no dia a dia. Entre eles:

 

  • uso de meias elásticas; 
  • uso de drogas veno-ativas; 
  • controle do peso; 
  • controle da alimentação.

 

Agora que você já sabe que cremes para varizes não funcionam para tratar o problema, e sim para aliviar alguns dos sintomas comuns desse quadro, lembre-se de procurar profissionais qualificados que possam avaliar seu tipo de problema. Saúde em primeiro lugar!

 

 


Fonte: Dr. Eduardo Toledo de Aguiar -  Prof. Livre Docente de Cirurgia Vascular FMUSP. Diretor da Spaço Vascular, realiza tratamento para varizes com espuma desde 2004. Mais de 20.000 consultas, 7000 Eco-dopplers e mais  7.000 pacientes tratados tanto na clínica privada como em ações humanitárias no Brasil e na Nicarágua.


Fevereiro roxo combate ao Alzheimer - com os mesmos sintomas, a doença pode não ser exatamente essa.

Doença com os mesmos sintomas de Alzheimer pode ser tratada com cirurgia e devolve vida normal ao paciente


O médico Dr. Fernando Gomes, neurocirurgião, neurocientista e professor livre docente do Hospital das Clínicas de SP, revela que a doença, considerada um dos problemas neurológicos que mais afetam a população mundial, causa declínio das funções intelectuais e reduzem as capacidades convivência. Confundidos com os sintomas da HPN (Hidrocefalia de Pressão Normal), a vantagem é que essa doença, se diagnosticada cedo, apenas com uma simples cirurgia já oferece vida normal ao idoso.

A Hidrocefalia de Pressão Normal é um tipo de demência que aparece em homens e mulheres a partir dos 65 anos e uma das poucas que tem tratamento eficaz. O diagnóstico é facilmente confundido com Alzheimer e o Parkinson. Quando os sintomas, como dificuldade em andar, incontinência urinária e esquecimento aparecem é comum que a própria família deixe de cuidar por achar que é "coisa da idade". Dr Fernando Gomes, neurocirurgião do Hospital das Clínicas de SP e membro fundador da Associação da Hidrocefalia da Pressão Normal (AHPN) explica que exames de imagem, como a tomografia de crânio e a ressonância magnética de encéfalo, permitem a visualização do cérebro, que mostra se há ou não a HPN.

Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, mais chances de reduzir progressão do mal. Desde 2007, quando o médico iniciou a frente do Grupo de Hidrodinâmica Cerebral do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, já passaram mais de 6 mil pacientes pelo atendimento e cerca de mil pessoas foram diagnosticadas com hidrocefalia. Destas, 25% eram realmente HPN, fizeram o tratamento e hoje estão curadas e levam vida normal. "Nossa principal intenção é alertar a população que esta doença tem cura e não pode ser deixada de lado", conclui Dr. Fernando.

 


Dr Fernando Gomes  - Corresponde médico da TV CNN Brasil diariamente no Jornal Novo Dia. Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças do envelhecimento no Hospital das Clínicas. https://www.fernandoneuro.com.br

 

Uso terapêutico do canabidiol durante o processo demencial de Alzheimer

Nos últimos anos a população idosa tem aumentado cada vez mais, isso é uma conquista na marca da humanidade, mas também é um desafio em proporcionar qualidade de vida para a terceira idade, que é considerada a população com 60 anos ou mais. No Brasil segundo dados do IBGE são mais de 28 milhões de pessoas nessa faixa etária, o que representa 13% da população. No último século, a esperança média de vida aumentou em média 30 anos nas regiões desenvolvidas do mundo.  

O envelhecimento deve ser entendido como um processo natural de desgaste fisiológico dos sistemas do organismo. Tal desgaste pode ocasionar diminuição das capacidades físicas e um aumento relativo da incapacidade para realização de atividades cotidianas. Apesar de não estabelecido oficialmente, o termo envelhecimento é frequentemente empregado para descrever as mudanças de forma e função ao longo da vida, que ocorrem nos organismos após a maturação sexual e que progressivamente comprometem a capacidade de resposta dos indivíduos ao estresse ambiental e à manutenção da homeostasia.  

O processo de envelhecimento pode ser dividido em envelhecimento biomédico (focada na dicotomia saúde-doença) e psicossocial (capacidade de manter a atividade mental e a vida social). O envelhecimento ativo mantém três características, probabilidade baixa de doenças e de incapacidades relacionadas às mesmas, alta capacidade funcional cognitiva e física e engajamento ativo com a vida, as variáveis gênero, escolaridade, renda familiar e capacidade funcional influenciam no envelhecimento saudável e ativo.  

A transição demográfica acarreta a transição epidemiológica, o que significa que o perfil de doenças da população muda de modo radical, pois teremos que aprender a controlar as doenças do idoso. Em um país essencialmente jovem, as doenças são caracterizadas por eventos causados por moléstias infectocontagiosas, cujo modelo de resolução é baseado no dualismo cura/morte. O perfil de doenças no idoso muda para o padrão de doenças crônicas, portanto, o paradigma muda. 

O envelhecimento populacional traz consigo problemas de saúde que desafiam os sistemas de saúde e de previdência social. Envelhecer não significa necessariamente adoecer. Os avanços no campo da saúde e da tecnologia permitiram para a população com acesso a serviços públicos ou privados adequados uma melhor qualidade de vida nessa fase.(KALACHE, 2008)   

O envelhecer é um processo progressivo de diminuição de reserva funcional, no caso, a senescência. No processo de envelhecimento é importante não apenas para entender a etiologia associada aos processos degenerativos que lhe estão associados, mas fundamentalmente para conhecer e desenvolver estratégias que atenuem os efeitos da senescência. (LIENGME et al., 2015) 

Para a Organização Mundial da Saúde a definição de velhice é baseada na idade cronológica, na qual a definição de idoso inicia aos 65 anos nos países desenvolvidos e aos 60 anos nos países em desenvolvimento. No Brasil, de acordo com o Estatuto do Idoso (2003), as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos são reconhecidas como idosas. Entretanto, alguns direitos como a gratuidade no transporte coletivo público urbano e semiurbano só é concedida aos maiores de 65 anos. 

Com o processo de envelhecimento, ocorrem mudanças fisiológicas, sociais/econômicas, psicológicas/emocionais entre outras. Tais mudanças não raras vezes se apresentam acompanhadas de perda de papéis sociais, solidão, perdas afetivas e aumento da vulnerabilidade. Também é característica dessa fase a diminuição da capacidade de recuperação dos efeitos de eventos que desequilibram o organismo e menor plasticidade neural. Todas as atitudes tomadas ao longo da vida influenciam na velhice, como alimentação, sono, exercícios físicos, exercícios mentais, vícios entre outros.  

Socialmente, pode-se inferir que a pessoa é definida como idosa a partir do momento em que deixa o mercado de trabalho, no entanto um indivíduo pode ser mais velho ou mais jovem dependendo de como ele se comporta dentro de uma classificação esperada para sua idade em uma sociedade ou cultura particular.  

A relação existente entre afeto e emoção é fundamental na vida, o que indica a necessidade de se investir na afetividade para a construção de relações interpessoais mais harmoniosas; a velhice é uma época de muitas carências e, sujeita a preconceitos que limitam as possibilidades dos idosos. O lazer é visualizado como uma possibilidade de melhoria da qualidade de vida das pessoas, que permite ao idoso a ressignificação emocional de seu lazer, favorecendo sua inclusão na vida social e afetiva novamente, fazendo com que a pessoa se sinta acolhida e útil novamente.  

A perspectiva Life-Span colabora para mudar a concepção de que o idoso é um ser passivo e doente, ressaltando a possibilidade de desenvolvimento durante todo o curso da vida e enfatiza a importância de atividades para a manutenção do envelhecimento saudável. A aquisição de novas aprendizagens tem sido considerada uma tarefa importante nesse sentido, uma vez que pode otimizar as capacidades cognitivas e favorecer a rede de suporte social do idoso. A criação de oportunidades de lazer, de socialização e, principalmente, de educação mostra-se fundamental nessa fase da vida, permitindo equilibrar os declínios inerentes ao envelhecimento e os benefícios proporcionados por essas atividades. 

O envelhecimento é caracterizado por um declínio das funções orgânicas que ocasiona diversas modificações em todo o organismo, levando a uma redução da capacidade funcional. O sistema nervoso central é extremamente afetado pelos processos de envelhecimento, que são caracterizados por alterações morfofuncionais, histológicas e nos sistemas de neurotransmissores que levam a várias mudanças na fisiologia cerebral. Todas as alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento são consequências de mudanças nos processos bioquímicos associados a estes sistemas. Uma importante alteração seria a neurodegeneração, perda progressiva da estrutura ou funcionamento dos neurônios, incluindo a morte celular, vide apoptose dessas células.  

A plasticidade neural pode ser definida como uma mudança adaptativa na estrutura e nas funções do sistema nervoso, como função de interações com o ambiente interno ou externo ou, ainda, como resultado de injúrias, de traumatismos ou de lesões que afetam o ambiente neural. Na investigação das relações entre plasticidade neural e comportamento, verificam-se diferentes níveis de análise comportamental, incluindo desde a análise de respostas específicas que são aprendidas e memorizadas, até a avaliação de padrões comportamentais mais complexos, envolvidos na recuperação de função, ou seja, neuroplasticidade é a capacidade de o cérebro se adaptar a mudanças.  

O processo de envelhecimento neurológico pode trazer junto consigo as demências, que são explicadas como um déficit na função cognitiva de modo que afete a vida social, profissional ou acadêmica da pessoa, sendo a doença de Alzheimer a mais prevalente. A demência relacionada com o envelhecimento normalmente tem um início lento e gradual, com a atrofia hipocampal sendo manifestada após vários anos de início dos sintomas clínicos. A doença de DA é uma doença neurodegenerativa progressiva que emergiu como a forma mais prevalente de demência tardia em humanos. A produção de β amilóide a partir da proteína precursora de amilóide e seu subsequente acúmulo, agregação e deposição no cérebro são eventos centrais na patogênese do Alzheimer. 

No envelhecimento são perdidos 50% dos neurônios, essa perda tem sido apontada como o principal fator relacionado à idade para explicar a diminuição do córtex cerebral, no entanto foi concluído que a idade não acarretaria uma perda significativa de neurônios no córtex cerebral humano. As mudanças decorrentes do envelhecimento nos corpos celulares dos oligodendrócitos, poderiam estar relacionadas à perda de fibras mielinizadas nos cérebros velhos.   

As perdas de sinapses durante o envelhecimento humano são específicas por região e as alterações podem variar nos diferentes tipos de sinapses. Existe mais de um fenômeno compensatório para manter a função sináptica cortical normal, pois a perda de sinapses e as mudanças nas estruturas pré-sinápticas parecem ser acompanhadas por um aumento na extensão média da zona pós-sináptica ativa, observando que muitas sinapses contendo neurotransmissores excitatórios como o glutamato, estabelecem contatos sobre as espinhas dendríticas, a perda significativa de estruturas dendríticas pode limitar a disponibilidade de substrato pós-sináptico para conexões sinápticas nos cérebros velhos.  

As modificações dendríticas relacionadas à idade incluem o encurtamento e a diminuição das ramificações dos dendritos. Considerando-se, no entanto, que o número de neurônios permanece praticamente estável no córtex cerebral velho, a redução significativa de conexões interneuronais no cérebro seria resultante da perda de estruturas pré e pós-sinápticas.  

          

Enquanto a capacidade de processar informações do hipocampo pode se deteriorar no decorrer do envelhecimento normal sem que haja perda significativa de neurônios, as alterações específicas dos circuitos relacionados com os receptores NMDA podem realçar danos na memória no idoso. O hipocampo tem um papel fundamental na aprendizagem e na formação e consolidação da memória e está criticamente envolvido na regulação da emoção, medo, ansiedade e estresse, sendo uma das primeiras regiões envolvidas no Alzheimer. 

O envelhecimento cerebral é um processo inevitável, porém postergável, através de exercícios físicos e mentais, hábitos saudáveis e terapias alternativas. Dentro das terapias alternativas, os canabinoides (CB) vêm se mostrando eficazes na inibição de formação de placas beta amiloides, a partir do seu papel anti inflamatório e antioxidante.  

O primeiro registro de uso de cannabis na história da Medicina é datado de 2737 AC na China, onde prescrevia-se chá de maconha para o tratamento da gota, reumatismo, malária e memória fraca. Na Índia, usavam maconha para fins religiosos e alívio do estresse. Médicos da antiguidade prescreviam maconha para tudo, desde o alívio para dor de ouvido, até para as dores do parto. O médico Pedânio Dioscórides, greco-romano, considerado o fundador da farmacologia, publicou em sua obra “De Materia Medica”, a principal fonte de informação sobre drogas medicinais, que a maconha medicinal era indicada como tratamento eficaz para dores articulares e inflamações.  

Em 1464 houve o primeiro relato considerando a maconha para tratamento de epilepsia, em Bagdá. Em 1839, na Índia, a maconha medicinal era o remédio anticonvulsivante de maior valor.   As notícias se espalharam pela Ásia, Europa e chegaram aos EUA, onde em 1889 consolidou-se como medicamento. Em 1924 a discussão, em âmbito mundial levou a tese de que o consumo da maconha era um mal, devendo ser, portanto, proibida. Hoje a discussão ainda permanece. 

O canabidiol (CBD) é o principal canabinóide não psicotomimético derivado da cannabis. O CBD é desprovido de atividade direta dos receptores CB1 e CB2, mas exerce uma série de efeitos importantes no cérebro. Aqui, tentamos resumir as descobertas atuais sobre os efeitos do CBD na atividade dos astrócitos e, dessa maneira, nas funções do sistema nervoso central, em vários modelos e neuropatologias testados. Os dados coletados mostram que o aumento da atividade dos astrócitos é suprimido na presença de CBD em modelos de isquemia, doenças neurodegenerativas, epilepsia e esquizofrenia. Além disso, o CBD demonstrou diminuir as funções pró-inflamatórias e a sinalização nos astrócitos, importante célula nervosa para geração de neuroplasticidade. 

         O CBD age em diversos sistemas neuronais e também no sistema endocanabinóide (GABA, serotonina, glutamato, entre outros), exercendo uma ampla variedade de ação farmacológica sem interação com o sistema dopaminérgico e, portanto, não causando euforia, agitação ou eventos motores quaisquer. Em modelos de lesão aguda do sistema nervoso central, o CBD diminui a neuroinflamação através da estimulação do receptor de adenosina e também, reduzindo a transmigração de leucócitos e regulando a expressão da molécula-1 de adesão celular vascular (VCAM-1). Adicionalmente, foi observada uma ativação reduzida da micróglia com a administração de CBD, reduzindo significativamente a morte celular neuronal induzida por β amiloide.  

            A literatura é ainda escassa, portanto inconclusiva, no entanto, os trabalhos apresentam uma grande expectativa no tratamento do Alzheimer com o uso do CBD impedindo o acúmulo de placas beta amiloides mesmo com a produção acelerada devido a alterações gênicas que levam à hiperatividade neural, aumentando o acúmulo de beta amiloide

 



Sandra Regina Mota Ortiz - diretora de pesquisa na USJT


Aline Gavioli - Analista na Cientifica LAB


Dia Nacional da Mamografia (5/2): Afinal, o exame deve ser realizado aos 40 ou 50 anos?


Estudos recentes realizados na população brasileira, evidenciaram que 40% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em mulheres com menos de 50 anos


Em 5 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional da Mamografia, com objetivo de conscientizar a população que o exame é o mais importante na detecção precoce do câncer de mama, ou seja, o rastreamento. “Sabemos que, quando diagnosticado em sua fase inicial, o câncer de mamatem mais de 90% de chance de cura. Isso pode ser conseguido com a realização do exame em mulheres assintomáticas e que se encontram em uma faixa etária na qual existe uma relação favorável entre benefícios e riscos do exame”, explica Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, oncologista do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia.

Segundo a médica, os avanços no tratamento do câncer de mama obtidos ao longo das últimas décadas levaram a um aumento significativo na chance de cura e a uma redução no risco de morte pela doença. “No entanto, ainda hoje, uma em cada oito mulheres receberá o diagnóstico de câncer de mama em algum momento da vida, até os 65 anos de idade. Esse dado alarmante é, porém,acompanhado de uma informação tranquilizadora: a disponibilidade de uma excelente ferramenta para o diagnóstico precoce da doença, a mamografia”, afirma.

De acordo com o oncologista, Leonardo Roberto da Silva, também do Grupo SOnHe, grandes estudos clínicos, que incluíram mais de 500 mil mulheres, comprovaram o benefício da mamografia. “Os resultados mostraram que as mulheres que faziam mamografia regularmente apresentavam uma redução no risco de morte por câncer de mama entre 10% e 35%, quando comparadas às mulheres que não faziam a mamografia. Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que esse exame seja realizado a cada dois anos entre os 50 e 69 anos de idade. No entanto, pesquisas recentes realizados na população brasileira, evidenciaram que 40% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em mulheres com menos de 50 anos. Além disso, muitos desses casos são identificados em estados mais avançados da doença, o que reduz significativamente as chances de cura. Assim, as recomendações atuais do Ministério da Saúde excluem uma faixa importante da população do programa de rastreamento (mulheres com idade entre 40 e 49 anos), o que pode resultar em maior mortalidade por câncer de mama, uma doença que ainda não é facilmente evitável”, lamenta o médico.

Os especialistas afirmam que diversas sociedades médicas vêm recomendando a realização da mamografia a partir dos 40 anos. “Há estudos mais recentes, que comprovam que tal estratégia está associada a benefício em termos de diagnóstico precoce e redução do risco de morte por câncer de mama nessa faixa etária. Atualmente, existe um Projeto de Decreto Legislativo (número 679/2019) que propõe assegurar a realização da mamografia de rastreamento para as mulheres a partir dos 40 anos, no Sistema Único de Saúde (SUS). O Projeto já foi aprovado no Senado Federal e, atualmente, se encontra em tramitação na Câmara dos Deputados”, finaliza Dra. Vivian.





Vivian Castro Antunes de Vasconcelos - formada em oncologia clínica pela Unicamp, é oncologista do Caism/Unicamp. Mestre pela FCM-Unicamp. Doutoranda na FCM-Unicamp e membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO). Vivian é sócia do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, e atua na oncologia do Instituto do Radium, do CAISM e do Hospital Madre Theodora.




Leonardo Roberto da Silva - formado em Oncologia Clínica pela Universidade Federal Minas Gerais, é oncologista do Caism/Unicamp, com função docente junto aos residentes em Oncologia Clínica da Unicamp. É mestre em Oncologia Mamária pela Unicamp e doutorando na área de Oncologia Mamária pela FCM-Unicamp, com extensão na Baylor College of Medicine – Houston/Texas, EUA. É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO). Leonardo faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Radium Instituto de Oncologia, no Hospital e Maternidade Madre Theodora e no Hospital Santa Tereza.





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Cannabis medicinal melhora a qualidade de vida de pacientes oncológicos

Substâncias da planta reduzem efeitos negativos da quimioterapia

 

A cannabis tem sido utilizada para fins medicinais há milênios. Segundo pesquisas em todo o mundo, a planta é remédio para diversas patologias, como fibromialgia, epilepsia, esclerose múltipla e até tumores. O periódico de oncologia “Cancers” publicou em janeiro de 2019 um artigo da Faculdade de Medicina de Varsóvia, sobre as perspectivas para o uso de canabinóides em oncologia e prática de cuidados paliativos.

De acordo com o documento, evidências indicam a eficiência da cannabis no tratamento da dor, espasticidade, convulsões, distúrbios do sono, náuseas e vômitos,  e Síndrome de Tourette. “A ciência tem comprovado cada vez mais a importância da cannabis na qualidade de vida do paciente oncológico. O complexo mecanismo de ação da cannabis faz com que seja útil em diferentes sintomas do paciente oncológico e sob cuidados paliativos como a dor, a naúsea e vômitos secundários à quimioterapia, a perda de apetite, as alterações de humor e distúrbios do sono. Como coadjuvante no tratamento oncológico ela pode diminuir o número de medicamentos necessários inclusive o uso ou doses de opioides com diminuição dos efeitos adversos destes.”, destaca Maria Teresa Jacob, médica que trabalha com a medicina canabinóide.

O estudo enfatiza que os canabinóides apresentam segurança superior a outras substâncias usadas em oncologia e cuidados paliativos. “Existem algumas controvérsias quanto ao uso de canabinódes, especialmente o THC, em pacientes submetidos à imunoquimioterapia. Como eles atuam no sistema imunológico poderiam prejudicar a resposta à imunoterapia. Não existe até o momento um consenso sobre o assunto, mas seria prudente evitar seu uso nestes casos”, explica a doutora.

“Os canabinóides demonstraram efeitos anticancerígenos em diferentes modelos in vitro e in vivo de câncer”, cita o artigo.

As incertezas e controvérsias sobre o papel e uso adequado de medicamentos à base de cannabis ainda não permitem recomendar seu uso como tratamento de primeira linha da dor crônica e outras condições, principalmente na atenção primária. “Seja qual for o tipo de câncer vamos observar melhora do sono, da depressão, das náuseas e vômitos, e outros sintomas resultantes de uma quimioterapia inclusive os decorrentes da neuropatia induzida pela quimioterapia”, finaliza Maria Teresa.

 



Dra. Maria Teresa Jacob - Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 1982, com residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Título de Especialista em Acupuntura e Título de Especialista em Dor. Especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, França em 1992, Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado, Cannabis Medicinal, em curso coordenado pela Dra. Raquel Peyraube, médica uruguaia referência mundial na área. Membro da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS), da Sociedade Européia de Dor (EFIC), da Society of Cannabis Clinicians (SCC) e da International Association for Canabinoid Medicines (IACM). Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide em diversas patologias em sua clínica privada localizada em Campinas.


Dia Mundial de Combate ao Câncer: o papel da medicina preventiva na cura e prevenção à doença

Especialidade médica que se dedica à prevenção também é fundamental para o diagnóstico precoce e tratamento mais efetivo da doença


Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), publicados na "Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil", a incidência e a mortalidade por câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, sendo a doença um dos quatro principais motivos de morte antes dos 70 anos de idade na maioria dos países.

Criado por uma iniciativa global da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) - e com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS)-, o Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado em 4 de fevereiro, surgiu como uma forma de conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce desta doença, assim como incentivar um modo de vida saudável e preventivo.

Em 2018, a mais recente estimativa mundial - também apontada no relatório do INCA -, mostrou que ocorreram 18 milhões de novos casos de câncer no mundo, sendo que 9,6 milhões foram a óbito. Um dos motivos para esse índice de chance de cura ser menor que 50%, segundo a oncologista Camila Guerra, do Grupo NotreDame Intermédica (GNDI), é a falta de tratamento médico preventivo, que além de evitar o surgimento da doença, proporciona o diagnóstico precoce que facilita a cura.

"Um dos papéis da medicina preventiva é ajudar a evitar que procedimentos mais invasivos ocorram no tratamento das doenças e isso também se enquadra na prevenção e detecção do câncer. Além da prevenção primária, o paciente oncológico precisa buscar formas de impedir o avanço do seu quadro clínico, e esse também é um dos papéis que desempenhamos no tratamento destes pacientes nos Centros de Medicina Preventiva do GNDI", explica a médica, que atua nos programas específicos de oncologia nas Unidades de Medicina Preventiva do Grupo, pioneiro há mais de 25 anos neste tipo de tratamento.

Hoje, os dados do INCA também apontam que o tipo de câncer mais incidente no mundo é o de pulmão, juntamente com o de mama, seguido pelo câncer de cólon, reto e próstata. O câncer também tem incidência maior em homens, representando 53% dos novos casos no mundo em 2018, e 47% em mulheres. Para a Dra. Camila, a busca por tratamentos preventivos é mais comum por pessoas do sexo feminino que, normalmente, recebem o diagnóstico precoce e ganham mais longevidade e chances de cura.

O movimento da medicina preventiva surgiu entre o período de 1920 e 1950 na Inglaterra, EUA e Canadá, e foi incorporado no GNDI em 1982, sendo o grupo a primeira empresa e a principal referência do assunto no País. Nos tratamentos preventivos de oncologia, a rede conta com equipes multidisciplinares especializadas nas Unidades de Medicina Preventiva, que apresentam infraestrutura adequada para a realização de atendimento médico multiprofissional, grupos de apoio e centro de infusão quimioterápico. Com a incorporação destes programas, os diagnósticos precoces aumentaram, interferindo em queda nas internações. No ano passado, ano do início da pandemia, o Grupo conseguiu dar suporte aos pacientes através da telemedicina e central telefônica de monitoramento, ajustando medicações e intensificando cuidados.

"A prevenção do câncer no paciente oncológico proporcionará maior chance de cura, porém, se a doença já estiver diagnosticada, precisamos oferecer a medicação certa no tempo adequado. Hoje, contamos com centros de Oncologia com equipes especializadas, tratamentos personalizados com medicamentos inteligentes que atuam diretamente no tumor, além de ambulatórios com equipe multidisciplinar que auxiliam o paciente oncológico nos cuidados além da quimioterapia, como nutricional, psicólogo, dor, entre outros", explica a Dra. Camila Guerra.

 



Grupo NotreDame Intermédica (GNDI)

www.gndi.com.br


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