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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Autossabotagem: A real importância do autoconhecimento

Nosso inconsciente tem inúmeras formas de reagir a situações que nos proporcionam a sensação de estresse e medo. Algumas delas são estratégias defensivas instintivas acionadas por nosso subconsciente e que são prejudiciais a nós mesmos e à realização de nossos objetivos como, por exemplo, a autossabotagem.

 
A autossabotagem é um mecanismo que nos afasta dos nossos objetivos, por isso, é importante reconhecer quando ela está agindo sobre nós.
 
Por isso, é importante saber reconhecer quando estamos nos autossabotando e entender a real importância do autoconhecimento.


 
Mas como funcionam essas estratégias defensivas?
 
A autossabotagem é um conjunto de ações defensivas, processos dinâmicos e inconscientes promovidos pelo nosso próprio cérebro para enfrentar determinados eventos.

Freqüentemente, os eventos surgem de um conflito psíquico real entre nossas necessidades e impulsos e/ou que nossa mente nos impôs.

 
São ações automáticas que ocorrem em situações conflituosas de forte estresse psicológico gerado por uma luta interna na qual nossa mente não consegue encontrar uma solução fácil.
 
Em alguns casos, no entanto, essas estratégias são prejudiciais às nossas vidas porque representam obstáculos que tornam mais difícil a caminhada em direção aos nossos objetivos.

Logo, a autossabotagem é o conjunto de todas as ações que colocamos em prática, de forma consciente ou inconsciente, que nos levam a dificultar o alcance de nossos objetivos a longo prazo.

 
Essa forma de defesa é causada por vários fatores, como ter expectativas muito altas, ou buscar o perfeccionismo em tudo, levando-nos a pensar que não somos capazes de realizar determinadas ações.
 
No exato momento em que conseguimos agir, nos autossabotamos por medo do fracasso, então, criamos estratégias em favor desse sentimento de incapacidade.  Portanto, parte do pensamento negativo, surge do medo de falhar. Nossa mente tenta nos proteger de sentimentos ou situações desagradáveis ​​ao mesmo tempo em que desenvolve uma intolerância à incerteza.
 
Em suma, preferimos a certeza do fracasso e da previsibilidade ao desconhecido, tornando-nos assim os nossos piores inimigos.


 
 
E por qual razão nos sabotamos?
 
As causas podem ser as mais diversas, como:
 
Medo do desconhecido;
Expectativas muito altas;
Sentimento de incapacidade;
Baixa autoestima;

Não saber lidar com imprevistos;
Não estar preparado emocionalmente para uma determinada situação.
 
A autossabotagem pode se originar na infância devido a uma experiência negativa que não foi totalmente superada. Nem sempre conseguimos curar algumas cicatrizes de nossa infância, e isso nos leva a adotar comportamentos que não são atribuíveis à consciência, mas ditados pela parte mais oculta de nossa psique
 
É comum surgir um sentimento de indecisão e medo, o que dificulta a tomada de decisões e ações para atingir o seu propósito. As escolhas e ações que se aproximam do objetivo são boicotadas inconscientemente.
 
Esses sintomas algumas vezes não são fáceis de reconhecer, especialmente se sustentados pela dúvida de querer ou não aquele resultado específico. Para isso é essencial que você aprenda a se conhecer e entender o que realmente deseja concretizar na sua vida, para poder dominar a sua mente.

Só assim podemos nos libertar de todos os obstáculos que impedem de alcançar nossos objetivos e a realização de nossos sonhos.

 

 



Israel, Gad Adler  - filósofo, terapeuta motivacional e palestrante.Formado em Filosofia e História das Religiões pela Universidade de Tel Aviv, escreveu o livro “Você não pode tudo!Mas pode e merece ser feliz.“; é criador do método Melhor Maneira de aperfeiçoamento emocional, espiritual e da consciência para uma vida melhor, além de  administrar o site:www.melhormaneira.com.br com conteúdo motivacional e que leva o mesmo nome da técnica.

Insta: @melhor.maneira
Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UC8AsBDCFpRuSiLlSXFhOUGQ
www.melhormaneira.com.br


Qual é a flor ideal para cada situação?

Para colocar na sala da casa nova, para a noiva, para boas vindas a um recém-nascido, as flores transmitem a mensagem de alegria e renovação

 

Já sabemos que as cores influenciam muito no estilo de vida e no dia a dia das pessoas, desde o tom das paredes de um quarto até a comida que se alimenta. Com as flores não é diferente! Elas têm o poder de mudar e agir diretamente na mensagem que se deseja transmitir e é por isso mesmo que, ao comprar um arranjo, seja para decorar a casa ou para presentear alguém especial, é preciso entender o que cada uma delas representa!

Diante disso, a Flores Online , primeiro e-commerce de flores e presentes no país, separou algumas dicas para auxiliar neste momento.


Para a hora da conquista

Durante a conquista, o ideal é evitar flores vermelhas que remetem a paixão. Neste caso, as orquídeas rosas são uma excelente opção, já que simbolizam romance.


Presenteando a (o) amada (o)

Para declarar o amor, nada melhor do que as rosas vermelhas . Sejam as rosas tradicionais ou as colombianas, que se diferenciam pelo tamanho e durabilidade, elas transmitem amor e sensualidade.


Noivado

Lírios, orquídeas ou rosas com tons pastéis, como brancas e champagne, transmitem a delicadeza e elegância que o momento pede. Seja para presentear a noiva durante o pedido, ou para felicitar o casal, essas flores são excelentes opções!


Recém-nascido

Nesta situação, aposte em cores alegres e vibrantes: laranja, azul , rosa e amarelo, por exemplo, combinam com a felicidade do casal pela chegada do bebê. Aqui, dois detalhes importantes: opte por arranjos com vasos , que podem ficar na maternidade, e sem perfume para não desencadear uma crise alérgica na mãe ou no recém-nascido.


Casa nova

Para desejar sorte e sucesso na nova conquista, o girassol é uma ótima opção. O amarelo representa felicidade e entusiasmo, levando boas vibrações ao ambiente.

 


Flores Online

 

Medo, angústia, ansiedade, estresse e frustração são as principais queixas dos professores durante a pandemia

Pesquisa realizada pela Nova Escola indica que 72% dos educadores tiveram a saúde mental afetada


Uma classe que teve sua rotina de trabalho bastante transformada pela pandemia do novo coronavírus foi a dos professores. De acordo com o censo escolar 2018 (Ensino Superior) e 2019 (Educação Básica) do Ministério da Educação, o Brasil tem 2,6 milhões de professores, entre educação básica, ensino superior, rede pública e privada. Durante a quarentena, eles passaram a lidar com reduções salariais, ameaças de desemprego, aumento da jornada de trabalho, possibilidade de volta às aulas presenciais mesmo em meio ao caos da saúde pública, medo, angústia e preocupação.

Além disso, os educadores tiveram que se adaptar repentinamente à modalidade remota, transformar as aulas presenciais em online, encontrar meios de entreter os alunos e fazer com que o processo de aprendizado continuasse. Esse cenário elevou o nível de cobrança por parte da escola, dos pais e dos alunos, que passaram a enviar mensagens 24 horas por dia aos professores, aumentando as frustrações diárias, o estresse, a ansiedade, a insônia; sem contar as dificuldades técnicas que muitos encontraram.

Com todas essas rápidas mudanças, a saúde mental dos professores foi comprometida. Antes mesmo da pandemia, a Organização Internacional do Trabalho considera, desde 1983, a classe docente como a segunda categoria profissional a sofrer com doenças de caráter ocupacional. Um estudo realizado pelo Instituto Península, "Sentimento e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil", mostrou que, desde o início da quarentena, os professores relatam ansiedade durante as aulas remotas, e sobrecarga de trabalho. A CNN também publicou uma pesquisa realizada pela Nova Escola, indicando que 72% dos educadores tiveram a saúde mental afetada durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com o levantamento, ansiedade, estresse e depressão são os maiores distúrbios listados por professores, assistentes e coordenadores pedagógicos.

Segundo a psicóloga da Clínica Maia, Katherine de Paula Machado, a classe dos professores tende a sofrer mais os impactos psicológicos neste momento por se sentirem responsáveis pelos alunos e pelas aulas, como se fossem "super-professores". "O super-professor é aquele que nunca está cansado, nunca erra, é sempre educado e prestativo, aquele que está sempre sorrindo e pronto para educar. Mas isso não existe".

Katherine recomenda que estabelecer momentos de descanso, construir uma rotina de acordo com as novas necessidades, buscar atividades que promovam relaxamento e bem-estar, manter ativa uma rede socioafetiva, mesmo de maneira virtual, e reconhecer e acolher as emoções são medidas importantes para ajudar a lidar melhor com a atual realidade.

A psicóloga ainda cita que fazer uma listagem das atividades que a pessoa realiza no dia a dia ajuda bastante a ter uma real noção da produtividade, e auxilia a diminuir a sensação de mal-estar. E também, se possível, é primordial separar dentro de casa um local do trabalho, para que a mente possa "ligar e desligar a chave" de acordo com o ambiente.

Mas, quando todas as dicas acima forem colocadas em prática e mesmo assim os sintomas permanecerem, buscar ajuda profissional é a solução. "Procure um profissional da saúde mental para manejo da situação de forma conjunta. Lidar com sentimentos e emoções em momentos de crise não é uma tarefa fácil, ainda mais quando há muitas pessoas que dependem de nós".


Saiba o que é mito ou verdade nas disfunções do sono em pessoas 50+

Especialista explica sobre mudanças nessa fase da vida

 

Conforme a idade vai chegando, dependendo do histórico e dos hábitos praticados, alguns aspectos da vida podem apresentar mudanças em pessoas acima de 50 anos. Estar com o sono em dia é um dos sinais de boa saúde, mas vários fatores influenciam para que isso ocorra. “Aquela ideia de que todo idoso dorme mal ou todo idoso dorme pouco é um mito, é preciso desmistificar isso. Mas, sim, acontecem alterações do sono relacionadas à idade que precisamos conhecer”, explica o geriatra Felipe Bozi, médico da startup Nilo Saúde, uma clínica multidisciplinar digital.

O especialista diz que acontece uma redução no tempo da fase de sono mais profundo, ou seja, o indivíduo mais velho tem um sono mais superficial, podendo acordar com mais facilidade e com pequenos estímulos de barulho e iluminação. Mudanças fisiológicas do organismo e algumas doenças também influenciam na qualidade do sono, causando a temida insônia. “As alterações de sono em pessoas acima de 50 e 60 anos são extremamente comuns. Acima dos 60 anos, entre 30 e 40% das pessoas vão ter algum episódio de insônia, que está diretamente ligada a uma piora da qualidade de vida”.

Antes de um diagnóstico, é necessário fazer uma avaliação do paciente, observando hábitos diurnos, noturnos e a rotina antes de dormir, já que essas condições impactam diretamente na qualidade do descanso. Se a pessoa toma alguma medicação isso também deve ser considerado, pois alguns remédios tendem a piorar o sono, assim com o uso de álcool e tabaco. Algumas doenças como apneia obstrutiva do sono, síndrome das pernas inquietas, depressão, demência e outros problemas de memória, também podem levar à insônia, piorando a qualidade do sono, causando sonolência diurna e até limitações nas atividades do dia a dia por cansaço. A avaliação médica é importante para um diagnóstico adequado e tratamento oportuno.

Para ter um sono de qualidade, é necessário manter algumas medidas de higiene do sono, que conseguem resolver a maior parte dos problemas de insônia primária. O geriatra da Nilo Saúde cita alguns exemplos: ir para a cama apenas quando estiver com sono, não tomar café ou outras bebidas estimulantes pelo menos 6 horas antes de dormir, não fazer atividades físicas nas 3 horas anteriores de ir para a cama - mas fazer atividade física durante o dia porque ajuda no padrão de sono, evitar tirar cochilos ao longo do dia e evitar fazer atividades na cama, como leituras, ver TV e usar o celular. “Mas a principal medida é manter uma rotina de acordar e de dormir, que se mantenha também ao longo do fim de semana”, comenta.

Se o paciente tem insônia secundária, em consequência das doenças citadas anteriormente, é preciso realizar um tratamento adequado antes, em sintonia com o reforço e estímulo das medidas de higiene do sono. Em alguns casos o médico deve encaminhar para uma terapia cognitivo comportamental direcionada para a melhora do sono, e, em último caso, prescrever o uso de medicações. “Existem diversas medicações que ajudam o paciente que tem insônia, os mais conhecidos são os benzodiazepínicos, a melatonina e as drogas z, dentre elas o zolpidem. Essas medicações, no entanto, precisam ser usadas na menor dose e pelo menor tempo possível para que a pessoa consiga ajustar a sua rotina”, completa Bozi. O médico adverte ainda que esses remédios têm efeitos colaterais a longo prazo, podem afetar a memória e aumentar o risco de queda, por isso não é recomendado o uso crônico. “Caso a pessoa já faça o uso crônico, é importante rever a indicação de manter essas medicações e fazer uma tentativa de retirá-las”, finaliza.

 



Felipe Bozi - médico formado pela Escola Superior de Ciências da Saúde em Brasília (ESCS) e especializado em Clínica Médica e Geriatria pelo Hospital das Clínicas da USP. Seu interesse pela geriatria começou ao perceber que o paciente idoso precisa de um olhar diferenciado que respeite sua biografia e suas expectativas, pois só assim é possível fazer um cuidado adequado de sua saúde. Após terminar a residência de Geriatria, trabalhou por um ano como preceptor dos residentes no HCFMUSP, contribuindo para a formação dos novos médicos residentes em Geriatria. Depois, passou a integrar o time da Nilo Saúde, uma clínica multidisciplinar digital especializada na saúde integrada do público 50+.

 

Nilo Saúde

https://www.nilosaude.com.br/


A vida de todo idoso importa

 

Envelhecer para os nossos antepassados era o privilégio de poucos, hoje uma oportunidade para a maioria. A expectativa de vida de um brasileiro nascido há cem anos era de 35 anos. Em 2021, chegará a 77 anos. “Mas devem ser 42 anos mais de vida, não de velhice”, bem nos lembrou o médico gerontologista Alexandre Kalache, Presidente do Centro Internacional da Longevidade no Brasil. 

Segundo o médico, trata-se de uma verdadeira “ revolução da longevidade”, a maior conquista da sociedade em nível global nos últimos cem anos. No entanto, ele mesmo nos chama atenção: o que deveria ser celebrado é motivo de lamento para muitos. Porque não basta apenas envelhecer. É preciso fazê-lo com qualidade e dignidade – algo que, infelizmente, ainda não está acessível a todos em nosso país. 

Desde o ano passado, a pandemia tornou ainda mais evidente a vulnerabilidade dos idosos, especialmente aqueles que estão em instituições de longa permanência. Com visitas restritas por motivos de segurança, os idosos que já perderam contato com as famílias e têm na interação com voluntários e visitantes sua principal forma de interação social, viram-se ainda mais distantes da comunidade.

Passamos por um momento difícil, que nos lembra a importância da união dos esforços entre políticas públicas voltadas aos idosos (no oferecimento de infraestrutura e profissionalização dos cuidados) e esforços individuais, pautados pelo exercício da alteridade. 

Faz-se necessário, mais do que nunca, lembrarmos que toda vida idosa importa. Compreendermos o envelhecimento em suas diferentes nuances e necessidades, com olhar apurado, determinado a perceber como é ser idoso no Brasil. Somente a partir desse entendimento, das possibilidades e impossibilidades dos idosos, é que se torna factível a prática do cuidado. 

Nós, da Sociedade de São Vicente de Paulo, os vicentinos, somos responsáveis pela direção de mais de 500 lares de longa permanência, localizados em todo o Brasil. O desafio é diário, e, em 2020 os desafios e aprendizados foram incontáveis. Nossa expectativa é que o ano que se inicia seja mais ameno, repleto de olhar e carinho humano, com esperanças e esforços renovados, para que todos os idosos recebam o cuidado que merecem. 

Aproveitamos para convidar a todos para que se inspirem em colocar tempo, habilidades e recursos em atividades de ajuda ao próximo. Que o ano se inicie trazendo o legado da alteridade.

 


Cristian Reis da Luz


É chegada a hora da educação socioemocional

Impossível negar que 2020 foi o ano mais diferente de nossas vidas. Trancados em casa a maior parte do tempo, por conta da pandemia, repensamos processos, relações e questionamos com mais afinco se temos o que queremos e se isso nos faz feliz. No campo profissional, muitos reavaliaram suas profissões e os cursos online ganharam espaço. O conceito de lifelong learning - que significa, na livre tradução, algo como aprendizado ao longo da vida, onde nunca é cedo ou tarde demais para aprender algo novo - se tornou mais vivo, uma vez que ficou evidente que ter uma boa graduação, uma pós ou MBA não são mais suficientes. Estamos em constante evolução. Por isso, precisamos olhar para a aprendizagem para além da sala de aula, seja ela física ou virtual

Novas habilidades passaram a ser demandadas e as formações curtas, conhecidas como nano degrees, com aulas online, que duram, em média, 6 meses, mostraram que as empresas estão valorizando determinadas habilidades, muitas das quais específicas dessa era tecnológica que vivemos. Mas "olhar para a frente" e buscar o  desenvolvimento contínuo por meio de novas habilidades é apenas um lado da história. É preciso olhar para os lados e incorporar aspectos que até então não faziam parte da grade curricular dos programas de educação corporativa. Se antes as habilidades técnicas eram as mais valorizadas no mercado de trabalho, hoje, as socioemocionais estão ganhando espaço. E, sim, é possível aprender a desenvolver essas habilidades.

Habilidades antes não muito valorizadas, passaram a ser vistas como fundamentais e investir  no desenvolvimento das mesmas passou a ser prioritário. E a quantidade de palestras e cursos virtuais que se propõe a ensinar temas como empatia, comunicação não-violenta e inteligência emocional só comprovam o interesse e o tamanho desse mercado. Mas o curso online basta? Talvez o laboratório para desenvolver estas habilidades esteja mais próximo do que imaginamos. Estamos cuidando da qualidade das nossas relações com nossos familiares e amigos? Estamos olhando para nossa vida afetiva? Temos uma relação saudável com o dinheiro? Como está a qualidade do nosso sono? Como estamos nos alimentando? 

Ao que tudo indica, os profissionais estão sedentos por conhecimento e aprendizado além da esfera profissional. Entre os profissionais que têm como benefício o acesso à plataforma do Zenklub, conteúdos diretamente relacionados à carreira ficaram apenas em 3º lugar, atrás de temas relacionados à autoconhecimento, saúde e bem-estar. Conteúdos relacionados a sexo, amor líquido, cuidado com o corpo e sono entraram para lista de mais consumidos.



Raj Rani - head de Educação do Zenklub, maior plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal do País


Inicie o ano praticando hábitos saudáveis e cuidando da saúde

Com simples alterações em nossos hábitos é possível alcançar expressivos e importantes resultados para a nossa saúde, que resulta em uma melhor qualidade de vida, com maior disposição e energia

 

2020 passou e levou com ele um dos anos mais difíceis que enfrentamos na história moderna da humanidade. Para 2021, as metas e desejos estão diferentes e não tem nada melhor do que começar um ano novo cuidando da saúde.

Sem mudanças bruscas, com simples alterações nos nossos hábitos, é possível alcançar expressivos e importantes resultados para a nossa saúde, que resulta em uma melhor qualidade de vida, com maior disposição, energia e até mesmo melhoras na pele e cabelo, além de prevenir e/ou descobrir doenças logo no início. Para isso, lembre-se de sempre ter um acompanhamento com o seu médico.


Check-up

Você já fez algum check-up? A prática é mais comum entre os idosos, mas deve ser feita em outras fases da vida, de preferência, uma vez ao ano. Um check-up médico pode ser realizado para garantir que está tudo bem com a saúde e diagnosticar precocemente alguma doença que ainda pode não ter manifestado os sintomas.


Alimentação saudável

Algumas doenças ou complicações de saúde são potencializadas ou começam com a alimentação inadequada. Consumir alimentos que fornecem para o corpo as proteínas, vitaminas e suplementos necessários é a regra para qualquer pessoa que queira cuidar da saúde.

O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. Hábitos saudáveis como consumir mais frutas in natura, oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, amêndoas e pistache) reduz o risco de doenças cardíacas quando consumidos com frequência maior (cinco vezes por semana). Elas são ricas em gorduras boas, em especial o ômega 3, que diminuem as taxas de colesterol ruim e evitam a formação de placas de gordura que obstruem as artérias.  Mas atenção, elas devem sempre estar associada ao consumo consciente da comida.


Pratique um esporte

Não possui nenhuma condição, atestada por um médico, que impeça a prática de esportes? Então, escolha a sua modalidade e se divirta! A atividade física é um dos principais aliados quando falamos de combate a doenças.

Que tal uma caminhada matinal ou uma partida do seu esporte favorito com os amigos (quando a pandemia acabar)?  A prática regular de atividade física é capaz de melhorar a circulação sanguínea, fortalecer o sistema imunológico, ajudar a emagrecer, diminuir o risco de doenças cardíacas e fortalecer os ossos, por exemplo. Esses benefícios podem ser alcançados em cerca de 1 mês após o início da atividade física regular, como caminhadas, pular corda, correr, dançar ou praticar musculação.


Cuide da sua saúde mental

Depois de um ano tão intenso, como foi em 2020, cuidar da saúde mental nunca foi tão importante. Além do acompanhamento se necessário  com psicólogos e psiquiatras, tente tirar um tempo para você: uma pausa do dia a dia e um dia na semana para praticar o autocuidado deve ser uma prioridade.

Vale ressaltar que apenas nos cuidando, conseguimos cuidar da nossa família e amigos.

 

 


Trasmontano Saúde

https://www.trasmontano.com.br/


Estudo aponta que mais da metade das brasileiras sentem dores nas relações sexuais

 

Esse fato está totalmente relacionado com a secura vaginal, que afeta 45% das mulheres.


A secura vaginal é a diminuição ou a ausência da umidificação natural da vagina, que serve para proteger e manter a sua elasticidade. Esse muco visa proteger as paredes vaginais e ajuda na excitação feminina, mantendo uma textura macia. E a secura vaginal afeta pelo menos 45% das mulheres brasileiras, conforme constatado pela Famivita em seu mais recente estudo.

No estudo, também constatamos que 40% das mulheres que estão tentando engravidar observam a secura vaginal. E como forma de aliviar a dor causada pela secura durante as relações, 22% optam por usar lubrificantes comuns. Porém, o que muitas não sabem, neste caso 83%, é que os lubrificantes comuns podem ser espermicidas. Ou seja, podem imobilizar e destruir o espermatozoide, por possuírem características semelhantes ao ambiente vaginal ácido, dificultando mais ainda as tentativas.

Entre os estados brasileiros, Mato Grosso do Sul está no topo da lista das mulheres que sabem sobre o fato de lubrificantes comuns serem espermicidas. Já no Rio de Janeiro e em São Paulo esse percentual cai para 18% e 16%, respectivamente. Alagoas e Maranhão estão entre os que menos sabem desse fato, com pelo menos 11% das participantes.

Porém, existe uma solução para as tentantes que sofrem com secura vaginal, mas que não podem usar lubrificantes comuns. Que é o gel específico para engravidar, com pH neutro, esse gel oferece às mulheres a oportunidade de realizar seu sonho de ser mãe mais rapidamente. E já que o uso de lubrificantes comuns também não é uma prática bem vista pelos ginecologistas, pois a falta de lubrificação adequada, pode ser um dos fatores que levam as mulheres a não conseguirem engravidar; é sempre bom recorrer ao FamiGel que é natural, e possui um pH neutro.


A importância do autocuidado, principalmente, em tempos de pandemia

A Dra. Bruna Fávaro, Clínica Geral do Consulta Aqui, fala sobre a importância do autocuidado no dia a dia e, em especial, no combate ao novo coronavírus.

 

O autocuidado é definido por um conjunto de ações individuais realizadas com o objetivo de cuidar de si mesmo, promovendo a saúde e o bem-estar do corpo e da mente. São exemplos da prática a dieta equilibrada, atividade física, higiene pessoal, terapia psicológica, visitas regulares ao médico, boas noites de sono, entre outros.

“A partir das técnicas do autocuidado, consegue-se obter uma melhor qualidade de vida, melhorando a saúde física e mental, associada ao fortalecimento da autoestima e da autoconfiança”, explica a Dra. Bruna Fávaro, Clínica Geral do Consulta Aqui.

Em tempos de pandemia, tais práticas se fazem essenciais tanto para a prevenção da contaminação pelo novo coronavírus, quanto para a manutenção da saúde emocional, intelectual e social.

“É também um modo de proporcionar uma redução do sofrimento psíquico, pois, além de gerar melhoras individuais, aumenta a capacidade do praticante em cuidar do próximo”, complementa a médica.

As práticas de autocuidado podem ser divididas nas seguintes categorias:

  • Higiene e prevenção da contaminação - Lavagem das mãos sempre que possível, com água e sabão, uso de álcool em gel, correta utilização da máscara, troca do calçado ao entrar em casa e banhos antes e após o contato com quaisquer objetos ou pessoas.
  • Física - Alimentação regular e nutritiva, prática de atividade física, noites bem dormidas, visitas regulares ao médico e controle das doenças crônicas.
  • Mental e emocional – Principalmente durante a pandemia, o índice de ansiedade, depressão e outros distúrbios associados ao humor tendem a aumentar. Terapia psicológica, práticas como meditação, permitir o choro, pensamentos positivos e contemplar a natureza são bons exemplos dessa categoria.
  • Intelectual – Exercitar a mente, estimular o pensamento crítico e a criatividade, buscar e aprender algo novo, ler, assistir a um filme, aprender um novo idioma e matricular-se em um curso são formas de manter estímulos constantes do cérebro.
  • Social - Viver em harmonia com as pessoas ao redor, manter contato com familiares e amigos, através de telefonemas e mensagens, e evitar pessoas que, de uma forma ou outra, induzem a uma certa negatividade.
  • Espiritual – Prática de meditação e yoga, voluntariado, participar de missas ou cultos (conforme a orientação religiosa de cada pessoa) são importantes meios de cultivar sentimentos de paz e propósito dentro de si e ao redor.

“Uma das muitas coisas aprendidas nessa pandemia foi a importância de se manter a saúde como um todo, não se limitando apenas ao físico, mas sim a um equilibro entre corpo, mente e espírito”, finaliza a Dra. Bruna.

 


Consulta Aqui (Grupo HAS):

Rua Barão de Jundiaí, 485 – Lapa - São Paulo – SP

Central de atendimento:  (11) 3838 4669

http://www.consultaaqui.com.br/


Como ter um dia mais leve e criativo?

Pergunte ao universo e ele irá disponibilizar inúmeras possibilidades!


A ferramenta das Perguntas, que faz parte do treinamento das Barras de Access, permite a expansão e crescimento! Permite que criemos um um dia leve, descontraído e totalmente produtivo mesmo durante esse momento ao qual o isolamento social ainda se faz necessário.

 Para tudo que possa trazer desconforto, para objetivos à serem realizados, para medos e memórias desagradáveis, é possível expandir além da mente, acessar a Consciência, e mudar o olhar sobre a situação, por meio das PERGUNTAS! 

Lançar perguntas ao Universo amplia a percepção sobre o assunto em foco.  Perguntando inúmeras vezes, como um mantra, é possível acessar uma nova visão sobre a questão. “Conforme você começa a fazer perguntas, outras questões se abrem em sua frente, e novas possibilidades nunca antes imaginadas surgem”, explica Bianca Drabovski, terapeuta e facilitadora do curso de Barras de Access. 

Como ter um dia mais tranquilo, leve, criativo, produtivo e sem estresse, são algumas perguntas que estão sendo feitas por todos neste momento, e para que as novas oportunidades sejam alcançadas, é necessário perceber o que o Universo apresenta. São sinais surgindo o tempo inteiro! 

A intensão não é encontrar respostas ou soluções, mas sim, perceber seu alto potencial de “criar” um dia leve e produtivo. 

“Muitos dos meus alunos, quando realizam o curso de Barras, comentam que PERGUNTAR é uma das melhores técnicas para se expandir a Consciência e obter resultados certeiros”, comenta Bianca. 

A terapeuta Bianca finaliza com uma pergunta para você pensar, “O que eu posso CRIAR hoje com total facilidade que tornaria meu dia e minha vida leves, alegres e produtivos?”


 

Bianca Drabovski Chemin - Co-criadora da Descompressão Tecidual Global, Facilitadora de Consciência e Terapeuta em Saúde Integrativa.

@bianca.consciencia

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O consumo de cigarro aumentou em 2020. Conheça os riscos e os fatores que podem ter ocasionado esse crescimento

Produtos como cigarro, cachimbo, charutos, entre outros, fazem mal à saúde porque possuem mais de 4.700 substâncias tóxicas, entre elas a nicotina, que leva a dependência química


O tabagismo é perigoso e está relacionado com mais de 50 enfermidades, entre elas vários tipos de câncer, como os de pulmão, laringe, estômago, pâncreas, fígado, além de doenças respiratórias e cardiovasculares. Os fumantes adoecem com mais frequência, tem menor resistência física, menos fôlego e pior desempenho nos esportes e na vida sexual. Além de envelhecerem mais rapidamente, apresentando dentes amarelos, cabelos opacos, pele enrugada e impregnada pelo odor do fumo.

Produtos como cigarro, cachimbo, charutos, entre outros, fazem mal à saúde porque possuem mais de 4.700 substâncias tóxicas, entre elas a nicotina, que leva a dependência química.

Segundo pesquisa da Fiocruz, em 2020 o consumo de cigarro no Brasil aumentou 34%. O crescimento foi atribuído, principalmente, a pandemia, quadros de depressão, ansiedade e insônia.

Abandonar a dependência é um desafio, mas é a melhor medida para evitar problemas de saúde. Em apenas alguns instantes, a diferença de não fumar pode ser observada: em 20 minutos a pressão sanguínea  e a pulsação voltam ao normal, em 2 horas não há mais nicotina circulando no organismo, após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue normaliza, e de 12 a 24 horas após o último cigarro, os pulmões já funcionam melhores.


Confira algumas dicas recomendadas para quem deseja parar de fumar:

- Defina um dia ‘X’ para parar de fumar;

- Reduza o número de cigarros por dia, até o dia definido para parar;

- Atrase o primeiro cigarro do dia;

- Realize atividades de distração para evitar a abstinência.

 

Especialistas falam sobre relacionamentos amorosos na vida de pessoas com autismo

Terapeutas relatam casos de sucesso e explicam como alinhar as expectativas durante a relação amorosa com um indivíduo com TEA


Conhecer profundamente o TEA (Transtorno do Espectro Autista) é o primeiro passo para as pessoas que desejam estabelecer um vínculo amoroso com um indivíduo autista.

A pessoa com autismo apresenta o desenvolvimento de seu organismo com os mesmos marcadores entre a infância, adolescência e vida adulta de uma pessoa que não é autista. O que muda para esses indivíduos é o repertório comportamental para lidarem com as relações.

O TEA é descrito pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) a partir de duas categorias centrais:


Categoria A)

- déficits persistentes na comunicação e na interação social em múltiplos contextos - como dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais;

- déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social;

- problemas para desenvolver, manter e compreender relacionamentos.


Categoria B)

 - padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades, exemplificados por movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos; 

- insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento;

- hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente.

Para exemplificar na prática, indivíduos com déficits nos comportamentos comunicativos e na interação social possuem dificuldades na comunicação e na interpretação das relações, sendo mais um agravante para manter vínculos duradouros e trocas emocionais bem interpretadas.

Pessoas com TEA, dependendo do grau, podem processar as informações em partes, o que limita a sua capacidade de perceber uma situação como um todo. Ou ainda, podem possuir dificuldades de desenvolver raciocínios subjetivos ou abstratos e, por isso, entendem o que está sendo falado de forma literal.

Um outro exemplo também é que um indivíduo com TEA pode ter a característica de captar os estímulos do mundo de forma hipersensível ou hipossensível e, assim, ter menos ou mais tolerância para escutar um volume de som mais alto, ou ainda pode sentir mais ou menos dor que o esperado, quando é machucado.

Esses são apenas alguns exemplos de características comuns presentes em pessoas com autismo, mas é importante ressaltar que os indivíduos manifestam os sintomas de maneiras diferentes entre si. Atualmente, há três classificações baseadas em suas necessidades para melhor compreensão dos diferentes graus do autismo:

1) exigindo apoio muito substancial

2) exigindo apoio substancial

3) exigindo apoio


De acordo com Larissa Aguirre - Psicóloga e Analista do Comportamento - Supervisora ABA do Grupo Conduzir:

Independentemente do grau do TEA, suas características refletem diretamente em seus relacionamentos amorosos, porém em diferentes níveis de intensidade. Quanto maior o nível de apoio (exigindo apoio muito substancial), maiores serão os desafios em relação a esse aspecto.

Os estudos indicam que os déficits em habilidades sociais, de comunicação, os interesses restritos e repetitivos e a hipersensibilidade são possíveis fatores limitantes do desenvolvimento sexual nas relações amorosas. Alguns dados apontam para a identificação de desejos sexuais voltados especialmente a vivências solitárias da sexualidade e menor frequência de práticas sexuais com outra pessoa, em comparação à população como um todo”, reforça Larissa Aguirre.


Alinhando expectativas durante o relacionamento

As principais dificuldades encontradas pelas pessoas com TEA durante um relacionamento amoroso estão relacionadas com habilidades que são pré-requisitos para a vivência da sexualidade, como:

- iniciar interação social;

- dosar o uso do humor;

- habituar-se melhor às mudanças inesperadas;

- desenvolver um equilíbrio entre o falar e o ouvir;

- compreender que seu interesse por assuntos específicos pode não ser compartilhado por outros etc.

O envolvimento social com amigos e colegas desempenha também um papel importante e está diretamente relacionado ao nível de dificuldade em se engajar em relações amorosas. Entender os fatores e as características do autismo são pontos-chaves de empatia para ajuda-los nessas situações.

Por essa razão, para se relacionar amorosamente com uma pessoa autista, é essencial ter paciência e compreensão. É fundamental que a pessoa que se relaciona explique claramente como se sente e o porquê de suas emoções.

Outra peculiaridade do autismo é a importância que a rotina tem para essas pessoas. Devido à hipersensibilidade à mudanças, o indivíduo pode apresentar desconforto diante de modificações nos costumes e atividades. Por isso, ao se relacionar com pessoas com autismo, é importante respeitar o tempo e espaço demonstrados por elas e fazer mudanças graduais.

É necessário dizer que não temos um manual para se relacionar com um indivíduo autista. Estaríamos, mais uma vez, reforçando o preconceito social em relação ao estereótipo popular criado.

Portanto, não há dicas generalizadas com rituais comuns para se relacionar, e assim também se aplica a indivíduos com TEA. As relações amorosas entre pessoas se dão de diferentes formas, e dependem de aspectos pessoais que determinarão a longevidade e intensidade dessa relação. Renata Michel, que é BCBA (Board Certified Behavior Analyst), Mestre e Doutoranda em Análise do Comportamento e coordenadora do Instituto de Pesquisa Conduzir, explica um pouco mais sobre sua vivência em consultório sobre o fato:

“Já houve situações na minha vida profissional, nas quais o comportamento a ser trabalhado foi desde uma dificuldade de comunicação de sentimentos (característica bastante comum ao quadro de TEA), até a existência de comportamentos ritualizados. Muitos comportamentos humanos impedem os indivíduos de se relacionarem de forma mais feliz – e isso não é exclusivo do autismo.

No entanto, posso afirmar que na minha experiência, a dificuldade mais comumente encontrada é a comunicação com o parceiro. Esse déficit normalmente afeta mais a comunicação de sentimentos e expectativas – aquilo que é mais abstrato tende a ser mais difícil para um indivíduo com autismo compreender. A terapia comportamental e cognitivo comportamental individual é o que hoje temos como a melhor forma de desenvolver tais habilidades.


 O que dizem as pesquisas - tratamento e oportunidades para a vida adulta

“Os estudos, em geral, apontam para a escassez de programas educativos específicos sobre sexualidade, para a privação de direitos e de experiências sexuais, para o pouco acesso às informações, e consequentemente, para a grande vulnerabilidade com relação à violência sexual.” Ottoni, A. C. V., & Maia, A. C. B. (2019) - Considerações sobre a sexualidade e educação sexual de pessoas com transtorno do espectro autista. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação.

Esse dado demonstra, mais uma vez, sobre a necessidade de fomento de pesquisas e informação com qualidade para inserir socialmente indivíduos com TEA. A privação de direitos sexuais é uma realidade, e a vulnerabilidade em relação à violência nessa área aponta um vácuo esquecido pelas autoridades que têm o dever de promover o bem de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania.

Temos hoje poucas pesquisas que investigam essa questão, e é um desafio que busquemos essa ampliação. Quanto mais base científica houver para nos mostrar quais caminhos são melhores, teremos a resposta que nos permite proporcionar um serviço que gere melhores resultados,” reforça Renata Michel.

É esperado e possível que um indivíduo autista tenha independência na vida adulta, tratando-se de relacionamentos amorosos. Como por exemplo, casar e ter filhos, caso seja esse um desejo dele, desde que o indivíduo tenha acesso ao tratamento adequado para alcançar tal nível de independência.

O que é de conhecimento dos especialistas que atendem e lidam com pessoas com TEA é que a intervenção precoce - indicada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), chamada ABA (Análise do Comportamento Aplicada) - é a comprovada e indicada para o desenvolvimento de habilidades de autistas. ABA é a ciência que estuda maneiras de intervir e modificar o comportamento de qualquer indivíduo, e que apresenta significativas contribuições para o desenvolvimento de habilidades necessárias para melhorar a qualidade de vida de pessoas com autismo – independente do grau de autismo:

“Importante ressaltar que o profissional que aplica ABA, chamado de Analista do Comportamento, que se proponha a realizar tal trabalho e endereçar tais questões, deve possuir experiência teórica e prática para que a aplicação da ABA seja, de fato, capaz de gerar resultados significativos para a vida do paciente - algo que vemos cotidianamente em nossos atendimentos clínicos”, comenta a coordenadora do Instituto de Pesquisa Conduzir, Renata Michel.


Cidadania e inclusão - informar para inserir

Devemos desmistificar o TEA e lembrar que cada indivíduo é único e cada um se desenvolve de acordo com os estímulos recebidos e características próprias. Qualquer generalização acerca das habilidades de um indivíduo autista retira a possibilidade de análise de cada um de forma única. O diagnóstico de TEA prevê comportamentos que identificam o transtorno, mas que podem e variam muito para cada indivíduo. A melhor maneira de desconstruir preconceitos é justamente tratar cada um em sua singularidade. Assim como explica Renata Michel:

“Não existe uma correlação direta entre graus de autismo e a habilidade para o desenvolvimento de relacionamentos amorosos, uma vez que cada indivíduo é único e deve ser assim analisado. No entanto, podemos observar que indivíduos com autismo severo acabam desenvolvendo habilidades que pouco provavelmente propiciarão esse tipo de vínculo afetivo. Já os indivíduos com autismo de alto funcionamento podem apresentar menos dificuldades, mas isso não garante que não terão grandes desafios em suas relações.”

O importante é que os responsáveis e também os profissionais que trabalham com pessoas com TEA e/ou outras deficiências não limitem sua visão aos estereótipos e preconceitos e reflitam continuamente sobre suas ideias e ações. Não tirem conclusões precipitadas e preconceituosas, perguntem sobre seus desejos e intenções e trabalhem ao máximo para que eles se concretizem. Intervenções eficazes abrem portas para a independência e para o conhecimento dos direitos à educação, trabalho, vida em família, afetiva e sexual.

Para finalizar, Renata Michel comenta o caso de um paciente:

“Certa vez, em um atendimento ainda como terapeuta, recebi um cliente que tinha 18 anos e um grau de autismo classificado como leve. Ele recebeu Intervenção em ABA desde os 12 anos e desenvolveu muitas habilidades. Aos 18, como qualquer adolescente, ele queria conhecer e namorar uma menina. A grande dificuldade dele era entender se a menina que ele gostava estava interessada nele – exatamente pela dificuldade de interpretação dos comportamentos dela. Trabalhamos essa habilidade em terapia e ele descobriu que ela não estava interessada nele, mas essa habilidade o tornou capaz de reconhecer, alguns meses depois, que uma colega de escola poderia ter tal interesse. Ele não apenas aprendeu a interpretar o comportamento que chamamos de “flerte”, mas conseguiu sua primeira (de muitas) namoradas.”

 



Fontes: Renata Michel – BCBA (Board Certified Behavior Analyst), Mestre e Doutoranda em Análise do Comportamento, coordenadora do Instituto de Pesquisa Conduzir

 

Larissa Aguirre - Psicóloga e Analista do Comportamento - Supervisora ABA do Grupo Conduzir


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