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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

O que esperar de 2021 quando falamos em mercado de trabalho, emprego, pandemia e novo normal

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Fazer uma faculdade, se formar e achar que a carreira vai ser aquela pela vida toda é algo para se esquecer, pois isso não existe mais”


Não tem escapatória, o fim de ano chega e as pessoas fazem um balanço do que aconteceu e, principalmente, pensam no que gostariam para o ano que está chegando. Todos sabemos que 2020 foi um ano diferente, atípico e desafiador. E o que esperar de 2021, e dos próximos anos, quando pensarmos em emprego, mercado de trabalho, mudanças, pandemia e home office? São tantas dúvidas.

O coach Edson Moraes, formado pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF – International Coach Federation, ajuda a compreender melhor o que as empresas esperam dos colaboradores e como se preparar para atendê-las. Para começar, ele cita dois termos que estão em alta quando se fala em carreira: upskiliing e reskilling. “São processos nos quais as pessoas investem para estar em evolução constante. Costumo dizer que hardskill vem de fora para dentro, e softskill de dentro para fora, e você os desenvolve”.

Explicando: hardskill é conhecimento, aquilo que vamos buscar, como cursos, pesquisas, leituras. Softskill são habilidades sutis, aquilo que você já tem e desenvolve. Comunicação, por exemplo, você pode buscar as técnicas (hardskill) para aprimorar sua habilidade em se comunicar, que é algo que você traz de dentro (softskill).

“Upskilling é um aprimoramento das competências que desempenhamos. Reskilling, por outro lado, é a oportunidade de transformar os skills, se adaptar às transformações pelas quais o mundo está passando, principalmente nos aspectos digitais. Em ambos os casos são oportunidades de desenvolvimento para novas habilidades”, completa.

Um softskill muito festejado é a resiliência, porém Moraes cita um ainda mais importante: “Eu gosto muito de um aspecto de softskill que é a plasticidade, pois, às vezes, apenas a resiliência não é suficiente. Você vai, toma uma pancada e volta. E de novo. Quantas vezes vai aguentar? Então, você tem de ser plástico, se adaptar e fazer uma transformação, pois aquilo que você tinha tanta certeza pode não dar certo. E aí pode pensar: por que não posso tentar de outro jeito? Isso é ser plástico, não ser resiliente, você se adaptar e se moldar a uma nova condição”.


Se os jovens soubessem, se os maduros pudessem                                                                    

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Pesquisas mostram que os jovens são os que mais estão sofrendo com o desemprego, pois não conseguem o primeiro emprego. Já os maduros, na casa dos 50, perdem o cargo e não conseguem se recolocar. Como resolver isso? Para o coach, só vão ter sucesso se os dois extremos trabalharem juntos e unirem a experiência de um com o desafio do outro, pois os dois públicos têm dificuldades parecidas: “Os mais jovens em entrar no mercado, porque isso está baseado em modelos antigos, e eles já entram perdendo, pois a maioria se formou e não tem um diferencial. Não importa a idade, as pessoas têm de desafiar o outro e a si mesmas”.

Segundo Moraes, em uma entrevista de emprego, é preciso se apresentar de forma interessante e atraente para quem for entrevistá-lo, o que vale para todos. Para os mais velhos, também valem o aprendizado contínuo, a disposição para conhecer coisas novas, ter propósitos na vida e se conectar a eles.

Algo que o coach frisa, constantemente, é que devemos esquecer as relações empregatícias como eram, pois o tempo em que alguém se formava na faculdade, entrava em uma empresa, com carteira assinada, e ficava lá por anos e anos, acabou. “Esqueça. Não vai funcionar, não falamos mais de emprego, mas de modalidade de trabalho, pois o vínculo ocorrerá de diversas formas, quando você se projeta e se atualiza, se sente desafiado e pode desafiar até o local onde está, isso fará toda a diferença, E isso vale para novos e maduros”.

Um pecado mortal para um profissional mais velho é se “sentar sobre uma carreira” e achar que viveu, sabe e aprendeu tudo. Ele precisa olhar e entender que sabe, sim, alguma coisa, e pode ensinar, mas também tem de aprender com o novo, se colocar de forma proativa, positiva. Não olhar para o copo meio vazio, para o problema sem focar na solução, e aprender a lidar com o humor dele e com o dos outros. Se não agir assim, terá dificuldades cada vez maiores ao tentar se recolocar no mercado.

Moraes lembra o exemplo das startups, que estão aprendendo que não adianta criar uma empresa só de jovens: “É preciso cabelo branco, ou sem cabelo, para fazer as pessoas interagirem e aprenderem umas com as outras. O jovem pode saber e se colocar na condição de aprendiz, enquanto o mais velho pode se colocar na posição de estar aberto a aprender coisas novas, como falei antes. Usar a experiencia que viveu, como lidou com as pessoas e grupos, pode fazer a diferença”.

Para o coach, a grande diferença para todos que procuram uma colocação é a capacidade de interrelação e de comunicação, o networking. “Não importa a idade, pois se colocar no mundo profissional depende da qualidade do networking construído. E isso pode se construir ou reconstruir em qualquer momento de vida. Requer disciplina e atenção, perceber a necessidade do outro e até que ponto se pode atendê-la. Se a pessoa se coloca na posição do ‘eu sei tudo e é assim que trabalho’ (não estou falando de valores e questões éticas), ela precisa se adequar à realidade urgentemente”.

Lifelong learning e o desafio dos 50+ de se manterem atualizados

                                                            

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Para Moraes, o mais complicado ao se falar de lifelong learning (formação contínua em tradução livre), outro termo em alta, é como manter as pessoas animadas para que estudem por toda a vida. Ele lembra que a geração 50+ é aquela que pensava que faria uma faculdade, depois trabalharia dos 25 aos 60 anos, e entraria na aposentadoria e desfrutaria o melhor da vida.

“Novamente, esqueça. Isso não existe mais. É inconcebível. As mudanças de carreira vão ocorrer durante toda a existência. E insistir em só uma carreira pode ser prejudicial. Então, em determinados momentos da vida, buscar outras coisas, fazer transformações e mudar radicalmente é perfeitamente possível, aceitável e até louvável”, aponta.

Para ele, as universidades têm de se repensar, pois a essência continua válida, mas os conceitos, a metodologia, os processos e o ferramental mudam. As pessoas precisam se capacitar continuamente, não precisam fazer uma graduação, que é longa, mas cursos mais curtos, indo às universidades, experimentando outras coisas, mantendo-se atualizadas com as notícias, ouvindo podcasts, assistindo aos fóruns, seguindo pessoas que tenham conteúdo significativo.

“Lifelong learning é algo extremamente positivo para manter a pessoa não só atualizada, mas motivada, pois o aprendizado gera motivação. Estar disposto a conhecer coisas novas faz a vida ter outra cor. Insistir em não aprender é algo pequeno, pobre de espirito. É preciso despertar para o novo, se relacionar com ele, crescer e aprender, em qualquer idade, principalmente neste mundo que está em contínua transformação. Se a pessoa não tiver interesse pelo aprendizado, isso gerará dificuldades profissionais”.


Novo normal - trabalho é o que se faz e não o local para onde se vai                                                              

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Para o coach já vivíamos um “novo normal” antes da chegada da pandemia, mas as pessoas insistiam em um mundo que não existia mais. “O trabalho remoto, por exemplo, será extremamente importante, mesmo quando as pessoas resgatarem dinâmicas e rotinas anteriores. A pandemia nos ensinou que podemos ter uma outra forma de trabalhar. Já falo há muito tempo que trabalho é o que se faz e não o local para onde se vai. Tenho conversado com clientes que estão trabalhando no conceito 4X1, quatro dias em casa e um no escritório. Alguns até diminuíram o espaço das empresas. Supondo que acabou a pandemia, a pessoa não vai voltar integralmente. Um grupo vai trabalhar quatro ou três dias em casa e os demais no local. Há carreiras nas quais não há como trabalhar remotamente, como algumas da área de saúde, por exemplo, mas, em geral, as pessoas vão trabalhar mais em casa que nos escritórios, isso já é uma transformação”.

O Brasil tem 14 milhões de desempregados, um número altíssimo, e isso tem outras razões além da crise econômica e da pandemia. Segundo Moraes, muitas dessas pessoas, infelizmente, não têm diferenciais a oferecer: “Em compensação, e falo por experiência própria, tenho projetos de consultoria que não consigo atender porque não encontro pessoas capacitadas. A forma como estão capacitando os profissionais está errada, já que as empresas precisam de pessoas, mas as que chegam não preenchem os requisitos. Muitos têm formação acadêmica, o que não significa mais nada hoje. O que vale é como esta pessoa se mantém atualizada para desenvolver o trabalho. E quando falo trabalho, não é emprego. É preciso parar de pensar que se vai sair da escola e conseguir um emprego de carteira assinada. Isso vai diminuir cada vez mais”.

Para Moraes, as pessoas terão de se colocar, de forma atraente, pelo conhecimento e experiência, pelo que podem agregar ao grupo. Elas trabalharão, provavelmente, por projeto ou demanda, serão freelancers, produzirão e entregarão o que for pedido. “O tempo inteiro temos de entender para onde o que chamamos de mercado está indo, quais são os valores e princípios e o que estudar para atender as demandas solicitadas. E de que forma? Funcionário, freelancer, terceirizado ou prestador de serviços. O desemprego é enorme porque muitas pessoas têm a expectativa de um determinado cargo formal que, como falei antes, talvez não exista mais. É preciso se autoconhecer e estudar continuamente para ter algo a oferecer. Repito: fazer uma faculdade, se formar e achar que a carreira vai ser aquela pela vida toda é algo para se esquecer, pois isso não existe mais”, finaliza.

 



Fonte: Edson Moraes é sócio do Espaço Meio -  https://espacomeio.com.br , Executive Coach desde 2014 e Consultor (Gestão & Governança) desde 2003. Foi Executivo do Bank of America entre 1982 e 2003. Seguiu carreira na Área de Tecnologia da Informação, foi Head do Escritório de Projetos e CIO por 4 anos. É Master em Project Management pela George Washington University.  Participou de programas de educação executiva na área de TI ( Stanford University, Business School São Paulo e  Fundação Getúlio Vargas). Formado em Comunicação Social – Jornalismo pela PUC/SP. É Conselheiro de Administração formado pelo IBGC, Coach pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF.  Articulista e palestrante nas áreas de Governança, Tecnologia da Informação e Gestão de Projetos.


Pandemia aumenta desigualdade de gênero no mercado de trabalh

Mulheres são mais atingidas pelo desemprego e demoram mais para retornarem ao mercado


Mulheres são mais atingidas pelo desemprego 
Crédito: Ilustração / Pixabay

Em função da pandemia e do isolamento social, 897,2 mil trabalhadores perderam o emprego de março a setembro de 2020, sendo 588,5 mil mulheres, ou seja, 65,6% dos demitidos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), publicado pelo governo federal. Os homens são 60% do total de trabalhadores com carteira profissional, mas representam apenas 34,4% dos demitidos no período citado. Como nos dois primeiros meses do ano, quando ainda havia saldo positivo de vagas para ambos os sexos, a criação de postos para mulheres também foi menor, elas representam hoje 81% do resultado líquido negativo do Caged em 2020.

De acordo com o economista José Pio Martins, reitor da Universidade Positivo, uma das razões para que as mulheres tenham sido mais atingidas é que elas são maioria nas atividades mais prejudicadas pela crise, como o setor de serviços. Porém, segundo ele, o que mais preocupa não é só que as mulheres estão saindo mais do mercado de trabalho, mas também demonstram maior dificuldade em retornar ao emprego formal. Em junho, quando o saldo geral do Caged ainda era negativo, o estoque de empregos formais ocupados por mulheres estava 4,7% abaixo do nível de fevereiro, enquanto para homens era 3,7% inferior. A partir de julho, o mercado como um todo começou a reagir e, em três meses, foram criadas 697,3 mil vagas, mas 77% foram para trabalhadores do sexo masculino. Em 12 meses, a queda do estoque de empregos é de 3,7% para as mulheres e 1,3% para os homens.

Na visão do economista, as mulheres têm mais dificuldade de reorganizar o esquema doméstico para voltarem ao trabalho, sobretudo as que têm filhos e estão sem a opção de deixá-los na escola, ainda fechada. "O problema torna-se especialmente importante ao se analisar a expectativa média de vida no Brasil que, pela última prévia IBGE com data-base de 2019, atingiu 76,6 anos, sendo 80,1 anos para as mulheres e 73,1 anos para os homens. Portanto, as mulheres vivem sete anos mais que os homens e elas serão maioria entre os idosos, logo, a segurança financeira na velhice se torna essencial", ressalta Pio Martins.


Desemprego estimula empreendedorismo

A relações públicas Nicole Medeiros Garcia foi contratada em março deste ano por uma indústria de embalagens. Duas semanas depois, a pandemia obrigou muitos funcionários a se afastarem e a empresa acabou demitindo outros, inclusive a Nicole. A companhia faz parte da estatística nacional do Caged, já que o mês de março representou o maior número de desligamentos no país, com mais de 1,7 milhão de trabalhadores demitidos. 

Por outro lado, o Brasil caminha a passos largos para registrar um número recorde de empreendedores: apenas de janeiro a setembro, a quantidade de microempreendedores individuais (MEIs) no País cresceu 14,8%, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, chegando a 10,9 milhões de registros. E Nicole também entra nessa estimativa.

Depois de dois meses desempregada e sem rendimentos, a relações públicas decidiu empreender e abriu a Nk Chocolateria, unindo a necessidade ao gosto pela cozinha e começou fazendo brigadeiros para vender para as amigas, que foram indicando e hoje o empreendimento já dá lucro para Nicole pagar as contas. "Ainda não ganho o que recebia na empresa, e acabo trabalhando muito mais agora, pois faço os brigadeiros, as finanças, as compras, as entregas e o marketing, mas é gratificante saber que sou a dona do meu próprio negócio", diz.


Mr. Easy Auto emplacamento de veículos com segurança

 Empresa traz novos métodos que garantem qualidade nos emplacamentos dos modelos Mercosul


Desde 2018, foi oficializada a lei que todos os veículos motorizados do Brasil passariam a usar a placa do modelo Mercosul. Mas foi somente em fevereiro deste ano, que a placa se tornou obrigatória e para auxiliar no cenário que poderia ser caótico nasceu a Mr. Easy Auto que tem como objetivo trazer rapidez e qualidade para esse produto.

À primeira vista, Hudson Barreto, pioneiro do projeto e fundador da marca, iniciou os trabalhos voltados na criação dos modelos de negócio para as lojas emplacadoras, que precisariam se atualizar e modernizar para atender às novas demandas do mercado.

“Nós auxiliamos e planejamos todas as lojas para conseguir atender às demandas e as necessidades do consumidor. Além de realizar treinamentos para os funcionários destes locais, ensinando sobre o método de emplacamento, também orientávamos sobre as etapas que esse processo passa, a fim de deixar essas lojas capacitadas para dar todo o suporte e auxílio para o consumidor em um processo burocrático e muito vezes chato”, conta Hudson.

Hoje esses parceiros passaram a se tornar credenciados Mr. Easy Auto, compondo um núcleo de 38 lojas espalhadas pelo estado de São Paulo que orientam e realizam todo o serviço de emplacamento no modelo Mercosul com primazia, respeitando o tempo do cliente, instalando produtos de qualidade e dando segurança em todo o processo.

“Percebemos uma demanda do consumidor, mas, muito além disso, sentimos que a população não estava sendo devidamente orientada sobre como fazer esse emplacamento e porque fazer. São muitas dúvidas e existem produtos no mercado paralelo sem durabilidade”, explica o empresário.

Após a validação no Detran o consumidor pode levar o documento licenciado juntamente com a CNH e realizar o emplacamento em um serviço que demora somente 15 minutos. Esse mesmo processo realizado de outras formas costuma demorar de 10 a 15 dias, além de deixar o cliente totalmente refém sobre o que está sendo feito. Na plataforma Mr. Easy Auto o proprietário tem toda a assessoria e orientação.


Informação importante:

Um ponto muito importante para destacarmos é a qualidade das placas expostas no mercado. Muitas apresentam um material de má qualidade, quase sempre tortas, sem leitura do QRCode (que pode dar até apreensão do veículo), sem vistoria de temperatura (que pode danificar o produto), acúmulo de água (não suportam enchentes) entre outras partes técnicas importantes para durabilidade do produto. “Aqui nós trabalhamos com um material mais puro, utilizamos a película 3m, dando garantia de até cinco anos para o consumidor. A concorrência não garante tempo e muitas se deterioram com seis meses”, explica Mr. Will, gerente de marketing e garoto propaganda da casa.


Mas o que é preciso saber antes de comprar a placa Mercosul?

O processo é feito em três etapas: realizar a vistoria antes de entrar com o licenciamento, validar a documentação e ir à loja credenciada pelo Detran e emplacar o veículo com o novo modelo Mercosul.


Curiosidade

Pesquisa realizada por um instituto de análise contratada pelo Mr. Easy Auto, apontam que hoje mais de 52% do consumidor têm interesse espontâneo de trocar as placas pelos novos modelos. Dentro da mesma amostra, nota-se que as mulheres e o público jovem são mais abertos à nova placa e que a maior preocupação deles, no entanto, é a durabilidade e a instalação para não riscar o automóvel.

“Analisando a pesquisa, percebemos que as pessoas com pouco acesso as plataformas digitais tendem a não querer atualizar a placa no modelo Mercosul. Fatores como medo e preço são os que mais influenciam. Nossa ideia é reeducar o mercado e ajudar a quebrar os tabus, garantindo excelência de produto e atendimento”, ressalta Barreto, CEO da Mr. Easy Auto.

Vale destacar que as informações do banco de dados do fabricante, com a finalidade de controlar a produção, logística, estampagem e instalação das PIV nos respectivos veículos, além da verificação da sua autenticidade estão concentradas no Quick Response Code (QR Code).


Mitos e verdades da placa Mercosul

MITO - TODOS OS VEÍCULOS DEVEM POSSUIR A NOVA PLACA MERCOSUL – “Conforme a Resolução 780/19 do Contran, somente os novos veículos devem possuir o novo modelo Mercosul, não anulando necessariamente, a troca opcional, caso o consumidor queira”, explica Mr. Will.

VERDADE – SE EU VENDER MEU CARRO PARA ALGUÉM DE OUTRO ESTADO/CIDADE, ELE NÃO PRECISA MUDAR A PLACA? “Como já se popularizou, a nova placa Mercosul não possui a sinalização do estado no material instalado no carro, as alterações são feitas todas no banco de dados do Detran e podem ser checadas por meio do QR Code”, esclarece Mr. Will.

VERDADE – EU POSSO ESCOLHER A PLACA QUE EU VOU COLOCAR SEM PRECISAR PAGAR A MAIS POR ISSO? “No novo sistema de emplacamento Mercosul, o consumidor recebe uma lista de placas que poderá utilizar em seu veículo, ou seja, o cliente pode sim escolher qual a sequência que será estampada em seu automóvel sem precisar pagar nada a mais por isso”, explica.

MITO – O NOVO EMPLACAMENTO MERCOSUL É MUITO MAIS CARO QUE O ANTIGO – “Na realidade, o uso das placas Mercosul passou a ser obrigatório desde fevereiro deste ano, ou seja, o consumidor sequer conseguirá pagar pelo emplacamento das antigas placas e segue o mesmo valor de operação.

VERDADE – EU CONSIGO EMPLACAR O VEÍCULO DA MINHA CASA – “Hoje a Mr. Easy Auto conta também com a plataforma delivery, onde o cliente consegue agendar o emplacamento do veículo em casa, escritório, no local que escolher. Vale lembrar que para esse processo acontecer, é necessário que um profissional devidamente treinado e preparado pela empresa, esteja presente para realizar o serviço”.

Emplacamento Mercosul NÃO é só para Autos

Para finalizar é importante destacar que TODOS os modelos que usam placa agora recebem o modelo Mercosul, seja carro, moto, carrocerias, caminhão, ônibus, vans etc.

Claro que as chapas são diferentes, os carros possuem 40 cm de comprimento e 13 de altura, enquanto as de motocicletas, por exemplo, têm 20 cm de comprimento e 17 de altura. As placas antigas se diferenciavam pela cor do fundo, enquanto as Mercosul, o que mudam são as cores dos dígitos. Caracteres em preto são para carros particulares, em vermelho para veículos comerciais, azul para carros oficiais, dourado para diplomáticos e consulares, cinza para colecionadores e verde para veículos especiais, como protótipos em teste.

No caso de veículos náuticos, é necessário o emplacamento do reboque ou carretinha. O processo é realizado da mesma forma que os veículos padrões (carro e moto). Já os veículos agrícolas o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lançou em novembro, a Plataforma Digital de Registro e Gestão de Tratores e Equipamentos Agrícolas, que permitirá o registro oficial das máquinas agrícolas sem custo para o produtor rural.

“Somos uma empresa que chancela a qualidade, atendimento e rapidez, todos os nossos processos são embasados para garantir segurança e confiança aos clientes”, finaliza Hudson, idealizador da marca.

 

Natal: Procon-SP dá dicas de como evitar problemas

Consumidor deve pesquisar preços atrelados a qualidade, evitar compras por impulso e aglomerações


Dezembro sempre foi sinônimo de lojas cheias, filas nos caixas, pacotes coloridos e muita correria atrás do melhor presente. Neste ano temos uma situação diferenciada devido a pandemia da Covid-19 onde as pessoas devem juntar aos cuidados de sempre com a compra dos itens, a atenção com a saúde seguindo os protocolos de distanciamento e higienização.

Sobre a compra de presentes o Procon-SP tem algumas dicas que vão auxiliar o consumidor a evitar problemas:

• pesquisar preços atrelados a qualidade e evitar compras por impulso;

• para evitar frustrações com presentes não entregues na data, é aconselhável fugir das compras de última hora;

• a aceitação de cheques é uma liberalidade dos estabelecimentos, porém esta restrição deverá ser informada de maneira clara, precisa e principalmente ostensiva, com a informação em local de fácil visualização;

• a aceitação de cartões de crédito também é uma liberalidade dos lojistas. Mas, ao aceitar esta forma de pagamento não poderá impor limite mínimo;

• nas compras a prazo, como os juros não são tabelados, deve-se pesquisar as taxas praticadas entre as financeiras. O consumidor tem direito à informação prévia e adequada sobre: preço à vista em moeda corrente, montante de juros de mora da taxa efetiva anual de juros, acréscimos legalmente previstos, número e periodicidade das prestações e, valor total a pagar, com e sem financiamento;

• os produtos expostos nas vitrines devem apresentar o preço à vista e, se vendidos a prazo, o total a prazo, as taxas de juros mensal e anual, bem como o valor e número das parcelas;

• toda informação ou publicidade veiculada por meios de comunicação deve ser cumprida pelo fornecedor. Ela é considerada parte integrante do contrato;

• os estabelecimentos podem praticar diferentes políticas de troca, se informe antes da compra. As lojas não são obrigadas a efetuar troca por causa do tamanho do produto ou porque o presenteado não gostou;

• quando a compra for efetuada fora do estabelecimento comercial (internet ou telefone, por exemplo), o consumidor pode exercer o direto de arrependimento, independente do motivo. O prazo para isso é de sete dias - contados a partir da data da compra ou da entrega do produto;

• se a opção for as compras pela internet, não deixe de conferir as dicas do Procon-SP em seu Guia de Comércio Eletrônico (clique aqui);

• o local da compra é um fator determinante; lojas estabelecidas no comércio garantem mais segurança e devem fornecer nota fiscal, uma forma que o cidadão tem para exercer seus direitos em caso de problemas com a mercadoria. Portanto, evite comprar produtos no mercado informal;

• problemas com o produto: o Código de Defesa do Consumidor estabelece prazo de 30 dias para reclamações sobre vícios aparentes ou de fácil constatação no caso de produtos não duráveis e de 90 dias para itens duráveis, contados a partir da constatação do problema;

• produtos importados adquiridos no Brasil em estabelecimentos devidamente legalizados seguem as mesmas regras dos nacionais;

• no caso de mercadorias que necessitem ser entregues em domicílio, solicite que o prazo de entrega seja registrado na nota fiscal ou recibo. No Estado de São Paulo, a Lei 13.747/2009, conhecida como "Lei da Entrega", estabelece que as empresas devem dar ao consumidor a opção do agendamento de data e turno para a entrega de produto ou a realização de serviço ao consumidor;

• seja qual for a escolha, a nota fiscal deve ser exigida. Ela é um documento importante no caso de eventual utilização da garantia.

 

O diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez orienta que o consumidor não compre no primeiro local que encontrar o presente em questão. "É imprescindível que se faça uma pesquisa seja pela internet, seja presencial - quando possível e comparar para fazer a melhor compra com os melhores preços. Quem não pesquisa e não compara paga mais caro e se aborrece", conclui Capez

Veja aqui mais orientações na compra de presentes .

Como esse ano temos a pandemia e com ela os protocolos para evitar uma maior disseminação da doença muitas pessoas devem optar pelas compras pela internet, por isso o Procon-SP também elaborou algumas dicas para evitar problemas e golpes no ambiente virtual:

* desconfiar de preço muito abaixo do mercado;

*observar com atenção e conferir o endereço eletrônico do estabelecimento;

* buscar informações sobre o fornecedor: endereço, atividades realizadas, meios de comunicação, etc; guardar as mensagens relativas a oferta, descrição do produto, preço e formas de pagamento;

* não comprar de perfil que não tenha CNPJ, endereço físico ou virtual (informações necessárias para a localização do fornecedor);

* consultar a lista "evite esses sites" no site do Procon-SP, que divulga sites que devem ser evitados, pois tiveram reclamações de consumidores, foram notificados, não responderam ou não foram encontrados. Confira aqui https://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php

* não fornecer dados, senhas, códigos, etc;

* não acreditar em ofertas de ajuda, sorteio, dinheiro etc enviadas pelo whatsapp, redes sociais, e-mails e não clicar nesses links;

* não confiar e não compartilhar links e informações dos quais não tenha certeza da origem;

* não preencher formulários que não estejam nos sites oficiais;

* baixar aplicativos apenas das lojas oficiais;

* em caso de dúvidas ou dificuldades, procure um familiar ou amigo que possa ajudar;

* utilizar antivírus no computador, tablet e smartphone;

 


Fundação Procon-SP


Especialista alerta consumidor para "preços por DM" e explica quais situações tornam a prática ilegal

Fornecimento de preço nas redes sociais por mensagem privada deve ser feito por motivos publicitários, explica advogado Marco Antonio Araujo Junior 

Em meio a período tomado por promoções por conta das compras de fim de ano, o consumidor é bombardeado por publicidade e incentivos ao gasto não só fisicamente como virtualmente em suas redes sociais pessoais. Com o crescimento das fraudes nos últimos meses, reflexo do crescimento das compras online devido à epidemia do Covid-19 e o isolamento social, é importante que o consumidor saiba quais seus direitos e o que configura prática abusiva dentro das leis do e-commerce.

Conduta considerada polêmica por advogados especialistas em direito do consumidor, a prática de fornecer preços em redes sociais apenas por mensagem privada (seja a DM do Instagram ou a mensagem do Whatsapp) é permitida quando o conteúdo seja puramente publicitário.

"Os textos legais que tratam do assunto fazem referência à divulgação, forma de pagamento, número de parcelas e juros, quando da exposição do produto ou serviço para a venda, e não quando da divulgação em publicidade. Ou seja: quando vemos em um site ou rede social a apresentação de um produto ou serviço sem indicação de preço, trata-se de uma oferta, e não de uma vitrine de venda. Se a divulgação do produto ou do serviço for realizada no feed da rede social ou nos stories, com finalidade publicitária, não se aplica o dever de informar o preço que, nessas condições, a depender da política de quem realiza o post ou patrocina a oferta, poderão ser informados somente por direct ou por contato com a loja física ou virtual do fornecedor", explica o advogado Marco Antonio Araújo Júnior, especialista em direito do consumidor e diretor do Brasilcon.

Desta forma, a prática de não informar nas redes sociais o preço do produto logo de cara se torna abusiva apenas quando a ferramenta é utilizada como uma vitrine de vendas.

"As redes sociais, em especial Instragram e Facebook, têm trabalhado como instrumento de divulgação dos produtos e, mais recentemente, no caso do Instragram, como instrumento de venda direta, com a inclusão da ferramenta COMPRAR. Se o post foi realizado com a finalidade de venda, na ferramenta específica COMPRAR do INSTAGRAM, o consumidor deverá informar o preço, a forma de pagamento e todos os elementos constantes como obrigatórios na legislação aplicada, uma vez que aquela ferramenta se transforma em uma extensão da plataforma digital de venda do fornecedor", completa o advogado.

Para não cair em golpes ou práticas de má fé em compras online, o consumidor deve consultar as regras para comércio eletrônico fixadas em território brasileiro por meio do Decreto 7962/2013. De acordo com as diretrizes aprovadas pelo governo federal, é obrigação do vendedor: disponibilizar em suas páginas serviços de pós-venda e de gerenciamento da entrega de suas mercadorias; informar endereço físico e formas rápidas e comprovadas de contato; deixar claro valores adicionais como frete e taxas de entrega; apresentar descrição completa do produto sem que o consumidor precise requisitar; e garantir o direito do consumidor se arrepender da compra e conseguir reembolso em até sete dias.




Marco Antonio Araújo Júnior  - Advogado especialista em Direito do Consumidor; Professor de Direito do Consumidor e Ética Profissional; Diretor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Brasilcon; Jurista do Grupo de Trabalho da Fundação ProconSP; Assessor-Chefe da instituição em 2019; Fundador e professor do MeuCurso, curso preparatório para carreiras jurídicas; Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB/SP de 2013 a 2018 Conselheiro Seccional da OAB/SP de 2013 a 201Membro da Comissão Nacional de Defesa do Consumidor do Conselho Federal da OAB de 2013/2018


Programas de Fidelidade: 6 dicas para aproveitá-los da melhor forma

Empresas investem cada vez mais em estratégias de fidelização. É preciso atenção para escolher as melhores alternativas e usar pontos e recompensar com sabedoria



No fim do ano o ritmo de compras aumenta. E os programas de fidelidade, que estão se consolidando cada vez mais no mercado, são uma alternativa para fazer o dinheiro render mais. Números da ABEMF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização) apontam que os participantes dos programas associados resgataram 26,2 bilhões de pontos/milhas entre abril e junho deste ano, e 100% deles foram utilizados no varejo. Para quem ainda não se beneficia disso, está aí uma ótima oportunidade de economia.


"Os programas de fidelidade nunca tiveram tanto espaço. As opções no mercado são muitas e atendem a vários perfis de clientes. Para aproveitá-los da melhor forma possível, é preciso entender como cada um funciona e usar os pontos com sabedoria", explica Alexandre Rodrigues, diretor Comercial & Marketing da Stix, plataforma de pontos e recompensas com foco no varejo e cuja missão é entregar inovação do dia a dia dos consumidores.
Veja as dicas do executivo para aproveitar os programas de fidelidade da melhor forma:


1. Junte pontos em vários momentos de consumo: Os programas de fidelidade sempre foram muito ligados a companhias aéreas. Mas agora empresas de outros segmentos também estão implantando esse modelo. Uma vantagem é participar de programas de lojas que usem o mesmo ponto, para acumular e resgatar mais rapidamente.

2. Priorize a transparência: É comum que as pessoas acabem não usando seus pontos por não entenderem quanto valem na troca, ou porque acabam expirando. Assim, priorize iniciativas que deixem claras essas regras, sem letras miúdas.

3. Verifique o catálogo do programa: Quanto mais variado, melhor. Assim, se adequa a diferentes necessidades e quantidades de pontos na carteira, aumentando suas possibilidades de aproveitar os benefícios e recompensas.

4. Confira as alternativas para juntar pontos além das compras: Programas podem oferecer maneiras diferentes de juntar pontos, como indicar um amigo e ganhar pontos no cadastro e receber pontos de amigos e familiares. Procure aqueles programas que não cobram a mais por isso.

5. Atenção aos meios de pagamento: Dê preferência a programas que permitam juntar pontos com compras em dinheiro, cartão de crédito, débito e até vale-alimentação. Sem restrições ao meio de pagamento, maiores são as chances de juntar e trocar.

6. Mas não esqueça do seu cartão de crédito: Compras no cartão de crédito são uma ótima maneira de juntar pontos, já que muitos programas contam com parcerias com bancos. Verifique as características de seu cartão e o que oferece junto às marcas que você consome.


"Os programas de fidelidade são, sem dúvida, ferramentas poderosas no relacionamento de uma marca com seus consumidores. É um mercado que já tem muitas opções, mas conquista o consumidor quem oferece benefícios que fazem sentido para a vida das pessoas. Na Stix temos uma proposta inovadora que traz as pessoas para o centro e, ao mesmo tempo, é relevante para as marcas participantes", finaliza Alexandre .


Assédio sexual no trabalho é uma realidade que precisa ser combatida

A maioria dos profissionais já viram ou ouviram relatos de seus colegas.

 

Infelizmente o assédio sexual em ambientes profissionais é algo antigo e muito comum. A maioria dos profissionais já viram ou ouviram relatos de seus colegas. Felizmente a imprensa tem noticiado mais o assunto e algumas vítimas se enchem de coragem para denunciar, ainda que não seja algo fácil de se fazer. Além da exposição do caso ser constrangedor, para entrar na justiça a vítima precisa se expor, ter provas ou testemunhas. Convenhamos, porém, que é muito difícil a vítima registrar seu próprio assédio e na maioria das vezes não há testemunhas.

O assédio sexual pode existir de várias formar, com avanços sexuais não aceitáveis e não requeridos, através de contatos verbais ou físicos, que criam uma atmosfera ofensiva, vexatória, humilhante, hostil e de subordinação.  Classificados em dois tipos, esse comportamento sexual pode se apresentar em forma de chantagem, que vem com coação em troca de benefícios, ascensão ou afim de manutenção da carreira; ou intimidação, onde não há ameaças, mas há abordagens grosseiras com ofensas, disfarçadas de “brincadeiras”, e propostas inadequadas, que constrangem e amedrontam.

Em ambientes profissionais, a maioria dos casos deste tipo, envolve uma relação de poder, onde líderes utilizam de suas autoridades de forma errada, provocando algumas vezes o bloqueio a denúncias.  O assediado logicamente deve procurar o departamento pessoal ou ouvidoria da companhia, porém muitas vezes esses departamentos estão debaixo da hierarquia dos próprios abusadores, o que torna a queixa sem resultado e, o pior, a pessoa cair no descrédito.

Como profissional de RH, lamentavelmente já vi muitas pessoas serem desacreditadas e desligadas após a denúncia de assédio sexual, algumas vezes feita pelos próprios executivos das companhias. Entrar na justiça contra a própria empresa onde trabalha não é habitual. Então, as vítimas acabam se desligando das empresas antes de procurar seus direitos na justiça ou em denúncias feitas a sindicatos ou órgãos regulamentadores da área onde atua. E a busca ao que lhe é direito (a justiça) acaba sendo uma saga, pois além de representar traumas psicológicos e mentais, pode também representar prejuízos financeiros, pois será necessário abandonar seu trabalho, arcar com gastos com advogados e as constrangedoras idas a audiências. Além disso, as vítimas acabam sendo acusadas pelo próprio abuso que sofreram.

Mesmo com toda as dificuldades e preconceitos existentes em relação a esse assunto, as mulheres precisam entender o que é assédio, compreender que é crime e ir atrás dos seus direitos. Isso contribui para que outras pessoas que foram vítimas se sintam encorajadas a denunciar; atraia os olhares do Ministério Público do Trabalho ao assunto; leve as empresas e a sociedade a mudarem a postura “machista” que tenta subjugar a mulher como profissional.

Um dos grandes erros das empresas é que o líder que comete assédio sexual com as profissionais com quem trabalha, normalmente são tratados apenas como inconsequentes, que teve um deslize cometendo um “erro”, e não como alguém que praticou um crime. Isso gera impunidade e acaba alimentando os acontecimentos.

As empresas podem e devem prevenir o abuso sexual educando seus profissionais e colaboradores; criando ouvidorias com profissionais especializados; elaborando uma política sobre o assunto, com consequências para os abusadores (em posição de liderança ou não); ao invés de esconder, também deve resolver os conflitos existentes, realocando a vítima e punindo o culpado; lembrando que quanto mais falar sobre o assunto, mais esclarecerá e impedirá assédios dentro da companhia.  

 


Kelly Stak - consultora de RH e especialista em desenvolvimento de pessoas.


9 dicas para começar 2021 com as contas no azul

O ano de 2020 não foi nada fácil para as finanças da maioria dos brasileiros. O índice de desemprego chegou a 14,4% em outubro, o que representa a maior taxa desde 2012, atingindo 13,8 milhões.


Com as contas no vermelho, é preciso planejamento para que 2021 entre no azul. De acordo com dados de um estudo realizado pela QuiteJá, plataforma de renegociação de dívidas, com a participação de 1.400 usuários da plataforma, de todos os estados brasileiros, 47,7% dos respondentes possuem dívidas entre R$ 1.000,00 e R$ 5.000,00. Dentre elas, 24,7% têm entre 25 a 54 anos e 34,8% possuem idade entre 35 a 44 anos. Outro dado levantado pela pesquisa é que 81,4% dos respondentes possuem renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 3.000.

Com a chegada do ano novo é comum a criação de metas e objetivos para colocar em prática no próximo ano, entre elas uma das mais comuns é ser mais organizado com as finanças. No início do ano, uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostrava que guardar dinheiro era a principal meta financeira do brasileiro para 2020 (49%), mas a pandemia tirou esse foco.

Para colocar em prática a organização financeira em 2021, Larissa Brioso, educadora financeira da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, dá as 9 dicas abaixo.

1 - Limite seu orçamento

Estabelecer um teto de gastos para as categorias de despesas mensais ajuda a economizar e evitar desperdícios. As áreas da saúde, moradia, transporte e alimentação são essenciais, então devem ser priorizadas. Com isso, separar uma quantia específica para usar com os gastos extras evita o consumo exagerado com itens desnecessários.


2- Necessidade

Fazer uma lista do que deseja comprar é um passo fundamental para a organização. Dividir os itens nas categorias: "quero" e "necessito", faz com que os produtos da segunda categoria tenham prioridade em relação aos da primeira.

"Usar a técnica chamada "3 Ps e 1 Q" pode ser uma ótima opção. O consumidor tem que perguntar a si mesmo se realmente PRECISA do que ele quer adquirir, se ele pode PAGAR por aquilo, se o PREÇO está bom e se ele realmente QUER, evitando o impulso", afirma Larissa.

3 - Organização

Um dos maiores problemas dos gastos com compras excessivas é a perda de controle por falta de organização. Roupas, calçados, livros e tudo aquilo que leva ao desejo do consumo, sempre devem estar muito bem organizados e visivelmente dispostos, assim você não esquecerá daquilo que já tem e não precisa comprar.

4 - Cuidado com o cartão de crédito

Inicialmente, uma compra de valor baixo pode parecer inofensiva, mas o acúmulo de pequenos gastos pode comprometer o orçamento dos meses seguintes. Ao optar por pagamentos parcelados, inclua o valor da fatura no seu planejamento de compras. Mas, dê preferência por opções à vista, e evite ao máximo recorrer ao cheque especial.

5 - Comparação de preços

Atualmente, com a ajuda da internet, pesquisar sobre a variação de preços de um mesmo produto pode render uma boa economia. Os valores podem variar das lojas físicas e online, além das multimarcas. Ficar atento aos cupons de desconto pode ser interessante também, pois um grande número de sites de compras, de quase todos os segmentos, oferece vouchers de descontos.

6 - Corte de gastos

Em casos em que a renda mensal é menor ou próxima do total de gastos, a verificação de possíveis cortes é a melhor alternativa para evitar situações sufocantes em que a única saída seriam os empréstimos. Atividades de lazer e entretenimento de alto custo podem ser substituídas por opções mais baratas e até mesmo gratuitas. Além disso, conhecer e colocar em prática suas habilidades de forma criativa pode te ajudar a ganhar mais dinheiro.

7 - Poupança

Guardar mensalmente uma parcela da renda total traz grandes benefícios, principalmente a longo prazo. A construção de uma poupança gera uma segurança maior dentro do planejamento financeiro. Uma maneira para estimular essa poupança é estabelecer metas e aplicar o dinheiro em algum investimento que proporcione rendimentos.

8 - Reserva para emergências

Imprevistos acontecem a qualquer hora, por isso é primordial ter uma quantia guardada para situações extremas. A reserva de emergência pode variar dependendo de cada pessoa, porém, normalmente ela representa seis vezes o valor do custo médio mensal e é essencial para alcançar a tranquilidade financeira.

9 - Anote tudo que entra e sai da sua conta

O valor de um cafézinho pode parecer que não vai impactar as suas finanças, mas se você não tiver controle sobre os pequenos gastos que são feitos no dia a dia, pode ser que você não saiba como está gastando o seu dinheiro. Por isso, é importante encontrar uma maneira de se adaptar melhor para criar o hábito de registrar cada ganho e gasto que tem em seu cotidiano.

Ipem-SP reprova 11% dos produtos típicos das ceias de final de ano

Durante a operação "Boas Festas" os produtos irregulares apresentaram diferença entre o peso real e o indicado na embalagem 

  

O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia do Governo do Estado, vinculada à Secretaria da Justiça, e órgão delegado do Inmetro, que tem como objetivo defender o consumidor, realizou a operação "Boas Festas" na quinta-feira, 10 de dezembro, nos laboratórios da capital, São Carlos e São José do Rio Preto, com a finalidade de verificar os produtos típicos das ceias de Natal e Ano Novo. Ao todo, foram verificados 18 produtos, sendo 2 (11%) reprovados por diferença entre o peso real e o indicado na embalagem. 

Entre os itens avaliados estavam panetones, frutas de época, pães, bolos natalinos, enfeites, papéis de presente, guardanapos, descartáveis e demais produtos do tema  

No laboratório da capital, foram examinados cinco produtos, sem nenhuma reprovação.    

Em São Carlos, foram examinados sete produtos, sendo reprovado um (14%), por diferença entre o peso real e o indicado na embalagem.   

Em São José do Rio Preto, foram examinados seis produtos, sendo reprovado um (16%) por diferença entre o peso real e o indicado na embalagem.  

Os produtos foram coletados previamente pelos fiscais em pontos de venda de pequeno, médio e grande porte em todo o Estado para serem avaliados nos laboratórios do Ipem-SP.   

O objetivo foi verificar a fidelidade das indicações de quantidade nas embalagens dos produtos, a fim de coibir a comercialização de itens que tragam em suas embalagens informações em desacordo com a legislação vigente.  

As empresas autuadas pelo Ipem-SP têm dez dias para apresentar defesa ao órgão. De acordo com a lei federal 9.933/99, as multas podem chegar a R$ 1,5 milhão. 

 

Confira a tabela com as irregularidades, acesse https://tinyurl.com/ya49pjun

 

 

Ipem-SP

ouvidoria@ipem.sp.gov.br

  

Inflação de alimentos aumenta custo de vida dos mais pobres na região metropolitana de São Paulo

Em outubro, alta dos preços na comida, de 8 pontos porcentuais, foi mais sentida na classe E do que na A; varejo e serviços também têm inflações desiguais

 

O custo de vida tem ficado mais caro para os estratos de renda mais baixos em comparação com os mais altos na região metropolitana de São Paulo, mostra um balanço da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Os dados apontam para altas de 5,91% no custo de vida para a classe E, e de 6,22% para a classe D, entre novembro de 2019 e outubro deste ano – para a classe B, esta elevação foi de 2,9%, e para a A, de 2,59%.
 
Para a Federação, a explicação está no aumento significativo dos preços de alimentos e bebidas em 2020: ainda considerando os 12 meses analisados pela pesquisa, a expansão desses itens foi de 12,6%, dos quais os ingredientes básicos da mesa dos brasileiros estão entre os mais atingidos. Em outubro, por exemplo, o arroz estava 64,3% mais caro do que no mesmo mês do ano passado. O feijão, por sua vez, registrou elevação de 52,62%. O óleo de soja foi o produto mais afetado: subiu 93% em um ano.
 
Os estratos de renda mais baixos sentem os efeitos da inflação dos alimentos com mais intensidade porque, neles, a distribuição das despesas familiares é mais concentrada. Além disso, em um momento de pandemia como o atual, são eles que tendem a aumentar a demanda por produtos de alimentação, já que passam a cozinhar ainda mais em casa.
 
Isso se nota, por exemplo, no fato de que o custo de alimentação dos estratos inferiores foi cerca de 8 pontos porcentuais maior do que o dos estratos mais altos no mês de outubro: enquanto essa elevação foi de 17,25% para a classe E, foi de 9,01% para a classe A – a maior diferença entre todas as atividades analisadas.
 

Custo de Vida por Classe Social (CVCS) – Outubro de 2020
 

Como já argumentou em outros momentos, a Federação também justifica a inflação de itens como o arroz e o feijão pelo aquecimento da demanda externa que, em paralelo à valorização cambial, faz com que os produtores privilegiem vender suas safras para o mercado internacional. O preço do dólar, por outro lado, também encarece a importação de materiais utilizados na produção agrícola brasileira.

 
Varejo e serviços também têm inflação desigual


Além dos alimentos, outras atividades varejistas na região metropolitana de São Paulo também tiveram altas significativas nos preços, como mostra o Índice de Preços no Varejo (IPV) da FecomercioSP. No acumulado entre novembro de 2019 e outubro de 2020, a inflação é de 6,38%, segundo o indicador. Considerando apenas os 10 meses deste ano, é de 3,84%.

 

O grupo mais inflacionado, assim como nos outros indicadores, é o de alimentos e bebidas (19,9%), mas chamam atenção também os aumentos nos preços da habitação (6,18%) e dos artigos domésticos (5,44%) -– demandados especialmente em meio à quarentena.

 
Da mesma forma que o custo de vida, os estratos mais baixos sentiram o peso da inflação do varejo com mais contundência: para uma pessoa da classe E, por exemplo, o aumento dos preços do setor foi de 1,41% em relação aos rendimentos no mês de outubro; enquanto, para alguém da classe A, foi de 0,92%.
 
O mesmo acontece observando o Índice de Preços de Serviços (IPS): nas classes D e E, as variações foram de 1,81% e 1,70%, respectivamente. Nas classes A e B, foram de 0,40% e 0,64%.
 
O indicador, porém, apresenta mais estabilidade do que os outros elaborados pela Entidade: aumento de 1,32% no acumulado entre novembro de 2019 e outubro deste ano. Considerando apenas os dez meses de 2020, esta elevação é de 0,17%.
 


Nota metodológica


CVCS


O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços e o IPV, 181 produtos de consumo.

 

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