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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Em 2019, mais que um trabalho, procure um sentido para a vida


Balanço do ano que passou, novas definições e planejamento são algumas das dicas para entrar o ano novo focado na carreira



Se tem uma coisa que é possível afirmar é que os últimos anos estão sendo desafiadores para as empresas e para os profissionais. Para acompanhar a instabilidade do cenário político, os altos e baixos da economia e os novos modelos de negócios que surgem a todo momento, os profissionais estão sendo obrigados a se reinventar e planejar, com atenção, suas carreiras. No período de final de ano, o esforço para definir as novas metas está ainda mais presente, pois é momento de fazer a avaliação do ano que está encerrando e iniciar a preparação para o que se aproxima.

Para começar 2019, antes de mais nada, é preciso ter definido o que se está buscando e o porquê fizemos essa escolha. “Para sermos donos de nossas carreiras, é necessário entender o nosso propósito de vida. Para isso, devemos saber de onde estamos saindo e para onde estamos indo. Quanto mais claro isso estiver, mais velocidade se ganha para alcançar o objetivo final”, explica Livia Mandelli, mentora e especialista em comportamento humano, que ainda ressalta a importância de fazer uma reflexão sobre 2018. “Para darmos início ao novo ano, nada melhor do que entender quais foram seus erros, seus acertos, identificar o que contribuiu para o seu desenvolvimento profissional e o que foi a sua ‘pedra no caminho’. Além disso, também é fundamental desenvolver a inteligência emocional e estar preparado mentalmente para todos os desafios e aprendizagens que virão. Ou seja, iniciar o ano entendendo quais são os seus gaps emocionais e o que está te impedido de ser a sua melhor versão. Só assim será possível estar pronto para as novas oportunidades”, orienta.


Metas e competências

Após essa reflexão e preparo, o próximo passo é desenvolver um plano de ação que potencialize o que deu certo e corrija aquilo que não deu. Nesse estágio, também é o momento de mapear quais serão as metas para 2019 e como pretende alcançá-las. “Questione-se se suas competências estão alinhadas ao que você deseja, o que precisará mudar na sua rotina e quais serão suas atitudes para chegar no resultado final”, destaca a profissional, que soma dez anos de experiência em mentoring, workhops de team building e de autoconhecimento em empresas no mundo todo.

Nem só de objetivos práticos se desenvolve o planejamento de carreira. Ao definir as metas profissionais, mais do que nunca, é importante levar em consideração fatores que afetam diretamente a vida do ser humano. “A grande dificuldade atual é a interdependência. Precisamos sair do mindset de depender das situações para sermos nós mesmos e nos sentirmos bem. Sendo assim, em 2019, não procure um trabalho, procure um sentido. Opte por estar em um ambiente que promova o seu bem-estar e onde você possa aprender. Afinal, o que seriam dos nossos próximos anos se continuássemos na versão do ano anterior?”, questiona Livia.


5 passos para entender melhor o seu propósito

Esse exercício busca conectar a pessoa com aquilo que é realmente importante para a sua vida e ajuda a entender o seu legado e o seu propósito. A definição das atitudes ajudará a entender o que precisa ser feito hoje na gestão da vida e da carreira para que, lá na frente, seja possível ter certeza de que cumpriu a sua missão. 

1 - Identifique até sete papéis chave que você exerce em sua vida

2 - Identifique uma pessoa chave por papel

3 - Visualize sua festa de aniversário de 85 anos. Todas as pessoas chave que você identificou estarão presentes na festa.

4 - Escreva o que você gostaria que cada pessoa chave dissesse sobre seu legado e impacto na vida dela

5 - Quais as duas ou três coisas essenciais que você poderia fazer em cada papel para ajudar a transformar essas declarações de reconhecimento em realidade? São estas ações que devem nortear a sua vida e sua carreira para que você ganhe velocidade no cumprimento de seu grande propósito e tenha bem-estar profissional. 

O sucesso do ano novo está em suas mãos, não delegue isso a ninguém! Defina seu propósito e planeje. Por mais que o ano apresente obstáculos no percurso, saber ultrapassar cada um deles com sabedoria é o que define sua velocidade de carreira.






Livia Mandelli - especialista em remodelagem comportamental de executivos e consultora na área de Gestão de Pessoas na Mandelli & Loriggio Associados. Professora convidada de MBA’s da Fundação Dom Cabral, é doutoranda em Comportamento Humano pela Walden University, nos EUA, mestre em Liderança pela University of Gloucestershire na Inglaterra, Psicopedagoga Organizacional e Administradora. Qualificada em EQI2.0 (Inteligência Emocional), MBTI e MBTI Step II (traços de personalidade), DISC (estilo comportamental), e Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching/Graduate School of Master Coaching. Com metodologia desenvolvida a partir de seus estudos sobre funcionamento da mente, diversidade comportamental e liderança andrógina, Livia atuou nos últimos nove anos em coaching, mentoring, workhops de team building e autoconhecimento em liderança em empresas na Europa, na América do Norte e no Brasil.



As 10 principais tendências de cibersegurança para 2019


Spams cada vez mais pessoais, uso de inteligência artificial para implementar ataques e autenticação sem senha são algumas das principais tendências para o setor de cibersegurança em 2019. O prognóstico é da Cyxtera, multinacional dedicada à detecção e prevenção de fraudes eletrônicas em todos os dispositivos, canais e serviços na nuvem.
“Governos e organizações precisam levar em conta que seus dados estão espalhados por data centers particulares e nuvens públicas e privadas, entre outros. Além disso, os usuários acessam seus dados de qualquer lugar e qualquer dispositivo. Portanto, é preciso desenvolver uma defesa para essa infraestrutura híbrida”, alerta afirma Ricardo Villadiego, diretor de Segurança da Cyxtera.
A empresa, que já avaliou mais de 32 bilhões de conexões globais em busca de ameaças, listou os principais ciberataques que as organizações devem enfrentar no próximo ano, além das ferramentas e tendências mais eficientes para combatê-los.

1) Spam cada vez mais pessoal 
Os serviços de geolocalização permitem que os phishers abordem pessoas de diversas áreas com ofertas fraudulentas especificamente desenhadas para para atrair um determinado público. Os especialistas da Cyxtera avaliam que, em 2019, os phishers combinarão cada vez mais táticas na criação de campanhas avançadas, como anúncios no Google Ads de trabalho voluntário no Super Bowl para homens entre 18 e 24, por exemplo. “Em 2018, a combinação de postagens em redes sociais, e-mails e anúncios de publicidade foi usada na composição de campanhas avançadas. Os phishers devem elaborar mensagens direcionadas por geolocalização cada vez mais complexas. É preciso ter muito cuidado com e-mails em 2019”, alerta Villadiego;

2) Confiança digital será decisiva para instituições financeiras
Com quase dois terços dos consumidores preocupados com a possibilidade de suas contas e seus cartões serem hackeados, a conquista da confiança digital tem a ver tanto com cultura como com tecnologias antifraude. Segundo o executivo, ainda não vivenciamos uma mudança cultural, e a conscientização sobre prevenção de fraude é geralmente tratada como uma preocupação secundária. “Em 2019, as instituições financeiras terão a oportunidade de engajar o cliente por meio do desenvolvimento de serviços que alcancem um equilíbrio entre segurança robusta e simplicidade”, explica. “As organizações precisam ter uma visão unificada e empregar tecnologias antifraude que sejam efetivas em curto e longo prazo, pois essa é a única maneira de alcançar a confiança digital”, afirma;

2) Para quem trabalha a inteligência artificial?
Já sabemos que a inteligência artificial (IA) pode ser criada e usada pelos fraudadores para incrementar seus ataques cibernéticos. Em 2019, os fraudadores não dependerão de inteligência artificial própria. A Cyxtera prevê que os fraudadores criarão uma quantidade imensa de ataques falsos, de phishing ou malware, causando desvios na aprendizagem do algoritmo, que passará a acreditar que este é o modo como os ataques estão trabalhando agora. “Assim, eles serão capazes de lançar ataques altamente direcionados e que não serão sinalizados pelo algoritmo envenenado, escapando da detecção e conseguindo obter lucros”, explica Villadiego;

3) Autenticação sem senha promete maior segurança - se isso for feito da maneira correta
As senhas não irão desaparecer completamente, mas a quantidade de plataformas online eliminando o seu uso deve crescer cada vez mais. Quando feita corretamente, a autenticação sem senha pode ser uma ferramenta poderosa e segura. No entanto, a Cyxtera afirma que organizações que usam canais não criptografados como fatores alternativos de autenticação enfrentarão muito mais vulnerabilidades inerentes. “Veja as senhas de uso único enviadas por e-mail, por exemplo, que, como já se sabe há algum tempo, são altamente inseguras. Incorporá-las ao processo de autenticação sem senha torna o procedimento facilmente interceptável pelos cibercriminosos. Em 2019, quando adotarem métodos alternativos de autenticação, as organizações precisam ter certeza de que estão fazendo isso de maneira segura”, alerta;

4) Lojas de aplicativos como playground virtual para malware
Lojas não oficiais de aplicativos oferecem o ambiente perfeito para a disseminação de malwares ao proporcionarem aos usuários uma falsa sensação de segurança. Villadiego aponta que nem mesmo a Google Play Store está imune. “Apesar de o Google ter medidas de segurança para impedir que códigos maliciosos sejam carregados para a loja oficial, os fraudadores recentemente começaram a usar arquivos APK não maliciosos como porta de entrada para o download de cargas externas e ações maliciosas no dispositivo do usuário”, explica. Em 2019, ele prevê que haverá um aumento acentuado no volume de aplicativos maliciosos distribuídos para os telefones dos usuários por meio de lojas legítimas de aplicativos; 

5) Força bruta automatizada
Os fraudadores sabem que a maioria das pessoas reutiliza combinações de nome de usuário e senha em diferentes sites. Ataques de credential stuffing oferecem uma maneira simples e rápida de verificar quais são os pares válidos de nome de usuário e senha. Isso pode ser usado tanto em ataques direcionados para grupos específicos como para catapultar os preços dos dados do usuário no mercado negro após a verificação. Segundo a Cyxtera, bancos internacionais de grande porte foram atingidos por uma onda de tentativas de ataques desse tipo, e essa tendência deve aumentar em 2019; 

6) As empresas seguirão os passos dos bancos
À medida em que as empresas reforçam suas estratégias de defesa, técnicas modernas de autenticação, como push e biometria, com as quais os bancos já estão satisfeitos, também serão adotadas por elas;

7) Riscos da IoT
A preocupação com a segurança da IoT foi para o topo da lista de prioridades, mas a maioria desses dispositivos continua altamente vulnerável. Os riscos são maiores do que nunca, especialmente no que se refere aos processos de autenticação. As empresas precisam ter controle sobre esses riscos, estabelecendo requisitos de verificação de identidade, implementando sistemas seguros de proteção e desenvolvendo ferramentas para medição e acompanhamento;

8) Falsos posts políticos trarão lucros reais
Um assunto quente nos últimos anos tem sido a influência política de contas falsas ou “bots” no Twitter e outras redes sociais, usadas para manipular a percepção e a opinião do público sobre eventos atuais. Agora, os fraudadores estão começando a perceber que é possível tirar vantagem da escalada de tensões e das divisões políticas em diferentes países, usando as redes sociais como vetor de ataques. “Os fraudadores postam artigos que parecem ser de um determinado posicionamento, levando o público a seguir certas contas ou postagens que irão, em algum momento, enganá-los para que forneçam dinheiro ou dados de acesso”, afirma Villadiego.

9) Quando “seguro” não significa segurança
“Todo mundo vê, quando acessa a Internet, um pequeno ícone indicando que é “seguro” ou “não seguro” navegar por aquela página. Infelizmente, muitos usuários acreditam que aquele símbolo significa que o site usa comunicação criptografada e, por isso, não poderia ser malicioso”, explica o executivo. Ele alerta que os fraudadores já estão usando certificados que aparentam ser legítimos (o que pode levar o navegador a exibir o ícone de “seguro”) para mascarar suas tentativas de phishing e malware. “Em apenas um ano, o uso de certificados como disfarce para tráfego malicioso dobrou. Não há indícios de que essa tendência diminuirá, uma vez que os certificados oferecem uma maneira simples de enganar os usuários, que acabam confiando no website e fornecendo suas credenciais”, adverte; 

10) Resoluções de ano novo
Com tantas mudanças previstas para o cenário de fraude no próximo ano, a Cyxtera recomenda que as organizações implementem uma solução de prevenção de fraude que aproveite o potencial do aprendizado adversário, que possua várias camadas e aborde as ameaças de uma maneira holística - e não individualmente. “Também aconselhamos que as organizações implementem autenticação multifatorial forte e moderna e assegurem-se de que o plano de segurança da empresa cubra ameaças internas e externas”, finaliza Villadiego.



Metas: Limitação ou Incentivo?


Vivemos em um mercado competitivo, digital e cada vez mais complexo. Sabemos que hoje a decisão de compra está nas mãos do consumidor que, empoderado pela internet e pelas redes sociais, tem sua voz ouvida por todos em tempo real. Esse processo de empoderamento já é conhecido e as empresas já perceberam essa transferência de poder. Por isso, estão cada vez mais se reinventando para oferecer a esse poderoso consumidor, motivos para que sejam as escolhidas no processo de decisão para a compra deste ou daquele produto, marca ou serviço.

Por outro lado, as empresas continuam com os desafios de vendas, pois precisam crescer e sustentar a evolução deste mercado cada vez mais exigente. Dentro deste específico cenário, entra em jogo a necessidade e a difícil missão de se estabelecer metas que, se bem calibradas, levam ao céu. Do contrário, à estagnação e a crises.

Sendo assim, se estabelece o paradigma da meta: Limitação ou Incentivo?

Qual a dose que faz com que minha empresa se limite ao crescimento e aquela que, de fato, a propulsiona ao novo patamar?

Vejamos: costumo dizer que existem 2 fatores que impactam neste paradigma:

1.         Fatores Objetivos: A famosa lei dos números que nos traz a previsibilidade almejada nos resultados;

2.         Fatores Subjetivos: Aspectos e perfis humanos e sociais da equipe de venda.

O primeiro está 100% nas mãos da empresa quando falamos de conhecimento, gestão da necessidade de estabelecer o percentual de crescimento, conversão individual de cada vendedor, da necessidade e, portanto, da quantidade de prospecção que deve acontecer, propostas a enviar para que se obtenha a famosa previsibilidade de vendas.

Contudo, o tempero a esta matemática equação vem pelo segundo fator que é 100% humano e, portanto, traz todo o cenário de incertezas e “quebra” a lógica matemática dos números.

Dado que, com lógica não se discute, ou seja, se sei o caminho que se tem que percorrer para ir de “A” para “B”, entendam, de um crescimento de 10% para 20%, um aumento de 30% no faturamento etc, basta determinar a direção e seguir. Em se tratando de aspectos humanos, a lógica deixa de prevalecer.

Como disse, o aspecto humano impede de estabelecermos fórmulas. Porém, comportamentos podemos analisar e perfis podemos buscar.

Neste sentido, a pergunta que precisamos responder ou, pelo menos, compreender é: Qual é o comportamento humano que me ajuda a conquistar com mais eficácia minhas metas? Que perfil profissional me ajudará nesta busca?

Minha experiência de mais de 15 anos no mercado dos negócios digitais me mostrou que vendedores de sucesso são aqueles que buscam a autossuperação, conhecer os próprios limites e dificuldades e se utilizam das necessidades da empresa, ou seja, das metas estabelecidas para que possam se guiar na obtenção dos próprios resultados. Me mostrou também que o perfil campeão é aquele positivo, competitivo saudável, que tem um motivo maior para querer o resultado. Um comportamento de esportista em que o “Não” é um motivador a buscar a lapidação para que o “Sim” venha na próxima oportunidade.

Percebam a ótica: não é a empresa que determina o resultado, mas sim o indivíduo em sua mais alta humildade e desejo de se superar. É aquele perfil batalhador, que tem um verdadeiro objetivo por traz da atividade para conquistar. Que tem uma necessidade latente.

Aqui deixo a dica: busquem esse perfil de ser humano nas entrevistas!

A empresa dará a direção, porém o caminho depende do altruísmo, da proatividade e do desejo de melhorar sempre. No perfil profissional, competitividade positiva é uma característica fundamental!

Para que se compreenda e possamos nivelar o conceito, defino meta como aquele mínimo necessário para que a empresa continue pagando salários, bônus e comissões. O diferencial se faz não em cumprir metas mas, sem demagogia, em superá-las!

Claro! Profissional deste quilate não se encontra em qualquer lugar e a empresa que o tem, raramente o deixa ir. Portanto, a saída mais recomendada não é o garimpo deste perfil, mas sim a formação. Podemos até combinar as duas situações para otimizar.

Vejam que raramente consegue-se ter esse profissional pronto, porém qual seria o vendedor que afirma não querer melhorar, se submeter a formações, simpósios, seções de terapia e autoconhecimento? Talvez falando de maneira simplista, poucos. Confesso também que raras são as empresas que estão dispostas a oferecer essa formação. Querem o resultado e ponto!

Porém, se o desejo é resultado perene e sustentável, formação é a saída. Ao mostrar à equipe de vendas os benefícios e as melhoras significativas em seus resultados, a empresa ganharia a motivação necessária para que este profissional abrace a causa e busque o melhor!

Concluindo, em se tratando de metas, há que se considerar as necessidades do negócio e estabelecer com precisão os números, percentuais de crescimento e vendas. Contudo, tão importante quanto os números é se preocupar com as características do seu time (perfil profissional) de vendas para que possam ter em mente que o mínimo (a meta) não o levará ao próximo patamar de evolução profissional ou de vendas. Neste sentido, o que o empreendedor precisa compreender é que vendas não é simplesmente determinar os números e os passar à equipe, mas sim investir em sua formação e profissionalização. A meta será um limitador quando for número pelo número. O contrário, será um incentivo ao próximo patamar quando considerado o perfil e a formação humana deste profissional para o progresso.




 
Juliano Melchior - diretor de Negócios Estratégicos da Hi Platform www.hiplatform.com, principal player do mercado de plataforma de atendimento ao consumidor do país.Também economista pela PUC-SP, pós-graduado em Administração pela FGV-SP e especialista em negociação pela HBX – Harvard Business Schcool
 


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