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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Cannabis medicinal: uma aliada em tratamentos odontológicos

Os ativos são aliados para diversas problemas, incluindo as psicossomáticas 

 

Atualmente, a cannabis medicinal é utilizada no tratamento de diversas patologias e pode ser eficaz para auxiliar em tratamentos odontológicos. Os ativos podem ser usados para controle de ansiedade pré-atendimento e para quadro de sintomatologia dolorosa, seja ela neurológica, articular ou nos dentes. Além disso, são funcionais para relaxamento muscular, controle ou indução de sono, cicatrização, entre outros.

Para Fabrízio Postiglione, CEO da Remederi, farmacêutica brasileira que promove qualidade de vida por meio do acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal, é fundamental que cada vez mais os profissionais da saúde entendam os benefícios da planta. “São elementos naturais aliados no tratamento de diversas patologias”, ressalta.

Na odontologia, o processo para iniciar o tratamento consiste em uma consulta, onde é feita uma análise detalhada do histórico de todos os sintomas narrados pelo paciente, além de exame clínico da cavidade oral, assim como outras estruturas da cabeça e pescoço. A partir disso, todo o direcionamento e orientação são passados para o paciente adquirir o medicamento, bem como o acompanhamento do profissional para o ajuste da dose.

De acordo com a dentista Monique Xavier de Sousa, é uma alternativa para pacientes fóbicos e os que precisam melhorar o condicionamento frente ao medo e ao estresse causados pelas consultas. “É comprovado que a odontofobia - medo de dentista -, pode agravar quadros de outras doenças como hipertensão, cardiopatias, dentre outras, somente pelo fato do paciente ir ao consultório”, explica.

Os ativos são considerados aliados, principalmente, em casos de bruxismo e patologias de origem psicossomática, onde existe controle, e não a cura. Por isso, a dependência de medicamentos convencionais é comum nessas situações. “A cannabis é uma excelente alternativa terapêutica para a substituição ou redução desse consumo que, na maioria das vezes, não está tratando a raiz do problema de fato”, ressalta Monique. 

Em linhas gerais, a cannabis pode ser prescrita para todos, em qualquer fase da vida, desde que possua um tratamento individualizado, avaliando os riscos e benefícios,  idade, indicação e patologia. Além dos benefícios descritos, a planta equilibra o sistema endocanabinóide, e consequentemente, proporciona qualidade de vida.

 

 Remederi - farmacêutica brasileira, com o propósito de promover qualidade de vida por meio do acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal. Com qualidade e produtos certificados, produzidos com selo GMP (de boas práticas de fabricação) e ISO 17065, oferece às pessoas acesso à terapia canabinóide, de forma simples, segura e fácil.  A empresa possui também o Instituto de Ensino e Pesquisa Remederi, que promove cursos com objetivo de educar profissionais da saúde a respeito de medicamentos à base de canabidiol. Com sede em São Paulo, atualmente conta com um time de mais de 25 colaboradores e prestadores de serviços. Mais informações nos canais sociais: Instagram, Facebook, LinkedIn e YouTube; e no site.


Maus hábitos de consumo prejudicam o processo de adaptação dos brasileiros às lentes de contato

No Brasil, apenas 1% da população utiliza lentes de contato. Em países da Europa e nos Estados Unidos, o número ultrapassa 10%.

 

Dados da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (SOBLEC) indicam que apenas 1% dos brasileiros são usuários de lentes de contato. A porcentagem é baixa quando comparamos com Europa e Estados Unidos, por exemplo, onde o índice de usuários chega a 10% e 12%, respectivamente. Especialistas apontam um dos principais motivos para essa diferença: os hábitos de grande parte dos brasileiros que utiliza o produto. Tomar banho usando as lentes de contato, não fazer a higienização correta -- no caso de lentes de descarte mensal, e não lavar as mãos na hora de manuseá-las são apenas alguns exemplos de comportamentos inadequados que podem prejudicar a adaptação dos usuários. 

“No Brasil, quase não existem pesquisas sobre os hábitos dos brasileiros que usam lentes de contato, mas um levantamento da Universidade Estadual de Campinas -- UNICAMP, divulgado em 1999, mostrava que já naquela ocasião 69% dos usuários procediam incorretamente quanto ao tempo de uso e substituição das lentes. De lá para cá, não mudou muita coisa, o que observamos é que grande parte das pessoas que usa o produto continua mantendo hábitos que não são adequados”, analisa Gerson Cespi, diretor-geral da CooperVision Brasil, umas das líderes globais no mercado de lentes de contato. 

A oftalmologista Samantha de Albuquerque ressalta que um outro hábito negativo é usar as lentes sem que haja uma indicação médica. “Existem pessoas que compram as lentes de contato sem consultar o oftalmologista. Isso representa um risco muito grande, pois o paciente não sabe se está apto, do ponto de vista de saúde ocular, para o uso. Existem diversos tipos de lentes, com diferentes tamanhos e curvas e o médico é quem poderá indicar o tipo adequado para cada paciente, além de fazer as avaliações e testes necessários para a adaptação do usuário e orientá-lo sobre o uso e descarteadequados. Por isso, o primeiro passo sempre é consultar um profissional e conversar a respeito dessa possibilidade.”, explica a médica. 

Para Cespi, é primordial que as empresas do setor invistam em campanhas de conscientização sobre o uso correto do produto. “Deixar de seguir os cuidados recomendados pelo oftalmologista e indicados na embalagem das lentes de contato pode levar o usuário a desistir. Insistir no uso de uma lente inadequada também pode trazer uma série de complicações. Estimamos que a quantidade de pessoas que começa a usar lentes de contato é praticamente a mesma das pessoas que deixam de utilizar no mesmo ano. As lentes proporcionam diversos benefícios: trazem mais praticidade no dia a dia, facilitam a vida de pessoas que praticam esportes e para alguns é inclusive um fator de melhora de autoestima. Estamos trabalhando muito para levar essas informações e conscientizar nossos clientes”, destaca o diretor-geral. 

Segundo a Dra. Samantha, as principais indicações para o uso correto das lentes de contato são:

  • Lavar muito bem as mãos com água e sabão (de preferência antibacteriano) e secá-las antes de tocar nas lentes;
  • Tirar as lentes na hora de dormir (a não ser que haja indicação médica para uso noturno, no caso de lentes para tratamentos específicos);
  • Não utilizar as lentes por mais horas do que o recomendado pelo oftalmologista e fabricante;
  • Respeitar o tempo de descarte das lentes (existem lentes de descarte diário, quinzenal, mensal e anual);
  • Armazenar as lentes de forma correta, em solução adequada para lentes de contato e em um estojo apropriado e devidamente higienizado.

 

CooperVision

https://coopervision.com.br/ 

 

Câncer de intestino: diagnóstico precoce aumenta chances de cura para o paciente

Especialista do Hospital IGESP destaca a importância da colonoscopia para detecção do terceiro tipo de tumor que mais mata no país


A cantora Simony revelou recentemente que foi diagnosticada com câncer no intestino, fato que colocou holofotes sobre a doença ainda pouco discutida. Também conhecido como câncer de colón ou colorretal, esse tipo de neoplasia é o segundo mais frequente no aparelho digestivo e o terceiro que mais mata no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). 

Os dados estimam que mais de 40 mil novos casos surgem todos os anos no país. Por isso, é importante que a população saiba como evitar ou conseguir um diagnóstico precoce. De acordo com o médico Ricardo Guilherme Viebig, diretor técnico do núcleo de motilidade digestiva de neurogastroenterologia do Hospital IGESP, o tumor geralmente inicia por meio de um pólipo ou uma pequena verruga, que se desenvolve na pele interna do intestino grosso. 

“A lesão inicial pode ficar por alguns anos adormecida, sem malignidade, e por essa razão o diagnóstico precoce é altamente estimulado. As primeiras lesões são geralmente assintomáticas, mas deve-se atentar a sinais como a presença de sangue nas fezes, mudança de hábito intestinal, emagrecimento sem explicação e cansaço”, alerta o médico. 

A doença afeta ambos os sexos, em geral a partir dos 45 anos, é mais frequente na faixa entre 60 e 70 anos de idade. Fatores como fumo, dieta rica em gorduras e a obesidade são considerados como de risco.

 

Colonoscopia salva vidas

No caso da cantora Simony, o exame de colonoscopia foi o responsável por detectar a doença. Para o Dr. Ricardo Viebig, o procedimento mudou a história do câncer de intestino. “O exame passou a ser mais acessível, e as pessoas começaram a entender a importância de realizá-lo a partir dos 45 anos de idade. A detecção e a retirada das lesões pré-cancerosas (adenomas) e de lesões tumorais de tamanho reduzido ampliaram o índice de cura e têm evitado cirurgias muito agressivas ou tratamentos debilitantes”, esclarece.

Outros exames que apoiam o diagnóstico e o tratamento são a dosagem de anticorpos específicos (marcadores), tomografia, ressonância magnética, e o Pet Scan (tomografia especial para tumores).

Segundo o especialista, a necessidade de rapidez no diagnóstico também tem relação com a agressividade dos tumores colorretais. “Os tumores do cólon, se não tratados, são muito agressivos, expandindo-se não somente no local, mas disseminando-se pelo sistema linfático e circulatório. Nessa etapa, eles geram lesões à distância, principalmente no fígado e no cérebro, além do peritônio, o que reduz a expectativa de vida do paciente”, finaliza o diretor técnico do núcleo de motilidade digestiva de neurogastroenterologia do Hospital IGESP.


Córnea rasgada? Oftalmologista explica o que aconteceu com Maísa Silva

A atriz e apresentadora rasgou a córnea por conta de um cisco no olho - veja como isso acontece e o que fazer nesses casos.

 

Essa semana a apresentadora e atriz Maísa Silva virou manchete porque teve que ir às pressas para o hospital. O motivo? Ela "foi atingida" por alguma coisa no olho durante uma ventania e acabou rasgando a córnea. 

Agonia, né? Mas, acredite, essa é uma emergência oftalmológica muito comum. Segundo o Dr. Hallim Féres Neto, oftalmologista membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor da Prisma Visão, essa condição nada mais é do que um cisco que cai no olho e fica grudado na córnea ou na pálpebra superior, causando desconforto todas as vezes que a pessoa pisca. 

"Se o cisco estiver preso à pálpebra, cada vez que a gente pisca ou coça os olhos ele vai machucar ainda mais a superfície do olho, aumentando o desconforto", explica o médico. 

Coçar o olho é um reflexo quase inevitável em uma situação como essas, certo? Mas, se não é o recomendando, o que fazer? O primeiro passo é ir até uma torneira para lavar o olho com bastante água corrente, caso seja possível. Por o outro lado, se você não tiver acesso à água corrente de qualidade, vale a pena lavar o olho com soro fisiológico (que pode ser encontrado em qualquer farmácia) ou com água mineral (aquelas engarrafadas que podem ser compradas em bares, supermercados ou lojas de conveniência). 

"Se mesmo assim o desconforto não passar, procure um oftalmologista. No microscópio do consultório é possível retirar esse corpo estranho na hora", continua o Dr. Hallim. 

E apesar do desconforto e da aflição de ter um corpo estranho preso ao olho, não existem grandes riscos nesses casos - uma vez que o cisco é retirado do olho, a córnea se regenera rapidamente. Mas, aqui, o tempo é essencial: o médico explica que quanto mais tempo o objeto passa no olho, mais machuca a região, aumentando a dor e as chances de contaminação (pense em bactérias e infecções). 

No geral, o principal sintoma desses casos é a dor e o incômodo - não é comum haver sangramentos. Por isso, o ideal é sempre lavar o olho o mais rápido possível ou recorrer a um oftalmologista.

 

Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732. Oftalmologia Geral; Cirurgia Refrativa; Ceratocone; Catarata; Pterígio; Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia; Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa; Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery; Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology.


Frio prolongado pede mais cuidado com os olhos

 Doenças respiratórias, conjuntivite viral, alergia, olho seco e computador são os vilões. Entenda

 

Que o inverno tem seu lado agradável poucos duvidam. Mas há quem sofra - e muito - quando a temperatura cai. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas, no topo da lista estão os alérgicos. Isso porque, acabam sentindo o efeito cascata nos olhos de doenças respiratórias como gripe, resfriado, asma, rinite, entre outras.  A lista é extensa, comenta.  Além de colocar cardíacos em maior risco de sofrer um infarto pela maior contração dos vasos, o frio dissemina vírus no ar e aumenta o risco de contrair conjuntivite viral. Os sintomas são vermelhidão, sensação de areia nos olhos, secreção viscosa, sensibilidade à luz, lacrimejamento e pálpebras inchadas. A recomendação do especialista é fazer compressas com gaze embebida em água filtrada fria para aliviar o desconforto logo que sentir algo errado. Para eliminar o problema é melhor consultar seu oftalmologista. Colírio não deve ser usado sem avaliação médica porque causa efeitos colaterais e a conjuntivite maltratada pode deixar sequelas na sua visão.  

Como se não bastasse, ressalta, o frio também diminui a lubrificação dos olhos e torna o trabalho no computador um sofrimento para a maioria das pessoas. Para se ter ideia, um levantamento feito pelo oftalmologista em 1,2 prontuários mostra que 75% sentem o maior perrengue diante das telas: Olho seco, dor de cabeça e visão embaçada A explicação é simples. Queiroz Neto afirma que assim como ficamos com as pernas e corpo doendo quando fazemos uma longa corrida, temos fadiga ocular e dor generalizada no corpo com o uso do computador por mais de duas horas ininterrupta. Isso porque, nossos olhos trabalham muito mais diante das telas, o globo ocular se movimenta menos e diminuímos o número de piscadas de 20 vezes/minuto para 6 vezes.  Como ninguém vai parar de trabalhar por isso, o oftalmologista recomenda desviar os olhos da tela para um ponto distante sempre que lembrar e piscar voluntariamente.

Para Queiroz Neto as doenças respiratórias são o grande vilão no frio porque repercutem bastante na nossa disposição. A recomendação do médico é evitar, em casa, cortinas, carpetes e outros materiais que possam acumular poeira com facilidade. Caprichar na faxina, mas sem usar vassouras que espalhem o pó e dar preferência à limpeza com panos úmidos, também ajudam.

O ar-condicionado para aquecer o ambiente ou esfriar se a temperatura subir repentinamente requer manutenção frequente, pontua. Ele também alerta para não esquecer da manutenção do ar do carro.

Outra recomendação do oftalmologista enquanto o frio persistir é evitar lugares fechados e pouco ventilados ou com aglomeração de pessoas. Para calibrar a imunidade a dica é manter  uma alimentação saudável com muitas frutas, verduras e alimentos ricos em vitamina C.

Diferente da conjuntivite bacteriana, mais comum no verão, Queiroz Neto ressalta que a conjuntivite alérgica, não contagiosa, é mais frequente durante o inverno. Em geral, as causas são parecidas com as das doenças respiratórias, provocadas pelo contato com alérgenos, ácaros e poluição. O tratamento é feito com colírio antialérgico ou corticoide em casos mais graves. “Corticoide não pode ser usado sem acompanhamento médico em hipótese algum”, destaca. Isso porque se for interrompido antes da hora provoca efeito rebote.  

Outro problema comum na estação é o olho seco. "O globo ocular necessita da lubrificação constante da lágrima para manter a transparência da lente externa do olho, a córnea. A baixa umidade do ar e a poluição dos grandes centros urbanos provocam a desidratação dos olhos. Sensação de areia nos olhos, ardência, sensibilidade à luz e lacrimejamento são alguns dos sintomas do olho seco. "Você até pode comprar um colírio lubrificante, mas cuidado, prefira as fórmulas sem conservante para não irritar ainda mais seus olhos”, afirma. Outro alerta do médico: O uso excessivo de lágrima artificial com conservante pode dar efeito rebote e deixar seus olhos ainda mais irritados.  Mulheres têm 3 vezes mais olho seco e em muitos casos é do tipo evaporativo por falta de estrogênio que diminui a camada gordurosa da lágrima. Nestes casos o mais indicado é a aplicação de luz pulsada para estimular a produção desta camada da lágrima. Com cuidado adequado é possível tornar seu inverno mais agradável.

 

Cinco dicas para melhorar a amamentaçã

MAM Baby, especialista em bebês, promoveu bate-papo com orientações para tornar a experiência do aleitamento materno mais confortável e segura


O Agosto Dourado é conhecido como um período de visibilidade do aleitamento materno. Além de celebrar esse momento único de conexão, a iniciativa pretende promover a troca de informações sobre o tema. Pensando nisso, a MAM Baby, marca especialista em bebês, realizou na quarta-feira, 24, uma live sobre amamentação com a consultora de aleitamento Tatiane Capelasso e a influenciadora Samantha Marçal. 

Na conversa, Samantha, mãe do Vicente, de quatro meses, expôs algumas dúvidas próprias e apresentou perguntas enviadas por seguidores, que foram esclarecidas pela Tatiane. Dessa forma, dicas para melhorar a amamentação foram oferecidas, a fim de ajudar mulheres gestantes a se preparar e também tornar o processo mais confortável e seguro para as mães e os bebês. 

Uma das dúvidas mais registradas foi sobre como evitar fissuras na mama. A especialista reforçou que, em vez de recorrer às inúmeras indicações de cremes e pomadas, que devem ser evitadas, a melhor prevenção possível é adotar a pega correta do bebê. Outras dicas estão descritas abaixo, e o bate-papo completo está disponível no link


Bombas extratoras para auxiliar na produção de leite

O uso das bombas extratoras é indispensável, principalmente para as mães que têm necessidade de passar alguns períodos longe do bebê. A utilização de produtos como a Bomba Tira-Leite Elétrica 2 em 1 da MAM pode auxiliar – e muito – na manutenção da lactação. O processo também pode ser útil para aliviar a mama de mulheres que produzem muito leite, já que o peito, quando muito cheio, pode até mesmo atrapalhar o processo de amamentação. 


Estimular a produção de leite antes de o bebê nascer pode ser prejudicial à saúde

Durante a live, a consultora explicou que a mama não é um estoque de leite, mas, sim, uma fábrica, cuja produção é feita de acordo com a demanda. Com isso, não é necessário se preocupar com a lactação antes de o bebê nascer, pois o corpo entende que a produção ainda não é necessária. Nesse período, o estímulo pode criar fissuras, mastite e, em casos mais graves, até resultar em um parto prematuro. 


Buscar uma consultora de amamentação é um excelente investimento

A melhor ferramenta para prevenir reveses durante a amamentação é o conhecimento, e essas informações valiosas podem ser passadas para a nova família por uma consultora que tenha vivência, entenda melhor o processo e possa orientar a mãe na busca da melhor experiência de aleitamento. O ideal é entrar em contato com a profissional antes mesmo da chegada do bebê, para que a mulher esteja mais preparada para o início da amamentação. 


Envolver a rede de apoio no processo é imprescindível

É importante que ambos os cuidadores sejam inseridos nos bate-papos com a consultora de amamentação e entendam as melhores práticas para o período. Apesar de não conseguir oferecer leite à criança, o pai pode ajudar de diversas formas, como colocar o bebê para arrotar após a amamentação e permitir que a mãe descanse e/ou cuide de outras tarefas. 

Quem ocupa a figura paterna tem a missão de resguardar a mulher. É necessário que outras preocupações da rotina, como abastecimento da despensa e da geladeira e cuidados com a casa, estejam em ordem para que a mãe possa se dedicar, com exclusividade, à amamentação. 


Manter a calma

A rede de apoio também entra em cena nesse ponto, pois deve garantir o bem-estar da mulher, cuidando da sua saúde física e, principalmente, mental, nesse período de dedicação ao bebê. Altos níveis de estresse podem causar diversos problemas para a experiência da maternidade, e até mesmo interromper a produção de leite. 

5 comportamentos comuns em crianças com Transtorno do Espectro Auti

Créditos: Canva
A Dra. Fabiele Russo, neurocientista e fundadora do Neuroconeta, considerada como a maior plataforma sobre TEA do Brasil, levanta a importância da atenção sobre o autismo em crianças já que o diagnóstico precoce minimiza dificuldades proporcionadas pelo transtorno


De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) existem duas milhões de pessoas com o Transtorno de Espectro Autista (TEA) no Brasil.  O número é estimado, já que há muitos indivíduos que possuem a TEA, entretanto, não têm consciência do fato - a porcentagem de pessoas nessas condições apenas cresce e, muitas delas, descobrem essa característica apenas quando adultos.

Para minimizar as dificuldades proporcionadas pela TEA, é muito importante que os sinais do transtorno sejam identificados logo no início. Um erro comum é acreditar que o diagnóstico pode ocorrer apenas quando a criança está com três anos ou mais. Quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, mais rapidamente começarão as intervenções e estimulações precoces, um processo fundamental para que a criança consiga desenvolver as habilidades cognitivas, sociais e de linguagem. 

Segundo a Dra. Fabiele Russo, neurocientista e fundadora do Neuroconeta, considerada como a maior plataforma sobre TEA do Brasil , o diagnóstico do TEA é clínico, baseado em evidências científicas, de acordo com os critérios estabelecidos pelo DSM–V (Manual de Diagnóstico e Estatístico da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-11 (Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde – OMS). Sendo assim, não existe um exame específico que identifique o autismo.

O diagnóstico precoce é um dos temas principais que serão debatidos no 6o CONOTEA - Congresso Online de Transtorno do Espectro Autista, considerado como um dos mais importantes do segmento. 

“Os sinais de autismo são amplos e voltados à comunicação social, reciprocidade social e comportamentos restritos e repetitivos. Mas, é impossível a exclusão da individualidade de cada pessoa, já que muitas vezes, a criança não apresenta todos os sinais comuns”, explica a neurocientista, que lista os cinco comportamentos mais comuns de serem identificados em crianças por familiares, que podem ser encaminhados para consultas com especialistas em TEA.

 

  • Dificuldade de contato visual 

“A criança não olha quando é chamada pelo nome ou não sustenta o olhar - também pode ter dificuldade em respostas, isso por conta de uma sensação de desconforto quando expostas a estímulos sociais”, explica a médica. É importante que seja realizado um rastreamento visual. A criança precisa olhar para o objeto mesmo quando ele é deslocado, ou se ela vai se perder. Pessoas nessas condições costumam olhar para objetos, e não nos olhos daqueles que se referem a ela.

 

  •  Dificuldade de interação 

Muitas crianças e adultos autistas apresentam dificuldades na interação social e precisam de ajuda para aprender a agir em diferentes tipos de situações sociais.“É comum que o autista tenha dificuldade de entender outras pessoas, como expressões faciais ou linguagem corporal, além de não gostarem tanto de contato físico e afetivo", coloca Fabiele. Estes também não gostam de compartilhar objetos e preferem brincar sozinhos - por conta disso, sentem mais dificuldade de fazer amigos

 

  •  Dificuldade de transições 

É comum o desconforto ao sair do cotidiano e da rotina, isto para todas as pessoas, sendo neuróticas ou atípicas. Entretanto, os autistas têm dificuldade em mudar de atividades com mais intensidade: “A criança neurotípica, geralmente, encerra uma atividade e começa outra sem dificuldade ou choros ``, exemplifica Fabiele.

 

  •  Dificuldade de controle motor 

Muitas crianças com autismo apresentam dificuldades na coordenação motora, como o olhar e direcionamento para a ação ou realizar brincadeiras simples que exijam a coordenação como pegar objetos. Também, os autistas podem realizar movimentos, comportamentos e/ou atividades desencadeadas de maneira involuntária e repetitiva. “Com isso, podem chacoalhar as mãos, balançar-se para frente e para trás, correr de um lado para outro, pular ou girar sem motivos aparentes - os movimentos podem se intensificar em momentos de felicidade, tristeza ou ansiedade”, esclarece a médica. 

 

  • Comportamentos sensoriais atípicos 

Autistas podem ter uma sensibilidade maior aos estímulos do ambiente ou ainda uma sensibilidade muito menor em relação aos neurotípicos. “Quando há hipersensibilidade, a pessoa percebe os estímulos do ambiente com mais facilidade. Já quem tem hipossensibilidade precisa de bastante excitação ou esforço para sentir o estímulo”, comenta Fabiele. É comum pessoas com autismo apresentarem questões sensoriais e se sentirem incomodadas com sons, luzes, texturas, movimentos, toques e sabores - isso pode levar a crises. 

 

CONOTEA


Magnésio é o poderoso mineral que traz harmonia para o corpo

O magnésio atua em funções básicas, promovendo o desenvolvimento dos ossos, tecidos e músculos


A quantidade de magnésio no corpo deve ser motivo de atenção para aqueles que buscam estar em dia com a saúde. Entre os especialistas, o magnésio é conhecido como o mineral do músculo, mas sua atuação envolve múltiplas funções, estando envolvido em mais de 600 reações bioquímicas do nosso organismo.  

O magnésio é um dos reguladores da contração muscular e também contribui para a formação de trifosfato de adenosina (ATP), uma molécula utilizada como fonte de energia para o corpo. Então, para que essa síntese de ATP ocorra de forma ideal, é de suma importância manter hábitos saudáveis no dia a dia.  

A falta do mineral pode gerar problemas intestinais que colocam em desordem todos os outros sistemas funcionais da estrutura física. De acordo com diversas pesquisas, o magnésio relaxa a musculatura do trato digestivo, incluindo a da parede intestinal que controla a capacidade de eliminação das fezes. O mineral ajuda ainda a neutralizar o ácido do estômago e a mover as fezes no intestino.  

Níveis baixos podem ser decorrentes de uma alimentação inapropriada ou por falta de vitamina D, que está relacionada à absorção do mineral. Os sintomas de carência costumam ser percebidos principalmente em idosos, mas qualquer pessoa pode ser afetada. Nesses casos, alimentos ricos em magnésio, como folhas verdes, spirulina, clorella, cacau, gergelim e amêndoas são um ótimo ponto de partida para reposição. 

Em conjunto com uma alimentação balanceada, a suplementação pode ser uma importante estratégia nutricional. Vale lembrar que o transporte de energia e a síntese de proteínas são facilitados pela ingestão de magnésio, o que fortalece a saúde intestinal. 

“De acordo com a idade e o sexo, a recomendação diária de magnésio pode variar, podendo ser alcançada por intermédio de uma alimentação equilibrada e, em muitos casos, facilitada pelo auxílio da suplementação, como a do Bio Magnésio, que oferece a forma magnésio bisglicinato, altamente biodisponível”, indica a nutricionista da Puravida, Alessandra Feltre. 

A nutricionista destaca, ainda, que a suplementação de magnésio em crianças, gestantes e lactantes deve ser realizada apenas com a recomendação de uma equipe multidisciplinar. Pessoas que apresentam condições de saúde especiais também devem realizar a consulta com um médico antes de iniciar o consumo

 

Puravida


Psoríase, rosácea e micose são doenças agravadas pelo encolhimento das células no frio



Jovem com doença de pele agravada pelo frio, tendo a vermelhidão é consequência desse ressecamento
Divulgação

 Inverno permanece até final setembro no calendário, provocando o ressecamento e intensificando doenças de pele

 

Com a baixa umidade do ar e a temperatura em queda, há uma diminuição na nossa transpiração corporal, deixando a pele naturalmente mais seca. Flávia Villela, médica especialista em dermatologia, explica que o corpo reduz a produção do suor e há menos ativação das células que abrangem o manto hidrolipídico, conhecido como uma barreira de proteção, um escudo fino responsável por manter a integridade da pele. 

Um estudo publicado no British Journal of Dermatology revelou que o ressecamento da pele no inverno é causado pelo encolhimento das células durante o frio, prejudicando a filagrina, proteína essencial para a proteção e, assim, diminuindo a hidratação natural da pele.

As mudanças climáticas bruscas são características dessa estação do ano, e os fatores como a baixa umidade do ar, ventos fortes, clima frio e seco fazem com que a população no geral, fique em estado de alerta com a saúde.

“A proteção e hidratação da epiderme, camada mais superficial da nossa pele, deve ser prioridade. Afinal, é a camada mais exposta, que está sempre em contato com o ambiente’’, reforça a médica especialista em dermatologia.

Sendo assim, os sintomas das alergias ou dermatites e eczemas (pele irritada) também são acentuados. Por isso, as práticas e cuidados com a pele demandam destaque na rotina e muita cautela no tratamento. ‘’Entrando afundo nos quadros mais comuns agravados pelo inverno, estão psoríase, ictiose, rosácea, eczema e micose. Essas infecções ou doenças escolhem a pele vulnerável, a pele mais seca, que é de fato mais propensa a coceiras, irritabilidade levando a vermelhidão, descamação e até o surgimento de pequenas bolhas pelo corpo.

Depois do ressecamento, é provável que ocorra a sensibilidade da pele, outro incômodo que completa a secura da temporada. E, ao perceber alterações no aspecto da pele, recomendo que o paciente vá a uma consulta com o dermatologista para verificar os desdobramentos do problema, e justamente, as medidas que precisam ser intensificadas para controlar o quadro’’, complementa a especialista.

Portanto, a saúde da pele não pode passar despercebida. É preciso redobrar os cuidados quanto a qualidade da pele e intensificar os tratamentos dermatológicos, se necessário. Durante o período, os pacientes devem seguir as recomendações médicas a fim de se proteger do frio, evitar seus danos e consequências.


Como reverter o ressecamento

As mudanças climáticas bruscas são características dessa estação do ano, e os fatores como a baixa umidade do ar, ventos fortes, clima frio e seco fazem com que a população no geral, fique em estado de alerta com a saúde.

Para reverter o agravamento do quadro é preciso ressignificar a rotina, por exemplo, banhos muito quentes e o uso de buchas e sabonetes nas áreas afetadas geram atrito, assim como alguns tipos de tecidos sintéticos aderidos no frio. A partir dessas alergias, Flávia Vilella reforça: ‘’o paciente também deve hidratar a pele do corpo e rosto pelo menos duas vezes ao dia, e ainda caprichar na ingestão de líquidos, hábito esquecido normalmente até no verão, mas que conserva a hidratação da pele e de todo o organismo, de dentro para fora’’, finaliza ela.


Micobactérias não tuberculosas podem causar sequelas pulmonares irreversíveis

 Com agilidade e precisão, exames moleculares detectam diversas doenças e surtos infecciosos em ambientes hospitalares


A incidência de infecções causadas por micobactérias não tuberculosas (MNT), microrganismos que colonizam o solo e a água, tem aumentado com o decorrer do tempo e diagnosticá-las corretamente é cada vez mais importante. Anteriormente denominados também como micobactérias atípicas, a doença causada por esses microrganismos pode ser confundida com tuberculose e os indivíduos imunocomprometidos são os mais prejudicados, como aqueles que realizaram transplantes, tratamentos oncológicos e possuem doenças autoimunes.

“Como essas micobactérias não tuberculosas vivem no meio ambiente, dependendo da região geográfica, encontramos diferentes espécies e isso resulta em uma variação na questão da incidência dessas doenças. No Brasil, regiões que estão no litoral têm uma incidência diferente daquelas que estão no interior, exatamente pelo fato de termos clima, umidade e temperatura diferentes. Há espécies que gostam mais de determinado clima do que de outro”, explica Érica Chimara, diretora técnica e pesquisadora do Núcleo de Tuberculose e Micobacterioses do Instituto Adolfo Lutz.

Embora nem todas as 195 espécies de micobactérias não tuberculosas sejam patogênicas e sua magnitude não seja totalmente compreendida, elas são relevantes do ponto de vista da saúde pública, pois podem provocar diversas doenças. Além disso, ao serem confundidas com a tuberculose, frequentemente geram sequelas pulmonares irreversíveis e irreparáveis e retratamentos por recidiva, ressalta o Ministério da Saúde. Para minimizar os danos causados pelas MNT, a Mobius Life Science desenvolveu testes moleculares de alta sensibilidade que diferenciam a tuberculose das micobactérias mais frequentes em seres humanos.

Ao contrário dos testes convencionais, o GenoType Mycobacterium CM e o GenoType Mycobacterium AS (RUO) apresentam resultados rápidos e precisos a partir de amostras de cultura, possibilitando a adequação do tratamento dos pacientes e evitando a piora das infecções. O GenoType Mycobacterium CM é baseado na tecnologia de PCR e DNA-STRIP e detecta o complexo M.tuberculosis e 24 espécies de MNT clinicamente relevantes em um único procedimento. Guiado pela mesma tecnologia, o GenoType Mycobacterium AS (RUO) detecta o complexo M.tuberculosis e 19 espécies de MNT em um único processamento. A alta sensibilidade de ambos permite até mesmo a detecção de culturas fraco-positivas e culturas mistas de micobactérias de crescimento rápido e lento. 

Doença pulmonar e linfadenite estão entre as patologias causadas pelas micobactérias não tuberculosas

 As espécies de MNT têm sido isoladas de diversas fontes ambientais (água, solos, poeiras e materiais vegetais) e/ou de animais e as infecções podem ser adquiridas diretamente do meio ambiente, pelo contato com materiais contaminados ou por inalação de aerossóis de matérias contendo os microrganismos. Assim, as micobactérias podem estar presentes em redes de distribuição de água, encanamentos e sistemas de água de hospitais, centros de hemodiálise, e em materiais de centros cirúrgicos e consultórios dentários devido à grande resistência  aos agentes desinfetantes utilizados. 

As manifestações clínicas são inespecíficas e incluem principalmente falta de ar (dispneia), tosse com secreção, febre, diminuição da força física (astenia) e tosse com sangue e escarro (hemoptise). Entre as principais enfermidades geradas pelas micobactérias não tuberculosas, estão a doença pulmonar, doença disseminada, linfadenite, doença cutânea, subcutânea e óssea, ceratite (inflamação da córnea) após procedimentos cirúrgicos e infecções de tecidos moles. O tratamento leva, no mínimo, um ano e varia conforme a espécie de micobactéria. Como não existe um sistema de notificação obrigatória de micobactérias no Brasil, exceto quando elas ocorrem após procedimentos invasivos, há poucos dados oficiais sobre o tema. O Sistema de Informação de Tratamentos Especiais da Tuberculose (SITE-TB) registrou 2.731 casos novos de doença pulmonar provocada por MNT entre 2013 e 2019, sendo que a micobactéria com maior incidência no período foi a M. kansasii, com 622 casos, seguida de espécies do Complexo M.Avium e do Complexo M. abscessus, com 612 e 339 casos, respectivamente.

 A região Sudeste teve o maior número de notificações, com 1.555 casos novos, sendo que os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro reportaram 914 e 465 casos novos, respectivamente. A região Sul notificou 461 casos novos e 213 deles ocorreram no Rio Grande do Sul. Já o Nordeste notificou 374 casos novos, o Norte registrou 215 casos novos e o Centro-Oeste reportou 126 casos novos.

Teste padrão não realiza diagnóstico assertivo

 Um dos principais métodos de diagnóstico para detectar micobactérias é a baciloscopia. No entanto, o exame detecta apenas o bacilo e não realiza a diferenciação entre as espécies de micobactérias. “Quando fazemos uma baciloscopia e visualizamos o bacilo, o médico entra com o tratamento padrão para tuberculose. Depois é feita a identificação e é verificada qual é essa micobactéria. A maioria é tuberculose, mas pode ser outra. O médico precisa fazer uma mudança de diagnóstico e, dependendo de qual for a espécie identificada, vai adequar o tratamento. O tratamento para tuberculose não será eficiente, ele não vai matar essa bactéria caso seja uma micobactéria não tuberculosa. Por isso, existe a importância da identificação. Usamos os kits de identificação como os proporcionados pela Mobius porque determinadas espécies possuem um determinado tipo de tratamento”, esclarece Érica.

Com a ineficácia do tratamento, a tendência é que os profissionais acreditem que se trata de uma tuberculose resistente a medicamentos e o paciente não será curado porque não receberá o protocolo indicado. “É imprescindível que seja feita a identificação da micobactéria. Os kits da Mobius identificam as micobactérias mais frequentes. Elas são naturalmente resistentes ao esquema terapêutico usado para a tuberculose. Enquanto o tempo de tratamento para a tuberculose é de seis meses, para as micobactérias é de pelo menos um ano”, completa.

Surtos infecciosos em ambientes hospitalares

 Além de uma variedade de doenças, as micobactérias não tuberculosas acarretam surtos infecciosos em hospitais. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), muitos relatos de surtos de infecções iatrogênicas (decorrentes de tratamentos médicos) têm sido reportados. Eles são associados à água contaminada utilizada na limpeza de instrumentos médicos.

“Temos um problema bem grande quando falamos de micobactérias não tuberculosas e de contaminação em hospitais, por procedimentos cirúrgicos e estéticos. Já tivemos vários surtos no Brasil porque a micobactéria está no meio ambiente e, se não tiver um material cirúrgico esterilizado, podemos colocar a micobactéria naquele paciente que está se submetendo àquele procedimento por meio dos instrumentos. Por exemplo: já tivemos muitos surtos em cirurgias oculares porque o instrumental do médico passa por uma desinfecção que mata bactérias e vírus, mas muitas micobactérias sobrevivem àquele período de tempo e à temperatura usada no processo. Em cirurgias de redução de estômago, lipoaspiração, em que o material teve uma descontaminação de alto nível, a substância química normalmente mata vírus e bactérias, mas não mata as micobactérias não tuberculosas. Para evitar a contaminação do paciente, é preciso fazer a esterilização completa do material. A Anvisa já fez modificações em processos de esterilização por conta desses surtos”, salienta Érica.

De acordo com a Anvisa, entre 1998 e maio deste ano, foram identificados 3.042 casos de micobactérias não tuberculosas de crescimento rápido (MCR), que causam a maioria dos eventos adversos relacionados aos cuidados com a saúde. Os principais sintomas verificados nos pacientes atingidos pelas MCR foram secreção, dor, manchas vermelhas na pele, alteração na circulação sanguínea, edema e dificuldade de cicatrização. Em relação à distribuição de casos, a maioria ocorreu em mamoplastias com colocação de prótese, lipoaspiração e injeção de enzimas subcutâneas. A micobactéria que mais predominou foram as pertencentes ao Complexo M.fortuitum, seguida pelo Complexo M.abscessus.

Entre 2014 e 2021, 92% dos casos ocorreram no sexo feminino e isso se explica porque a maioria é relacionada a procedimentos estéticos, que são realizados principalmente por mulheres. A mamoplastia com colocação de prótese foi responsável por 57% das notificações. A Anvisa destacou que existe uma subnotificação dos casos e isso gera uma vigilância deficiente das infecções, prejudicando a adoção de medidas de prevenção e controle das micobactérias.

 

Mobius Life Science

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Contraceptivos orais hormonais e outros fatores podem aumentar o risco de tromboses em mulheres

Pílulas anticoncepcionais à base de estrógenos aumentam duas a seis vezes mais chances de mulheres desenvolverem tromboses do que aquelas que não tomam este tipo de contraceptivo; saiba o porquê


As pílulas anticoncepcionais à base de estrógenos aumentam as chances de as mulheres desenvolverem coágulos sanguíneos (tromboses) de duas a seis vezes mais do que as mulheres que não tomam a pílula. Além do controle de natalidade com uso deste tipo de contraceptivo, outros fatores também aumentam o risco de tromboses nas mulheres. Estes outros fatores incluem histórico familiar ou pessoal de coágulos sanguíneos ou distúrbio de coagulação do sangue; parto por cesariana; imobilidade prolongada devido, por exemplo, a um repouso mais longo que o usual no leito antes da gravidez ou na recuperação pós-parto; e certas condições médicas de longo prazo, como doenças cardíacas ou pulmonares ou diabetes. Na vigência destas condições, mulheres devem consultar seus médicos quanto à possibilidade de medidas para reduzir este risco.

Segundo o dr. Erich Vinícius de Paula, médico hematologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp), a gravidez também coloca as mulheres sob maior risco de desenvolver tromboses. “O risco de mulheres desenvolverem um coágulo sanguíneo nas veias, o que chamamos de trombose venosa, é cerca de quatro vezes maior durante a gravidez e até seis semanas após o parto. Cerca de uma em cada mil mulheres grávidas desenvolverá tromboses venosas, e esse risco aumenta à medida que envelhecem e a cada nova gravidez”, explica.

Durante a gravidez, o sangue da mulher coagula mais facilmente, o que é entendido como uma forma natural de diminuir a chance de perda de sangue durante o trabalho de parto. As mulheres grávidas também podem apresentar alterações no fluxo sanguíneo para as pernas nas fases mais tardias da gravidez, porque o bebê em crescimento pressiona os vasos sanguíneos ao redor da pélvis, lentificando o fluxo sanguíneo, o que aumenta o risco de trombose. Além disso, a limitação ou falta de movimento devido ao possível repouso no leito após ou durante o parto também limita o fluxo sanguíneo normal nas pernas, e contribui para o maior risco de trombose na gravidez.

“As mulheres na menopausa também enfrentam um risco aumentado de coágulos sanguíneos. Durante a menopausa, os ovários gradualmente param de produzir hormônios que regulam o ciclo reprodutivo. Quando os ovários das mulheres perdem a função, estrogênio, progesterona e testosterona não são mais produzidos. Uma diminuição desses hormônios faz com que as mulheres possam apresentar ondas de calor, dores nas articulações, fadiga, alterações de humor, ansiedade e uma ampla gama de outros sintomas. Diante deste quadro, elas podem usar a terapia de reposição hormonal à base de estrógenos, que se utilizados em altas doses também aumentam o risco de trombose venosa”, ressalta dr. Erich.

Saiba mais sobre a trombose

A trombose venosa profunda (TVP) é um coágulo de sangue que se forma em uma veia profunda do corpo. Esse tipo de coágulo sanguíneo ocorre quando algo diminui ou altera o fluxo sanguíneo, fazendo com que o sangue se aglutine e coagule. Se um fragmento deste coágulo se desprende e viaja pela circulação, ele pode se alojar nos pulmões, o que é conhecido como embolia pulmonar (EP), uma condição grave e que pode ser fatal. Juntos, TVP e EP são conhecidos como tromboembolismo venoso (TEV). Muitas mulheres famosas desenvolveram uma trombose venosa profunda (TVP) ou uma embolia pulmonar (EP). Uma delas é Serena Williams, tenista profissional americana.

Entre três e nove mulheres em cada 10 mil que tomam pílulas anticoncepcionais orais, nos EUA, por exemplo, desenvolverão uma trombose potencialmente fatal. Enquanto isso, para aquelas que não estão em controle de natalidade, a probabilidade de desenvolver um coágulo sanguíneo é de um a cinco em cada 10 mil mulheres. Mais de 60 milhões de mulheres entre 15 e 44 anos naquele país usam alguma forma de contracepção ou controle de natalidade.

Especialistas ligados ao Dia Mundial da Trombose, celebrado anualmente em 13 de outubro para alertar e informar sobre a doença, recomendam que as mulheres sejam proativas e conheçam os sinais e sintomas desta doença, e os fatores de estilo de vida que podem aumentar suas chances de desenvolver tromboses. Conhecer os sinais e sintomas de uma trombose, e quando procurar atendimento médico pode salvar vidas, e estes incluem inchaço do membro afetado, dor ou sensibilidade não causada por lesão e pele quente ao toque, vermelha ou descolorida. Já os sinais e sintomas mais comuns de uma embolia pulmonar (EP) são: dificuldade para respirar, dor no peito que piora com respiração profunda ou tosse, tossir sangue e batimento cardíaco mais rápido que o normal ou irregular.


Sobre o Dia Mundial da Trombose

No dia 13 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Trombose, que tem como objetivo aumentar a consciência sobre a trombose entre profissionais da saúde, pacientes e entidades do governo e do terceiro setor. No entanto, devemos estar em alerta para essa afecção todos os dias. Em âmbito global, a campanha desta efeméride é liderada pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (SITH) e, no Brasil, por entidades médicas, entre as quais se destaca a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). Para saber mais, acesse https://www.worldthrombosisday.org/ e também o site da SBTH: https://www.sbth.org.br/.


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