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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Os desafios do primeiro emprego



É bastante comum o debate sobre primeiro emprego sob o ponto de vista de quem o procura. Certamente, trata-se de um momento difícil para o jovem que busca entrar no mercado de trabalho. No entanto, há também desafios para quem contrata uma pessoa sem experiência profissional. Se o jovem encontra dificuldades, as empresas também precisam se preparar para receber esses 'calouros'.

Sabemos que uma integração bem feita nos primeiros meses é fundamental para o sucesso de um profissional em um novo emprego. Imagine-se então quando esse profissional está dando os primeiros passos em seu primeiro emprego. É preciso criar um ambiente favorável para receber jovens sem experiência prévia. Se esse 'recém-nascido profissional' não encontra apoio em seu ambiente de trabalho, seu desempenho e desenvolvimento estarão seriamente comprometidos. Por isso, para ser uma porta de entrada para o primeiro emprego formal é preciso, também, ser uma empresa acolhedora.

Quem frequenta a rede McDonald's já deve ter percebido a versatilidade de nossos gerentes, que sabem fazer de tudo dentro de um restaurante. Quase todos começaram na função de atendente e cresceram exercendo as diversas posições da nossa estrutura. Essa possibilidade de carreira vem do treinamento e do aprendizado permanentes que acompanham nossos profissionais em todos os seus momentos dentro da companhia. Os novos atendentes são treinados por seus superiores e, também, pelos seus próprios colegas. E logo ele também treinará seus colegas. Esse interesse pelo crescimento mútuo é fundamental para o sucesso deles.

Assim, voltando ao ponto que abriu esse bate-papo: não fosse por esse DNA de primeiro emprego e desenvolvimento contínuo, de nada adiantaria termos as mais modernas ferramentas de atração de talentos.

E a fórmula tem dado certo. Somente no ano passado, contratamos 14 mil jovens, ou cerca de 20 pessoas por dia. Desse total, grande parte é indicada pelos nossos atuais e ex-funcionários, que veem na companhia uma boa oportunidade profissional para os seus parentes e amigos. O resultado disso é a formação de uma grande família em cada restaurante, cujo bom funcionamento é testemunhado diariamente por mais de 2 milhões de clientes.

Uma companhia que tem como bandeira ser a porta de entrada para jovens também deve ter um plano de carreira apoiado por programas permanentemente atualizados que façam sentido para esse público. Recentemente, por exemplo, percebemos no McDonald's que era importante oferecer conteúdo de empreendedorismo, um dos principais temas de interesse dos jovens, na plataforma educacional da Universidade do Hambúrguer. Dessa forma, nasceu o Aperte o Play!, que incentiva os profissionais a terem autonomia para escolher qual caminho trilhar – dentro ou fora da empresa.

Sim, porque junto com os jovens, recebemos também os seus projetos, sonhos e aspirações, que podem ser de longo ou curto prazo. E ao recebê-los para a sua primeira experiência profissional, também devemos estar preparados para a sua partida. Mas esse pode ser o tema para um próximo bate-papo.





Marcelo Nóbrega - diretor de Recursos Humanos do McDonald's Brasil





Eficiência energética: atenção ao ar condicionado no verão

O panorama da situação elétrica do país está para mudar. Já a partir de janeiro de 2018, os consumidores de baixa tensão, por exemplo, poderão aderir à tarifa branca nas contas de luz, uma nova opção anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Além disso, quando se fala da época mais quente do ano, preocupações como as ligadas ao ar condicionado também estão inclusas nas contas, e as mudanças para eficiência energética dos equipamentos já estão começando a entrar em voga.

O caso é que mudanças precisam ser feitas, estão sendo discutidas por órgãos e governo constantemente, e serão aplicadas por uma necessidade real do país. Algo que denota bem essa situação é que em 2017 não houve racionamento de energia, por exemplo, não porque os sistemas de produção estavam 100%, mas muito porque o consumo de energia caiu, e isso por culpa da retração econômica.

Talvez a maioria se lembre bem de 2001 quando houve um racionamento sério, ou mesmo de anos mais próximos, onde sobretudo no começo do ano os níveis das represas eram anunciados diariamente, várias vezes ao dia. Contudo, foi em 2001 que começou uma busca por diversificar a matriz energética e expandir as linhas de transmissão. No entanto, ainda dependemos muito da energia hídrica. O volume de chuvas entre dezembro e abril é que geralmen
te determina a retomada de produção e consumo para 2018.

De toda a energia elétrica produzida no Brasil, hoje, entre 60% e 70% vem de hidrelétricas, o que já diminuiu muito dos 95% de alguns anos atrás. Existem investimentos em termelétricas, energia nuclear e fontes alternativas, como eólica, biomassa e solar que suprem o restante, e elas já tomam mais responsabilidade hoje em dia. 

Nesse cenário, o profissional que projeta instalações - como as de ar condicionado, por exemplo, que consome muita energia, é muito usado no período em que estamos - é fundamental. É necessário possuir qualificação, se renovar assim como normas e tecnologias. É preciso ser especialista de verdade. Quando se tem um profissional que atende a essas demandas, cuidando de um projeto, o consumidor pode ter certeza de que está fazendo o máximo pelo seu bolso, pelo meio ambiente (já que o consumo de energia impacta a natureza) e pelo futuro.

Profissionais da área estão sempre ligados a discussões do tipo para evitar a falta no presente e no futuro. A gestão da energia é um assunto que deveria preocupar profissionais de todas as áreas que demandam seu uso (basicamente todos), pois já não trabalhamos sem uso de tecnologias elétricas, e é preciso levar em conta o consumo, na fabricação de novos produtos, na normatização e na eficiência na hora de operar os equipamentos. 

Cito o ar condicionado, por ser minha área de expertise, mas o cuidado com a energia é fundamental no cenário atual. Não é só pela economia gerada. O preço está diretamente ligado ao quanto de energia se possui, e em momentos em que ela falta, em que ocorrem apagões, por exemplo, todos sofrem com muito mais problemas do que a conta a se pagar. É preciso investir, não só na diversificação das matrizes, mas sobretudo no equipamento e seu consumo.





Plínio Ely Milano - palestrante de eventos realizados pelo Departamento Nacional de Projetistas e Consultores-Abrava.





Como prospectar clientes?



 A primeira etapa do processo de venda e uma das mais importantes é a prospecção. Por incrível que pareça, porém, é uma das fases em que os vendedores têm mais dificuldades. Isso acontece por questões técnicas, como falta de planejamento, habilidades e estratégias, ou por questões comportamentais, como o medo da rejeição. 

Portanto, para não ter erros, vamos começar na compreensão do verdadeiro sentido da palavra prospecção: originário do latim prospectione, significa a ação de pesquisar. É um termo do âmbito da geologia, usado para descrever os métodos usados para descobrir os filões ou jazidas de uma mina. Mas, qual é a relação disso com o mercado de vendas? 

Na nossa área, as jazidas representam as buscas de negócios em um determinado mercado, que podem ser um território específico a ser explorado ou até mesmo uma carteira de clientes. É comum as pessoas associarem prospecção apenas à procura de nova clientela, mas aqui vamos considerar prospecção como todo esforço na busca de oportunidades. Ou seja, um prospect ou clientes da carteira que podem estar ativos e inativos.

Após a compreensão desse significado, é preciso traçar a meta e, em seguida, definir qual será a estratégia para alcançá-la. Alguns profissionais atuam apenas com o foco em novos negócios, outros já têm uma carteira específica e precisam potencializá-la, com as oportunidades mapeadas e trabalhadas. Em boa parte dos casos, o vendedor precisa fazer uma mescla do esforço entre a busca de clientes novos e as oportunidades na carteira. 

Quando a prospecção ocorre na carteira de clientes, não importa o quanto ele está preparado para prospectar, o primeiro passo sempre vai ser ter uma visão sobre as oportunidades a serem exploradas. Sugiro uma análise do potencial da carteira em questão com o cruzamento do mix de produtos - linhas existentes no portfólio versus clientes.

Já na prospecção de novos clientes, é imprescindível definir o esforço necessário de contatos.  Se o vendedor, por exemplo, precisa de dez prospects para conseguir um cliente novo e a meta é conquistar 5 clientes, será necessário fazer 50 prospecções, pois a taxa de conversão é de 10%.

Porém, na medida em que são realizadas as prospecções, as habilidades são desenvolvidas e as formas de buscar oportunidades e conseguir a atenção dos potenciais clientes, aprimoradas. Assim, é possível evoluir na taxa de conversão para 20% - ou seja, a cada dez prospects, dois fecham o negócio, a cada 25, cinco fecham negócio e assim por diante.

Quando comecei na minha carreira, tinha receio de prospectar por ouvir muitos não. Com a experiência adquirida, percebi que a negativa eu já tinha e, portanto, precisava buscar o sim com estratégias e técnicas. Se essa evolução ainda não aconteceu com você, invista em melhorar a performance na prospecção. Mas, antes, lembre-se de medir o seu empenho. O segredo da prospecção não está apenas na ação, mas no planejamento do esforço.







Carlos Cruz - diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas) - www.ibvendas.com.br




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