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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Brasil apresentará nesta semana, no Uruguai, pesquisa propondo eliminar a vacinação contra a febre aftosa




O presidente do Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa–GIEFA, Sebastião Guedes, viaja nesta semana para Punta del Este (Uruguai) para participar do encontro  da Comissão Sulamericana de Luta contra a Febre Aftosa. Entre os dias 7 e 8, os líderes dos criadores e autoridades sanitárias do continente irão avaliar os atuais índices de incidência da aftosa nos principais países detentores de rebanhos bovinos da América do Sul.


Na oportunidade, Guedes, que também é o vice-presidente do CNPC – Conselho Nacional da Pecuária de Corte, vai apresentar uma pesquisa iniciada em novembro último durante o fórum “2020 – O Futuro do Brasil sem Aftosa”, realizado em São Paulo com a presença de quase uma centena de representativas entidades da agropecuária brasileira e de lideranças do setor privado do Paraguai e Bolívia.


A referida pesquisa, cuja tabulação foi encerrada em Março, aponta que mais de 90% dos pesquisados desejam o fim progressivo da vacinação dos plantéis nacionais até 2020, pois consideram que a aftosa já está praticamente erradicada na maior parte do País e que, sem a vacinação, os pecuaristas poderão expandir as receitas com seus rebanhos e fazer com que se tornem mais competitivos no mercado mundial de carne bovina  no chamado “segmento ou circuito  não-aftósico”. Atualmente, o Brasil não participa desse mercado, hoje avaliado em U$ 12 bilhões, devido à insegurança dos países importadores – como Japão, Coréia do Sul, Singapura, México, Estados Unidos e Canadá entre outros – que não compram carne resfriada ou congelada de países que ainda usam a vacinação, pois têm dúvidas sobre a ocorrência  da aftosa no gado vacinado.


O Brasil pode seguramente ampliar a área livre de aftosa sem vacinação, pois 84% do nosso rebanho estão em estados de 10 a 22 anos sem ocorrência de focos. A vacinação pode ser retirada principalmente por áreas dos circuitos pecuários ou por redução em faixas etárias dos rebanhos. A expansão da área sem vacinação deverá também ampliar as exportações de carne suína para atraentes mercados importadores, onde o Japão ocupa grande destaque.


Pesquisas conduzidas pelo PANAFTOSA demonstram ausência de circulação viral no nosso continente. Para Guedes, hoje, a maior preocupação do setor pecuário é com a brucelose, raiva bovina, clostridioses   e outras doenças infecto contagiosas, e bem menos com a aftosa.

Saiba diferenciar H1N1 e outras doenças respiratórias nas crianças




 
Casos virais e alérgicos são mais propícios no outono que segue até 20 junho

Consultórios, postos de saúde e prontos-socorros ficam lotados de casos de doenças respiratórias e aumentam as internações, nesta época de outono. A alta dos registros de H1N1 e a incidência de resfriado, rinite, sinusite, otite e alergias são agravados com a poluição e as mudanças de temperatura, fatores típicos da estação.

“As doenças respiratórias variam de leves, como resfriado comum, até complicações como pneumonia bacteriana”, explica o Prof. Dr. Paulo Taufi Maluf Júnior (CRM/SP 21.769), do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas e do Hospital Sírio-Libanês.

Os sintomas da gripe comum são febre, dor de cabeça, dores por todo o corpo e catarro intenso e não devem ser confundidos com os do resfriado e das alergias respiratórias. No entanto, são muito parecidos com o da gripe H1N1. A gripe não tem tratamento e os medicamentos disponíveis agem para amenizar as manifestações, principalmente, se administrados bem no seu início.

O pediatra alerta ainda que as todas as crianças com idade entre 6 meses e 5 anos devem receber a vacina contra a gripe, principalmente aquelas que têm asma, rinite e otite frequentes ou doenças crônicas como diabetes e doenças cardíacas entre outras. “A gripe ou influenza é uma doença infectocontagiosa incapacitante que pode ter maior gravidade e até ser fatal se houver problemas respiratórios mais intensos. As crianças que têm asma e alergias são muito suscetíveis em vista do ar seco e da poluição mais densa”, explica o pediatra.

Segundo o médico, boa alimentação, higiene adequada, procura por ambientes de menor concentração de pessoas auxiliam na prevenção juntamente com a vacina, que tem eficácia de mais de 80%. O Dr. Paulo Maluf orienta que os pais fiquem atentos à atualização da caderneta de vacinação de seus filhos para evitar mais de quinze doenças que podem atingir as crianças em diferentes faixas etárias.

SP inicia vacinação antecipada de 532 mil profissionais de saúde contra gripe



Abertura da campanha de 2016 será realizada no Instituto Central do Hospital das Clínicas; funcionários de hospitais públicos e privados da capital e Grande São Paulo serão imunizados  

         A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realiza nesta segunda-feira, 4 de abril, a abertura da campanha antecipada de vacinação contra a gripe no hall do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

O evento marca o início da imunização de 532,4 mil profissionais de saúde de hospitais públicos e privados da capital e região metropolitana da grande São Paulo, que ocorre na primeira semana da campanha. Entre os dias 4 e 8 de abril, todos os serviços de saúde dos municípios da região receberão as doses para realizar as campanhas internas.

A imunização dos profissionais de saúde é a primeira medida prevista na antecipação da vacinação contra a gripe organizada pela Secretaria de Estado da Saúde. A população será vacinada gradativamente, começando pelos grupos prioritários. Nessa primeira etapa da campanha de 2016,  3,5 milhões de paulistas receberão as doses que protegem contra os vírus do inverno de 2016 (A/California (H1N1), A/Hong Kong (H3N2) e B/Brisbane).

A partir do dia 11 de abril, a vacinação será ampliada para demais grupos prioritários: crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos (982,8 mil), gestantes (179 mil) e idosos (1,83 milhão) da capital e grande São Paulo, totalizando quase 3 milhões pessoas protegidas contra os vírus.

Para as demais cidades do estado e outros públicos-alvo (doentes crônicos, puérperas, indígenas, funcionários dos sistema prisional e a população privada de liberdade), a campanha de vacinação contra a gripe deve seguir o calendário do Ministério da Saúde, com início previsto para o dia 30 de abril. 

“Vacinar inicialmente os profissionais de saúde é primordial para protege-los, devido ao contato direto com um grande número de pessoas que podem estar com os vírus. Precisamos garantir a integridade da saúde desses profissionais para continuar ofertando assistência adequada aos pacientes. Na sequência, o foco será imunizar  as crianças, gestantes e idosos, pois esses grupos prioritários são mais suscetíveis ao agravamento da doença”,  explica o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.

O Estado de São Paulo intensificou as medidas de proteção à população desde o dia 23 de março, quando deu início a vacinação extra em 67 municípios da região de São José do Rio Preto, utilizando doses remanescentes de 2015. O reforço da imunização é decorrente da prevalência do número de casos nessa área, em comparação ao total do território paulista. Ainda assim, todos os moradores dessas cidades que tomarem essa vacina também deverão ser vacinados durante a campanha nacional de 2016, pois as doses têm composições distintas.

Neste ano, até 29 de março, foram notificados 465 casos e 59 óbitos por SRAG no Estado de São Paulo atribuíveis ao vírus Influenza. Desse total, 372 casos e 55 óbitos foram relacionados ao vírus A (H1N1); em relação ao vírus B, foram 32 casos notificados e 2 óbitos. Em 2015, 342 casos de SRAG foram notificados em todo o Estado, sendo 190 relacionados ao tipo A (H3N2) e 43 ao vírus B. Do total de 65 óbitos registrados em 2015, 28 tiveram também relação com o A (H3N2) e 10 com o B. 

A vacina contra a gripe distribuída na rede pública é produzida pelo Instituto Butantan, unidade ligada à pasta, por meio de um processo de transferência de tecnologia. 

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