É
possível estipular um número individual de frequência cardíaca para cada um
Atividades físicas, principalmente aeróbicas,
tendem a aumentar muito a frequência cardíaca. Porém, esse acréscimo pode gerar
preocupação, afinal, como saber se os batimentos cardíacos estão acima do
normal ou dentro do padrão daquele exercício?
De acordo com o Dr. Carlos Hossri, cardiologista do Hcor, é possível
estipular a frequência cardíaca individual através de um cálculo e de zonas de
treinamento. “O cálculo preconizado é bem fácil, é só fazer 220 menos a idade.
Então, por exemplo, se você tem 40 anos (220-40), sua frequência cardíaca
máxima será 180 batimentos. Vale ressaltar que esse é um cálculo genérico, e
que a resposta da frequência cardíaca varia com o grau de condicionamento
físico, além da idade.”
Caso a pessoa esteja sedentária, é necessário começar aos poucos e
controlar a frequência cardíaca, principalmente no início da rotina de
exercícios, quando o corpo não está completamente condicionado. Para aferir os
batimentos é fácil: basta estar parado, de preferência, sentado em algum lugar,
e então com o dedo indicador e médio, procurar a pulsação na lateral do pescoço
e contar por 30 segundos. No final, deve-se duplicar o resultado para obter o
número.
Outra forma mais fácil é através de relógios (smartwatches) que
medem a frequência cardíaca e alertam quando ultrapassa a faixa de treinamento
programada. Para saber o momento ideal de aumentar a intensidade do exercício,
existem as 5 zonas de treinamento, que ajudam a mensurar a frequência cardíaca
máxima (FC máx) daquele tipo de exercício. O Dr. Carlos lista as zonas abaixo:
Zona 1: de 50% a 60% da FC máx. Esforço bastante leve. A respiração é
controlada e é possível conversar. Ideal para aquecimento ou recuperação.
Zona 2: de 60% a 70% da FC máx. Esforço leve a moderado, falar fica um
pouco mais difícil, mas possível. Nessa zona já ocorre melhora da capacidade
aeróbica.
Zona 3: de 70% a 80% da FC máx. Esforço moderado, a respiração fica mais
ofegante e fica difícil sustentar uma conversa.
Zona 4: de 80% a 90% da FC máx. A produção de ácido lático aumenta
bastante e sua remoção fica difícil, desta forma, não é possível conversar
durante esse esforço e a respiração fica mais intensa.
Zona 5: de 90% a 100% da FC máx. Esforço extremo, treino de tiro de
corrida, respiração muito intensa. Geralmente nessa zona a duração do esforço é
bem curta.
Um ponto importante é que quem está pensando em começar uma
atividade física deve realizar uma avaliação pré-participação esportiva, independente
da idade, mas sobretudo pessoas acima dos 40 anos. Nesse check-up, será
realizada uma história clínica (anamnese), exame físico e podem ser solicitados
exames complementares de acordo com a necessidade de cada um. Porém, um
eletrocardiograma é fundamental para todos aqueles que pretendem fazer
exercício físico.
“Indivíduos cardiopatas, com histórico familiar de infarto ou
outros problemas cardiovasculares devem ter uma prescrição de exercício
específica através da realização de Teste Cardiopulmonar, também conhecido como
Ergoespirométrico. Esse exame faz uma análise individual, sendo dessa forma
mais indicado tanto para cardiopatas, como para atletas profissionais. Vale
ressaltar que pessoas com cardiopatias precisam fazer exercício, pois isso faz
parte do tratamento, mas nunca sem passar no médico antes”, reforça.
Por fim, o Dr. Carlos dá uma dica importante: sempre que a pessoa
sentir algum desconforto cardíaco, por exemplo, dor no peito desencadeada por
esforço físico ou após a realização do mesmo, sensação de palpitação, falta de
ar, tontura ou desmaio ao realizar atividade física, a mesma deve ser
interrompida e a pessoa precisa procurar um cardiologista antes de continuar a
atividade física regular.
Hcor
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