Especialista explica como a IA pode
melhorar diagnósticos, otimizar atendimentos e auxiliar médicos sem substituir
o fator humano.
Um relatório da PwC revelou que a inteligência artificial pode
gerar economias significativas e aumentar a eficiência no setor da saúde. No
diagnóstico de demência, por exemplo, estima-se que o uso de IA na atenção
primária possa reduzir custos em até 8 bilhões de euros nos próximos dez anosao
permitir uma detecção mais rápida e precisa da doença.
Apesar dos avanços proporcionados pela IA, que vão desde
diagnósticos mais precisos até tratamentos personalizados, o tema ainda gera
dúvidas e desinformação. Será que a tecnologia pode substituir médicos? Os
diagnósticos feitos por máquinas são realmente confiáveis? A IA pode tornar o
atendimento mais impessoal?
Para esclarecer esses questionamentos, especialistas desmistificam
os três principais mitos sobre o uso da inteligência artificial na saúde e
explicam como a tecnologia pode beneficiar pacientes e profissionais. Confira:
1. A IA vai substituir médicos?
Uma das preocupações mais comuns é a possibilidade de a
inteligência artificial substituir profissionais da saúde. No entanto,
especialistas garantem que a IA não foi desenvolvida com esse fim, mas sim para
auxiliar em diagnósticos, otimizar fluxos de trabalho e permitir que os
profissionais foquem no atendimento humanizado.
“O papel da IA é tornar a medicina mais eficiente, ajudando
médicos a tomarem decisões embasadas e precisas. A tecnologia não substitui a
experiência e a sensibilidade do profissional, mas oferece suporte analítico,
agilizando diagnósticos e tratamentos”, explica Fabio Tiepolo, CEO da PsycoAI,
empresa especializada no desenvolvimento de inteligência artificial para o
setor de saúde e recursos humanos
2. Diagnósticos por IA são confiáveis?
Outro mito recorrente é a crença de que diagnósticos feitos por
inteligência artificial não são tão confiáveis quanto os realizados por
médicos. No entanto, estudos apontam que a IA tem demonstrado uma precisão
equivalente ou até superior à dos profissionais em algumas áreas.
Nos campos da radiologia e dermatologia, por exemplo, algoritmos
treinados com milhões de imagens médicas são capazes de detectar anomalias em
exames como ressonâncias magnéticas e tomografias com mais rapidez e precisão.
“A IA consegue identificar padrões que muitas vezes passam despercebidos ao
olho humano. Isso aumenta significativamente as chances de um diagnóstico
precoce, especialmente em doenças como o câncer”, afirma.
3. A tecnologia pode tornar o atendimento menos humanizado?
Embora a IA seja baseada em dados e automação, seu impacto na
experiência do paciente pode ser positivo. Com assistentes virtuais e
plataformas inteligentes, os pacientes podem ter suporte imediato para
esclarecer dúvidas, agendar consultas e até receber orientações personalizadas
sobre tratamentos, o que reduz filas de espera e melhora a experiência geral do
usuário.
“Sabemos que o contato humano é insubstituível, mas a tecnologia
pode tornar o atendimento mais acessível e eficiente. Muitos pacientes relatam
maior segurança ao saber que podem obter informações rapidamente, sem depender
de horários comerciais ou disponibilidade de profissionais”, complementa Fabio
Tiepolo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário