Analista aponta caminhos para
investidores garantirem estabilidade financeira no futuro
Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Serasa
mostra que 64% dos aposentados brasileiros consideram o valor
recebido pelo benefício menor do que o necessário, o que foi, para eles, motivo
de queda no padrão de vida. Uma das razões dessa percepção é a falta de
planejamento: 37% dos participantes da pesquisa admitem que não
se prepararam financeiramente para parar de trabalhar, enquanto 53% precisaram
continuar no ofício para complementar a renda. Dentre os que se planejaram, 70%
passaram a complementar o salário com outra renda cinco anos antes de se
aposentar.
Para a analista de investimentos especializada em fundos imobiliários, Maria Fernanda Violatti, confiar apenas no INSS para a aposentadoria é um risco. Com teto limitado, perda de poder de compra pela inflação e regras cada vez mais rígidas, depender exclusivamente do benefício público pode comprometer o futuro. A solução, para quem ganha o suficiente para guardar dinheiro, passa por planejamento e boas escolhas. “Precisamos começar desde cedo a construir as nossas reservas financeiras. Investir de forma inteligente é o caminho para garantir uma aposentadoria segura e confortável”, explica.
Maria Fernanda defende que ter uma estratégia sólida e assessoria de um profissional especializado é essencial: “Se alguém com 35 anos de idade investe R$ 2.500 por mês por 15 anos e reinveste todos os dividendos gerados nesse período, essa pessoa pode chegar a atingir uma renda de R$ 10 mil por mês. Parece uma realidade muito distante, mas com a composição da carteira correta esse é sim um plano possível”, conclui.
Sobre a pesquisa
O estudo realizado pelo Serasa em parceria com o Instituto Opinion
Box, que ouviu 1.052 brasileiros, aponta ainda que 37% dos aposentados têm
algum tipo de dificuldade para manter as contas essenciais em dia. Por isso,
53% deles continuam trabalhando a fim de complementar a renda.
Mesmo com o benefício, a preocupação com a vida financeira
continua em evidência: 48% sentem instabilidade financeira, 45% sentem que têm
maior risco de endividamento e 49% têm receio de precisar de ajuda. Além disso,
6 em cada 10 aposentados já precisaram buscar crédito ou empréstimo para
auxiliar nas despesas essenciais - entre os principais gastos desse grupo estão
alimentação (61%) e saúde (52%).
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