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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

É possível se aposentar com dividendos?

Analista aponta caminhos para investidores garantirem estabilidade financeira no futuro

 

Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Serasa mostra que 64% dos aposentados brasileiros consideram o valor recebido pelo benefício menor do que o necessário, o que foi, para eles, motivo de queda no padrão de vida. Uma das razões dessa percepção é a falta de planejamento: 37% dos participantes da pesquisa admitem que não se prepararam financeiramente para parar de trabalhar, enquanto 53% precisaram continuar no ofício para complementar a renda. Dentre os que se planejaram, 70% passaram a complementar o salário com outra renda cinco anos antes de se aposentar.
 



Para a analista de investimentos especializada em fundos imobiliários, Maria Fernanda Violatti, confiar apenas no INSS para a aposentadoria é um risco. Com teto limitado, perda de poder de compra pela inflação e regras cada vez mais rígidas, depender exclusivamente do benefício público pode comprometer o futuro. A solução, para quem ganha o suficiente para guardar dinheiro, passa por planejamento e boas escolhas. “Precisamos começar desde cedo a construir as nossas reservas financeiras. Investir de forma inteligente é o caminho para garantir uma aposentadoria segura e confortável”, explica. 

Maria Fernanda defende que ter uma estratégia sólida e assessoria de um profissional especializado é essencial: “Se alguém com 35 anos de idade investe R$ 2.500 por mês por 15 anos e reinveste todos os dividendos gerados nesse período, essa pessoa pode chegar a atingir uma renda de R$ 10 mil por mês. Parece uma realidade muito distante, mas com a composição da carteira correta esse é sim um plano possível”, conclui.

 

Sobre a pesquisa

O estudo realizado pelo Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, que ouviu 1.052 brasileiros, aponta ainda que 37% dos aposentados têm algum tipo de dificuldade para manter as contas essenciais em dia. Por isso, 53% deles continuam trabalhando a fim de complementar a renda. 

Mesmo com o benefício, a preocupação com a vida financeira continua em evidência: 48% sentem instabilidade financeira, 45% sentem que têm maior risco de endividamento e 49% têm receio de precisar de ajuda. Além disso, 6 em cada 10 aposentados já precisaram buscar crédito ou empréstimo para auxiliar nas despesas essenciais - entre os principais gastos desse grupo estão alimentação (61%) e saúde (52%).

 

Maria Fernanda Violatti - É especialista em fundos imobiliários, analista CNPI, ex-head de Fundos Listados no Research da XP Investimentos. Antes disso, passou pela SiiLA Brasil como Gerente de Análises e Tendências do Mercado Imobiliário Brasileiro. Formada em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia e em Engenharia Civil pela Fundação Armando Álvares Penteado, com posterior MBA em Real Estate pela Universidade de São Paulo (Poli-USP).



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