Sites falsos para cadastramento,
cobrança para filiação em entidades empresariais, propostas duvidosas de
empréstimos e e-mails com links maliciosos são táticas usadas pelos golpistas.
Saiba como se prevenirFreepik
O Sebrae alerta os
microempreendedores individuais (MEIs) para golpes que costumam ser aplicados
no início de ano, um período no qual os empresários precisam fazer ajustes em
suas obrigações fiscais e tributárias.
Segundo Lilian Callafange,
analista de políticas públicas do Sebrae, os golpistas se aproveitam do fato de
os empreendedores não estarem totalmente familiarizados com possíveis reajustes
em contribuições ou alterações legais e exploram essa fragilidade por meio de mensagens
fraudulentas sobre registros ou pagamentos, sempre com tom alarmistas,
destacando urgência e ameaças de multas e bloqueios.
Segundo a analista, os MEIs são
sistematicamente abordados por mensagens que oferecem descontos para pagamento
de tributos com uso do PIX, links falsos, cobranças indevidas, entre outras
fraudes.
Um dos golpes mais comuns, de
acordo com o Sebrae, é o envio de falsas guias de pagamento do Documento de
Arrecadação do Simples Nacional (DAS-MEI). Na dúvida, orienta a entidade, a recomendação
é buscar informações nos canais oficiais.
OS QUATRO
GOLPES MAIS COMUNS CONTRA O MEI
1.
Sites falsos para abertura de
MEI
Os golpistas criam páginas
falsas, simulando a identidade visual dos portais oficiais do governo e cobram
pela formalização do MEI. A formalização do MEI é sempre feita pelo portal
Gov.br, de forma gratuita. O CNPJ é criado instantaneamente e não há nenhuma
necessidade de pagamento de taxa.
Existem, também, empresas que
oferecem o serviço de assistência para a abertura da empresa, mas que cobram
valores muito acima do mercado, tornando o processo caro e inviável. “O Sebrae
realiza esse serviço gratuitamente pelo 0800 e nos pontos de atendimento
presenciais”, lembra o gerente de Relacionamento, Enio Pinto.
2.
E-mails com solicitação de
retificação
Fraudadores costumam enviar
e-mails solicitando que o microempreendedor faça correções na Declaração Anual
do Simples Nacional do MEI (DASN SIMEI), ou informando sobre pendências em sua
declaração de Imposto de Renda. Eles aproveitam para incluir links e anexos
maliciosos para infectar seu computador e obter acesso aos seus dados pessoais
e bancários.
3.
Cobranças de filiação ou taxas
associativas indevidas
Esse golpe costuma acontecer
por e-mail, telefone, SMS ou WhatsApp. Os golpistas dizem que o MEI deve um
saldo referente a uma taxa anual associativa (tipo de taxa paga a associações
comerciais ou empresariais) e enviam uma forma de pagamento, como um código do
PIX ou código de barras.
“Lembramos que a condição de
MEI não obriga ninguém a contribuir com qualquer associação por conta da
abertura da empresa”, ensina o gerente. A situação é diferente quando o
profissional decide por ele próprio se associar.
4.
Propostas de empréstimos
Caso o MEI precise de linhas de crédito ou empréstimos, procure por empresas já consolidadas no mercado. Tenha bastante cuidado na hora de fazer solicitações pela Internet, certificando-se de estar no site oficial dessas empresas. Se possível, prefira solicitar pessoalmente. Algumas instituições financeiras e o próprio governo podem oferecer propostas de crédito a taxas menores. Entretanto, é recomendado que o empresário sempre desconfie de ofertas pelo WhatsApp, SMS ou redes sociais.
Redação DC
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/sebrae-lista-os-4-golpes-mais-comuns-contra-o-mei
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