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A
pouco menos de duas semanas da posse de Donald Trump para seu segundo mandato
como presidente dos EUA, o tema da imigração ainda é um dos que mais suscitam
debates calorosos. A promessa de deportação em massa feita durante a campanha
presidencial, por exemplo, é criticada por especialistas que alertam que, caso
aconteça, haverá redução do crescimento econômico e aumento da inflação, já que
são os imigrantes que ajudam a oxigenar a economia americana. A equipe de Trump
minimiza os efeitos, afirmando que a deportação em massa viria acompanhada de
uma redução nos custos para as famílias e fortaleceria a força de trabalho
americana.
Além
do temor da deportação em massa, são preocupações as políticas de imigração
restritivas, que preveem a redução de vistos de trabalho e um escrutínio mais
rigoroso dos imigrantes que entram no país. Vale lembrar que Trump implementou
em seu primeiro mandato políticas que dificultaram a entrada de refugiados e
solicitantes de asilo, como a separação familiar na fronteira e a permanência
de solicitantes de asilo no México enquanto seus casos eram processados. Também
foi instalado o chamado Travel Ban, que proibia a entrada de cidadãos de países
muçulmanos ou islâmicos nos Estados Unidos.
Para
os imigrantes legais, a previsão é de uma reforma de imigração baseada no
mérito. Ou seja, Trump defende um programa que priorize imigrantes que
sejam avaliados com base em suas habilidades, educação e capacidade de
contribuir economicamente para o país, ou seja, segundo ele, beneficiarão a
economia dos EUA. No entanto, esses critérios já são praticados pelo
Departamento de Imigração, em diversas categorias de vistos disponíveis como
nas categorias EB-1, EB-2 NIW, por exemplo.
Liz
Dell’Ome, fundadora da Dell’Ome Law Firm, escritório de advocacia sediado em
Nova York especialista em imigração, “os Estados Unidos sempre contaram com a
força de trabalho e conhecimento de imigrantes para se manter como a maior
economia do mundo e maior desenvolvedor de novas tecnologias”, comenta. Liz
ressalta que Trump, como muitos norte-americanos, tem imigrantes em sua árvore
genealógica, por ter raízes alemã e escocesa, além de ter tido dois casamentos
com mulheres não americanas: a ex-mulher, Ivana Trump, nascida na
ex-Tchecoslováquia e a atual Melania Trump, natural da Eslovênia.
O
dia da posse, ou em inglês “Inauguration Day”, ocorre em 20 de janeiro de 2025,
por volta do meio-dia. A cerimônia acontece no edifício do Capitólio dos EUA,
em Washington. Trump será empossado após proferir o seguinte juramento: “juro
solenemente que executarei fielmente o cargo de Presidente dos Estados Unidos
e, com minha melhor capacidade, preservarei e defenderei a Constituição dos
Estados Unidos.”
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