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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Educador fala sobre cuidados essenciais contra o afogamento infantil

Arthur Dias Rezende, fundador da Tio Arthur Academia Infantil, destaca a importância da conscientização e os meios de prevenção


Todos os anos, quase 250 mil pessoas perdem a vida por afogamento, sendo quase 82 mil delas crianças de um a 14 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, as crianças menores de quatro anos são as que correm maior risco.

No Brasil, em prol da conscientização contra o afogamento infantil, foi criado o Dia Nacional de Prevenção ao Afogamento Infantil que é celebrado dia 14 de abril, em homenagem a Susan Delgado, que morreu afogada aos dois anos de idade.

O afogamento acontece rápido e silencioso, geralmente quando a criança está sem supervisão. Em dois minutos debaixo d'água, ela pode perder a consciência, e em quatro minutos, os danos no cérebro podem ser irreversíveis. Como as crianças de até quatro anos têm a cabeça mais pesada que o corpo, elas não conseguem se levantar sozinhas e nem reagir rápido em situações de perigo. Por isso, podem se afogar até em recipientes com só 2,5 cm de água.


Educação aquática infantil

O educador Arthur Dias Rezende, ex-atleta, especialista em educação aquática e fundador da Tio Arthur Academia, destaca as principais formas de prevenção contra o afogamento infantil e a importância da iniciação das crianças nas aulas de natação. “Existem vários meios de prevenir o afogamento infantil, como a construção de tela protetora ao redor da piscina, supervisão constante e, principalmente, a inserção da criança em aulas de natação. Além disso, é muito importante estimular o uso de colete salva-vidas e não de boias, porque podem estourar e virar facilmente”, afirma Arthur.

As aulas de natação desde cedo na vida da criança beneficiam na parte física, motora, cognitiva e intelectual da criança, fazendo com que ela desenvolva maior autossuficiência.

“Muitos acidentes relacionados ao afogamento se dão pela confiança no óbvio, ou seja, a falta de instrução dada às crianças pelos pais por acreditarem no senso comum. O índice de afogamento infantil no Brasil é um dos mais crescentes atualmente, e por isso é necessário evidenciar o tema em qualquer oportunidade”, explica Arthur.

O educador completa com a importância de entregar um momento descontraído e didático, que mescle a diversão com o aprendizado e prenda a atenção das crianças. “Dá para se divertir enquanto aprende uma habilidade crucial para salvar vidas, temos que fazer tudo que vá a favor do fim do afogamento infantil”, finaliza o especialista.


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