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domingo, 8 de setembro de 2024

Pesquisa indica que 19% dos brasileiros medicam seus animais sem orientação veterinária

Cerca de 19% dos tutores de pets brasileiros optam
por medicar seus animais por conta própria. Crédito: Flickr
 
Administração de remédios comuns como analgésicos e anti-inflamatórios pode trazer consequências graves para a saúde dos animais


A automedicação é uma prática perigosa. A facilidade de uma pesquisa na internet mudou a forma como as pessoas encaram suas necessidades médicas, e uma simples orientação equivocada pode causar sérios prejuízos. Quando falamos em animais, a prática é igualmente prejudicial. Ao medicar um animal sem o devido acompanhamento veterinário, existe o risco do medicamento mascarar os sintomas de uma doença mais grave, atrapalhando o diagnóstico correto e o tratamento adequado. Isso pode levar a complicações sérias e diminuir as chances de recuperação do animal. 

A pesquisa Radar Pet, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), revela como os donos de pets se comportam quando seus animais apresentam problemas de saúde. De acordo com o estudo, que ouviu 1.751 tutores brasileiros, 19% dos entrevistados optam por medicar seus animais por conta própria, e 9% buscam informações na internet.

Apesar da porcentagem alta de tutores que não buscam orientação profissional, a pesquisa indica que parte deles ainda prefere confiar nos médicos veterinários. Mais de 35% dos tutores levam o pet diretamente ao veterinário, e 22% entram em contato com os médicos para obter informações. Em contrapartida, a quantidade de pessoas que procuram por orientações com outros donos de pet que não são profissionais da área é a mesma, representando 22% dos entrevistados. A pesquisa também indica que 37% dos tutores agem com cautela, observando os animais por três dias antes de tomar uma decisão. 

O Sindan reitera os perigos associados à automedicação e reforça a importância de buscar orientação veterinária antes de administrar qualquer medicamento. Nos cães, o uso indiscriminado de anti-inflamatórios, por exemplo, pode resultar em úlceras gástricas e insuficiência renal. Muitos produtos utilizados em humanos, como analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos, podem causar sérias complicações em animais. O paracetamol, por exemplo, é extremamente tóxico para gatos, podendo causar problemas hepáticos e até a morte. 

Gabriela Mura, diretora do Sindan e coordenadora da Comac, destaca que a consulta com profissionais da área veterinária é imprescindível no tratamento de qualquer tipo de animal. “É importante fortalecer o engajamento e a conscientização dos donos dos animais quanto aos perigos da medicação sem orientação veterinária. As consequências podem ser fatais”, afirma.




Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal - Sindan


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