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quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Daltonismo - o que é, causas da doença e tratamento

                       Médico oftalmologista explica 

 

 

Amanhã, dia 6 de setembro ,é comemorado o dia da Conscientização do Daltonismo.

 

O daltonismo também é chamado de discromatopsia, é uma condição genética que altera a capacidade de percepção das cores. “Pacientes daltônicos apresentam dificuldade em distinguir certas cores. Diferente do que muitos pensam, a grande maioria não enxerga o mundo “preto e branco” e os casos mais comuns são dificuldades em diferenciar vermelho e verde”, explica Dr. Rogério Ferrari, Oftalmologista do Centro Médico Pastore ( RJ).  

 

O impacto pode ser desde um inconveniente na vida pessoa. “ Há a dificuldade para escolher roupas que combinem ou interpretar mapas ou gráficos coloridos; até impactos mais sérios, já que algumas profissões requerem a distinção precisa de cores, como pilotos, eletricistas ou designers gráficos. Além disso, os pacientes podem apresentar, por exemplo, dificuldade na identificação dos sinais semafóricos, embora o daltonismo não impossibilite a obtenção da CNH”, explica o médico.  

A doença é hereditária e ligada ao cromossomo X, dessa forma, é mais comum em homens do que em mulheres. “Afeta cerca de 8% dos homens e apenas 0,5% das mulheres. Apesar de menos comuns e mais raro, o daltonismo pode ser adquirido ao longo da vida por doenças oculares ou lesões”, detalha o oftalmologista . 

 

“Temos três tipos principais, que alteram a percepção das cores de maneiras diferentes, variando também sua gravidade de acometimento. São eles:

-Deuteranopia: afeta a percepção da cor verde; 

-Protanopia: a forma mais comum, paciente tem dificuldade com o vermelho; 

-Tritanopia: menos comum, afeta a percepção do azul”, destaca Dr. Rogério Ferrari.

 

Geralmente o diagnóstico é realizado por meio de testes de visão das cores, “sendo o mais comum o Teste de Ishihara, em que a pessoa precisa identificar números ou formas em imagens compostas por pontos coloridos. Existem ainda outros exames complementares para confirmar o diagnóstico”, explica. 

 

“Infelizmente, não existe cura para o daltonismo, porém dispomos de soluções que melhoram a qualidade de vida, como lentes de contato ou óculos com lentes especiais que realçam a percepção das cores. Além disso, temos o suporte das tecnologias com aplicativos de celular que identificam cores e adaptam ambientes digitais. Ainda posso citar o sistema de identificação de cores chamado ColorAdd, um sistema que representa uma forma universal de se comunicar o nome de cada cor. O sistema cataloga cada cor com um símbolo, auxiliando os daltônicos a 'enxergar' as cores de forma simples”, destaca Dr. Rogério. 

 



Rogério Ferrari - Oftalmologista do Centro Médico Pastore. Especialista em Catarata pela USP-SP
CRM 109074-7-RJ / RQE 35355


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