No mês em que se
comemora o Dia da Infância, Mara Duarte explica que cada aluno é único e a
forma como é estimulado a aprender traz resultados que impactam toda a
vida
No próximo dia 24 de agosto é comemorado o Dia da
Infância, uma data que tem como objetivo promover uma reflexão sobre como
meninos e meninas têm vivido no mundo todo. Neste cenário, um dos temas
importantes a serem tratados é a inclusão em sala de aula, já que todo
estudante é capaz de aprender, independentemente da condição imposta por uma
deficiência ou transtorno.
Segundo Mara
Duarte, neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista, além de diretora da Rhema
Neuroeducação, que atua com o objetivo de oferecer conhecimento para
profissionais da educação e pessoas envolvidas no processo do
neurodesenvolvimento e da neuroeducação infantil, tanto nas áreas cognitivas e
comportamentais, quanto nas afetivas e sociais, os profissionais da educação
podem fazer toda a diferença na infância de seus alunos se estiverem preparados
para estimularem a inclusão. “Cada aluno é único e a forma como é estimulado a
aprender trará resultados que impactarão toda a sua vida, por isso acreditamos
tanto no poder da capacitação para quem lida com crianças e adolescentes”,
afirma.
De acordo com a neuropedagoga, a inclusão na sala
de aula é um desafio enriquecedor, repleto de aprendizados tanto para os
educadores quanto para os alunos. “A educação especial abrange diversas áreas
de deficiência, como visual, auditiva, intelectual, física neuromotora, altas
habilidades/superdotação e Transtorno do Espectro Autista (TEA); e é crucial
entender que crianças com transtorno de aprendizagem também apresentam
necessidades educacionais especiais, demandando adaptações metodológicas”,
explica Mara Duarte.
Confira algumas estratégias e recursos a serem
usados para incluir todos os alunos no âmbito educacional:
Para estudantes com deficiência visual:
- Alertar
o aluno sempre que ocorram mudanças na disposição da sala de aula.
- Utilizar
giz com cor que contraste com a cor da lousa.
- Evitar
os reflexos da luz no quadro e na superfície de trabalho.
- Ler
em voz alta enquanto escreve no quadro.
- Proporcionar
informações verbais que permitam ao aluno aperceber-se dos acontecimentos
que ocorrem na sala de aula.
- Utilização
de filmes com audiodescrição.
- Materiais
concretos em relevo e maquetes.
Para estudantes com deficiência auditiva:
- Presença
do Tradutor e Intérprete de Libras, para realizar a interpretação e
tradução das 2 línguas, de maneira consecutiva ou simultânea, nas aulas e
atividades didático-pedagógicas, viabilizando o acesso aos conteúdos.
- Planejar
atividades com uso de recursos visuais.
- Ao
utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, primeiramente
exponha os materiais e só depois explique ou vice-versa (ex: escreva o
exercício no quadro ou no caderno e explique depois, e não
simultaneamente).
- Apresentar
sempre instruções curtas e claras.
- Promover
a interpretação de textos por meio de material diversificados (desenho,
pintura, murais, etc.) ou de material cênico (dramatização e mímica).
- Assegurar
que o estudante saiba o que está acontecendo o tempo todo.
- Fornecer
uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma lista da
terminologia técnica utilizada na disciplina.
Para estudantes com deficiência física neuromotora:
- Utilizar
materiais pedagógicos conforme os códigos de comunicação do estudante.
- Utilizar
alta tecnologia, como computadores, tablets, software de comunicação
alternativa, vocalizadores, sensores e acionadores.
- Flexibilizar
o tempo de realização das tarefas.
- Trabalhar
em sala de aula com materiais diversificados.
- Reorganizar
o espaço físico, alterando a posição das carteiras para facilitar a
interação.
- Estar
em contato com o professor da sala de recursos multifuncionais.
Para estudantes com altas habilidades/superdotação:
- Proporcionar
enriquecimento curricular em disciplinas nas quais apresentam maior
habilidade.
- Aprofundar
o conteúdo, indo além do previsto para a turma.
- Proporcionar
atividades de aprofundamento e ampliação dos conteúdos.
Para estudantes com TDAH:
- Organizar
uma pauta para criar previsibilidade.
- Valorizar
a rotina para proporcionar adaptação gradual.
- Informar
previamente sobre mudanças.
- Adotar
estratégias para lidar com desatenção, agitação e dificuldades sociais.
Mara Duarte da Costa - neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Neuroeducação. As instituições já formaram mais de 80 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil. Para mais informações, acesse instagram.com/maraduartedacosta.
Rhema Neuroeducação
https://rhemaneuroeducacao.com.br/
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