De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), na região da Américas, em torno de 217 milhões de pessoas vivem com perda auditiva, ou seja, 21,52% da população. Estima-se que até 2050, esse número possa subir para 322 milhões. O otorrinolaringologista especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia Dr. Bruno Barros, da capital paulista, fala os principais pontos de cuidados e tratamento.
Os perigos para os ouvidos
Fones
“O risco de perda
auditiva devido à exposição prolongada e excessiva à música alta, seja pelo uso
de fone de ouvidos ou por frequentar eventos com som em alto volume”, afirma o
médico. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que os fones de ouvido
sejam utilizados por até uma hora por dia e em uma altura que, quando estiver
com o aparelho, consiga ouvir o que as pessoas estão falando ao redor. Além
disso deve-se evitar o uso deles em ambientes com muito ruído de fundo, como
metrô ou restaurantes.
Hastes flexíveis
O médico afirma que o
uso das hastes pode empurrar mais a cera para dentro do conduto auditivo
causando obstrução, o que pode gerar perda auditiva condutiva. Ainda segundo a (OMS) o ouvido é capaz de se “auto limpar”, já que
qualquer tipo de sujeira que tente entrar nele fica presa na cera. Ao contrário
do que se pensa a cera não é sujeira. Ela contém substâncias com ação
antibacteriana e age como um lubrificante natural.
A solução
Check-up auditivo
“É
importante detectar e tratar infecções adequadamente e manter atenção sempre
que perceber que após gripes, resfriados ou dores no ouvido, a audição não
voltou a ficar nítida”, alerta o médico.
Implante coclear
Em casos em que a perda
da audição já está instalada, o implante coclear um equipamento eletrônico
computadorizado muito sofisticado, que substitui totalmente a cóclea, que é a
região onde ficam as células da audição, de pessoas que tem deficiência
auditiva severa ou profunda. “O implante estimula diretamente o nervo auditivo
através de pequenos eletrodos que são colocados dentro da cóclea e o nervo leva
estes sinais para o cérebro, assim é possível voltar a escutar”, finaliza o
especialista. Em casos de perdas iniciais ou moderadas, a indicação é do uso
dos aparelhos auditivos. Reabilitar todo tipo de perda auditiva é essencial
para manter uma comunicação efetiva e qualidade de vida.
FONTE:
Bruno Borges de Carvalho Barros - Médico especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo.
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