Segundo dados da Associação Brasileira
de Odontologia, cerca de 30% da população brasileira sofre de sensibilidade
dentária 
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A sensibilidade dentária é uma preocupação generalizada que afeta
milhões de pessoas em todo o mundo. Esse desconforto ocorre quando o esmalte
dental se desgasta ou a gengiva se retrai, expondo a dentina, uma área sensível
dos dentes. Segundo o Dr. Alípio Guedes, professor do curso de Odontologia da
Faculdade Anhanguera, quando essa exposição da dentina acontece, ocorre uma
troca de líquidos entre o dente e o meio externo fazendo com que terminações
nervosas no interior do dente sejam estimuladas, resultando em sensibilidade.
Estímulos externos, como alimentos quentes, frios, doces, ácidos e até mesmo a
escovação, podem gerar essa movimentação de líquidos dentro da dentina exposta
e gerar dor.
O Dr. Guedes também destaca que a erosão do esmalte dentário é um
problema comum que pode surgir por várias razões. A principal delas é a
abfração, cuja causa é o traumatismo dental provocado por uma oclusão (mordida)
inadequada. Outras condições e hábitos do paciente podem contribuir também para
o aparecimento das erosões ou abfrações como o refluxo gástrico e a bulimia. A
escovação traumática hoje só é considerada fator causal se estiver associada as
condições já citadas. "A sensibilidade dentária está sempre associada a
algum problema específico, não sendo algo natural ou fisiológico",
acrescenta ele.
Alguns hábitos alimentares também podem ser citados como causa ou
fatores coadjuvantes da sensibilidade dentária. “Frutas cítricas,
refrigerantes, bebidas energéticas, sorvetes, café, chá, doces, sobremesas,
todos com ph ácido ou com poder de acidificar o meio bucal podem ser
considerados também fatores causais da sensibilidade”. Para lidar com essa
condição, é essencial adotar cuidados específicos. O professor recomenda manter
uma boa higiene bucal, usar creme dental fluoretado, cremes dentais formulados
para dentes sensíveis também ajudam a diminuir os inconvenientes da sensibilidade.
Evitar alimentos e bebidas ácidas, que possam causar irritabilidade também é
uma recomendação, mas o principal é manter o hábito de consultar regularmente
um dentista de confiança para a prevenção e orientação a respeito de condutas
para evitar o problema.
Além disso, o especialista ressalta que esses problemas bucais não
estão ligados a uma faixa etária específica ou genética. "Com o passar dos
anos, diversos desequilíbrios podem ocorrer na boca, levando à erosão do
esmalte e à retração gengival. E uma série de hábitos cotidianos, como citados
acima, podem contribuir para a sensibilidade", explica.
Buscar tratamento profissional é crucial para identificar a causa
subjacente da sensibilidade e receber orientações específicas para cada caso.
"Além disso, algumas práticas simples, como evitar a ingestão constante de
alimentos ácidos, o uso de escovas macias, uso de creme dental fluoretado,
procurar o dentista toda vez que perceber que sua mordida não está balanceada,
podem ajudar a minimizar o desconforto".
Dados da Associação Brasileira de Odontologia indicam que cerca de 30% da população brasileira sofre de sensibilidade dentária. No entanto, muitas pessoas tendem a ignorar os sintomas ou apenas evitam alimentos que desencadeiam a sensibilidade, sem buscar tratamento. O Dr. Alípio adverte que esse comportamento pode agravar o problema ao longo do tempo, levando até a perda dental e destaca a importância da consulta regular ao dentista para prevenir a erosão dentária e a retração gengival.
Anhanguera
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