Autocuidado, conversas com outras mães e rede de apoio são iniciativas fundamentais para a fase após o parto
O período conhecido como puerpério – intervalo, normalmente, de até seis semanas após o parto, até que os órgãos reprodutores femininos retornem ao estado anterior à gravidez – é marcado por grandes transformações físicas e psíquicas. Com uma nova rotina, somada à sobrecarga emocional e às alterações hormonais, algumas mulheres podem desenvolver um quadro de depressão pós-parto, sendo necessário acompanhamento médico.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 20% das mulheres, ou seja, uma em cada cinco, terão um episódio de desgaste emocional durante a gravidez ou no primeiro ano após o nascimento do bebê. Com o objetivo de promover a conscientização sobre o tema, a rede de clínicas Meu Doutor Novamed, do Grupo Bradesco Seguros, destaca a importância dos cuidados com a saúde mental neste período.
Segundo a ginecologista Gabrielle Lopes – a depressão pós-parto é caracterizada por alterações de humor acompanhadas de uma sensação de muito cansaço. “Perda de interesse/prazer em quase todas as atividades e, em casos mais graves, de uma ansiedade que pode chegar a interferir na capacidade da mãe em realizar suas atividades são alguns dos sintomas que devem ser observados”, explica a especialista da unidade de Salvador da rede Meu Doutor Novamed. Segundo Dra. Gabrielle, insônia, distúrbios do apetite e sensação de culpa também podem surgir após o parto.
A médica ressalta, ainda, que puerpério e resguardo não são a mesma coisa: “Apesar de o puerpério ser popularmente conhecido como resguardo, o resguardo é o tempo necessário de ausência de atividade sexual após o parto. Esse tempo não é pré-definido e pode variar de paciente para paciente, mas, geralmente, gira em torno de seis semanas”, esclarece.
As emoções flutuantes são normais nesta fase e é
preciso diferenciar essas reações da depressão pós-parto, de acordo com a
ginecologista. “A saúde emocional desempenha um papel crucial no puerpério,
afetando a capacidade da mãe de cuidar e conectar-se com o bebê, sua autoestima
e o enfrentamento das mudanças físicas e rotina. Oscilações emocionais são
comuns e esperadas. É fundamental buscar apoio do parceiro, familiares, amigos
e de outras mães e compartilhar suas experiências e sentimentos com pessoas de
confiança”, diz.
5 dicas de prevenção para reduzir o risco de depressão pós-parto
Aceitar os sentimentos sem julgamento e incluir a
família nos cuidados com o bebê são algumas atitudes que ajudam a suavizar os
desafios do puerpério e minimizar o risco de depressão pós-parto. Pensando
nisso, a Dra. Gabrielle Lopes lista cinco dicas de cuidados que podem auxiliar
durante o período. São elas:
1. Ter uma
boa rede de apoio;
2. Reservar
um tempo para cuidar de si mesma;
3. Durante a
gestação, participar de cursos e rodas de conversa sobre parto, pós-parto e
amamentação para entender cada fase e se preparar;
4. Procurar
ajuda profissional se estiver com dúvidas e dificuldades, principalmente para
amamentar;
5. Incluir o
pai ou familiares nos cuidados com o bebê, dividindo tarefas domésticas,
responsabilidades e decisões.
A Jornada da Saúde Feminina
A rede Meu Doutor Novamed desenvolveu uma cartilha sobre a jornada da saúde feminina para contribuir com o esclarecimento das principais dúvidas e combater a desinformação, englobando três grandes fases da jornada reprodutiva: Menarca, Primeira Gravidez e Menopausa/Climatério.
Com a curadoria da equipe de médicos, médicas e
especialistas que compõem a rede Meu Doutor Novamed, a iniciativa tem como base
o modelo de Atenção Primária à Saúde (APS), prezando pelo cuidado integral dos
pacientes com foco na prevenção. A cartilha é uma fonte para que mulheres e
homens de todas as idades sobre o cuidado necessário com questões relacionadas
ao corpo biológico feminino.
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