O setor de cosméticos ganha destaque no mercado global todo ano e atualmente está investindo em produtos para diferentes tipos de público e gostos. De acordo com pesquisas da NielsenIQ Ebit, empresa focada em inteligência do consumidor, realizadas no primeiro semestre de 2022, somente no Brasil, o mercado de cosméticos contou com um crescimento de 24% em relação a 2021. Além disso, segundo dados da mesma companhia, o e-commerce no País registrou crescimento de 2% no período, e o setor de perfumaria e cosméticos liderou com uma alta de 21,2% em relação a 2021.
Este cenário é decorrente da vasta busca por produtos pelas pessoas e tem sido beneficiado pelo uso dos robôs colaborativos nas indústrias. Fazendo tarefas como empacotamento e paletização, os cobots estão agilizando e tornando mais práticas as linhas de produção, garantindo que os itens cheguem ao público de forma padronizada e mais veloz. Além disso, possibilitam menor manipulação humana.
Os robôs colaborativos, diferentes de grandes e pesados maquinários tradicionais são mais leves e flexíveis, podendo ser programados para diferentes processos de forma ágil. Também garantem mais segurança para os colaboradores, já que são feitos para trabalharem junto com estes de forma híbrida, e ficam responsáveis por aquelas tarefas repetitivas, monótonas e que podem gerar problemas ergonômicos, por exemplo. Colocar funcionários para ficarem todos os dias segurando diversas caixas com produtos cosméticos ou ajeitando embalagens, além de subutilizar pessoas, faz com que mais cedo ou mais tarde, tenham problemas de saúde ou fiquem desmotivadas.
Assim, os robôs colaborativos retiram os funcionários de tarefas simples e permite com que migrem para atividades mais estratégicas, sem contar que ao aprenderem a programar os cobots, as pessoas se sentem mais valorizadas. É importante destacar que estas inovações são intuitivas e mais fáceis de serem programadas, o que também garante que logo as indústrias e envolvidos nos processos se adaptem.
Nos dias de hoje já é possível ver grandes marcas de cosméticos internacionais e nacionais investindo nos cobots e obtendo processos mais estratégicos, o que resulta em mais produtividade e até mais espaço nas fábricas, já que a tecnologia é menor e pode ficar ao lado das pessoas.
Também é importante destacar que a cada ano também será possível ver mais cobots em comércios, como perfumarias e outros tipos de lojas que comercializem cosméticos, já que podem fazer diferentes tarefas para ajudar as pessoas, seja empacotando compras ou arrumando prateleiras.
Concluo,
portanto, que a automação colaborativa ganhará cada vez mais força no setor de
cosméticos, conectando-se com diferentes áreas das fábricas como a área
logística e até com aplicações de análises laboratoriais e visão computacional
com Inteligência Artificial. Assim, os negócios que ainda não adquiriram robôs
colaborativos já devem ficar de olho na tecnologia para não ficarem para trás e
os que já abraçaram a inovação, deverão seguir utilizando e explorando novas
possibilidades.
Bruno Zabeu -
Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Universal Robots na América do Sul,
empresa dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais
colaborativos.
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