Empreendimento Lakeside, em Londrina (PR)
Divulgação Grupo A.Yoshii
Arquiteta da
A.Yoshii dá dicas sobre o uso da iluminação para transformar ambientes e criar
verdadeiras obras de arte com feixes de luzes
Muito além de iluminar, as lâmpadas complementam a
linguagem arquitetônica e fazem toda a diferença na hora de compor e
transformar os ambientes. Um projeto de luminotécnica tem a função de garantir
funcionalidade, beleza e eficiência a um espaço, proporcionando melhor
luminância e aproveitamento de um local. Além de clarear o ambiente, a
iluminação passa a ser decorativa e funcional, servindo para valorizar móveis,
promover amplitude ao ambiente, garantir o conforto visual, acuidade,
aconchego, bem-estar e estímulos sensoriais. Do hall de entrada às dependências
de serviço, um estudo luminotécnico bem executado prima pela função de cada
cômodo e pelas necessidades de praticidade, conforto e aconchego de seus
moradores. Também utilizada como item de decoração, a luz confere um tom
personalíssimo a um projeto arquitetônico.
Os investimentos em soluções luminotécnicas podem
ir muito além de um único lustre instalado no teto, destinado a iluminar
todo o ambiente de maneira uniforme. Nos projetos desenvolvidos para os
apartamentos decorados da A.Yoshii, valorizam-se as luzes indiretas e a
iluminação no chão e nas paredes, que se integram até mesmo aos revestimentos.
“O mármore instalado em uma parede é um bom exemplo dessa integração”, avalia a
arquiteta da construtora A.Yoshii, Lorena dos Santos. “Ao ser iluminado, o
revestimento não só clareia o ambiente, mas também se torna um detalhe
permanente na decoração, assemelhando-se a uma obra de arte.”
Com sua versatilidade, as lâmpadas criam um ambiente singular quando dispostas de maneira bem planejada. “Quando direcionadas corretamente, elas ampliam a percepção de espaço dentro de um apartamento, transformando a decoração de maneira única”, afirma.
Empreendimento Aura, em Campinas (SP) Divulgação Grupo A.Yoshii |
Luz quente, fria, direta,
indireta e difusa. O que são?
São muitas as dúvidas quanto aos tipos de lâmpadas
e formas de iluminação. A luz quente é aquela que apresenta temperatura de cor
mais amarelada, enquanto a luz fria tem temperatura de cor mais branca. Todavia,
vale destacar que essas luzes não têm nenhuma relação com temperatura de calor
e frio, são apenas sensações visuais. “As temperaturas de cor mais quentes são
a 2400K e a 2700K. A neutra tem 3000K e as consideradas frias são acima 4000K.
Esses tipos de luzes não têm relação com proporcionar mais ou menos luz em um
ambiente, tampouco sua durabilidade. As diferenças de valores das lâmpadas têm
relação com a qualidade da fonte luminosa. Não é a potência que determina se
uma lâmpada é forte ou fraca, mas sim o fluxo luminoso e o IRC (índice de
reprodução de cores). Esta é a medida de correspondência entre a cor real do
objeto versus a sua aparência diante da luz. Uma lâmpada com bom
IRC é aquela que garante que o olho humano vai perceber as cores reais, assemelhando-se
à luz natural do dia”, explica a arquiteta da A.Yoshii, Lorena dos
Santos.
No que diz respeito à incidência de luz, a
iluminação direta é aquela calculada para incidir diretamente nos objetos. Sua
melhor utilização é em ambientes que necessitam de acuidade visual, como
espaços de estudo e de trabalho. “Podemos usar a luz direta de forma decorativa
como, por exemplo, para destacar uma obra de arte”, complementa.
A luz indireta, por sua vez, requer uma superfície
que promova o rebatimento do fluxo luminoso, garantindo que a luz do ambiente
seja fornecida indiretamente. Essa iluminação é mais intimista, garante
conforto visual e é indicada para ambientes que não exijam muita percepção
visual. Por fim, a iluminação difusa é aquela, na qual a fonte de luz está
centralizada no teto do ambiente, garantindo uma iluminação uniforme e
ampla.
Para aproveitar recursos luminotécnicos inovadores,
Lorena compartilha três dicas exclusivas que valorizam ainda mais um projeto
arquitetônico. Confira:
Foco nos itens de decoração
Optar pela luz difusa, em vez de um lustre
centralizado no teto, valoriza os aspectos mais bonitos e interessantes do
ambiente, aumentando o conforto. “Por exemplo, iluminação embutida próxima ao
chão destaca os móveis e ainda auxilia a traçar os caminhos da casa. Já os
quadros podem ser realçados com luz direta, acentuando suas cores e detalhes.
Uma luz frontal em espelhos, além de elegante, minimiza sombras indesejadas”,
explica.
Verdadeiras obras de arte
Há muitas opções de luminárias nada convencionais,
que são verdadeiras obras de arte, compondo e iluminando a decoração. É
possível escolher desde itens art nouveau e modernistas até
releituras desses estilos e peças inusitadas. “No decorado Harmonie em
Campinas, temos um exemplo icônico: uma luminária contemporânea representando
um menino em pé segurando uma lâmpada, demonstrando como a iluminação pode se
fundir com o designer”, diz.
Aplicações nos ambientes da
casa
Um espaço aconchegante e intimista, tal como a sala
de estar, requer luzes suaves e indiretas para realçar sua atmosfera
acolhedora. Para a sala de TV, a iluminação embutida é ideal para evitar
reflexos na tela. Embora a sala de jantar demande um ambiente suave, uma luz de
apoio mais intensa sobre a mesa de refeições é essencial para destacar o espaço
e facilitar as atividades. “Se a atividade é manual e de precisão, é
imprescindível acrescentar a iluminação de tarefa, como é chamada. Em outras
palavras, a luz que incide diretamente sobre o local”, explica. No quarto, a
preferência por luzes de apoio e luminárias ao lado da cama reflete a busca por
um ambiente de aconchego e relaxamento. “Nesses casos, a iluminação de baixa
intensidade é ideal, com luzes indiretas ou difusas. Acredito que as arandelas
e os abajures promovem esse aconchego”, complementa Lorena.
“Na cozinha, o ideal é apostar na iluminação
natural, criando um ambiente claro, preciso e agradável. Aqui, são muitas as
opções, incluindo luz embutida na marcenaria sobre a bancada e outras soluções
práticas”, descreve. A cozinha e suas bancadas de trabalho e manuseio são
pontos de tarefa e devem ser iluminadas com lâmpadas de maior intensidade que não
projetam sombra. Já no banheiro, é essencial uma iluminação funcional para as
tarefas diárias, como se maquiar, barbear e escovar os dentes. “Nesse ponto,
precisamos de uma luz geral indireta ou difusa de cima para baixo e uma luz
difusa de frente, principalmente no espelho”, explica. No entanto, para os
momentos de banho, recomenda-se um segundo circuito que ofereça uma iluminação
mais suave e indireta, promovendo um ambiente relaxante. “Aqui, indico um
balizador ou um ponto de luz bem posicionado, suficientes para não causar
desconforto visual”. É importante destacar que a qualidade da luz é mais
relevante e não tem relação com a cor. “Luzes mais amareladas ou brancas são
uma questão de gosto. Precisamos avaliar a potência da lâmpada no que diz
respeito à reprodução de cores e ao fluxo luminoso. Isso que dita a eficiência
do projeto”, finaliza.
Grupo A.Yoshii
www.ayoshiiengenharia.com.br
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