Estudos já indicam que existem genes que podem gerar resistência ao HIV, destaca o Pós PhD em neurociências e especialista em genômica, Dr. Fabiano de Abreu Agrela
O mês de dezembro é um período destinado ao combate à Aids, conhecido como “Dezembro vermelho”, no seu dia 1º é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a Aids como forma de estimular a conscientização sobre a doença, combate a estigmas e disseminação de tratamentos e prevenções.
De
acordo com o Boletim epidemiológico de HIV/Aids, em 2021, o Brasil registrou
por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 40,8 mil
casos de HIV e 35,2 mil casos de Aids, reforçando a importância de se debater o
tema.
Genética
e HIV
De acordo com o Pós PhD em neurociências e especialista em genômica membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, estudos recentes já indicam que a genética também possui grande influência na resistência ao HIV.
“O
HIV age afetando o sistema imunológico do indivíduo, facilitando a entrada de
outras doenças no organismo. Um estudo já identificou uma forte relação entre a
variante rs333 do gene CCR5 e uma maior resistência à infecção pelo HIV fazendo
com que ela dificulte a entrada do vírus do HIV nos glóbulos brancos”.
“Um pequeno detalhe, mas muito importante, sobre esses dados é que ele está mais presente em pessoas caucasianas e em menor proporção em pessoas negras e japonesas, podendo indicar uma menor resistência dessa população ao vírus do HIV”.
“Por isso, com pesquisas mais aprofundadas e com a realização de testes genéticos é possível identificar com maior precisão uma predisposição para infecções e, assim, direcionar e intensificar cuidados preventivos e testagens”, destaca Dr. Fabiano.
Principais
informações sobre a Aids
A AIDS
- Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - é a fase avançada da infecção
pelo HIV - o vírus que causa a AIDS atacando o sistema imunológico. A infecção
pode ser prevenida com o uso de preservativos, seringas limpas e testagem
regular. As principais formas de transmissão do vírus são relações sexuais
desprotegidas, compartilhamento de agulhas e de mãe para filho durante
gravidez, parto ou amamentação.
Atualmente, a doença não tem cura, mas métodos como o PEP (Profilaxia Pós-Exposição), onde o paciente é tratado de forma imediata após exposição ao vírus e PREP (Profilaxia Pré-Exposição), onde o uso é feito de forma preventivo do antirretroviral por pessoas sem o vírus, podem ajudar a reforçar a prevenção e infecção do vírus.
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