Pressão alta representa um dos principais fatores
de risco para doença renal crônica
Um recente
levantamento apresentado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desperta
preocupação para o risco de alta nos casos de doença renal crônica em todo o
Brasil. Isso porque a hipertensão arterial, um dos principais fatores de risco
para lesão renal, estaria muito longe de ter o acompanhamento e controle adequados.
Em relatório, a OMS estima que 1 em cada 3 brasileiros hipertensos desconheça a
condição e, mesmo entre aqueles diagnosticados, a maioria não trata
corretamente a doença¹.
“É
realmente uma grande preocupação porque a hipertensão arterial, assim como o
diabetes, pode comprometer a função dos rins muito rapidamente, com danos
permanentes”, explica o Dr. Bruno Zawadzki, diretor médico da DaVita, a maior
rede de tratamento renal do país. Ele esclarece que, por causa da hipertensão
descontrolada, muitos pacientes desenvolvem doença renal crônica, precisando de
hemodiálise e, dependendo do caso, se tornam elegíveisz para o transplante
renal².
No
Brasil, estima-se que existam 50 milhões de hipertensos, o equivalente a 45%
dos adultos com idade entre 30 e 79 anos. Quando observados os adultos acima de
60 anos, o percentual sobe para 65%¹.
A
hipertensão é uma condição caracterizada pela elevação persistente da pressão
arterial, em que a pressão sistólica (máxima) é maior do que 140 mmHg e a
pressão diastólica (mínima) fica acima de 90 mmHg. Seu desenvolvimento é
influenciado por fatores genéticos, ambientais e sociais³.
Além
da doença renal crônica, que implica em cuidados permanentes ao paciente, a
hipertensão arterial está relacionada à infartos e acidentes vasculares
cerebrais (AVCs), que figuram entre as principais causas de morte no Brasil³.
“O
grande desafio da hipertensão é a falta de sinais e sintomas. É uma doença
silenciosa, por isso o diagnostico é tardio e, em muitos casos, o paciente
deixa de conduzir o tratamento adequadamente porque não sente nenhum incômodo
pela doença”, explica o Dr. Zawadzki. Mas esse incômodo pode surgir de forma
grave e irreversível, com infarto, AVC e doença renal crônica.
A
Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que a pressão seja medida de
rotina nas consultas de qualquer especialidade médica. Se o valor encontrado
for menor que 14x9, o paciente pode ser avaliado anualmente4. Embora
a hereditariedade seja um fator importante para a hipertensão, existem fatores
ambientais que podem ser controlados, como tabagismo, bebidas alcoólicas em
excesso, obesidade, estresse, consumo elevado de sal, níveis altos de
colesterol e sedentarismo³.
DaVita Tratamento Renal
.
Referências:
- Global
Report on Hypertension: the race against the silnet killer. Link.
Acesso 26/10/2023.
- Sociedade
Brasileira de Nefrologia. Link.
Acesso 26/10/2023.
- Ministério
da Saúde. Link.
Acesso 26/10/2023.
- Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial. Link. Acesso 26/10/2023.
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