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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Como construir autonomia em pessoas T21

 Popularmente conhecida como síndrome de Down, a modificação genética não impede uma vida profissional e social comum 

 

A síndrome de Down, também conhecida como trissomia do cromossomo 21 (T21), é uma condição genética que afeta uma em cada 700 pessoas nascidas no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde. Essa condição ocorre no momento da concepção, resultando na presença de três cromossomos 21 em todas ou na maioria das células de um indivíduo.

Segundo Patrícia Stankowich, psicanalista, psicóloga e especialista na clínica de crianças com comprometimentos no desenvolvimento e deficiência, destaca a importância de abordar a construção da autonomia em crianças com T21 desde cedo. Em suas palavras, com todas as questões relacionadas a ter um filho com essa condição genética, a independência dessa criança vem enraizada na simbiose que há com a mãe e em como esse processo delicado acontece desde a descoberta do diagnóstico.

Stankowich ressalta a necessidade crucial de apoio emocional e acompanhamento para as mães desde que foi realizado o diagnóstico. "É preciso aceitar que esse filho é capaz, que ele vai conseguir estar em uma escola de ensino regular, que vai desenvolver laços e vínculos sociais, vai poder se relacionar afetiva e sexualmente com alguém e ainda  vai conseguir ter uma vida com uma certa independência, além de estar inserido no mercado de trabalho", pontua a especialista.

A relação entre mãe e filho com T21 é delicada, requerendo compreensão e aceitação do processo de luto pela idealização anterior ao nascimento. A falta de acolhimento destinado à família pode resultar em uma dependência prejudicial à criança. Conforme ressalta a especialista, é extremamente importante trabalhar essa relação de maneira sensível e proativa.

Embora as características físicas de um indivíduo com T21 possam variar, desde formato do rosto arredondado até a "prega única na mão", a intervenção precoce, começando desde o nascimento, também desempenha um papel fundamental na melhoria das condições, especialmente no que diz respeito à autonomia.

Patrícia Stankowich é uma psicóloga multifacetada, circense de nascença, graduada em Filosofia pela UFOP, graduada em Psicologia pelo CESMAC, possui especializações em Psicologia Jurídica e mestrado em Psicologia da Saúde. Como facilitadora em capacitações nas áreas da Saúde e Educação, ela é uma voz autoritária na promoção da inclusão, com atendimento clínico a adultos e especialização na clínica de crianças com comprometimentos no desenvolvimento e deficiência.

 

 

Patrícia Stankowich - Psicanalista, graduada em Filosofia pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e também em Psicologia. Pós Graduada em Psicologia Jurídica e Mestre em Psicologia da Saúde. Facilitadora em Capacitações nas áreas da Saúde e Educação, com ênfase nas temáticas sobre Infância, Adolescência e Inclusão. Pesquisadora na área da Psicologia da Saúde. Realiza atendimento clínico a adultos. Especialista na clínica de crianças com comprometimentos no desenvolvimento e deficiência. Palestrante. Escritora. Autora do livro “Como pimenta mastigada”; coautora dos livros “O aprendiz de psicanálise” e “Sexuação & Identidade”, além de livros de poesia. Autora do Projeto +Inclusão. Colunista na rádio CBN Maceió com Podcast nas plataformas do Spotify e Deezer e YouTube. Malabarista de palavras, circense de nascença, apaixonada pela arte, leitura e pela mente humana. Para saber mais acesse o instagram.

 

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