Popularmente
conhecida como síndrome de Down, a modificação genética não impede uma vida
profissional e social comum
A síndrome de Down, também conhecida como trissomia
do cromossomo 21 (T21), é uma condição genética que afeta uma em cada 700
pessoas nascidas no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde. Essa
condição ocorre no momento da concepção, resultando na presença de três
cromossomos 21 em todas ou na maioria das células de um indivíduo.
Segundo Patrícia Stankowich,
psicanalista, psicóloga e especialista na clínica de crianças com
comprometimentos no desenvolvimento e deficiência, destaca a importância de
abordar a construção da autonomia em crianças com T21 desde cedo. Em suas
palavras, com todas as questões relacionadas a ter um filho com essa condição
genética, a independência dessa criança vem enraizada na simbiose que há com a
mãe e em como esse processo delicado acontece desde a descoberta do
diagnóstico.
Stankowich ressalta a necessidade crucial de apoio
emocional e acompanhamento para as mães desde que foi realizado o diagnóstico.
"É preciso aceitar que esse filho é capaz, que ele vai conseguir estar em uma
escola de ensino regular, que vai desenvolver laços e vínculos sociais, vai
poder se relacionar afetiva e sexualmente com alguém e ainda vai
conseguir ter uma vida com uma certa independência, além de estar inserido no
mercado de trabalho", pontua a especialista.
A relação entre mãe e filho com T21 é delicada,
requerendo compreensão e aceitação do processo de luto pela idealização
anterior ao nascimento. A falta de acolhimento destinado à família pode
resultar em uma dependência prejudicial à criança. Conforme ressalta a
especialista, é extremamente importante trabalhar essa relação de maneira
sensível e proativa.
Embora as características físicas de um indivíduo
com T21 possam variar, desde formato do rosto arredondado até a "prega
única na mão", a intervenção precoce, começando desde o nascimento, também
desempenha um papel fundamental na melhoria das condições, especialmente no que
diz respeito à autonomia.
Patrícia Stankowich é uma psicóloga multifacetada,
circense de nascença, graduada em Filosofia pela UFOP, graduada em Psicologia
pelo CESMAC, possui especializações em Psicologia Jurídica e mestrado em
Psicologia da Saúde. Como facilitadora em capacitações nas áreas da Saúde e
Educação, ela é uma voz autoritária na promoção da inclusão, com atendimento
clínico a adultos e especialização na clínica de crianças com comprometimentos
no desenvolvimento e deficiência.
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