A trombose venosa consiste na formação de coágulos, também chamados de trombos, que são capazes de obstruir ou prejudicar o fluxo sanguíneo nas veias.
A doença pode atingir veias que estão logo abaixo da pele, ou veias mais profundas, no interior dos músculos — o que chamamos de trombose venosa profunda.
A TVP é uma doença vascular que, se não diagnosticada e não tratada adequadamente, pode levar o paciente a óbito.
“Em
alguns casos, mesmo com o diagnóstico e tratamento, o paciente evolui de forma
indesejada. Contudo, felizmente, essa situação é mais rara”, explica Fábio
Rocha.
Relação
de trombose com cirurgia plástica
Existe uma discussão atual em alta, sobre cirurgia plástica e a TVP. É importante salientar que a trombose venosa não acontece pela realização da cirurgia plástica. Ela pode surgir provocada por diversos fatores.
Um desses fatores é a "imobilização ", que leva ao que chamamos de estase venosa. Mas o que isso significa?
“Quando se fica parado, imóvel, como é o caso de uma cirurgia, seja ela plástica ou outras, na qual o paciente está anestesiado, o sangue passa a caminhar pelas veias muito lentamente, e isto predispõe a sua coagulação, formando o que se chama de trombos (coágulos)”, diz Fábio Rocha.
Os trombos, por sua vez, podem se deslocar das veias da pernas e irem para a circulação pulmonar, causando a embolia pulmonar, que é uma situação de alta gravidade, que eventualmente leva a óbito.
Esses
coágulos obstruem as artérias pulmonares, o que dificulta ou impede a passagem
sanguínea, uma vez que os pulmões são oxigenados pelo sangue transportado do
coração.
“É interessante explicar, ainda, que quadros de embolia podem afetar outros órgãos e partes do corpo além do pulmão, como o cérebro, coração, rins e membros”, conta o cirurgião vascular.
Em casos mais graves, a embolia é chamada de maciça, porque ocorre queda brusca de pressão arterial por mais de 15 minutos, falta de ar e taquicardia. O risco de morte é alto.
“Atualmente,
existem medidas que minimizam este risco, como uso de botas pneumáticas, meias
elásticas compressivas, e em alguns casos, até o uso de anticoagulantes em
doses profiláticas (de forma preventiva)”, finaliza Fábio Rocha.
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