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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Cirurgia plástica e o risco de trombose venosa profunda - entenda o risco

A trombose venosa consiste na formação de coágulos, também chamados de trombos, que são capazes de obstruir ou prejudicar o fluxo sanguíneo nas veias. 

A doença pode atingir veias que estão logo abaixo da pele, ou veias mais profundas, no interior dos músculos — o que chamamos de trombose venosa profunda. 

A TVP é uma doença vascular que, se não diagnosticada e não tratada adequadamente, pode levar o paciente a óbito. 

“Em alguns casos, mesmo com o diagnóstico e tratamento, o paciente evolui de forma indesejada. Contudo, felizmente, essa situação é mais rara”, explica Fábio Rocha.

 

Relação de trombose com cirurgia plástica

Existe uma discussão atual em alta, sobre cirurgia plástica e a TVP. É importante salientar que a trombose venosa não acontece pela realização da cirurgia plástica. Ela pode surgir provocada por diversos fatores. 

Um desses fatores é a "imobilização ", que leva ao que chamamos de estase venosa. Mas o que isso significa? 

“Quando se fica parado, imóvel, como é o caso de uma cirurgia, seja ela plástica ou outras, na qual o paciente está anestesiado, o sangue passa a caminhar pelas veias muito lentamente, e isto predispõe a sua coagulação, formando o que se chama de trombos (coágulos)”, diz Fábio Rocha. 

Os trombos, por sua vez, podem se deslocar das veias da pernas e irem para a circulação pulmonar, causando a embolia pulmonar, que é uma situação de alta gravidade, que eventualmente leva a óbito. 

Esses coágulos obstruem as artérias pulmonares, o que dificulta ou impede a passagem sanguínea, uma vez que os pulmões são oxigenados pelo sangue transportado do coração. 

“É interessante explicar, ainda, que quadros de embolia podem afetar outros órgãos e partes do corpo além do pulmão, como o cérebro, coração, rins e membros”, conta o cirurgião vascular. 

Em casos mais graves, a embolia é chamada de maciça, porque ocorre queda brusca de pressão arterial por mais de 15 minutos, falta de ar e taquicardia. O risco de morte é alto. 

“Atualmente, existem medidas que minimizam este risco, como uso de botas pneumáticas, meias elásticas compressivas, e em alguns casos, até o uso de anticoagulantes em doses profiláticas (de forma preventiva)”, finaliza Fábio Rocha.


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