Especialistas desmistificam o tabu de evitar relações no período gestacional, salvo se houver restrição médica
A gravidez, além de ser um período de grandes mudanças, é uma fase muito especial e marcante na vida de quem espera um bebê. Ela requer cuidados e atenção especial, especialmente para quem está gerando um recém-nascido pela primeira vez.
Com isso, as dúvidas que surgem têm a ver com vários aspectos da vida, incluindo um que pode ser um tabu enorme para as pessoas - sexo na gravidez.
Para os especialistas da equipe Parto com Amor, clínica especializada em obstetrícia, o avanço da ciência permite sobretudo, cuidar da saúde das futuras mamães de forma preditiva e personalizada e, se houver restrições, essas serão percebidas de início e assim repassadas à gestante.
Caso contrário, não há contraindicações e é inclusive saudável, tendo em vista que a gravidez facilita o orgasmo da mulher, já que a lubrificação da vagina aumenta, assim como o volume de sangue irrigado para a região, fazendo com que o corpo fique mais sensível à excitação sexual.
Segundo o ginecologista Leonardo Valladão, a relação sexual e o orgasmo jamais terão relação com abortos ou partos prematuros em caso de grávidas saudáveis e não há riscos para o feto.
“A gestante só deve evitar o sexo na gravidez quando houver sangramentos no primeiro trimestre, placenta prévia ou trabalho de parto prematuro, porque, nesse caso, o sexo pode estimular contrações e precipitar sangramentos”, afirma o médico.
Outro medo muito comum entre os casais é o pênis causar algum ferimento ao bebê. No entanto, não existe esse perigo: “o colo do útero (estrutura uterina localizada na extremidade superior da vagina) é composto por um tecido bastante rígido e tem comprimento de até 5 centímetros, o que impossibilita o contato do pênis com o bebê. Além disso, o feto está envolvido também pelo líquido amniótico, que o protege de choques mecânicos”, afirma a enfermeira Priscila Salvador.
Apenas um ponto de atenção é destacado pela
ginecologista Mariana Levy:
Após
ter o bebê não é recomendado ter relação sexual com penetração. “Isso
porque, após 9 meses de intensas modificações, o útero e todo o trato
reprodutor feminino levam um tempo para voltar ao seu estado inicial. O
recomendado é que a mulher fique de 30 a 40 dias sem praticar ato sexual com
penetração, pois, além de dolorosa, essa prática aumenta o risco de infecção
uterina. Outras práticas que não envolvam penetração vaginal, porém, não causam
riscos adicionais”, finaliza Marina.
Parto com Amor
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