Especialista explica o tratamento e os cuidados pós-cirúrgico
A hipertrofia mamária, caracterizada pelo crescimento excessivo das glândulas mamárias, afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Além dos aspectos físicos, essa condição pode causar desconforto emocional e problemas de saúde como dores e doenças na coluna. Os homens também podem apresentar crescimento anormal nas mamas, a chamada ginecomastia.
Geralmente, a hipertrofia mamária tem causa desconhecida, porém, em alguns casos, pode estar relacionada a fatores genéticos e hormonais e seu início se dá na adolescência.
O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato diz que é considerada uma mama volumosa (com hipertrofia mamária) quando é necessário ressecar de 500 a 1.000g. Quando ultrapassa esse volume é considerado gigantomastia, ou seja, hipertrofias mamárias gigantes, que ultrapassam os volumes convencionais.
O tratamento da hipertrofia mamária
consiste em tratamento cirúrgico para a redução das mamas (mamoplastia redutora, redução da mama, mastoplastia)
com ressecção do tecido excedente e
reposicionamento da aréola (mastopexia). A cirurgia segue três níveis de classificação, sendo:
·
pequenas a moderadas: ressecam-se de 150 a 500g de cada lado
·
grandes: ressecam-se de 500 a 1.500 g por lado
·
redução maciça: ressecam-se acima de 1.500g de cada lado
“Por uma questão
legal, procura-se realizar a cirurgia em pacientes acima dos 18 anos. Porém,
muitas adolescentes entre 14 e 15 anos já possuem as mamas com o diagnóstico de
hipertrofia mamária. Para esses casos, o especialista, juntamente com os pais
ou responsáveis, definem o melhor momento para realizar a cirurgia”, explica
Dr. Amato.
O cirurgião
plástico lista abaixo os cuidados no pós-operatórios da cirurgia de redução das
mamas:
· Movimentação: Geralmente
não existe restrição de andar no pós- operatório, mas pode ter limitação na
movimentação dos braços, não devendo se elevar acima dos ombros.
· Dirigir: Não
deve dirigir nos primeiros dias, e pode ter uma restrição até um mês. Mas isso
vai depender de cada caso e técnica utilizada.
· Lavar o
cabelo: Não tem restrição de lavar o cabelo, mas pode ter
restrição na movimentação dos braços, como explicado acima.
· Sutiã: Pode
ser recomentado o uso de sutiã cirúrgico por um período médio de um a três
meses.
Medicações: Pode ser prescrito antibiótico, analgésicos,
antiinflamatórios.
Como toda
cirurgia, a hipertrofia mamária também pode apresentar alguns riscos, entre
eles hematoma, infecção, trombose venosa profunda, deiscência (abertura
dos pontos), cicatriz inestética, necrose e comprometimento da
sensibilidade da aréola.
Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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