Num mundo em constante evolução tecnológica e social, uma transformação mais sutil, mas extremamente relevante, está a emergir nas corporações: o ESG (Environmental, Social, and Governance). Numa livre tradução, são os princípios ambientais, sociais e de governança. E, assim como a economia brasileira passou por um Plano Real, as empresas também estão numa jornada de realinhamento, priorizando o real, o tangível e o duradouro.
Mas por que, enquanto colaboradores, precisamos nos
preocupar com isso? Porque, querido leitor, vivemos em uma era onde a
transparência e a sustentabilidade não são apenas jargões, mas sim imperativos
para o sucesso de qualquer organização. E, para ter destaque, é
fundamental compreendermos a importância e a relevância do ESG. Vamos a isso:
1. Ambiental: o futuro é agora
Em tempos passados, temas como mudanças climáticas e
conservação eram relegados ao segundo plano. Mas hoje, o custo da inação é
demasiadamente alto. Empresas que ignoram suas responsabilidades
ambientais enfrentam riscos financeiros, reputacionais e operacionais.
Compreender essa vertente é fundamental. Não se trata
apenas de reciclar papel ou economizar energia. Trata-se de uma mentalidade, de
reconhecer que nossos recursos são finitos e de que nosso dever como cidadãos
corporativos é contribuir para um futuro mais sustentável. Nós, como empresa do
setor de educação, também nos preocupamos. Não apenas as fábricas, mas todas as
empresas.
2. Social: as relações que definem negócios
A dimensão social refere-se ao papel das empresas nas
comunidades onde operam e como tratam seus funcionários, fornecedores e
clientes. Aqui, o capital humano é essencial. Como
tratamos uns aos outros e como valorizamos a diversidade e promovemos a
inclusão são pontos que definem não apenas nossa cultura corporativa, mas
também nossa resiliência e adaptabilidade.
Para o colaborador moderno, é vital compreender que o
sucesso não é apenas medido pelo lucro. A maneira como impactamos a sociedade,
como lidamos com questões complexas e controversas, como a desigualdade e os
direitos humanos, é uma métrica de sucesso tão importante quanto qualquer
outra. A velha máxima proferida por alguns artistas de fama que não se importam
com seus seguidores caiu por terra.
3. Governança: o pilar da integridade
No Brasil, temos uma história rica, mas por vezes
conturbada, de governança corporativa. E ainda que muitos possam ver com
ceticismo, a boa governança é a base para qualquer empresa que pretenda ter
longevidade e respeitabilidade.
Isso significa ter processos claros, líderes responsáveis e uma
cultura de integridade que permeia todos os níveis da
organização. Para o colaborador, isso se traduz em responsabilidade, em ter a
coragem de agir com ética e em promover uma cultura de transparência.
O ESG como diferencial competitivo
Se antes o ESG era visto como uma “boa ação” ou uma
maneira de "limpar" a imagem corporativa, hoje é um diferencial
competitivo. Empresas que incorporam esses princípios são mais atraentes para
investidores, clientes e, sim, para talentos.
Como colaborador, ao entender e promover o ESG, você não
apenas se posiciona como um ator-chave no presente da sua organização, mas
também molda o futuro dela. Trata-se de uma mentalidade de crescimento, de
constante aprendizado e adaptação.
Concluindo…
O Plano Real transformou a economia brasileira. O ESG tem
o potencial de transformar o mundo corporativo. Para colaboradores que desejam
se destacar, a mensagem é clara: adapte-se, evolua e incorpore o ESG não apenas em
suas funções diárias, mas também em sua mentalidade e visão de mundo.
E, assim como o real tornou-se mais do que apenas uma
moeda, como também um símbolo de estabilidade e progresso, que o ESG se torne
mais do que apenas um conjunto de princípios, mas uma representação de um
futuro mais justo, equitativo e sustentável para todos nós.
Virgilio Marques dos Santos - um dos fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.
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