Com amostragem ampliada estudo tem cenário positivo; monitoramento por imagens de satélite são fundamentais para a comprovação de dados socioambientais
Um estudo inédito
feito pela Serasa Experian, com mais de 337. mil produtores rurais de todo o
Brasil, revelou que 91,8% deles atuam em compliance com a conformidade
socioambiental, que passou a ser exigida pelo Banco Central para a concessão de
linhas de crédito e fundos de investimento.
De acordo com o
head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, o alto percentual
exibe um quadro positivo sobre a adaptação da agricultura brasileira frente às
métricas ESG. “O que vemos é uma potência nacional que, em sua maioria,
trabalha para viabilizar um modelo econômico mais sustentável. Por isso,
entendemos a importância de utilizar a expertise em dados para trazer
transparência sobre o segmento como um todo”.
O levantamento
também mostrou que, nesse novo momento do mercado de crédito, as análises
complementares são fundamentais. “Um produtor rural que possui uma boa
pontuação de crédito pode não ser tão bem classificado sob a perspectiva ESG.
Esse tipo de perfil pode ter uma baixa probabilidade de inadimplência, mas
potencialmente causar danos ambientais e reputacionais de larga escala”,
explica o head de agronegócio da Serasa Experian.
Ainda segundo o
executivo, a ideia do tipo de visão citada acima não é apenas mitigar riscos
aos credores, mas garantir que os produtores que estão em compliance sejam
vistos de forma adequada pelo mercado e, além disso, indicar para aqueles que
ainda precisam se adaptar como podem melhorar a pontuação de crédito, os
indicadores ESC e, por consequência, acessar linhas de crédito mais compatíveis
com o seu perfil. Confira informações na íntegra no gráfico abaixo:
Monitoramento
via satélite traz mais precisão nas análises socioambientais
A utilização de
imagens capturadas via satélite foi integrada ao funcionamento do Score ESG, desenvolvido
pela Serasa Experian, para aumentar a precisão da ferramenta. “Essa modalidade
de monitoramento com imagens de satélite proporciona uma perspectiva abrangente
e detalhada sobre as transformações ocorridas em uma região ao longo do tempo.
Sejam desmatamentos, queimadas ou qualquer outra alteração, podendo capturar e
analisar esses eventos, permitindo uma análise mais fiel e abrangente das
propriedades rurais e das práticas adotadas pelos produtores”, comenta Marcelo
Pimenta.
Isso graças ao
banco de imagens que a empresa adquirida pela Serasa Experian, Agrosatélite,
possui. A coleção de informações extraídas desse tipo de análise, de diferentes
culturas e biomas, consegue comprovar a situação ambiental agrícola e tornar o
crédito mais acessível e sustentável em todo o país.
Este avanço,
tanto tecnológico quanto estratégico, não apenas eleva a Serasa Experian a uma
posição de autoridade em sensoriamento remoto, como também reforça seu
compromisso com a sustentabilidade e com a promoção de práticas mais
responsáveis no agronegócio.
Desempenho
por cultura evidencia compromisso com as práticas sustentáveis
Segundo os dados
do estudo, que avaliou três das grandes commodities brasileiras, é possível
garantir que os mercados de café, soja e cana-de-açúcar, possuem um bom
desempenho socioambiental mesmo quando observados separadamente. O setor
cafeeiro, por exemplo, tem 95,6% de seus produtores operando em compliance com
as práticas ESG. Além disso, o segmento de cana-de-açúcar registrou que 93,3%
de seus trabalhadores estão em compliance. Para a soja, o quadro também é
positivo, com 88,5% dos produtores bem avaliados. Confira o score médio dessas
culturas no gráfico abaixo:
Para o head de agronegócio da Serasa Experian, a atuação de projetos como a Certificação do Café, a Moratória da Soja e grupos como o Bonsucro, relacionado à cana-de-açúcar, impulsionam a adoção de práticas sustentáveis e auxiliam na organização dos produtores. Isso sem contar com o novo Plano Safra, divulgado recentemente, que deverá premiar agricultores que produzirem com baixo carbono, por exemplo. “A adaptação às práticas ESG evolui constantemente e é primordial que os produtores de todos os portes e culturas estejam dispostos a mudar e entender novos formatos de trabalho. Para isso os incentivos e direcionamentos que contemplem os critérios socioambientais são primordiais”.
No entanto,
Pimenta comenta que, mesmo que engajados, principalmente para pequenos
agricultores, essa adaptação não é tão simples. “Sabemos que não adianta apenas
responsabilizar o produtor irregular, por isso, queremos também ajudá-lo a
estar em conformidade, disponibilizando informações e orientação. Dessa forma,
poderemos trazer um grande número de CPFs e CNPJs de volta ao mercado”,
finaliza Pimenta.
Metodologia
O levantamento, feito em maio deste ano, considera uma amostra de 337.776 mil produtores rurais extraída em todo o Brasil e representada apenas por trabalhadores rurais (pessoas naturais), abrangendo desde agricultores familiares até grandes exportadores. No estudo anterior, apenas indivíduos envolvidos na agricultura que buscaram crédito e/ou seguro foram avaliados. No entanto, nessa pesquisa, esse mesmo filtro não foi aplicado, o que permite uma visão mais abrangente do agronegócio brasileiro em relação às três principais commodities do país: café, cana-de-açúcar e soja.
As análises deste levantamento são baseadas em dados extraídos do Serasa Agro Score e do Serasa Score ESG Agro - módulos individuais. Essas ferramentas analisam documentos relacionados aos CPFs e às propriedades dos produtores rurais em termos de práticas financeiras e socioambientais. Para obter mais informações sobre o Score ESG e o Agro Score da Serasa Experian, consulte a fonte correspondente.
Serasa Experian
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