Câncer do Sistema
Nervoso Central atinge mais homens do que mulheres; estimativa é de que 11.490
novos casos por ano sejam diagnosticados entre 2023 e 2025
Nem toda dor de cabeça é preocupante ou indica um
tumor cerebral. Essa é a primeira explicação que precisa ser dada aos pacientes
que, frequentemente, relatam o incômodo e ficam apreensivos por saberem que
esse sintoma está presente entre 30 e 70% das pessoas que têm o diagnóstico de
câncer no cérebro confirmado. O mês de maio recebe a cor cinza como forma de
conscientizar as pessoas sobre as características do Câncer do Sistema Nervoso
Central, que, de maneira geral, atinge mais homens do que mulheres.
A principal característica desse tipo de tumor é o
crescimento anormal e desordenado das células do cérebro, da medula espinhal e
das meninges. O câncer de cérebro está associado à herança genética, síndromes
de predisposição ao câncer e exposição à radiação, porém alguns estudos em
andamento sugerem o contato com substância químicas e com a radiação presente
em smartphones como fatores de risco. “É uma teoria que vem sendo estudada, mas
os resultados ainda são inconclusivos. Independentemente da relação com o
câncer de cérebro, usar a tecnologia de forma prudente é sempre recomendável”,
explica a oncologista Amanda Negrini.
O câncer cerebral, apesar de grave, não é uma
doença frequente, correspondendo 2% dos tipos de câncer. No Brasil, a
estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de que sejam diagnosticados
11.490 novos casos por ano entre 2023 e 2025, sendo 6.110 casos em homens e
5.380 em mulheres. A incidência desse tipo de câncer é mais comum na faixa
entre 75 e 84 anos. Já as crianças, são mais acometidas pelos tumores ligados à
medula. Amanda Negrini alerta para a importância de as pessoas conhecerem os
sintomas da doença. “As dores de cabeça são fortes e, em 50% dos casos, vêm
acompanhadas de convulsões. Os pacientes também sofrem alterações
comportamentais e apresentam fadiga, náuseas, vômitos, desequilíbrios e
alterações cognitivas e de memória”.
O diagnóstico é realizado por meio de exames de imagem, como ressonância magnética, padrão ouro, tomografia computadorizada, espectroscopia por ressonância magnética, cintilografia de perfusão de sistema nervoso central e PETCT. Já o tratamento, na maioria dos casos, exige cirurgia para a retirada do tumor. “É Importante ressaltar que a eficácia do tratamento dos tumores de sistema nervoso central depende de uma abordagem multidisciplinar”, completa a oncologista.
Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário