Doença crônica do
tecido adiposo, pode estar associada a comprometimento vascular; em mais de 60%
dos casos pode estar relacionada a mutações genéticas. O lipedema atinge mais
de 10% das mulheres e tem como principais características o acúmulo de gordura
nos braços, coxas e pernas. Além da gordura, é comum surgir equimose (roxinhos)
nas áreas afetadas, sensibilidade e dor ao toque, sensação de peso e cansaço
nas pernas, fadiga e pode até comprometer a mobilidade.
O lipedema não tem
cura, mas é possível tratar e ter qualidade de vida, porém é uma doença
frequentemente confundida com obesidade, que pode ocorrer simultaneamente, e
até agravar o quadro, porém nem sempre estão associadas.
Quando não
diagnosticada e tratado, o lipedema pode afetar a saúde mental e até levar à
depressão. “Como muitas vezes essas mulheres recebem inicialmente apenas o
diagnóstico de obesidade, embora cheguem a perder peso, continuam com a
desproporção no corpo e sofrem física e emocionalmente. Por isso, essas
pacientes precisam de acolhimento”, comenta Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico membro da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e que atua com uma equipe
multidisciplinar no tratamento do lipedema.
Diagnóstico
- O diagnóstico de lipedema é clínico, e
depende de uma boa anamnese (conversa com o paciente) e exame físico. Exames
complementares como ultrassom e ressonância magnética podem complementar o
exame físico, auxiliando o diagnóstico e tratamento.
Cirurgia
é a última opção – Segundo Dr. Amato, o tratamento cirúrgico deve ser a última opção,
mas, muitas vezes, acaba sendo o primeiro recurso procurado. “Somente depois de
tentar o tratamento clínico e, de preferência apresentando alguma melhora,
mesmo que parcial, deve ser indicada a lipoaspiração para o tratamento do
lipedema”, comenta Dr. Fernando Amato que alerta ainda para a questão da
segurança: “É preciso respeitar os limites de gordura a serem retirados durante
a cirurgia, que devem ser entre 5% a 7% do peso corporal do paciente”, detalha
o especialista.
Para os casos de lipedema,
Dr. Fernando trabalha com uma equipe formada por médico vascular e endocrinologista. O
tratamento endócrino envolve investigação com exames hormonais, mudança e
melhora do estilo de vida, principalmente com o equilíbrio da alimentação e
prática de atividade física, sendo nesses casos mais indicados exercícios
aquáticos, como natação e hidroginástica.
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