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quarta-feira, 17 de maio de 2023

Médico ortopedista fala sobre riscos e benefícios dos esportes de fim de semana

Do beach tênis ao futebol com os amigos, os riscos de lesões são maiores quando a prática esportiva é realizada esporadicamente 



Com a correria do dia a dia e a rotina cada vez mais apertada, o esporte muitas vezes acaba reduzido a uma partida de beach tênis no sábado, ou um futebol com os amigos no domingo. O beach tênis, aliás, já há alguns anos foi eleito o preferido entre as práticas de fim de semana, reunindo públicos de todas as idades. Especialistas alertam, no entanto, que toda prática de atividade física deve ser realizada com atenção, especialmente quando de maneira esporádica e sem acompanhamento profissional.

No caso do beach tênis, por exemplo, que é uma mistura do tênis tradicional, vôlei de praia e badminton, em quadra de areia, embora possa parecer uma atividade inofensiva, a prática pode ter consequências sérias para a saúde, causando lesões especialmente nos tornozelos e joelhos.

De acordo com o médico ortopedista Dr. Antonio Masseo de Castro, no caso do beach tênis, a superfície irregular da areia aumenta o risco de lesões articulares. "A prática do esporte exige movimentos muito bruscos e intensos, e muitas vezes o pé fica preso na areia, o que pode causar sobrecarga e desgaste nas articulações e aumentar o risco de entorses e lesões musculares", explica.

Para evitar esses riscos, é recomendada uma avaliação prévia para a prática do esporte, além do trabalho de fortalecimento por meio da musculação. Imediatamente antes da prática do beach tênis, deve-se investir em exercícios de aquecimento.

Para os praticantes de beach tênis, a prevenção de lesões e a manutenção da saúde dos ossos devem ser prioridades. Para qualquer desconforto ou dor durante a prática, é indicado interromper a atividade e procurar um médico imediatamente.

O beach tênis pode ser uma opção divertida e saudável para quem busca uma atividade física, mas é importante estar ciente dos riscos e dos cuidados necessários para evitar problemas.

O mesmo acontece com as demais modalidades. Seja o futebol, a corrida, escalada, vôlei ou qualquer outra atividade que se queira realizar aos finais de semana, incluir na rotina exercícios de fortalecimento da musculatura que será utilizada é uma excelente maneira de prevenir lesões, além de melhorar a performance.

“O exercício funcional é desenvolvido de acordo com a necessidade individual. O ideal é que o exercício esteja associado à prática que vem sendo realizada e isso serve, inclusive, para alguém que queira apenas realizar as suas atividades cotidianas, como ir à feira no domingo, agachar para pegar algo no forno, enfim, as simples tarefas do dia a dia”, explica o Dr. Antonio.

Com as medidas de segurança adequadas, é possível desfrutar dos benefícios do esporte sem comprometer a saúde. A prevenção é a melhor forma de evitar problemas de saúde. Manter a saúde dos ossos é essencial para a qualidade de vida, longevidade e manutenção do movimento do corpo.




Dr. Antonio Masseo de Castro - Médico ortopedista e traumatologista, especialista em cirurgia do joelho pela Escola Paulista de Medicina, é coordenador da Casa Muoversi. Membro Sócio Efetivo Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, SBCJ, da ISAKOS International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Sports Medicine, da SLARD Sociedade Latinoamericana de Artroscopia, Rodilla y Deporto e da AAOS American Academy of Orthopaedic Surgeons, foi médico do esporte no Esporte Clube Pinheiros (1985 a 1988), das equipes de voleibol feminino Transbrasil, Sadia e Seleção Brasileira (1986 a 1990), plantonista de pronto-socorro no Hospital Albert Einstein (1992 e 2004), coordenador do pronto-socorro de Ortopedia e membro do Comitê Gestor do Pronto-Socorro Geral no Hospital Albert Einstein (1998 e 2004), médico ortopedista do time profissional do São Paulo Futebol Clube (1995 a 2000), médico do esporte e coordenador do Módulo de Ortopedia do Curso de Medicina Esportiva no Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Escola Paulista de Medicina (1995 a 2011).


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