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Segundo uma pesquisa encomendada pelo Plano
de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), 23,4% dos resíduos plásticos
pós-consumo foram reciclados no Brasil em 2021. Tal número, mostra que ainda
existe um enorme campo de atuação para que a reciclagem deste tipo de resíduo
seja definitivamente aderida pela população brasileira, que na maioria das
vezes, tem dúvidas sobre o descarte correto do plástico.
De acordo com Mariana Cardoso, integrante
do comitê gestor do Movimento Plástico Transforma (MPT), a
contribuição da população é fundamental para que o processo de reciclagem do
plástico seja realizado. “Muitas vezes, por não saberem a maneira correta de
descarte deste tipo de resíduo, muito dele é desperdiçado. Tal situação poderia
mudar a partir de uma melhor conscientização e conhecimento sobre o tema”,
explica a executiva.
Para ajudar nesta importante tarefa, o Movimento
Plástico Transforma selecionou cinco mitos e verdades sobre a reciclagem do
plástico:
1. Todos os tipos de plástico são recicláveis
MITO – Apesar de uma boa parte deste
tipo de material poder ser reciclada, nem todos eles podem. Abaixo, a lista dos
plásticos que são recicláveis:
-
PET (Tereftalato de Polietileno): utilizado na indústria
alimentícia para a produção de embalagens, como garrafas, e outras indústrias,
como a produção de tecidos.
-
PEAD (Polietileno de alta densidade): presente em tampas,
embalagens de produtos para limpeza doméstica, sacolas de supermercado,
bombonas e sacos para lixo.
-
PVC (Policloreto de Vinila): usado em embalagens de
alimentos, brinquedos, e materiais da construção civil (tubos, conduítes e
conexões).
-
PEBD (Polietileno de baixa densidade): utilizado em
embalagens de leite e iogurtes, embalagens para arroz, açúcar e grãos em geral,
sacos para alimentos a granel e materiais de saúde.
- PP
(Polipropileno): utilizado em utensílios domésticos como potes conservadores,
baldes e bacias, tampas em geral, embalagens para macarrão e biscoitos e em
itens para automóveis.
- PS
(Poliestireno): presente em produtos como copos, pratos e talheres,
materiais escolares e em embalagens para iogurtes e sorvetes.
2. É preciso lavar as embalagens antes de descartá-las?
VERDADE
– Não é
necessária a limpeza profunda dos resíduos, basta lavá-los, por exemplo,
enquanto as louças são enxaguadas ou utilizando água de reuso da lavagem das
roupas. A lavagem dos resíduos pós-consumo evita o mau cheiro, a proliferação
de vetores e auxilia os processos de triagem nas cooperativas e da reciclagem.
3. O plástico reciclado não é tão bom quanto o original.
NEM
MITO, NEM VERDADE - Como
existem diversos tipos de plástico, cada um tem um potencial de reciclagem
diferente. De modo geral, os plásticos mais rígidos são mais fáceis de serem
triados e podem ser reciclados e transformados em matéria-prima com
qualidade próxima à da resina virgem. Para as embalagens flexíveis, que
comumente são compostas por vários tipos de materiais plásticos, com
funcionalidades diferentes para proteção ao produto embalado, a triagem é mais
difícil. Já existem iniciativas da indústria para desenhar embalagens com
estruturas mais simples e seguras, bem como para qualificar a etapa da triagem
e, assim, aumentar o potencial de reciclabilidade dessas embalagens tão
importantes no nosso dia a dia.
4. Para ser reciclado, o plástico precisa estar em perfeitas
condições.
MITO – Antes de destinar à coleta
seletiva, deve-se amassar o resíduo plástico para que ocupe menos espaço
possível. Isto não compromete em nada a reciclabilidade do resíduo. Os resíduos
plásticos quando reciclados são primeiramente moídos, lavados e secados e
depois aquecidos até a fusão e granulados para posterior transformação em novos
produtos plásticos.
5. Se o seu bairro não possui coleta seletiva, não há como
reciclar o plástico.
MITO - A implantação da coleta
seletiva é obrigatória nos municípios, segundo a PNRS, mas muitos ainda não
seguem essa diretriz. Existem pontos de entrega voluntária (PEVs) em diversas
cidades instalados em supermercados e lojas de varejo. Assim é possível descartar
nos respectivos contentores. Também é possível pesquisar sobre cooperativas de
reciclagem próximas a você, pois elas existem em muitas cidades. Além das
cooperativas, há empresas especializadas que retiram os materiais
selecionados e encaminham para as usinas de reciclagens mediante contratos ou
solicitações.
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