15 a 19 de maio: Semana de Conscientização da Alergia Alimentar
“As alergias
alimentares são imprevisíveis, podem ocorrer em qualquer fase da vida e mesmo
quem nunca teve antes alguma reação alérgica ao ingerir um determinado alimento
pode vir a ter alergia, especialmente se falarmos de crustáceos ou alimentos
recentemente introduzidos em nossa dieta”. O alerta é da Dra. Ana Paula
Moschione Castro, médica alergista e imunologista pela USP.
Ela reforça que ainda há ainda muita necessidade de informação sobre o assunto. A começar pela diferença entre intolerância à lactose e alergia alimentar ao leite: a alergia é deflagrada pelo sistema imunológico e é a proteína do leite (ex: caseína) a que mais incomoda o sistema imunológico, que vai provocar uma resposta, que pode ser grave, levando até a anafilaxia. Os sintomas são variados: vermelhidão na pele, falta de ar, sangramento nas fezes. Mais frequentes na infância e com chances de curar na fase adulta. Geralmente, as reações alérgicas aparecem com pequenas quantidades de leite.
Quando há
intolerância à lactose, que é o açúcar do leite, os sintomas são
gastrointestinais, na maioria das vezes em adultos, com tendência a permanecer
pelo resto da vida. Dificuldade em digerir o leite, sensação de estufamento,
gazes e diarreia são alguns dos sinais da intolerância. Diferentemente
da reação alérgica, a intolerância não apresenta risco de morte.
“Se você desconfia
que seu filho tem alergia à proteína do leite, não tire o alimento da criança.
É preciso procurar o diagnóstico com um especialista para que a criança não
tenha deficiência nutricional. Além disso, pode não ser uma alergia. O
diagnóstico de alergia alimentar requer investigação criteriosa e é preciso ter
certeza do diagnóstico antes de tomar qualquer atitude”, reforça Dra. Ana
Paula, que também é diretora da Clínica Croce, centro de
vacinação e infusão de imunobiológicos com especialistas das áreas de Alergia,
Imunologia Clínica (doenças autoimunes, autoinflamatórias e imunodeficiências)
e Endocrinologia.
O diagnóstico
depende de história clínica muito bem avaliada pelo alergista associada aos
dados de exame físico, que podem ser complementados pelo teste de provocação
oral, considerado padrão ouro no diagnóstico. “É importante dizer que exames de
detecção de IgG para proteínas alimentares, que são disponíveis comercialmente,
não configuram o diagnóstico de alergia alimentar. É preciso muito critério
para esse diagnóstico”, explica a médica alergista.
Pessoas com
rinite, asma e dermatite atópica estão um pouco mais predispostas à alergia
alimentar, mas isso varia e não configura uma regra. A reação
alérgica mais grave é a anafilaxia, e entre os sintomas estão:
urticária gigante, geralmente acompanhada de angioedema (inchaço), falta de ar,
chegando à insuficiência respiratória, cólicas, vômitos e diarreia agudos,
hipotensão e choque, sendo que em questão de minutos o paciente pode evoluir
para morte.
Abaixo a médica
alergista da Clínica Croce deixa 5 dicas para ajudar na prevenção de
uma possível reação alérgica causada por alimentos:
– Se você já sabe
que tem alergia a algum alimento, evite-o.
– Leia sempre os
rótulos de produtos industrializados para se certificar da ausência do
alérgeno.
– Cuidado com a
contaminação cruzada em restaurantes, causada pelos utensílios usados em
diversos alimentos (ex: colher que mexeu no camarão foi usada no arroz).
– Para quem já
apresentou reações graves anteriormente, tenha sempre por perto a adrenalina
autoinjetável, já que pode acontecer exposição acidental.
– O alergista e
imunologista é o profissional que faz o diagnóstico da alergia alimentar,
portanto, siga sempre as recomendações de um especialista
Clínica Croce
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