Especialista do IEEE, maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade, mostra como a robótica vem sendo utilizada para acessar lugares perigosos ou até mesmo inacessíveis; modelos com inteligência artificial estão em testes
O uso da robótica na inspeção de
infraestruturas críticas vem crescendo exponencialmente. Os robôs estão sendo
utilizados no setor de inspeção em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Equipamentos terrestres, subaquáticos e aéreos são adotados em diversas situações,
principalmente em lugares perigosos ou inacessíveis. O interesse da indústria
cresce à medida que novas soluções trazem mais agilidade para o processo de
inspeção e o risco para inspetores humanos é eliminado.
Diversos tipos de robôs são utilizados
atualmente em inspeções de infraestruturas. "Os mais comuns são os
quadricópteros e os que se locomovem por meio de rodas, pois podem
ser adaptados para uma série de tarefas específicas. Vejo também um aumento no
uso de robôs com quatro pernas, que podem acessar diferentes terrenos e subir
escadas. Muitos robôs são customizados de acordo com necessidades específicas
do setor. Há modelos projetados para atravessar determinados componentes – como
vigas em L de aço ou grandes linhas de energia", diz Paulo Drews Jr.,
membro sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE),
maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da
tecnologia para a humanidade e professor da Universidade Federal do Rio Grande
(FURG).
A maioria desses robôs é controlada
remotamente, mas já há equipamentos autônomos em fase de testes para aplicação
em diversas atividades de inspeção de infraestruturas. "A maior parte do
trabalho é feita em conjunto, com robôs coletando dados e pessoas os analisando.
Entretanto, há situações em que modelos baseados em inteligência artificial
podem atuar de forma tão precisa quanto um ser humano, ou até mesmo mais",
conta Drews.
Além da inspeção visual por câmeras, os
robôs permitem a utilização de uma série de outros tipos de sensores para
detectar e prever falhas em estruturas. "Há inspeções que utilizam
informações 3D obtidas por meio de tecnologias como LiDAR e sonares. As
aplicações são diversas, como inspeção de espessura para materiais metálicos e
magnética para fios, entre muitas outras que podem ser incorporadas",
finaliza Drews.
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