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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

FEVEREIRO ROXO: Campanha busca conscientizar a população sobre Alzheimer, fibromialgia e lúpus


A campanha Fevereiro Roxo foi criada em 2014 como forma de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce de 3 doenças: lúpus, fibromialgia e Alzheimer – doenças diferentes, mas que apresentam dois pontos em comum: são crônicas e incuráveis.


“Campanhas como esta, de conscientização de saúde, são extremamente importantes para educar a população, promover debate e visibilidade sobre as doenças muitas vezes pouco conhecidas. A doença de Alzheimer, a fibromialgia e o lúpus podem prejudicar muito o bem-estar físico e emocional das pessoas acometidas e, por isso, precisamos falar sobre elas.” – comenta Dr. Artur Coutinho, médico especialista em Medicina Nuclear e Imagem Molecular do InRad.



Atenção aos sinais


É fundamental conhecer melhor as doenças e seus sintomas para saber o momento de procurar um especialista. O especialista explica: “O diagnóstico precoce é essencial para iniciarmos um tratamento rapidamente, aumentando as chances de sucesso na terapia e proporcionando bem-estar e qualidade de vida ao paciente”.


O lúpus é uma doença inflamatória autoimune, desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico, que pode se manifestar sob a forma cutânea (atinge apenas a pele) ou ser generalizado. Os sintomas dependem basicamente do órgão afetado, porém os mais frequentes são: febre, manchas na pele, vermelhidão no nariz e nas faces em forma de asa de borboleta, fotossensibilidade, feridas recorrentes na boca e no nariz, dores articulares, fadiga, falta de ar, taquicardia, tosse seca, dor de cabeça, convulsões, anemia e problemas hematológicos, renais, cardíacos e pulmonares.


A fibromialgia caracteriza-se por dor crônica em vários pontos do corpo, especialmente nos tendões e nas articulações, e sua causa é desconhecida. Porém, os níveis de serotonina são mais baixos nos portadores e desequilíbrios hormonais, tensão e estresse podem estar envolvidos em seu aparecimento. Seus principais sintomas são: dor generalizada e repetitiva; fadiga; falta de disposição e energia; alterações do sono, que é pouco reparador; síndrome do cólon irritável; sensibilidade durante a micção; cefaleia e distúrbios emocionais e psicológicos.


Já o Alzheimer, doença que atinge 1,2 milhão de brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde, provoca deterioração das funções cerebrais (cognitivas). Seus sintomas variam de alterações na memória, linguagem, personalidade e habilidades espaciais e visuais – estágio I da doença – até resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva; quando a doença se apresenta nos seus estágios finais.

 

 

Pioneirismo na detecção do Alzheimer


Pioneiro no Brasil, o InRad oferece desde 2014 o exame PET-CT para detecção de deposição de proteína beta-amiloide cerebral, uma proteína comumente relacionada às fases iniciais da doença de Alzheimer, sem a necessidade de uma biópsia.


“O exame PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons, na sigla em inglês) detecta traçadores moleculares em diferentes regiões examinadas do nosso corpo. O paciente recebe uma aplicação por via intravenosa do composto B de Pittsburgh (um fármaco utilizado nesse tipo de procedimento), marcado com carbono-11 (um material radioativo), e com isso é possível verificar a presença no cérebro de placas da proteína beta-amiloide, o que permite confirmar a presença da doença quando o paciente apresenta sintomas e quadro clínico sugestivo – mas mais importante: se não for detectada a proteína, a possibilidade da doença de Alzheimer é excluída.” – explica Dr. Artur Coutinho. Ressalta-se que alguns idosos podem apresentar a proteína e não apresentar sintomas, o que apenas eleva o risco de desenvolver a doença em décadas seguintes, o que contraindica o exame para pacientes assintomáticos.


O Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas é atualmente um dos únicos serviços do Brasil a disponibilizar o exame de PET-CT com este marcador amiloide para pacientes do SUS e de protocolos de pesquisa. “Este exame não faz parte do rol do SUS, portanto, além de ser um grande avanço da ciência, o impacto social do projeto é algo importantíssimo e que merece destaque.” – finaliza.


 

Mais sobre o exame PET-CT 

 

O exame PET-CT combina, em um mesmo aparelho, as tomografias por emissão de pósitrons (PET) e computadorizada (CT) para análise neurológica, oncológica e cardiológica. Em resumo, serve para localizar focos de vários tipos de câncer em atividade no corpo inteiro, anormalidades funcionais do cérebro, como na demência de Alzheimer, e alterações funcionais promovidas pela obstrução das artérias coronárias em cardiologia. Foi criado no início dos anos 70, nos EUA, mas só chegou ao Brasil no início dos anos 2000. Sofisticado e de alto custo, pode ser empregado não apenas para o diagnóstico, como também para planejamento do tratamento e avaliação da eficácia das diferentes formas de tratar o câncer, por exemplo

 

 

Instituto de Radiologia (InRad) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) é um centro de excelência em pesquisa, diagnóstico e terapias por imagem.

 


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