Para o ano de 2023 são
estimados 17.010 casos novos, o que representa uma um risco considerado de
13,25 casos a cada 100 mil mulheres, segundo o INCA.
Diagnóstico precoce é fundamental para tratamento e ações de prevenção.
O tratamento feito com a chamada radioterapia convencional utiliza um feixe de radiação externo, enquanto a braquiterapia consiste na aplicação interna do material radioativo. Segundo informações do Instituto Oncoguia, o segundo processo é indicado como complementar ao primeiro.
A fisioterapeuta pélvica, Débora Pádua, da capital paulista, comenta que em alguns casos, as pacientes que fazem o tratamento com braquiterapia podem perceber efeitos colaterais a longo prazo, como a estenose vaginal, que é o estreitamento do canal da vagina. Isso ocorre devido à formação de tecido cicatricial por conta da diminuição da irrigação sanguínea na região. Segundo dado do Instituto Oncofisio, cerca de 45% das mulheres que passam pelo procedimento apresentam o problema, responsável por ocasionar dores e dificuldades durante a relação sexual e os exames ginecológicos.
Tratar
a estenose vaginal é uma forma de melhorar a saúde, a autoestima e a qualidade
de vida da mulher. Isso pode ser feito através da fisioterapia pélvica, que
inclui diferentes técnicas que podem ser adaptadas ao perfil de cada paciente.
Dentre elas estão a eletroestimulação, a eletroanalgesia, a massagem perineal,
a realização de exercícios para a região e de movimentos do assoalho pélvico,
as massagens perineais e o uso de dilatadores do canal vaginal. A estenose
vaginal tem tratamento e quanto mais cedo forem realizadas as sessões de
fisioterapia pélvica, melhores serão os resultados e maior será a qualidade de
vida da paciente.
Débora Padua - educadora e fisioterapeuta
sexual. Graduada
pela Universidade de Franca (SP)
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