Problema reduz a força dos músculos da
mastigação, o que dificulta a higienização dos dentes e aumenta a
hipossalivação
Com os avanços da pesquisa e desenvolvimento na ciência temos
visto um aumento da expectativa de vida, levando a um processo mundial de
envelhecimento da população. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 2021, apontam que pessoas com 60 anos ou mais
representam 14,7% da população no Brasil, o que equivale a 31,23 milhões de
indivíduos. Com este cenário, muitos esforços científicos vêm sendo empregados
com o objetivo de assegurar uma melhor qualidade de vida aos idosos, levando em
consideração sua individualidade e complexidade clínica.
Na Odontologia, isso resulta no aumento da demanda de profissionais e serviços de saúde aptos a atender essa faixa etária. O perfil bucal do idoso está passando por uma mudança gradual ao decorrer dos anos, e isso é agravado quando se considera que muitos idosos não possuem tratamento odontológico necessário ou adequado. Por isso, o campo da odontogeriatria -- ramo da odontologia que atua na saúde oral de idosos --, nos traz um olhar que compreende a individualidade do idoso.
O envelhecimento é acompanhado de limitações físicas crescentes e
um declínio gradual da função corporal. No domínio da saúde oral, isto é
conhecido como “fragilidade oral”, um conceito que tem impacto na saúde geral,
bem-estar e qualidade de vida e cuja prevenção ajuda os doentes a prolongar a
sua vida saudável.
Estudiosos japoneses trouxeram o conceito de “fragilidade oral”, que
é definido pela Sociedade Japonesa de Odontogeriatria como um pré-estágio de
“hipofunção oral”, ou seja, uma diminuição da função da região, decorrente de
doenças gengivais, cáries e redução natural da força oclusal e sarcopenia dos
músculos da mastigação. “Essa condição pode prejudicar a atuação da língua e
dos lábios e levar à má limpeza dos dentes e à secura da boca”, explica Marcela
O´Neal, cirurgiã-dentista da GUM, marca especializada em produtos
odontológicos.
A saúde bucal é afetada pela fragilidade geral, mas, em
contrapartida, também a afeta. Nesse cenario é importante pensar em como manter
a saúde bucal quando se está fragilizado e de como isso é parte importante para
um envelhecimento saudável. É um desafio clínico e um desafio de saúde pública
também.
De acordo com a cirurgiã-dentista, existe uma necessidade de novos
modelos de atenção adaptados ao envelhecimento da sociedade é crescente. O
melhor caminho é a prevenção para colocar as pessoas em uma boa trajetória
quando são jovens e a prevenção da perda dentária ao longo da vida, lembrando
que “Embora o número de dentes conservados seja importante, seu estado de saúde
também é fundamental. Portanto, cuidar do corpo também conta com priorizar o
cuidado com os dentes, investindo na escovação (ao menos 2 vezes ao dia) e na
passagem do fio dental”, comenta.
GUM
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