A audição dos
cachorros e gatos chega a ser quatro vezes mais sensível que a humana. As
festas de final de ano acabam sendo um problema para a saúde dos animais de
estimação.
As festas de Natal e Ano Novo geralmente são
animadas e barulhentas, principalmente com a queima de fogos de artifício. Mas
o artefato que diverte as pessoas por suas variadas cores e formas no céu,
acaba prejudicando a saúde dos animais de estimação. Sinais graves de estresse,
agressividade, ansiedade e até mesmo infarto são algumas das possíveis
consequências.
Segundo a médica veterinária responsável pela
plataforma online de teleorientação veterinária, TioChico, Fernanda Loss, isso
acontece devido a hipersensibilidade auditiva dos pets. “Cães e gatos chegam a
ter a audição quatro vezes mais sensível que a nossa. Então, se nós ouvimos o barulho
dos fogos de artifício relativamente altos, eles ouvem quadruplicado. Isso faz
com que eles entrem em estado de pânico e acabam passando por consequências
sérias”, explica.
Fernanda esclarece que tais consequências podem
levar a situações de emergência, como por exemplo o pet apresentar convulsões,
no desespero pela fuga ser atropelado, cair de janela, sacada, cortar tela de
proteção e até mesmo quebrar vidros. Com a agitação e o medo por causa do
barulho, o pet pode acabar se machucando de forma muito grave. “Já tivemos
casos em que o cão atingiu um nível de estresse tão elevado que acabou
falecendo por causa dos ferimentos ocasionados por tentar fugir”, conta.
A médica veterinária orienta que durante a queima
dos fogos de artifícios, o pet seja posicionado em um cômodo seguro e
totalmente fechado, de preferência onde não haja nenhum objeto com que ele
possa se ferir; O recomendado é não deixá-lo sozinho; Se ele se esconder,
respeite, pois é a forma que ele se sente seguro; Além disso, nunca deixe-o
preso com coleira, isso pode provocar machucados e até enforcamento; Por fim,
colocar bolinhas de algodão nos ouvidos dele um pouco antes do barulho começar,
também é indicado.
Caso você queira acostumá-lo com barulhos e agito no ambiente, inicie um treinamento
com o pet, por pelo menos 30 a 60 dias antes da exposição. Lembrando que esse
treinamento deve ser orientado por um médico veterinário, melhor ainda por um
especialista em comportamento. A socialização é muito importante para os pets,
por isso, iniciar desde filhote, ajuda a amenizar o estresse nesses momentos.
O empresário e sócio da plataforma online de
teleorientação veterinária, TioChico, Claudio Goldsztein, ressalta que além dos
cuidados momentâneos, o recomendado é que o pet tenha o acompanhamento
constante do veterinário. “As recomendações para amenizar as complicações são
indispensáveis, mas a orientação periódica do veterinário pode colaborar com a
diminuição desses sentimentos nos pets. Existem muitas alternativas para
“acostumar” os animais de estimação previamente com essas situações sem
apresentar nenhum desconforto ou risco à ele, mas para isso, é importante ter
as recomendações específicas para a personalidade do seu pet. Neste sentido, o
TioChico tem sido uma facilidade para os tutores que buscam além de consultas,
orientação”, argumenta.
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