A doença pode atingir as crianças e os sintomas se assemelham aos encontrados em adultos
A Síndrome do Pânico é uma doença que
atinge cerca de seis milhões de pessoas no Brasil. Está associada a momentos de
crise de ansiedade, que se apresentam de forma aguda, acompanhadas de muito
medo e desespero. Além disso, podem vir combinadas de sintomas emocionais e
físicos. Embora comum entre adultos, as crianças podem ser acometidas e é
preciso estar atento aos sintomas.
Entre os pequenos, os episódios são
semelhantes aos de outras faixas etárias. Elas acabam evitando os lugares que
acreditam que podem ter ataques, ou possuem um medo persistente de estar ou
ficar nesses espaços. Além disso, costumam se assustar ou se irritar
repentinamente, culpando sempre fatores externos para as crises, por não
saberem explicar a situação.
Segundo a coordenadora do curso de
Psicologia do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista,
Márcia Karine, é preciso debater o tema para desmistificar que a Síndrome do
Pânico não atinge o público infantil. “As crianças, por serem mais frágeis,
precisam de um maior cuidado e atenção. Alguns pais podem confundir sintomas
claros com algo corriqueiro entre os menores, como birra ou malcriação.
Entretanto, precisamos começar a falar que os meninos e meninas são acometidos
pelo pânico e, quanto mais cedo realizamos o tratamento, melhor”, afirmou.
São possíveis sinas de pânico entre as crianças: dor no peito; náuseas, dores abdominais; tremor e agitação excessivos; falta de ar; transpiração excessiva; medo muito intenso; palpitação e frequência cardíaca irregular; vertigem e perda de consciência; sensação de confusão; perda involuntária de urina; entre outros.
De maneira geral, a Síndrome do Pânico na infância
pode começar com crises de ansiedade aguda, devido a fatores como separação dos
pais, ir à escola ou ficar só na casa de um colega de classe. O tratamento é
feito com psicoterapia, associada ao uso de medicamentos.
“Os psicólogos estão habilitados para
ajudar nessas situações. Primeiramente, excluímos qualquer outra condição
médica que possa estar acometendo a criança, como a fobia, por exemplo. Feito
isso, o especialista irá solicitar uma avaliação detalhada, como exame de saúde
mental e histórico de ataques de pânico. Recomendamos aos pais manterem a calma
e saber ouvir com paciência seus filhos”, concluiu Márcia
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