Atualmente, o Sebrae apoia a estruturação de 64 IG em 15 estados brasileiros. Entre os produtos, destacam-se alimentos como frutas, pescados, além de bebidas e peças de artesanato
Para apoiar os coletivos de pequenos produtores que
têm interesse em registrar suas Indicações Geográficas (IG) vinculadas a
produtos e serviços, o Sebrae, em parceria com Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI), tem realizado um trabalho de orientação por meio
de encontros virtuais. No próximo dia 27 de julho (quarta-feira), os especialistas
vão se reunir com representantes de produtores da Camomila de Mandirituba (PR)
e com cafeicultores da Região Vulcânica de Minas Gerais.
O primeiro encontro foi realizado no último dia 18
de julho e contou com a participação da Associação dos Cafés Especiais da
Alta Mogiana (AMSC), que abrange a produção em municípios de São Paulo. Apesar
de já possuírem o registro de IG desde 2013, os produtores apresentaram
demandas para realizar mudanças na delimitação da área e no nome geográfico.
O gestor da AMSC, Gabriel Borges, destaca que esses
encontros são de extrema importância para comunicação com o INPI, órgão do
governo federal responsável pela análise e concessão das IGs. “Tivemos uma
ótima experiência. Todos os profissionais foram muito solícitos e dispostos a
ouvir nossas dores e encontrar formas de solucionar os problemas”, contou.
Segundo ele, mesmo com o registro, os desafios de promover e proteger o cafe da
Alta Mogiana são constantes.
Atualmente, o Sebrae acompanha a estruturação de 64
IGs, das cinco regiões do país, localizadas em 15 estados brasileiros, sendo
que 51 deles estão em busca do registro de Indicação de Procedência (IP), que é
uma espécie de Indicação Geográfica que é baseada na notoriedade da tradição
produtiva da região em relação a determinado produto.
Os outros 13 grupos estão interessados no registro
como Denominação de Origem (DO) que é outra modalidade de IG, onde as
características do território agregam um diferencial ao produto ou serviço,
incluindo a influência de fatores naturais e humanos. Entre os produtos há
desde alimentos como café, queijo, frutas, carnes embutidas e pescados, bem
como artesanato de facas, renda de bilro, peças de cristal entre outros.
De acordo com a analista de Inovação do Sebrae
Nacional, Hulda Giesbrecht, a ideia dos encontros com os produtores é dar mais
celeridade aos processos de registro das Indicações Geográficas. “Queremos
deixar nossa parceria com o INPI mais efetiva e ao mesmo tempo, dar mais apoio
aos produtores para que eles consigam apresentar os documentos de forma mais
qualificada e estruturada”, explicou.
O chefe da área responsável pela Indicação Geográfica no INPI, Pablo Regalado, por sua vez, acrescenta que o objetivo da iniciativa é contribuir para evitar possíveis entraves no processo de registro junto ao instituto. “Vamos esclarecer as dúvidas dos produtores e prestadores de serviço quanto aos conceitos, requisitos e documentação para realizar um pedido de IG”, declarou.
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