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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Saiba quando usar a reposição com testosterona em mulheres

Segundo a ginecologista e obstetra, dra. Viviane Monteiro, menopausa e baixa libido são os principais agentes na busca pela reposição hormonal

 

A reposição hormonal é um assunto cada vez mais abordado devido às atualizações de tecnologias e métodos que permitem um melhor estudo sobre o corpo. Com a menopausa e, eventualmente, a baixa libido e a perda de desejo sexual, a busca por tratamentos como a reposição com testosterona tem sido cada vez mais frequente. Mas qual o método é o melhor para o meu caso? 

De acordo com a ginecologista Dra. Viviane Monteiro, há vários fatores que envolvem o funcionamento da testosterona no corpo. “Embora seja considerado um hormônio masculino, a testosterona também está presente em uma concentração de 20 a 30 vezes menor nas mulheres. Ela é produzida pelos ovários e células adrenais e está em equilíbrio com outros hormônios sexuais”, explica. 

Quando está em seus níveis ideais, o hormônio é um importante componente regulador das funções biológicas do organismo. “A situação cientificamente respaldada para se repor testosterona é a mulher pós-menopausa, com queda da libido (tecnicamente chamada de Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo -- TDSH), mas é preciso avaliar o quadro completo, composto por menopausa juntamente com a queda na libido. O que indica a necessidade é a queixa da mulher”, destaca a médica. 

Ainda não há estudos que comprovem, mas pode ser indicada para auxiliar na disposição e ganho de massa magra, por exemplo. “Em outras situações em que ela é aplicada, ainda faltam estudos que consigam comprovar a eficácia direta para isso. É preciso avaliar o quadro completo da paciente, principalmente quando falamos em menopausa e queda da libido”, reforça. 

Como todos os tratamentos, a médica ressalta os efeitos colaterais. “O uso exagerado do hormônio pode levar a acne, queda capilar, aumento da oleosidade da pele, irregularidades hormonais e até alterações hepáticas. Por isso, é necessário que haja sempre um respaldo médico e indicação precisa para que os efeitos colaterais compensem os benefícios.


 

Viviane Monteiro - @dravivianemonteiro - Formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), fez residência médica no Instituto Fernandes Figueira (IFF) onde atualmente é doutoranda em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher. É especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO), em Medicina Fetal, Gestação de Alto Risco e Ultrassonografia Obstétrica e Ginecológica pelo Colégio Brasileiro de Radiologia. É Membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ) e mestre em Ciência Médicas pela Universidade Fluminense (UFF).


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