Segundo a ginecologista e obstetra, dra. Viviane
Monteiro, menopausa e baixa libido são os principais agentes na busca pela
reposição hormonal
A reposição hormonal é um assunto cada vez mais
abordado devido às atualizações de tecnologias e métodos que permitem um melhor
estudo sobre o corpo. Com a menopausa e, eventualmente, a baixa libido e a
perda de desejo sexual, a busca por tratamentos como a reposição com
testosterona tem sido cada vez mais frequente. Mas qual o método é o melhor
para o meu caso?
De acordo com a ginecologista Dra. Viviane
Monteiro, há vários fatores que envolvem o funcionamento da
testosterona no corpo. “Embora seja considerado um hormônio masculino, a
testosterona também está presente em uma concentração de 20 a 30 vezes menor
nas mulheres. Ela é produzida pelos ovários e células adrenais e está em
equilíbrio com outros hormônios sexuais”, explica.
Quando está em seus níveis ideais, o hormônio é um
importante componente regulador das funções biológicas do organismo. “A
situação cientificamente respaldada para se repor testosterona é a mulher
pós-menopausa, com queda da libido (tecnicamente chamada de Transtorno do
Desejo Sexual Hipoativo -- TDSH), mas é preciso avaliar o quadro completo,
composto por menopausa juntamente com a queda na libido. O que indica a necessidade
é a queixa da mulher”, destaca a médica.
Ainda não há estudos que comprovem, mas pode ser
indicada para auxiliar na disposição e ganho de massa magra, por exemplo. “Em
outras situações em que ela é aplicada, ainda faltam estudos que consigam comprovar
a eficácia direta para isso. É preciso avaliar o quadro completo da paciente,
principalmente quando falamos em menopausa e queda da libido”, reforça.
Como todos os tratamentos, a médica ressalta os
efeitos colaterais. “O uso exagerado do hormônio pode levar a acne, queda
capilar, aumento da oleosidade da pele, irregularidades hormonais e até
alterações hepáticas. Por isso, é necessário que haja sempre um respaldo médico
e indicação precisa para que os efeitos colaterais compensem os benefícios.
Viviane Monteiro -
@dravivianemonteiro
- Formada pela Universidade
Federal Fluminense (UFF), fez residência médica no Instituto Fernandes Figueira
(IFF) onde atualmente é doutoranda em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da
Mulher. É especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO), em Medicina Fetal,
Gestação de Alto Risco e Ultrassonografia Obstétrica e Ginecológica pelo
Colégio Brasileiro de Radiologia. É Membro da Sociedade de Ginecologia e
Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ) e mestre em Ciência Médicas pela
Universidade Fluminense (UFF).
Nenhum comentário:
Postar um comentário